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Juracy Magalhães

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Não confundir comJuraci Magalhães.
Juracy Magalhães
Juracy Magalhães
24.ºGovernador daBahia
Período19 de setembro de 1931
até 10 de novembro de 1937
Antecessor(a)Raimundo Rodrigues Barbosa
Sucessor(a)Antônio Fernandes Dantas
34.ºGovernador daBahia
Período7 de abril de 1959
até 7 de abril de 1963
Antecessor(a)Antônio Balbino
Sucessor(a)Lomanto Júnior
Ministro da Justiça e Negócios Interiores doBrasil
Período19 de outubro de 1965
até 14 de janeiro de 1966
PresidenteCastelo Branco
Antecessor(a)Luís Viana Filho
Sucessor(a)Mem de Azambuja Sá
Ministro das Relações Exteriores doBrasil
Período17 de janeiro de 1966
até 15 de março de 1967
PresidenteCastelo Branco
Antecessor(a)Vasco Leitão da Cunha
Sucessor(a)José de Magalhães Pinto
Senador pelaBahia
Período1 de fevereiro de 1955
até 7 de abril de 1959
1.º Presidente da Petrobras
Período2 de abril de 1954
até 2 de setembro de 1954
PresidenteGetúlio Vargas
Antecessor(a)Nenhum(Cargo criado)
Sucessor(a)Artur Levy
Dados pessoais
Nome completoJuracy Montenegro Magalhães
Nascimento4 de agosto de1905
Fortaleza,Ceará
Morte15 de maio de2001 (95 anos)
Salvador,Bahia
ProgenitoresMãe: Júlia Montenegro Magalhães
Pai: Joaquim Magalhães
CônjugeLavínia Borges Magalhães
Filhos(as)Jutahy Magalhães
PartidoUDN
ProfissãoPolítico emilitar
AssinaturaAssinatura de Juracy Magalhães
Juracy Magalhães, interventor federal, 1931 a 1937, na Bahia.

Juracy Montenegro Magalhães[1]GCCGCIH (Fortaleza,4 de agosto de1905Salvador,15 de maio de2001) foi ummilitar epolíticobrasileiro.

Em homenagem ao seu filho existe em Salvador aAvenida Juracy Magalhães Júnior.

Biografia

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Era filho de Joaquim Magalhães e de Júlia Montenegro Magalhães. Tendo concluído o segundo grau noLiceu do Ceará, ingressou na carreira militar, Em 1927 torna-se aspirante. Integrante domovimento tenentista, aos 25 anos destacou-se durante a chamadaRevolução de 1930, liderando uma coluna militar que percorreu o Nordeste pelo litoral, adentrando os territórios de Alagoas, Pernambuco, Sergipe e Bahia.[2]

Sua carreira militar foi exitosa. Em1933 atingiu a patente de Capitão; em1940, a de Major; Tenente-Coronel em1945; Coronel em1950 e General em1957.

Apesar de nascido noCeará, foi naBahia que encontrou sua morada definitiva. Ganhou uma casa de amigos, na capital baiana, noMonte Serrat - a mesma onde seu filho, Juracy Magalhães Júnior, cometeu suicídio. Seu outro filhoJutahy Magalhães também foi político e seu netoJutahy Magalhães Júnior é deputado federal.

Sua trajetória política foi muito beneficiada pela proximidade com os militares. Exerceu os seguintes cargos: senador da República, deputado federal, adido militar e embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Ministro da Justiça e Relações Exteriores. Foi também o primeiro Presidente daPetrobras e presidiu aCompanhia Vale do Rio Doce.

Governos da Bahia

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Magalhães ocupou o governo do Estado da Bahia em três mandatos (o primeiro, iniciado como interventor, foi depois referendado pela Assembleia Legislativa – aqui considerado como mandato único, dado não ter existido solução de continuidade).

Intervenção

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Getúlio Vargas e Juracy Magalhães, em 4 de junho de 1954.Mídia sob a guarda doArquivo Nacional.

Juracy Magalhães era tenente do Exército quando assumiu o governo, nomeadointerventor porGetúlio Vargas[3] - cargo que o promoveu por ser um dos articuladores do golpe que acabou, no Brasil, com aRepública Velha. Assumiu a19 de setembro de1931, e ali permaneceu até 25 de abril de 1935, quando reassume - desta feita medianteeleição indireta, pela Assembleia Legislativa - ficando no cargo até 10 de novembro de 1937.

A tarefa não foi, de início, nada fácil: o cargo era pleiteado pelo velho políticoJ. J. Seabra, que apoiara Getúlio e já tinha sido governador. Juracy era então um jovem tenente, de apenas 25, quase 26 anos. A sua condição de "forasteiro" apenas agravou a reação dos velhos caciques da política local, que armaram-lhe grande oposição. Mas desde então demonstrou grande habilidade para contornar estes desafios, saindo deles ainda mais fortalecido. Juracy levava também uma vida secreta: fora informante doFBI durante o último governoVargas e confidenciou aAdolf Berle que conspirara contra ele em1945.[4] Um fato digno de nota foi que, durante este seu mandato, ocorreu a primeira prisão do futuro líder de esquerda,Carlos Marighella, por haver escrito um poema que criticava o interventor.

O prédio onde funcionou o "Grupo Escolar Castro Alves", emJequié, foi construído por Juracy e inaugurado pelo mesmo em1934.

Dentre suas realizações iniciou as obras de construção doFórum Rui Barbosa - interrompidas pelo interventorLandulfo Alves, que o seguiu, e finalmente retomadas e concluídas porOtávio Mangabeira.

No local onde fora a casa do tribunoCezar Zama, na Praça de Piedade, edificou a sede da Secretaria de Segurança Pública - órgão centralizador da repressão, no regime totalitário que então vivia o país.

Inaugurou oInstituto de Cacau da Bahia em1936, solenidade que contou com a presença do próprio Getúlio Vargas.

Em 1935/1936, o governo de Juracy Magalhães promove interrupção das atividades daAcção Integralista Brasileira - AIB (1932-1937), movimento idealizado pelo politico, poeta e jornalistaPlínio Salgado, no Estado daBahia, ocorrendo inúmeros conflitos com as forças policiais pelos Integralistas na tentativa de permanecer promovendo suas atividades, ocorrendo inúmeras prisões e mortes,[5] posteriormente a justiça garante o direito dos Integralistas em continuar suas atividades na região.

Em10 de novembro de1937, opresidente Getúlio Vargas instaura oEstado Novo, umregime ditatorial unitário. Apesar de fiel ao governo, Juracy era contrário àquela ação do presidente, quede facto caracterizou-se como umgolpe. No mesmo dia, faz um pronunciamento, naRádio Sociedade da Bahia e, no dia 11, transmite o cargo ao comandante militar no Estado, deixando o Palácio do Governo.[2]

Segundo mandato

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Sem maiores realizações,[carece de fontes?] cumpriu Juracy Magalhães - Jota-Eme, como era chamado, durante a campanha[carece de fontes?] - um governo de oposição ao governo federal,[carece de fontes?] aliado a Carlos Lacerda, Magalhães Pinto e outros daUDN, que o colocariam dentre os políticos que tramaram e apoiaram o golpe de Estado militar de 1964.[carece de fontes?]

No seu segundo mandato, Juracy se celebrizou por ter legalizado o jogo do bicho que passou a ser fonte de recursos para as obras assistenciais do governo.

Governo federal

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Durante oregime militar de 1964, no governo doMarechal Castelo Branco, o primeiro do ciclo, Juracy foi nomeado embaixador brasileiro nos Estados Unidos.[6] É desse período a sua célebre frase:

O que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil.[7]

Posteriormente, como Ministro da Justiça, encarregou-se dacensura aosveículos de comunicação. Célebre tornou-se o episódio em que mandara o empresárioRoberto Marinho demitir dois funcionários, ao que este respondera-lhe, negativamente: "Dos meus comunistas cuido eu!".[carece de fontes?]

A 2 de Março de 1964 foi agraciado com a Grã-Cruz daOrdem do Infante D. Henrique e a 13 de Outubro de 1966 foi agraciado com a Grã-Cruz daOrdem Militar de Cristo dePortugal.[8]

No fim do governo de Castelo Branco, em1967, Juracy Magalhães deixa a carreira política. Passa, então a dedicar-se ao setor privado, tendo ocupado a presidência de diversas empresas brasileiras e estrangeiras.[7]

Tratado de Itaipu

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Em 22 de junho de 1966, os ministros de relações exteriores do Brasil (Juracy Magalhães) e Paraguai (Sapena Pastor) assinaram a “Ata do Iguaçu”, firmando uma parceria que visava analisar a viabilidade disposta no recurso hídrico pertencente às duas nações. Em sua autobiografia, Juracy conta o episódio da seguinte forma:

Juarez Távora,Getúlio Vargas e Juracy Magalhães, um ano após a vitória daRevolução de 1930. Juarez e Juracy romperam com Getúlio depois do Golpe de 1937.

"As conversas não eram fáceis. Pastor insistia na tese da indefinição da nossa fronteira no trecho das Sete Quedas, e eu não podia abrir mão da plena vigência do tratado que definia os limites consagrados na demarcação. Houve um momento de quase ruptura quando o chanceler paraguaio chegou a insinuar em nome de um suposto direito histórico, que nosso tratado tinha de ser revisto. Nessa hora observei, com o máximo de calma, que um tratado entre dois países só poderia ser revisto por outro tratado. Ou por uma guerra. E como o Brasil não estava disposto a aceitar novo tratado, perguntei-lhe se o Paraguai se considerava em condições de promover uma guerra.

Em 1976.

Visivelmente surpreso e assustado, o chanceler paraguaio me perguntou se eu lhe estava fazendo uma ameaça, ao que lhe respondi dizendo que apenas pretendia trazer nossa discussão para uma base mais realista. Suspenso nosso encontro nesse clima tenso, quando voltamos a nos reunir já o chanceler mudara por completo sua atitude, graças a isso, pudemos chegar, no dia 22 de junho, em Foz do Iguaçu, a celebrar o acordo, que se chamou Ata das Cataratas".(MAGALHÃES, Juracy. GUEIROS, José Alberto.O último tenente. São Paulo: Editora Record, 1996, p. 349.)

Referências

  1. Pelas regras ortográficas vigentes, o nome do biografado deve ser grafadoJuraci Montenegro Magalhães. Segundo aonomástica, os nomes de pessoas falecidas devem ser referenciados conforme aregra ortográfica em vigor.
  2. abTAVARES, Luis Henrique Dias.História da Bahia. São Paulo: Unesp: Salvador: EDUFBA, 2001, p. 380s,apudSANTOS, Marcos Roberto Martins dos.Aristeu Nogueira: a militância política e cultural de um comunista. Salvador:UFBA, 2007.
  3. "A revolução de 30: Juracy Magalhães e os novos rumos da cena política baiana". In: REIS, Fernanda Teixeira,Política Mandonista no Estado da Bahia: o fenômeno político do carlismo e as sucessivas estratégias de adaptação da elite política baiana[ligação inativa]. Brasília: Centro de Pesquisa e Pós-Graduação sobre as Américas -UnB, 2010.
  4. Gerard Colby e Charlotte Dennett.Seja feita a vossa vontade. Editora Record, 1998.
  5. Figueira, Guilherme Jorge (8 de novembro de 2019).«História do Partido de Representação Popular.: "O Integralismo e seus Mártires"».História do Partido de Representação Popular. Consultado em 8 de novembro de 2019 
  6. Brasil, CPDOC-Centro de Pesquisa e Documentação História Contemporânea do.«Acordo Militar Brasil-Estados Unidos (1952)».CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 11 de fevereiro de 2020 
  7. abCPDOC-FGV.A Era Vargas: dos anos 20 a 1945Juraci Magalhães
  8. «Cidadãos Estrangeiros Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Juracy Montenegro Magalhães". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 2 de abril de 2016 
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Precedido por
Raimundo Rodrigues Barbosa
Governador da Bahia
1931 — 1937
Sucedido por
Antônio Fernandes Dantas
Precedido por
Presidente da Petrobras
de abril até setembro de1954
Sucedido por
Artur Levy
Precedido por
Antônio Balbino
Governador da Bahia
1959 — 1963
Sucedido por
Lomanto Júnior
Precedido por
Luís Viana Filho
Ministro da Justiça e Negócios Interiores do Brasil
1965 — 1966
Sucedido por
Mem de Azambuja Sá
Precedido por
Vasco Leitão da Cunha
Ministro das Relações Exteriores do Brasil
1966 — 1967
Sucedido por
José de Magalhães Pinto
1889–1930
(República Velha)
Brasão da Bahia
1930–1945
(Era Vargas)
1945–1967
(República Nova)
1967–1987
(Ditadura Militar)
1983–presente
(Nova República)
Período Populista
(4.ª República)
Logo do Petrobras
Ditadura militar
(5.ª República)
Nova República
(6.ª República)
Bandeira do primeiro reinadoPrimeiro reinado
(D. Pedro I)
Bandeira do primeiro reinado e regênciaPeríodo regencial
Bandeira do segundo reinadoSegundo reinado
(D. Pedro II)
Bandeira do Brasil (1889-1960)República Velha
(1.ª República)
Bandeira do Brasil (1889-1960)2.ª República
Bandeira do Brasil (1889-1960)Estado Novo
(3.ª República)
Bandeira do BrasilPeríodo Populista
(4.ª República)
Bandeira do BrasilDitadura Militar
(5.ª República)
Bandeira do BrasilNova República
(6.ª República)
República Velha
(1ª República)
Bandeira do Brasil
, e
Repúblicas
Ditadura Militar
(5ª República)
Bandeira do BrasilNova República
(6ª República)
Primeiro reinado
(D. Pedro I)
Período regencial
Segundo reinado
(D. Pedro II)
República Velha
(1.ª República)
Era Vargas
(2.ª e3.ª Repúblicas)
Período Populista
(4.ª República)
Ditadura militar
(5.ª República)
Nova República
(6.ª República)
Vice-presidente
José Maria Alkmin (1964–1967)
Castelo Branco
Ministérios
Aeronáutica
Agricultura
Oscar Thompson Filho (1964) •Hugo de Almeida Leme (1964–1965) •Ney Braga (1965–1966) •Severo Fagundes Gomes (1966–1967)
Educação
Exército
Costa e Silva (1964–1966) •Ademar de Queirós (1966–1967)
Fazenda
Indústria e Comércio
Daniel Agostinho Faraco (1964–1966) •Paulo Egydio Martins (1966–1967)
Interior
Milton Campos (1964–1965) •Luís Viana Filho (1965) •Juracy Magalhães (1965–1966) •Mem de Azambuja Sá (1966) •Luís Viana Filho (1966) •Carlos Medeiros (1966–1967)
Justiça
Milton Campos (1964–1965) •Luís Viana Filho (1965) •Juracy Magalhães (1965–1966) •Mem de Azambuja Sá (1966) •Luís Viana Filho (1966) •Carlos Medeiros (1966–1967)
Marinha
Minas e Energia
Mauro Thibau (1964–1967)
Planejamento
Roberto Campos (1964–1967)
Relações Exteriores
Vasco Leitão da Cunha (1964–1966) •Juracy Magalhães (1966–1967)
Saúde
Trabalho e Previdência Social
Viação e Obras Públicas
Órgãos
(ligados à
Presidência da
República)
Casa Civil
Estado Maior das Forças Armadas
Gabinete Militar
Ernesto Geisel (1964–1967)
Encarregados de Negócios
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e Ministros Plenipotenciários
Embaixadores Extraordinários
e Plenipotenciários
Controle de autoridade
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