
Ladino ouescravo doméstico era aquele que trabalhava, e muitas vezes vivia, na casa do proprietário deescravos, realizando trabalho doméstico.[1] Os escravos domésticos desempenhavam essencialmente as mesmas funções que todos os trabalhadores domésticos ao longo da história, como cozinhar, limpar, servir refeições e cuidar dos filhos dos senhores; no entanto, o seu estado de escravo poderia expô-los a abusos mais significativos, incluindo castigos físicos e utilização comoobjetos sexuais.[2]
O estudo da escravidão naGrécia Antiga continua a ser um assunto complexo, em parte devido aos muitos níveis diferentes deservilismo, desde a escravidão tradicional de bens móveis até várias formas de servidão, comohilotas, penestes[3] e várias outras classes de não-cidadãos.
Os escravos nascidos na casa (oikogeneis)[4] frequentemente constituíam uma classe privilegiada. Eles foram, por exemplo, encarregados de levar as crianças à escola; eles eram “pedagogos” no primeiro sentido do termo.[5] Alguns deles eram descendentes do dono da casa, mas na maioria das cidades, nomeadamente emAtenas, uma criança herdava o estatuto da sua mãe.[6]
Os gregos não criavam seus escravos durante aEra Clássica. No entanto, a proporção de escravos nascidos na casa do senhor parece ter sido relativamente grande noEgito ptolomaico e nas inscrições de alforria em Delfos.[7]
Diálogos socráticos
Um escravo doméstico aparece nodiálogo socrático,Mênon, escrito porPlatão. No início do diálogo, o senhor do escravo, Meo, não se beneficia dos ensinamentos socráticos e revela-se intelectualmente selvagem. Sócrates expõe seuargumento filosófico dialogando com o escravo doméstico, um menino ignorante emgeometria.[8]
Escravos domésticos, emRoma, eram os habilidosos e educados, incluindo artesãos, cozinheiros, funcionários domésticos e assistentes pessoais, artistas, gestores de negócios, contadores e banqueiros, educadores em todos os níveis, secretários e bibliotecários, funcionários públicos e médicos, ocupavam um estrato mais privilegiado de servidão e podiam aspirar à liberdade por meio de diversos caminhos bem definidos, com proteções legais. A possibilidade dealforria e subsequentecidadania era uma característica distintiva do sistema de escravidão de Roma, resultando num número significativo e influente de libertos na sociedade romana.[9]
Mais especificamente, os escravos domésticos (ancillae) que viviam com a família eram mais favorecidos e muito com frequência libertos após um certo período.[10]
No Brasil, os escravos domésticos eram aqueles que trabalhavam nacasa grande recebiam um tratamento melhor e, em alguns casos, eram considerados pessoas da família. Esses escravos, chamados de "ladinos" (negros já aculturados), entendiam e falavam o português e possuíam uma habilidade especial na realização das tarefas domésticas. Os escravos chamados "boçais", recém-chegados da África, eram normalmente utilizados nos trabalhos da lavoura. Havia também ladinos que exerciam atividades especializadas, como os mestres-de-açúcar, os ferreiros, e outros distingüidos pelo senhor de engenho. Geralmente dava-se preferência aos mulatos para as tarefas domésticas, artesanais e de supervisão, deixando aos de cor mais escura, geralmente os africanos, os trabalhos mais pesados.[11]
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