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João Cravinho

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 Nota: Para o filho de João Cravinho e antigo ministro dos Negócios Estrangeiros, vejaJoão Gomes Cravinho.
João Cravinho
João Cravinho
João Cravinho
Ministro(a) dePortugal
PeríodoXIII Governo Constitucional
  • Ministro do Equipamento, Planeamento
    e Administração do Território
Dados pessoais
Nascimento19 de setembro de1936
Angola,Portugal
Morte16 de abril de2025 (88 anos)
Cascais
PartidoPartido Socialista

João Cardona Gomes CravinhoGCC (Angola,19 de setembro de1936Cascais,16 de abril de2025) foi umengenheiro civil e políticoportuguês.

Biografia

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Engenheiro civil. Foi Ministro da Indústria e Tecnologia do IV Governo Provisório, liderado porVasco Gonçalves, em 1975.

Ocupou o cargo de Ministro do Equipamento, Planeamento e Administração do Território noXIII Governo Constitucional. Enquanto ministro, foi confrontado com denúncias de corrupção naJunta Autónoma de Estradas por parte do presidente da empresa à data,Amadeu Garcia dos Santos, que exigiu a expulsão de um conjunto de funcionários da JAE, nomeadamente o administrador da JAE SA, Donas Botto. João Cravinho aceitou inicialmente a ideia de afastar Donas Botto, mas acabou por recuar. João Cravinho referiu que Garcia dos Santos nunca lhe expôs qualquer situação de corrupção na JAE, confirmando apenas o conflito entre Garcia dos Santos e Donas Botto como estando na origem da demissão de Garcia dos Santos.[1] No entanto, confrontado com uma entrevista de Garcia dos Santos ao Expresso, em 1998, em que este denunciava situações de corrupção na JAE, João Cravinho ordenou uma sindicância à empresa, não sem antes convidar Garcia dos Santos a apresentar denúncia junto do Ministério Público. Numa carta enviada a Garcia dos Santos, no entanto, o então ministro das Finanças,António de Sousa Franco, confirmou saber dos problemas de corrupção na JAE e quem eram as pessoas envolvidas, pelo que João Cravinho se incompatibilizou com Sousa Franco. Ainda em outubro de 1998, é publicado um relatório da Inspeção-Geral de Finanças, dando conta de que haviam saído da JAE mais de 650 mil contos (3,25 milhões de euros) sem qualquer controlo. O então procurador-geral da República, Cunha Rodrigues, recuou na sua posição inicial e o Ministério Público iniciou investigação a todos os processos da JAE. João Cravinho ordenou também uma sindicância à JAE, que concluiu pela existência de corrupção, e enviou o relatório da sindicância para o Parlamento, que organizou uma comissão de inquérito sobre o caso, e para o Ministério Público. Acabou por ordenar a extinção da JAE em 1999. Durante o consulado de João Cravinho como ministro do Equipamento, Planeamento e Administração do Território, foi vertido na lei um limite de 25% na aceitação de obras a mais, relativamente ao valor inicial da adjudicação da obra, e também a proibição de funcionários públicos trabalharem para empresas privadas que fazem obras públicas. Tendo as conclusões da sindicância à JAE sido entregues à Procuradoria-Geral da República, daí resultou um processo com 19 arguidos pelos crimes de participação económica em negócio, corrupção ativa para ato lícito, corrupção passiva para ato lícito, burla agravada, peculato, falsificação de documento autêntico e recetação, entre os quais constava o antigo ministro das Obras Públicas,Joaquim Ferreira do Amaral, e o seu secretário de Estado, Álvaro Magalhães. No entanto, em maio de 2000, o processo acabou arquivado por falta de provas. Em junho de 2009, um relatório do Tribunal de Contas concluiu que, «se a gestão da JAE fosse eficaz, as estradas teriam custado menos 44 por cento». João Cravinho alega que as medidas que tomou contra a corrupção estiveram na base da sua não recondução no cargo de ministro do Equipamento, Planeamento e Administração do Território, em 1999, após pressões dos empreiteiros, que pediam repetidamente a sua demissão aos então primeiro-ministro,António Guterres, e presidente da República,Jorge Sampaio.[2][3]

A 8 de Junho de 2005 foi agraciado com a Grã-Cruz daOrdem Militar de Cristo.[4]

Em 2006, enquanto deputado socialista, criou um plano de anticorrupção que consistia em colocar sob suspeita uma pessoa cujas declarações de rendimentos não correspondessem ao seu real património. Esta proposta foi rejeitada pelos deputados socialistas no parlamento. Pouco depois Cravinho demitiu-se da Assembleia da República e foi para Inglaterra, onde foi nomeado administrador doBanco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento pelo governo português liderado porJosé Sócrates.

Foi comentador ocasional naSIC Notícias.

Em 2012, na sequência da polémica gerada por alegadas ligações de elementos das polícias secretas portuguesas àMaçonaria, João Cravinho assumiu pertencer à maçonaria há já quinze anos, apesar de não frequentar muito as reuniões.[5]

Em 2021 João Cravinho acusou o Governo deJosé Sócrates de travar o combate à corrupção.[6]

É pai do políticoJoão Gomes Cravinho.[7]

Faleceu"tranquilamente em casa", a16 de abril de2025, segundo revelou a sua família aquando do anúncio da sua morte. Tinha 88 anos de idade.

Condecorações[4][8]

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Funções governamentais exercidas

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Referências

  1. «Garcia dos Santos é julgado hoje». Público. 19 de abril de 2001. Consultado em 2 de julho de 2023 
  2. «João Cravinho e o combate à corrupção: "Fui ingénuo e estúpido"». Público. 5 de setembro de 2018. Consultado em 2 de julho de 2023 
  3. A Mediatização do Escândalo Político em Portugal no Período Democrático: padrões de cobertura jornalística nos seminários de referência - Tese de doutoramento de Bruno Ricardo Vaz Paixão em Ciências da Comunicação, no ramo de Estudos do Jornalismo, apresentada ao Departamento de Filosofia, Comunicação e Informação da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
  4. ab«Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "João Cardona Gomes Cravinho". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 4 de fevereiro de 2015 
  5. «João Cravinho defende que maçons se assumam publicamente».Jornal Público. 9 de janeiro de 2012. Consultado em 9 de janeiro de 2012 [ligação inativa]
  6. «João Cravinho acusa Governo de Sócrates de travar o combate à corrupção» 
  7. https://sicnoticias.pt/pais/2019-03-28-Os-envolvidos-na-polemica-das-relacoes-familiares-no-Governo
  8. «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Estrangeiras». Resultado da busca de "João Cardona Gomes Cravinho". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 4 de fevereiro de 2015 

Precedido por
Junta de Salvação Nacional
(interina)
Daniel Maria Vieira Barbosa
(efetivo, como ministro da Indústria e Energia)
Ministro da Indústria e Tecnologia
IV Governo Provisório
1975
Sucedido por
Fernando Quitério de Brito
Precedido por
Luís Valente de Oliveira
Ministro do Planeamento e
da Administração do Território

XIII Governo Constitucional
1995 – 1996
Sucedido por
o próprio
(como ministro do Equipamento,
Planeamento e Administração do Território)
Precedido por
o próprio
(como ministro do Planeamento e da Administração do Território)
Francisco Murteira Nabo
(como ministro do Equipamento Social)
Ministro do Equipamento,
Planeamentoe Administração do Território

XIII Governo Constitucional
1996 – 1999
Sucedido por
Jorge Coelho
(como ministro do Equipamento Social)
Elisa Ferreira
(como ministra do Planeamento)
José Sócrates
(como ministro do Ambiente e do Ordenamento do Território)
Bandeira ministerial portuguesa
Bandeira ministerial portuguesa
Bandeira ministerial portuguesa
Primeiro-ministro
Vasco Gonçalves, 103.º chefe de governo de Portugal
Ministros
Sem pasta
Defesa Nacional
Coordenação Interterritorial
Administração Interna
Justiça
Planeamento
e Coordenação Económica
Finanças
Negócios Estrangeiros
Equipamento Sociale Ambiente
Educaçãoe Cultura
Agriculturae Pescas
Comércio Externo
Indústriae Tecnologia
Trabalho
Assuntos Sociais
Transportese Comunicações
Comunicação Social
III Governo Provisório (1974–1975) •V Governo Provisório (1975) →
Primeiro-ministro
António Guterres, 114.º chefe de governo de Portugal
Ministros
Presidência
António Vitorino (1995–1997)
Defesa Nacional
António Vitorino (1995–1997) •José Veiga Simão (1997–1999) •Jaime Gama (1999)
Negócios Estrangeiros
Jaime Gama (1995–1999)
Finanças
Administração Interna
Alberto Costa (1995–1997) •Jorge Coelho (1997–1999)
Planeamentoe da
Administração do Território
João Cravinho (1995–1996)
Equipamento SocialA /Equipamento,
do Planeamentoe da Administração
do Território
B
Henrique ConstantinoA (1995) •Francisco Murteira NaboA (1995–1996) •João CravinhoB (1996–1999)
Justiça
Economia
Daniel Bessa (1995–1996) •Augusto Mateus (1996–1997) •Joaquim Pina Moura (1997–1999)
Agricultura, do Desenvolvimento
Rural
e das Pescas
Fernando Gomes da Silva (1995–1998) •Luís Capoulas Santos (1998–1999)
Educação
Saúde
Qualificação e EmpregoA /
Trabalho e da SolidariedadeB
Maria João RodriguesA (1995–1997) •Eduardo Ferro RodriguesB (1997–1999)
Solidariedade e Segurança Social
Ambiente
Cultura
Ciênciae Tecnologia
Assuntos Parlamentares
António Costa (1997–1999)
AdjuntoA /Adjunto do
primeiro-ministro
B
Jorge CoelhoA (1995–1997) •José SócratesB (1997–1999)
Ministros da República
para as Regiões Autónomas
Açores
Mário Pinto (1995–1997)
Madeira
XII Governo (1991–1995) •XIV Governo (1999–2002) →
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