| José Luís de Castro | |
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| 2.ºConde de Resende Almirante de Portugal [1] | |
José Luís de Castro, Conde de Resende | |
| 13.° Vice-rei do Brasil | |
| Reinado | 9 de maio de 1790 a 14 de outubro de 1801 |
| Antecessor(a) | Luís de Vasconcelos e Sousa |
| Sucessor(a) | Fernando José de Portugal e Castro |
| Dados pessoais | |
| Nascimento | 19 de agosto de1744 |
| Morte | 23 de março de1819 (74 anos) |
| Religião | Catolicismo romano |
José Luís de Castro (Lisboa,19 de agosto de1744 — Lisboa,23 de março de1819), o2.º Conde de Resende, foi umnobreportuguês. FoiAlmirante de Portugal e o 13ºvice-rei do Brasil por onze anos, de 4 de junho de 1790 a 14 de outubro de 1801.[2]

O conde de Resende foi um administrador que não contou com a simpatia do povo. Além de ter tomado medidas impopulares, era homem ríspido e intratável. Desconfiado em relação aos intelectuais e aosmaçons — achando que tramavam contra a Coroa portuguesa —, fechou a Sociedade Literária criada por seu antecessor, tendo mandado prender e processar os seus membros,[3] inclusive o poetaManuel Inácio da Silva Alvarenga eMariano José Pereira da Fonseca, futuroMarquês de Maricá. Esses só foram soltos por ordem do novo Ministro, D.Rodrigo de Sousa Coutinho, depoisConde de Linhares.
QuandoPortugal entrou emguerra contra aFrança, por consequência daRevolução Francesa, coube ao vice-rei tomar providênciasmilitares.
Datam de sua época a organização do serviço deCorreios para o Brasil e aConjuração Baiana. Ao encerrar o seu governo, registravam-se, nas capitanias deRio Grande do Sul e doMato Grosso, repercussões da guerra contra aEspanha, como a definitiva conquista, para o Brasil, do território dosSete Povos das Missões Orientais do Uruguai.
O conde de Resende foi o iniciador da iluminação do Rio de Janeiro comóleo de baleia.
Em seu tempo comovice-rei doBrasil, foram julgados e condenados osinconfidentes mineiros de 1789.
Diversas reuniões foram realizadas, sem que se alcançasse um consenso quanto a sentença de Tiradentes. Em uma dessas, que se prolongava pela madrugada, sem que os juízes chegassem a uma conclusão, com o intuito de acalmar os temores dos juízes e influenciar na decisão, quanto a uma possível reação popular, diante da execução da sentença, que pelo crime de “lesa-majestade” não poderia ser outra, senão a forca, D. José Luis Martinho de Mello e Castro, 2º Conde de Resende e Vice-Rei do Brasil, teria afirmado: “Brasileiro não reage nem a chibata na cara...”
Sua correspondência para a Corte, em 29 de maio de 1792, comunicando as sentenças dadas aos réus da Conjuração de Minas Gerais, mostra a severidade e o receio dos juízes quanto ao destino de Tiradentes:
“No dia 18 de Abril em conferência que durou até as duas horas da noite foram sentenciados em relação os réus da Conjuração de Minas Gerais. Sustentaram os juízes os seus votos até a decisão dos segundos embargos; e sendo então apresentada na mesa a carta régia de 15 de Outubro de 1790, julgaram somente o réu Joaquim Xavier em execução da pena última que mandei executar.Como o chanceller remete o traslado de todo o processo sumário, por evitar extensão, não respeito a mudança e última decisão, que pela dita carta régia houve nos degredos, para os quais, em seu cumprimento se vão expedindo os réus a medida que se oferece ocasião de embarcações. E já fiz partir para Angola os quatro réus Ignácio José de Alvarenga, Francisco Lopes, José Alvares Macel e Luis Vaz de Toledo Peza: e para Moçambique, e Rio de Sena, pelo navio da Índia Nossa Senhora da Conceição princesa de Portugal, os sete réus Thomás Antonio Gonzaga, José Ayres Gomes, Vicente Vieira da Motta, João da Costa Rodrigues, Antonio de Oliveira Lopes, Victoriano Gonçalves Vellozo, e Salvador Carvalho do Amaral Gorgel. Deus guarde a Vossa Exª. Rio de Janeiro 29 de maio de 1792. Senhor Martinho de Mello e Castro. Conde de Rezende”.
Apesar do poetaCláudio Manuel da Costa ter sido encontrado morto na prisão, tendo sua morte declarada como tendo sido suicídio, apenas Tiradentes foi executado, os demais tiveram a pena comutada para degredo perpétuo porD. Maria I.
D. José Luís de Castro era o filho mais velho de D.António José de Castro, o 1.ºConde de Resende, e de sua esposa, Teresa Xavier da Cunha e Távora.
Em 11 de setembro de 1774, casou com D. Maria do Resgate do Rosário de Noronha, uma neta, por parte do pai, do 4.ºConde de Arcos e, por parte da mãe, do 1.ºMarquês de Alorna. Eles tiveram doze filhos juntos:
| Precedido por Luís de Vasconcelos e Sousa, 4.º Conde de Figueiró | Vice-rei do Brasil e Governador do Rio de Janeiro 1790 — 1801 | Sucedido por Fernando José de Portugal e Castro |
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