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José Leandro Andrade

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José Leandro Andrade
José Leandro Andrade
Informações pessoais
Nome completoJosé Leandro Andrade
Data de nasc.1 de outubro de1901
Local de nasc.Salto,Uruguai
Nacionalidadeuruguaio
Morto em5 de outubro de1957 (56 anos)
Local da morteMontevidéu,Uruguai
ApelidoMaravilha Negra[1]
Jogador com pés de ouro,[2]
Pelé dos anos 20[2]
Informações profissionais
Posiçãolateral-direito
Clubes profissionais
AnosClubesJogos (golos)
1921-1923
1924-1930
1931-1935
1932
1933
1934
1935
1936
Bella Vista
Nacional
Bella Vista (empréstimo)
Peñarol
Atlanta
Talleres
Montevideo Wanderers
Argentinos Juniors
71 (7)
105 (29)
88 (3)
1 (0)
2 (0)
17 (0)
Seleção nacional
1923–1930Uruguai34 (1)
Times/clubes que treinou
Medalhas
Jogos Olímpicos
OuroParis 1924Equipe
OuroAmsterdam 1928Equipe

José Leandro Andrade (Salto,1 de outubro de1901Montevidéu,5 de outubro de1957) foi umfutebolistauruguaio que jogava como lateral-direito. É considerado a primeira estrela negra a nível mundial da história do esporte, sendo apelidado emParis deLe Merveille Noire ("A Maravilha Negra"),[1][3] fez parte da chamadaCeleste Olímpica, conquistando, entre outros títulos, obicampeonato olímpico em1924 e1928, assim como aCopa do Mundo FIFA em1930.[4] Por conta disso, ele é um dos11 futebolistas Campeões Olímpicos e também da Copa do Mundo.[5][6]

Andrade chegou a ganhar de alguns historiadores o apelido de "O Pelé dos anos 20", pelo tamanho da idolatria que despertou,[2] parte dela atribuída à fascinação que a cidade deParis nadécada de 1920, onde o jogador brilhou, vinha sentido na época pela cultura africana, mesmo que estereotipada - sendo um negro em campo, algo quase inédito no futeboleuropeu, Andrade despertava uma atenção especial, em viés considerado como "racismo condescendente" do qual soubera tirar proveito.[7]

Quem pesquisa relatos de época de seu estilo, posicionamento e desempenho também o compara ao francêsZinédine Zidane.[8] Teve, porém, uma trajetória na qual é difícil a separação entre realidade e lendas;[7] sua participação em campo era clara: recuperar a bola e entrega-la aos atacantes, sem quase pisar na área rival, mas armando jogo sem descuidar-se do aspecto defensivo,[9] com determinado especialista no futebol uruguaio reconhecendo que a semelhança com Pelé limita-se à cor da pele, esclarecendo que "Andrade jogava como lateral-direito. Poderíamos compará-lo aMarcelo ou aDaniel Alves em seu melhor momento", não sendo na época exatamente o jogador melhor avaliado tecnicamente pelos próprios uruguaios.[7]

Dono de um físico privilegiado (media 1,80 m e pesava 79 kg) era esguio e veloz. Ficaram famosos os seus carrinhos na bola, um recurso chamado detijera (tesoura), interceptando jogadas com muita desenvoltura. Reunia elegância, inteligência, elasticidade e tenacidade, sendo para os que o viram a conformação do futebolista ideal.[1] Andrade foi eleito o 20º melhor jogador sul-americano e o 29º melhor jogador do mundo em eleições promovidas em 2000 pelaFederação Internacional de História e Estatísticas do Futebol, alusivas aoséculo XX. Também já ocupou o sexto lugar de uma lista de melhores da história promovida pela revistaFrance Football. Sua figura estampa oHall da Fama daFIFA.[1]

Carreira em clubes

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Inícios

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De origem humilde,[1] Andrade começou a se notabilizar noBella Vista, onde chegou doReformers em 1923 devido à sua amizade comJosé Nasazzi,[10] capitão daSeleção Uruguaia.[3] Naquele mesmo ano, Andrade estreou pela seleção, participando daCopa América de 1923 já como titular da vitoriosa campanha.[carece de fontes?]

Desde 1922, o futebol uruguaio passava por um cisma, a durar até 1925, separando os dois principais clubes do país:[carece de fontes?] oNacional permanecia na liga reconhecida pelaFIFA e oPeñarol, em outra, privando os jogadores aurinegros de integrarem a seleção uruguaia.[11] Sem o Peñarol, o Bella Vista de Nasazzi e Andrade tornou-se o principal concorrente do Nacional no campeonato de 1924,[12] bem como foi o segundo clube mais representado entre os uruguaios titulares nafinal da Copa do Mundo FIFA de 1930.[3] Em 1924, Nasazzi e Andrade também integraram como titulares a seleçãocampeã olímpica.[carece de fontes?]

Ainda como jogador do Bella Vista, Andrade esteve em 1924 também naCopa América daquele ano, embora não tenha jogado.[carece de fontes?]

Ídolo internacional no Nacional

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ONacional antes de derrotar por 3-0 oGenoa, na época o maiorcampeão italiano.

Andrade passou ao Nacional em 1925, integrando a vitoriosa excursão dos tricolores àEuropa. No ano seguinte ao primeiro ouro olímpico do futebol uruguaio e sul-americano, a viagem confirmou o valor do futebol uruguaio. 700 mil pessoas viram a equipe ao longo de 38 partidas. Nasazzi também participou, emprestado. Foram 130 gols marcados, somente 30 sofridos, com 26 vitórias e somente cinco derrotas.

Dentre as equipes derrotadas, oGenoa,[13] dono de dois títulos italianos nas três temporadas anteriores e maior campeão docalcio naquela época,[14] mas que perdeu por 3-0 emGênova;seleção neerlandesa (derrotada emRoterdã por 7-0);seleção belga (derrotada emBruxelas por 5-1);seleção francesa, derrotada emParis por 6-0;seleção suíça, derrotada naBasileia por 5-2;seleção austríaca, derrotada emViena por 2-0;seleção catalã, derrotada emBarcelona por 4-0;Sporting Clube de Portugal, derrotado nacapital portuguesa por 4-0; eDeportivo La Coruña, derrotadoem sua cidade por 3-0. O Nacional também empatou em 2-2 co oBarcelona[carece de fontes?] emLes Corts, após estar perdendo por 2-0. Esse resultado foi determinante para primeira contratação que o Barcelona fez, no ano seguinte, de um jogador que atuava em um clube sul-americano - foiHéctor Scarone.[15]

A mesma foto acima reproduzida sob a anúncio "o famoso time uruguaio de futebol" nosEUA em 1927. Andrade é o único jogador a merecer uma descrição na escalação: "o maior jogador de cor no mundo, cujas jogadas vêm sendo uma sensação por vários anos".

Não houve campeonato uruguaio naquele ano, com as ligas cismadas reunificando-se em 1926. O Nacional, porém, só voltaria a ser campeão em 1933, nem sempre por falta de méritos: não houve campeonato também em 1930, em função daprimeira Copa do Mundo,[carece de fontes?] realizada noUruguai e para a qual o clube foi base da seleção, com quatro titulares na decisão, incluindo Andrade,[3] e nove convocados,[16] que seriam respectivamente cinco e dez se o goleiroAndrés Mazali não fosse previamente afastado uma semana antes da estreia, por indisciplina ao abandonar a concentração de oito semanas.[17]

Assim, entre 1924 e 1933 as maiores glórias do Nacional se deram no exterior. Em 1927, o time promoveu nova excursão, dessa vez nasAméricas Central edo Norte, com vitórias sobre asseleções mexicana eespanhola.[18] Nessa excursão, inclusive, Andrade teria impressionado o jovemjazzistaLouis Armstrong, que chegou a procura-lo ao visitarMontevidéu em 1957 e ficar consternado ao saber que o jogador, naquele mesmo ano, havia recentemente falecido.[7]

Fim da carreira

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De 1930 a 1931, Andrade voltou a jogar pelo Bella Vista, como a grande estrela de excursão que a equipe fez pelas trêsAméricas. Após regressar, juntou-se aoPeñarol, onde o jogador conquistou em 1932 o seu único título decampeão uruguaio;[10] porém, o lateral-direito titular da campanha, a primeira do profissionalismo no futebol uruguaio, foiLuis Mainardi.[19] Decadente, passou rapidamente por pequenos clubes daArgentina, defendendo em 1933 oAtlanta e em 1934 oTalleres de Remedios de Escalada,[carece de fontes?] que jogava seus últimos anos naprimeira divisão argentina.[20]

O final de sua carreira é obscuro: em 1935, ele teria voltado aoPeñarol,[carece de fontes?] onde novamente o titular foi outro,Ereb Zunino,[21] e seguido aoMontevideo Wanderers, defendendo em 1936 oArgentinos Juniors.[carece de fontes?]

Seleção

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Seleção Uruguaia que foicampeã olímpica de 1924. Único negro, Andrade é o quinto jogador em pé.
Seleção Uruguaia que foicampeã olímpica de 1928. Um dos dois negros (o outro é o sorridenteJuan Píriz), Andrade é o último jogador em pé.
Seleção uruguaia antes dafinal da primeira Copa do Mundo. Único negro, Andrade é a antepenúltima pessoa em pé.

Estreou pelaSeleção Uruguaia de Futebol em 1923, totalizando 34 jogos oficias e um gol. Sua estreia deu-se em24 de junho,[carece de fontes?]data em que o Uruguai empatou em 0-0 com aArgentina pela Copa Lipton, emBuenos Aires.[carece de fontes?] ACeleste foi a primeira seleção de um país predominantemente branco a usar frequentemente jogadores negros, o que ocorria pelo menos desde adécada de 1910, de modo que Andrade não foi o primeiro. Foi, porém, o primeiro a se destacar a nível mundial.[3]

Em 1923, ainda jogava noBella Vista e naquele mesmo ano, integrou, já como titular, a campanha uruguaia vitoriosa naCopa América de 1923. No ano seguinte, foi titular também na conquista dasOlimpíadas de Paris, jogando as cinco partidas.[carece de fontes?] Lá, foi apelidado de "A Maravilha Negra" pelosfranceses.[3] A grande exibição veio em um 7-0 naIugoslávia, que sentia confiança na vitória após relatórios de espiões que haviam visto o treino dos uruguaios - sem saber que haviam sido descobertos, com os sul-americanos passando a errar propositalmente no treinamento. Os uruguaios inicialmente atraíam vinte mil pessoas; 51 mil viriam a assistir um 5-1 na anfitriãFrança.[8]

Após a conquista, os uruguaios deram uma volta completa no campo, andando pela pista lateral e acenando para a plateia, inaugurando o gesto que ficaria conhecido como "volta olímpica", repetido por eles nas duas conquistas mundiais seguintes e posteriormente adotado por todos os países.[22] Sobre a exibição daCeleste, o correspondente espanhol Enrique Carcellach escreveu que "venho assistindo futebol há vinte anos e nunca havia visto nenhum time jogar com a maestria dessa seleção do Uruguai. Eu não imaginava que futebol poderia ser oferecido a esse grau de virtuosismo, esse limite artístico. Eles estão jogando xadrez com os pés!". Já o Gabriel Hanot, editor doL'Équipe, assinalou que os jogadores uruguaios eram comopuros-sangue ingleses perto de cavalos de fazenda", comparando-os aos europeus.[8]

Outros veículos da imprensa europeia registram impressões de espanto similares: "os uruguaios são pessoas flexíveis, discípulos do espírito de finesse. Eles desenvolveram com primor, e talvez até mesmo em excesso, a arte de fingir, de se esquivar, de mudar de pé, de girar de um lado e de outro com o corpo, de mudar de direção na corrida", exaltou o jornal francêsLe Miroir des Sports, enquanto aitalianaLa Gazzetta dello Sport registrou que usou termos como "fraseado musical" e "perfeição estilística" para rotular os celestes. Em meio à fascinação gerada por toda a seleção sul-americana, Andrade, como único negro em tempos em que negros eram raríssimos no futebol europeu, foi visto de modo especial pela mídia local, a desenvolver uma espécie de fetiche pela "Maravilha Negra", embora ele não fosse exatamente o melhor jogador do time.[7]

Ainda como jogador do Bella Vista, Andrade esteve emCopa América de 1924, embora não tenha jogado. ACeleste não participou daedição de 1925,[carece de fontes?] voltando emedição de 1926 e sendo campeão.[1] Andrade foi eleito o melhor jogador dessa edição.[carece de fontes?]

Na edição de 1927, o Uruguai, com Andrade titular, foi vice-campeão para aArgentina. A colocação bastou para qualificar aCeleste àsOlimpíadas de 1928.[carece de fontes?] Andrade, que já estava decadente em função dasífilis contraída naEuropa anos antes, de início recusou a participar das Olimpíadas se não recebesse compensação financeira.Eduardo Martínez chegou a viajar em seu lugar paraAmsterdã, mas Andrade cedeu no último instante, embarcando noRio de Janeiro rumou aos Jogos. Martínez permaneceu, mas acabou não inscrito.[7]

Andrade participou desde a estreia, na vitória por 2-0 sobre os anfitriõesPaíses Baixos,[carece de fontes?] cuja torcida passou a vaiar os uruguaios nas partidas seguintes, mas aCeleste ainda assim conseguiu o bicampeonato.[23] Andrade esteve em quatro das cinco partidas, ausentando-se somente nas quartas-de-final contra aAlemanha.[carece de fontes?]

Dono de um único gol pela seleção, Andrade marcou-o naCopa América de 1929; foi o último, no minuto 69, de vitória por 4-1 sobre oPeru, assinalando placar provisório de 4-0. A campeã terminou sendo a Argentina. Andrade fez seus últimos jogos em 1930,[carece de fontes?] quando foi titular naprimeira Copa do Mundo, jogando as quatro partidas.[9] Ele já não estava na melhor forma, mas bastou para ser escalado no "time ideal" da competição.[8]

Na decisão, ele falhou no segundo gol argentino, com o artilheiroGuillermo Stábile se antecipando a Andrade para marcar e, àquela altura, virar a partida para 2-1, ainda que o lance tenha sido bastante contestado pelos uruguaios, que alegavam impedimento. ACeleste, porém, recuperou-se com três gols no segundo tempo, vencendo de virada por 4-2. Mas sem tranquilidade: entre o terceiro gol, aos 23 minutos, e o quarto, no penúltimo, os argentinos dominaram, pressionando pelo empate.[24] E Andrade, que anulou a velocidade deMario Evaristo,[25] também salvou em cima da linha uma tentativa deFrancisco Varallo.[26]

A final, em30 de julho,[carece de fontes?] marcou sua despedida daCeleste.[carece de fontes?] AFIFA considerou-o o terceiro melhor jogador do torneio, avaliação que teria levado em consideração mais a fama do que o desempenho real de Andrade: em registros da época na imprensa uruguaia, o jogador tinha seu declínio visível ressaltado, sendo visto como um dos melhores desempenho na competição, especialmente na final.[7]

Vida Pessoal

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OUruguai antes doMaracanaço, naCopa do Mundo FIFA de 1950.Víctor Rodríguez Andrade, sobrinho de Andrade, é o último jogador em pé, o único negro.

Andrade nasceu na fronteira com aArgentina e sua mãe seria deste país. Conta-se que seu pai também vinha de um país vizinho, oBrasil, onde seria um ex-escravo fugido. Seria José Ignacio Andrade, registrado na certidão de nascimento como testemunha e não pai; o jogador seria filho ilegítimo. Os relatos de sua vida são imprecisos, dificultando a separação entre realidade e ficção, sendo divulgando que seu pai biológico tinha experiência comcandomblé e já teria 98 anos quando Andrade nasceu. Na juventude, o jogador teria sido gigolô.[8]

O estilo de vida boêmio e a origem humilde também suscitaram lendas sobre Andrade. Uma delas sugere que, durante os Jogos Olímpicos de Paris, Andrade teve um caso comColette, renomada escritora francesa que ganhou o Prêmio Nobel de Literatura em 1938. Segundo consta também, ele conheceu e dançou um tango comJosephine Baker, a mais famosa dançarina francesa da época;[2] em outras versões, o encontro com Josephine deu-se em 1925, na excursão com oNacional.[7] Após asOlimpíadas de 1924, teria tentado carreira musical emParis, como bailarino e cantor detango. Também teria desenvolvido caso com uma condessa loira e de olhos azuis, que chegou a vir aoUruguai para tentar trazê-lo de volta.[1] A realidade é que ele de fato casou-se com uma loira, mas uma argentina de sobrenome Francolino.[7]

Na capital francesa, Andrade chegou a ser encontrado rodeado de mulheres em uma área nobre da cidade pelo colegaÁngel Romano, enviado para encontrar Andrade, que regularmente deixava a concentração na capital francesa. Voltou de lá como umdândi, com luvas amarelas, casaco caro, botas de couro, colarinho estampado e chapéu elegante. Acabou por ofender membros da comunidade negra deMontevidéu ao ausentar-se de uma festa que preparam em sua homenagem, sendo visto como arrogante,[8] e até mesmo como traidor da própria raça. Somente cerca de oito décadas depois, uma biografia do jogador (intituladaGloria y Tormento) esclareceu que ele, em correspondência sem denotar qualquer desprezo à sua comunidade, teria avisado de antemão a impossibilidade de comparecer ao evento, o que não impediu que algum ressentimento fosse mantido, ainda que atenuado, após tanto tempo de tradição oral repassada aos descendentes dos "esnobados" pelo craque - inclusive porque o compromisso inadiável seria um encontro clandestino com uma mulher casada e da alta sociedade.[7]

A vida desregrada, no entanto, cobraria seu preço. Em 1925, em meio à excursão europeia com oNacional, ele foi diagnosticado com sífilis em Bruxelas e ficou meses inativo, abandonando o elenco para visitarParis, regressando a Montevidéu com dois meses de atraso, visivelmente mais magro. A doença também teria contribuído para cegueira de um de seus olhos, com outra versão sugerindo que a deficiência decorreu de um choque com uma trave na semifinal olímpica de 1928.[8]

Andrade também foi um grande entusiasta do carnaval, e tocava vários instrumentos de percussão, além de violino.[2] Bastante orgulhoso, não era de pedir publicamente favores, o que também teria contribuído para a queda de qualidade da sua vida.[8] Mesmo decadente, teria impressionado ojazzistaLouis Armstrong na excursão do Nacional pelosEstados Unidos em 1927, a ponto de biógrafos do jogador sugerirem que o músico inspirou-se no uruguaio para consolidar um estilo de improvisos e quebras rítmicas, em obras datadas a partir da época em que conhecera o jogador.[7]

Ele já estava longe da melhor forma quando venceu aCopa do Mundo FIFA de 1930, ainda que tenha sido incluso na seleção de melhores jogadores do torneio. Com o fim da carreira, sofreu com oalcoolismo,depressão e um casamento problemático. Chegou a ser convidado de honra para presenciar aCopa do Mundo FIFA de 1950, onde jogou seu sobrinho,Víctor Rodríguez Andrade, que havia adicionado o sobrenome do tio para honra-lo. Seis anos depois, ao ser procurado por um jornalista alemão em Montevidéu, inviabilizou a entrevista ao, bastante bêbado, não conseguir entender as perguntas. Faleceu no ano seguinte, sem patrimônio, em umasilo,[8] cego e esquecido,[1] cuidado apenas por uma irmã.[7]

Títulos e Honrarias

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Peñarol
  • Campeonato Uruguaio - 1932
Uruguai Seleção Uruguaia
  • Campeão da Copa América - 1923, 1924, 1926
  • Medalha de Ouro nos Jogos Olímpicos - 1924, 1928
  • Campeão da Copa do Mundo - 1930

Campanhas de Destaque

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  • Vice-campeão da Copa América - 1927
  • 3º Lugar na Copa América - 1929

Conquistas Individuais

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  • 1926 - Melhor jogador da Copa América
  • 2006 - 20º Posição da lista "Melhor jogador sul-americano do século XX" segundo a IFFHS
  • 2006 - 29º Posição da lista "Melhor jogador do século XX" segundo a IFFHS

Referências

  1. abcdefghBASSORELLI, Gerardo (2012).La Maravilla Negra.Héroes de Nacional. Montevidéu: Editorial Fin de Siglo, pp. 106-109
  2. abcdegloboesporte.globo.com/Um bicampeão olímpico cercado de lendas: Andrade, o "Pelé dos anos 20"
  3. abcdefGEHRINGER, Max (set. 2005).Os campeões. Placar Especial "A Saga da Jules Rimet fascículo 1 - 1930 Uruguai". São Paulo: Editora Abril, p. 43
  4. Evans, Hilary; Gjerde, Arild; Heijmans, Jeroen;Mallon, Bill; et al.«Perfil na Sports Reference».Sports Reference LLC (em inglês). Olympics em Sports-Reference.com. Consultado em 16 de fevereiro de 2016.Cópia arquivada em 4 de dezembro de 2016 
  5. olympstats.com/Olympic Footballers – Gold Medalists and World Cup Champions
  6. theguardian.com/Has any player ever won the Euro, World Cup and Olympics treble?
  7. abcdefghijklNEVES, Emanuel (15 de maio de 2018).«José Leandro Andrade: A Maravilha Negra». Puntero Izquierdo. Consultado em 1 de junho de 2018 
  8. abcdefghiTABEIRA, Martín (24 de maio de 2014).«Before Pelé there was Andrade».The Guardian. Consultado em 5 de outubro de 2017 
  9. abESTÉVEZ, Martín (21 de abril de 2017).«20 volantes defensivos que hicieron historia». El Gráfico. Consultado em 13 de setembro de 2017 
  10. ab«José Leandro Andrade». Bella Vista. Consultado em 13 de setembro de 2017 
  11. MELOS PRIETO, Juan José (2012).1921 - El Cisma.El Padre de la Gloria. Montevidéu: Ediciones El Galeón, pp. 42-43
  12. MELOS PRIETO, Juan José (2012).1924.El Padre de la Gloria. Montevidéu: Ediciones El Galeón, pp. 48-49
  13. MELOS PRIETO, Juan José (2012).1925 - La Gira de las Giras.El Padre de la Gloria. Montevidéu: Ediciones El Galeón, pp. 50-53
  14. BERTOZZI, Leonardo (jan. 2009).O berço do calcio.Trivela n. 35. São Paulo: Trivela Comunicações, pp. 52-55
  15. BASSORELLI, Gerardo (2012).El mejor jugador del mundo.Héroes de Nacional. Montevidéu: Editorial Fin de Siglo, pp. 91-99
  16. MELOS PRIETO, Juan José (2012).1930 Montevideo.El Padre de la Gloria. Montevidéu: Ediciones El Galeón, pp. 64-65
  17. GEHRINGER, Max (set. 2005).Indisciplinado. Placar Especial "A Saga da Jules Rimet fascículo 1 - 1930 Uruguai". São Paulo: Editora Abril, p. 37
  18. MELOS PRIETO, Juan José (2012).1927 - La Gira por Estados Unidos y Centroamérica.El Padre de la Gloria. Montevidéu: Ediciones El Galeón, pp. 58-59
  19. ANTÚÑEZ, Marcos Silveira (2011).1933.Club Atlético Peñarol 120. Montevidéu: Ediciones El Galeón, pp. 61-62
  20. BRANDÃO, Caio (4 de janeiro de 2017).«Conca não é o primeiro argentino em três grandes cariocas. Relembre Alfredo González». Futebol Portenho. Consultado em 13 de setembro de 2017 
  21. ANTÚÑEZ, Marcos Silveira (2011).1935.Club Atlético Peñarol 120. Montevidéu: Ediciones El Galeón, pp. 65-67
  22. GEHRINGER, Max (set. 2005).A volta olímpica. Placar Especial "A Saga da Jules Rimet fascículo 1 - 1930 Uruguai". São Paulo: Editora Abril, p. 41
  23. MELOS PRIETO, Juan José (2012).1928 - Amsterdam tuya Héctor!!!.El Padre de la Gloria. Montevidéu: Ediciones El Galeón, pp. 60-61
  24. GEHRINGER, Max (set. 2005).Os gols da final. Placar Especial "A Saga da Jules Rimet fascículo 1 - 1930 Uruguai". São Paulo: Editora Abril, p. 42
  25. CASTRO, Robert (2014).Capítulo II - Uruguay 1930.Historia de los Mundiales. Montevidéu: Editorial Fín de Siglo, pp. 20-33
  26. Manco, um herói uruguaio (16 abr. 1982).Placar n. 621. São Paulo: Editora Abril, pp. 42-45


Goleiro
Defensores
Meio-campos
Atacantes
Principal
Rivalidades
Relacionados
Principal
Rivalidades
Relacionados
Equipes do Uruguai
MC Andrade •G Casella •AT Cea • Etchegoyen •MC Ghierra •G Mazali •DF Nasazzi •AT L. Pérez •AT Petrone •AT Romano •AT Scarone •AT Somma •MC Tomassina •AT S. Urdinarán •DF Uriarte •MC Vidal •MC Zingone •Treinador: De Lucca
MC Andrade •DF Arispe •G Casella •AT Cea • Chiappara* •AT Etchegoyen •MC Ghierra •G Mazali •MC Naya •DF Nasazzi Capitão •AT Petrone •AT Romano •AT Saldombide •AT Scarone •DF Tomassina •DF A. Urdinarán* •AT S. Urdinarán •MC Vidal •MC Zibecchi •MC Zingone •Treinador: Fígoli
* Embora incluído no plantel oficial submetido à FIFA, ficou na reserva separadamente da equipe.
MC Alzugaray •MC Andrade •DF Arispe •AT Barlocco •DF Bucetta •G Casella •AT Cea •MC Ghierra •G Mazali •DF Nasazzi •AT Petrone •AT Romano •AT Saldombide •AT Scarone •AT S. Urdinarán •DF Uriarte •MC Vidal •MC Zibechi •MC Zingone •Treinador: Meliante
MC Andrade •G Batignani •AT Borjas • Cabrera •AT Castro • Conti •MC Fernández •MC Ghierra • Lobos •G Mazali •DF Nasazzi •DF Recoba •AT Romano •AT Saldombide •AT Scarone •DF Tejera •AT S. Urdinarán •MC Vanzzino •MC Zingone •Treinador: Fígoli
MC Andrade •AT Anselmo •AT Arremón • Bartibás •DF Bucetta •MC Canavesi •G Capuccini •AT Castro • Celsi •MC Fernández •AT Figueroa •G Mazali •AT Petrone •AT Sacco •AT Scarone •DF Tejera •MC Vanzzino •Treinador: Grecco
MC Andrade •AT Anselmo •DF Arispe •AT Arremón • Bartibás •G Batignani •AT Borjas •AT Campolo •MC Canavesi •AT Castro •AT Cea •MC Fernández •AT Figueroa •MC Gestido •G Mazali •MC Melogno •DF Nasazzi •AT Petrone •AT Píriz •AT Scarone •DF Tejera •AT Urdinarán •Treinador: Giannoti
MC Andrade •DF Arispe •AT Arremón •DF Bucetta •AT Campolo •AT Castro •AT Cea •MC Fernández •AT Figueroa • García •MC Gestido •MC Magallanes •DF Mascheroni •G Mazali •DF Nasazzi •AT Petrone •MC C. Píriz •AT Scarone •MC Silva •Treinador: Suppici
MC Andrade •AT Anselmo •G Ballesteros •AT Calvo •G Capuccini •AT Castro •AT Cea •AT Dorado •MC Fernández •MC Gestido •AT Iriarte •DF Mascheroni •MC Melogno •DF Nasazzi •AT Petrone •MC Píriz •DF Recoba •MC Riolfo •AT Saldombide •AT Scarone •DF Tejera •AT Urdinarán •Treinador: Suppici
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