Destino inicial | |
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Criador | |
Material | Bronze com pedestal de granito |
Altura | 6,55 m |
Proprietário | |
Estatuto patrimonial | Patrimônio estadual e símbolo oficial de Porto Alegre |
Localização |
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Coordenadas |
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AEstátua do Laçador (ouMonumento ao Laçador) é ummonumento da cidade dePorto Alegre. É a representação dogaúchopilchado. Foi definida por lei municipal como Símbolo Oficial de Porto Alegre em1992. Sua autoria é do escultor pelotenseAntônio Caringi. A estátua foi tombada comopatrimônio histórico de Porto Alegre em2001. Em2007, o monumento foi transferido de seu local original, o largo do Bombeiro, para o sítio O Laçador, em razão da previsão da construção doviadutoLeonel Brizola.[1]
Para usar um gaúcho autêntico como modelo para a sua obra, Antônio Caringi contou com o folcloristaPaixão Côrtes, então um jovem apreciador dos costumes dacultura campeira sul-rio-grandense, o qual posou para o artista com a sua coleção deindumentária gauchesca. O monumento é feito debronze, tem 4,45metros de altura e pesa 3,8toneladas. A estátua tem umpedestal degranitotrapezoidal de 2,10 metros de altura.[2]
Em1954, para a Exposição do IV Centenário de fundação da cidade deSão Paulo, noParque Ibirapuera, foi realizado um concurso público a convite da Secretaria Estadual de Agricultura para a execução de umaescultura que servisse como um símbolo doRio Grande do Sul. Caringi venceu a disputa, conquistando o primeiro, segundo e terceiro lugares (com as maquetesBoleador,Bombeador ePosteiro, respectivamente). A primeira colocada, após modificações solicitadas pelo júri, tornou-seO Laçador. Em quarto lugar, ficou oGaúcho Farrapo, deVasco Prado, que representava umindígena segurando uma lança e calçando botas de garrão de potro. Prado teria retirado seu projeto da disputa ao saber da colocação. A maquete encontra-se, atualmente, noMuseu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs). Em último lugar ficouPeão da Estância, deFernando Corona, dada como perdida.[3]
A escultura original vencedora do concurso foi construída emgesso e ficou exposta no espaço central do pavilhão do Rio Grande do Sul. Após o evento, estava previsto ofertar a escultura à cidade de São Paulo. No entanto, tal foi a dimensão da recepção da obra por parte dos próprios gaúchos, que houve uma reivindicação popular para que a obra fosse instalada em Porto Alegre. A obra definitiva a ser instalada em Porto Alegre foi esculpida em bronze e inaugurada em20 de setembro de1958, data comemorativa aRevolução Farroupilha, no Largo do Bombeiro.[4]
Após 48 anos no local original, situado na avenida dos Estados, bairroSão João, zona norte da cidade, a estátua seria deslocada. No dia11 de março de 2007, a estátua foi transferida para o Sítio do Laçador, em frente ao primeiro terminal doAeroporto Internacional Salgado Filho, na mesma avenida, mas a uma distância de seiscentos metros do seu antigo local. O motivo para a transferência do símbolo de Porto Alegre foi a previsão de construção do viaduto Leonel Brizola, no local onde a estátua se encontrava. O próprio Paixão Côrtes não pôde assistir à transposição da estátua no dia da mudança, pois foi hospitalizado devido ao seu estado emocional.[5]
O Sítio do Laçador tem seis espaços diferenciados, com as cores do estado do Rio Grande do Sul, em quatro mil metros quadrados de área. A estátua permanece num espaço mais elevado, no topo de umacoxilha que lhe serve de base. A estátua, nessa nova situação, continua bem visível a todas as pessoas que chegam a Porto Alegre pelaBR-116. O local é também utilizado para eventos e manifestações mais variadas.[6]
Em2016 foram constatadas fissuras na estátua. Um projeto de restauro foi organizado pela Prefeitura através do Projeto Construção Cultural - Resgate do Patrimônio Histórico, com o apoio de várias instituições e empresas. O custo das obras foi orçado em R$ 900 mil. Em setembro de2021 a estátua foi removida para o início dos trabalhos, sendo devolvida ao seu local no início de2022.[7][8] Um seminário apresentou ao público todas as etapas do processo. Foi publicado um livro sobre o trabalho de recuperação e foi anunciada a produção de um filme documentário dirigido pelo cineasta Jaime Lerner.[9]