Jornal é um meio decomunicaçãoimpresso, um produto derivado do conjunto de atividades denominadojornalismo. O primeiro, e por muito tempo, o principal espaço de atividade profissional jornalístico.
Na linguagem jornalística, as características principais são: uso do material "papel de imprensa" ou papel jornal (de menor qualidade que outros materiais e assim mais barato); seu meio decomunicação cultural de massas; publicação de notícias e opiniões que abrangem os mais diversos interesses sociais (alguns com conteúdo especializado comoeconomia edesporto); periodicidade de veiculação diária (alguns com periodicidade semanal, quinzenal e mensal).
Acrise económica de 2008, combinada com o rápido crescimento de alternativasonline, causou um grande declínio nas vendas de jornais, caindo quase 9% nos Estados Unidos.[1] No entanto, verificou-se o contrário noBrasil, onde a tiragem de jornais impressos cresceu 4,2% em2010.[2]
Noséculo XXI, com o avanço dastecnologias digitais, o formato tradicional dos jornais enfrentou grandes transformações. Muitos veículos de comunicação migraram para plataformas online, adotando modelos deassinatura digital e ampliando o uso demultimídia, comovídeos einfográficos interativos, para enriquecer a experiência do leitor. Essa adaptação permitiu aos jornais alcançar públicos globais e diversificados, mas também trouxe desafios como a concorrência comredes sociais e a necessidade de combater a desinformação.[3]
Em1556, o governo daRepública de Veneza publicava boletins mensais chamadosnotizie scritte (notícias escritas), com notícias políticas, militares e económicas, escritas à mão e vendidas nas cidades italianas.[9] Um boletim custava umagazetta moeda de baixo valor da época.[10]
Em1582, é feita a primeira referência a um jornal publicado privadamente, durante o final daDinastia Ming.[11]
O jornal emalemãoRelation aller Fürnemmen und gedenckwürdigen Historien, impresso a partir de1605 por Johann Carolus emEstrasburgo, é reconhecido como o primeiro jornal dahistória.[12][13]
Os jornais contemporâneos, em sua maioria, sãoimpressos em um tipo específico de papel espesso e áspero, o papel-jornal ou papel de imprensa (do inglêsnewsprint), umpapel reciclado obtido defibras recicladas e de pedaços demadeira não aproveitados na fabricação de móveis,[14] cortado em folhas de tamanhos padronizados:
Tamanhopadrão - entre 60 cm x 38 cm e 75 cm x 60 cm;
Tamanho tabloideberlinense (ou europeu) - cerca de 47 cm x 31,5 cm;
Tamanho microjornal.
Atualmente, entretanto, os jornais têm sido veiculados, cada vez mais, por meio eletrônico naRede Mundial de Computadores, conhecidos, assim, porWebjornais
Os jornais diários, além da divisão em editorias e cadernos temáticos mencionada acima, apresentam ainda outras seções de conteúdo jornalístico no âmbito da opinião, das informações institucionais e da utilidade pública.
Elas costumam estar distribuídas pelos cadernos ou páginas especiais:
Editorial - artigos que expressam a opinião institucional e apócrifa (sem assinatura individual);
Expediente - listagem da equipe da redação (no mínimo a direção e os editoriais), dados de tiragem e circulação, mais endereços e telefones para contato, assinaturas e outras edições;
Cartas dos leitores - cartas selecionadas pela redação (ou peloOmbudsman), comentando temas abordados ou sugerindo pautas para novas matérias;
Obituário - falecimentos, geralmente agrupados junto aos anúncios fúnebres;
Coluna Social - notas e fotos de personalidades em festas e eventos sociais;
Efemérides e curiosidades - fatos históricos na data corrente e informações de almanaque e cultura geral;
Charge oucartoon- Acharge é uma ilustração que tem por finalidadesatirizar, por meio de umacaricatura, algum acontecimento atual com uma ou mais personagens envolvidos; já ocartoon é umailustração humorística acompanhado ou não de legenda, de caráter extremamente crítica, retratando, de uma forma bastante sintetizada, algo que envolve o dia a dia de umasociedade;
↑Infelise, Mario. "Roman Avvisi: Information and Politics in the Seventeenth Century." Court and Politics in Papal Rome, 1492–1700. Cambridge:Cambridge University Press, 2002. 212,214,216–217