
AJunta de Salvação Pública foi a designação dada ao órgão político-militar que assumiu o poder durante ogolpe de 28 de Maio de 1926. A junta foi criada em Lisboa, logo no dia 28 de Maio, sob a chefia do almiranteJosé Mendes Cabeçadas, lançando nesse dia um manifesto. Nos dias imediatos assumiu a plenitude do poder político, recebendo a demissão, primeiro doGoverno e depois, já com o seu líder nomeadopresidente do Ministério, dopresidente da República.[1] O nome escolhido para a junta foi o mesmo que fora utilizado oficiosamente pelajuntasidonista de 17 de Março de 1918.[2]
Iniciado o movimento revoltoso emBraga, às 6 horas da manhã do dia 28 de Maio de 1926, comandado pelo generalManuel Gomes da Costa que se encontrava naquela cidade, logo em Lisboa se formou uma junta político-militar, auto-intitulada de Junta de Salvação Pública, liderada pelo almirante Mendes Cabeçadas, que lançou um manifesto e se assumiu como a representação na capital dos revoltosos.[1]
A junta era composta por composta porJosé Mendes Cabeçadas (presidente) e porArmando da Gama Ochôa,Jaime Baptista eCarlos Vilhena.
No dia 29 de Maio, depois da guarnição de Lisboa aderir ao golpe e do generalÓscar Carmona, que se encontrava emElvas, assumir o comando da 4.ª divisão do Exército, aquartelada emÉvora, o governo deAntónio Maria da Silva apresentou a demissão ao presidente da junta.
Em consequência dessa demissão, no dia 30 de Maio, Mendes Cabeçadas aceitou o convite do presidenteBernardino Machado para assumir o cargo de presidente do Ministério e a pasta deministro da Marinha, acumulando interinamente todas as outras pastas. Esta situação entregou formalmente o poder político ao líder da Junta de Salvação Pública, a qual assumira jáde facto o governo do Estado. Com a tomada de posse de Mendes Cabeçadas como presidente do Ministério, ocorrida nesse mesmo dia 30 de Maio, a junta foi formalmente dissolvida.
No dia 31 de Maio, por ordem doministro da Guerra da Junta, foi encerrado oCongresso da República. Nesse mesmo dia, Bernardino Machado apresentou a sua demissão do cargo de presidente da República, entregando os seus poderes a Mendes Cabeçadas.[1]
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