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| João de Scantimburgo | |
|---|---|
João de Scantimburgo palestrando em Ribeirão Preto, em 1960 | |
| Nascimento | |
| Morte | 22 de março de2013 (97 anos) |
| Nacionalidade | brasileiro |
| Ocupação | Jornalista,professor eescritor |
| Magnum opus | Tratado geral do Brasil |
João de Scantimburgo Filho (Dois Córregos,31 de outubro de1915 –São Paulo,22 de março de2013) foi umjornalista,ensaísta,filósofo,historiador,sociólogo eprofessorbrasileiro, integrante daAcademia Brasileira de Letras. Foi também membro daAcademia Paulista de Letras.[1][2]
Descendente de italianos, era filho de João de Scantimburgo e Julia Cenci de Scantimburgo.[3]
Foi casado duas vezes. Primeiro com Celia Kerr.[4] Segundo com Anna Theresa Maria Josefina Tekla Edwige Isabella Lubowiecka, da família dos condes poloneses de Lubowiecka, falecida em 2003, com quem não teve filhos.
Na sua juventude, na cidade deRio Claro, participou de comícios daAção Integralista Brasileira (AIB), organização que contou com inúmeros monarquistas, dentre estes,Alcebíades Delamare, sabidamente membro daAção Imperial Patrianovista Brasileira (AIPB). Foi nestes eventosintegralistas, onde se impressionou com os discursos dePlínio Salgado e principalmente com os deMiguel Reale, ao qual, julgou este último como um "orador com eloquência", afirmando que "a substância de seus discursos era o Brasil", e cuja personalidade, anos mais tarde, iria tornar-se seu amigo pessoal.
Em, 1949, por convite de Miguel Reale, vinha Scantimburgo a integrar, junto dos filósofosHeraldo Barbuy,Vicente Ferreira da Silva eLuís Washington Vita, o grupo fundador doInstituto Brasileiro de Filosofia e, em 1951, daRevista Brasileira de Filosofia.[2]
Scantimburgo conservava uma visãocatólica, sendo ummonarquista e adepto da filosofiatomista. Foi ele quem, no Brasil, agiu como principal propagador da filosofia deMaurice Blondel. Segundo Alcântara Silveira, João era "quase totalmente banhado" pelo blondelismo.[5] Plínio Salgado, em 1970, admitou-o como pensador de respaldo nas "lições dedoutores da Igreja eencíclias dosPapas", além de relacioná-lo aointegralismo deAntónio Sardinha e a pensadores brasileiros, comoAlberto Torres eOliveira Viana.[6]
Como monarquista, escreveulivros sobre acausa monárquica, tais comoO Poder Moderador (1980) eA Crise Republicana Presidencial (2000) e co-dirigiu, nosanos 60, oComitê de Estudos do Problema Monárquico, ao lado deSebastião Pagano.[7] Também colaborou comPaulo Palmeiro Mendes no seu boletim monarquistaMensagem.[1]
“O Brasil e o Futuro.
Nunca o futuro esteve tão presente, como em nossa época. Se não tivemos, ainda, uma invasão de marcianos, tivemos, vê-se, uma invasão de profetas, que procuram decifrar o futuro ou antecipá-lo, com muitas elucubrações. Se devemos, os contemporâneos que ainda não perdemos a fé, temer pelo mundo, é porque a mecanização do espírito, a desespiritualização da técnica, a crise do homem, de sua crença das bases de seu amor, de sua angústia diante do insondável mistério, que o traz suspenso em face da imensidão de Deus, serem forças poderosas, sobretudo quando usam os veículos de comunicação de massa para difundir o mal. (...)”
—João de Scantimburgo (Tratado geral do Brasil, 1971)
Estudou emRio Claro onde trabalhou para Humberto Cartolano daCaetano, Cartolano & Cia.[8] Ainda em Rio Claro dirigiu o jornal diárioCidade de Rio Claro.[8]
Mudou-se paraSão Paulo em 1940.[8]
Entrou naRádio Bandeirantes por intermédio deJosé Pires de Oliveira Dias, industrial farmacêutico de Rio Claro.[carece de fontes?] Saiu da rádio em 1943.[carece de fontes?]
Trabalhou paraO Estado de S. Paulo, na época sob a direção deAbner Mourão.[8]
Foi diretor do grupoDiários Associados, dirigindo oDiário de S. Paulo e oDiário da Noite.[8]
Dirigiu oDiário do Comércio daAssociação Comercial de São Paulo.[8]
Em 1955 comprou o jornalCorreio Paulistano o qual passou a dirigir.[1]
O órgão que era então o porta-voz doPartido Republicano Paulista passou a ser independente.[9]
Mesmo assim nas eleições de 1960, num artigo assinado por João, o jornal anunciou a candidatura domarechal Lott.[9]
Em 1959, a concessão do canal 9, que pertencia à organizaçãoVítor Costa, foi vendida a um grupo de empresários que incluiaMário Wallace Simonsen, Ortiz Monteiro, José Luís Moura e João de Scantimburgo.[10]
Fundaram aTV Excelsior. João foi seu primeiro diretor.Paulo Uchoa de Oliveira o vice eSaulo Ramos o super intendente.[10] Em 30 de maio de 1961 saiu da sociedade.[11]
Em 1954, apresentou o programa "Comentário Internacional" na TV Tupi.[12]
Depois, em 1970, apresentou o programa de entrevistas "Pinga-Fogo".[12]
Em 1977, entrou para aAcademia Paulista de Letras. Ocupou a cadeira 8. Sucedeu aAureliano Leite.[13]
Em 21 de novembro de 1991 foi eleito para aAcademia Brasileira de Letras, sendo o quinto ocupante da Cadeira nº 36, na sucessão deJosé Guilherme Merquior.[14] Sua posse ocorreu em 26 de maio de 1992.[15]
João de Scantimburgo morreu em 22 de março de 2013 no bairro do Pacaembu, em São Paulo, após uma crise de diabetes.[16]
Foi o quinto ocupante da cadeira 36 daAcademia Brasileira de Letras, cujo patrono é oescritorTeófilo Dias.
Em co-autoria com o advogado e historiadorAureliano Leite escreveu também aHistória da Municipalidade de São Paulo', em 2 volumes, editada pela Câmara Municipal, em 1978/1979.
| Precedido por José Guilherme Merquior | 1991 — 2013 | Sucedido por Fernando Henrique Cardoso |