| João Tomás de Cantuária | |
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Tomáz Canturária como Ministro da Guerra no governo Prudente de Moraes. | |
| Dados pessoais | |
| Nascimento | 24 de setembro de1835 Porto Alegre |
| Morte | 20 de março de1908 (72 anos) Rio de Janeiro |
| Carreira militar | |
| Força | Exército |
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| Comandos |
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| Assinatura | |
João Tomás de Cantuária (Porto Alegre,24 de setembro de1835 —Rio de Janeiro,20 de março de1908) foi ummarechalbrasileiro, que foiMinistro da Guerra, durante o governoPrudente de Morais.[1]
João Tomás de Cantuária nasceu na antiga província doRio Grande do Sul, no dia 24 de setembro de 1835.
Assentou praça a 30 de março de 1854, no 1º Regimento de Artilharia a Cavalo, emSão Gabriel. Chegou a alferes-aluno em 14 de abril de 1855 e foi promovido asegundo-tenente em 2 de dezembro de 1857. Concluiu o curso deartilharia e mais o quarto ano pelo regulamento de 1853, na Escola Militar. Na já então denominadaEscola Central, recebeu o grau de bacharel emmatemática eciências físicas e foi promovido aprimeiro-tenente, em 2 de dezembro de 1860. Em dezembro de 1862, na mesma instituição, obteve o título deengenheiro civil pelo regulamento de 1860.[1]
Participou daGuerra contra Aguirre, em 1864. Iniciada aGuerra do Paraguai (1864-1870), participou da expedição organizada para invadir aquele país peloMato Grosso. Serviu na comissão de engenheiros e comandou o Corpo Provisório de Artilharia. Pelos serviços prestados durante essa expedição, foi promovido acapitão em 22 de janeiro de 1866 e comissionado no posto demajor em 13 de novembro do mesmo ano. Tomou parte em vários combates, tendo sido artilheiro daRetirada da Laguna, ocorrida em 1867, da qual é considerado um dos heróis. Por sua atuação durante toda a guerra, foi agraciado com o título de cavaleiro daOrdem de São Bento de Aviz, em 24 de janeiro de 1871. Recebeu, ainda, a medalha concedida às Forças Expedicionárias da província deMato Grosso, e a medalha da Guerra do Paraguai. Além destas, foi condecorado com as medalhas concedidas pela República daArgentina e pela República do Estado Oriental doUruguai, referentes ao mesmo conflito.[1]
Regressando aoRio de Janeiro, passou a servir no Arsenal de Guerra da Corte. Em março de 1874 foi transferido da arma deartilharia para o Corpo de Estado-Maior de primeira classe. Em 22 de junho de 1875, foi confirmado no posto demajor, por merecimento. Em novembro de 1885, foi nomeado diretor da Fábrica de Pólvora Estrela, localizada emMagé. No dia 11 de abril de 1887, foi promovido por merecimento atenente-coronel. Em março de 1888, foi designado comandante geral do então Corpo de Polícia da Corte. Em 19 de junho de 1889, recebeu o título de comendador daOrdem de Cristo. No mês seguinte, deixou o Corpo de Polícia para dirigir uma seção da Diretoria Geral de Obras Militares.[1]
Após aProclamação da República, em 15 de novembro de 1889, assumiu o comando daEscola Militar da Capital Federal. Em 7 de janeiro de 1890, foi promovido acoronel por serviços relevantes. Fez parte da comissão encarregada de elaborar um novo regulamento reorganizando o ensino nas escolas do Exército. Em 1º de setembro de 1890, foi nomeado oficial daOrdem Militar de Aviz.[1]

Promovido ageneral de brigada a 7 de abril de 1892, no dia 30 daquele mês foi nomeado diretor do Arsenal de Guerra do Rio de Janeiro, função que desempenharia até 1896. Durante a presidência dePrudente de Morais, foi promovido ageneral de divisão, em 12 de julho de 1895. Em 1896, exerceu o comando do 6º Distrito Militar, que abrangia o estado doRio Grande do Sul. Nessa função, foi incumbido de consolidar da Paz dePelotas, que fora celebrada em 23 de agosto de 1895, pondo fim àRevolução Federalista. Em seguida, foi designado comandante do 3º Distrito Militar, que era formado pelos estados daBahia,Sergipe eAlagoas. Desempenhou a função entre março e maio de 1897. Um dia antes, em uma reunião de gabinete, o presidentePrudente de Morais mostrara-se insatisfeito com a atuação do então ministro da Guerra, generalFrancisco de Paula Argolo. Imediatamente Argolo pediu exoneração e foi substituído pelo marechalCarlos Machado Bittencourt. Para assegurar o comando da administração central do Exército, o novo ministro nomeou Cantuária ajudante-general do Exército.[1]
Diante das dificuldades surgidas durante as missões enviadas aCanudos, o ministro Bittencourt afastou-se do cargo e viajou para aBahia para comandar pessoalmente as tropas do Exército em combate. Devido ao afastamento do titular, entre 2 de agosto e 26 de outubro de 1897, o general Cantuária respondeu interinamente pelo Ministério da Guerra. Em 7 de novembro, assumiu definitivamente a pasta, em decorrência do assassinato do marechal Bittencourt, ocorrido dois dias antes em uma cerimônia de recepção às tropas vitoriosas em Canudos, realizada no Arsenal de Guerra da capital federal. Em 9 de novembro, o general Cantuária foi condecorado com o título de cavaleiro daOrdem da Rosa. Comandou a pasta da Guerra até 15 de novembro de 1898, quando teve início ogoverno Campos Sales, sendo substituído pelo marechalJoão Nepomuceno de Medeiros Mallet.[2]
Pouco antes de se afastar do Ministério, foi nomeado ministro doSuperior Tribunal Militar, cargo que exerceu de 3 de outubro de 1898 até seu falecimento.[3]
OEstado-Maior do Exército foi criado pela Lei nº 403, de 24 de outubro de 1896. Cantuária foi seu primeiro Chefe, entre 23 de janeiro de 1899 e 9 de dezembro de 1902.[4] Durante esse período, desempenhou novamente, entre 30 de abril e 24 de maio de 1900, o papel de ministro da Guerra, em substituição ao general Mallet que estava enfermo. Em 28 de junho de 1900, foi promovido amarechal. Em 24 de maio de 1902, recebeu aMedalha Militar de Ouro, por possuir mais de 30 anos de serviço.[1]
Foi reformado em 19 de julho de 1905. Possuía, também, o título de cavaleiro daOrdem do Cruzeiro. Faleceu noRio de Janeiro, em 20 de março de 1908. Era viúvo e pai de um casal de filhos.[1]
| Precedido por Carlos Machado de Bittencourt | 11º Ministro da Guerra (República) 1897 — 1898 | Sucedido por João Nepomuceno de Medeiros Mallet |
| Precedido por --- | 1º Chefe do Estado-Maior do Exército 1899 — 1902 | Sucedido por Bibiano Sérgio Macedo da Fontoura Costallat |
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