Inácio de Loyola, de origemnobre, foi ferido em combate na defesa da fortaleza dePamplona contra os franceses em 1521. Durante o período de convalescença dedicou-se à leitura doFlos Sanctorum, após o que decidiu-se a desprezar os bens terrenos em busca dos sobrenaturais.[4] No santuário deMonserrat fez a sua 'vigília d'armas' e submeteu-se a uma confissão geral. Abandonou a indumentária fidalga substituindo-a pela dos mendicantes. Retirando-se para a gruta deManresa ali entregou-se a rigorosaspenitências e escreveu a sua principal obra oLivro de Exercícios Espirituais, admirável sobretudo por não ter ainda o autor conhecimentosteológicos acadêmicos.[4]
Inácio de Loyola escreveu as constituições jesuítas, adotadas em 1554, que deram origem a uma organização rigidamente disciplinada e guerreira, como se de uma primitivaordem de cavalaria se tratasse, enfatizando a absoluta abnegação e a obediência ao Papa e aos superiores hierárquicos (perinde ac cadaver, "disciplinado como um cadáver", nas palavras de Inácio). O seu grande princípio tornou-se o lema dos jesuítas:Ad maiorem Dei gloriam ("Para a maior glória de Deus").[6]
Acompanhado por Fabro e Laynez, Inácio viajou até Roma, em outubro de 1538, para pedir ao papa a aprovação da ordem. O plano das Constituições da Companhia de Jesus foi examinado porTomás Badia, mestre do Sacro Palácio, e mereceu sua aprovação. A congregação de cardeais, depois de algumas resistências, deu parecer positivo à constituição apresentada.[4] Em 27 de setembro de 1540 Paulo III confirmou a nova ordem através da bulaRegimini militantis Ecclesiae,[nota 3][7] que integra a "Fórmula do Instituto", onde está contida a legislação substancial da ordem, cujo número de membros foi limitado a 60. A limitação foi, porém, posteriormente abolida pela bulaInjunctum nobis de 14 de março de 1543.
O papaPaulo III autorizou que fossem ordenados padres, o que sucedeu emVeneza, pelo bispo deRab, em 24 de junho. Devotaram-se inicialmente a pregar e em obras de caridade em Itália. A guerra reatada entre o imperador, Veneza, o papa e osturcos seljúcidas tornava qualquer viagem até Jerusalém pouco aconselhável. Inácio de Loyola foi escolhido para servir como primeirosuperior-geral. Enviou os seus companheiros e missionários para vários países europeus, com o fim de criar escolas, liceus e seminários.
A Companhia de Jesus foi fundada no contexto daReforma Católica (também chamada de Contrarreforma). Os jesuítas fazem votos de obediência total à doutrina da Igreja Católica, tendo Inácio de Loyola declarado:
Acredito que o branco que eu vejo é negro, se a hierarquia da igreja assim o tiver determinado.
A companhia logo se espalhou muito. Em Portugal, D. João III pediu missionários e lhe foram enviados Simão Rodrigues, que fundou a província, e S.Francisco Xavier, que foi enviado ao Oriente. Na França tiveram a proteção doCardeal de Guise. Na Alemanha, os primeiros foram Pedro Faber ePedro Canísio e outros, que foram apoiados pela casa da Baviera, logo dirigiram colégios, ensinaram em universidades e fundaram congregações.[8] A causa das perseguições contra a companhia costuma ser sua íntima união com aSanta Sé, a universalidade do apostolado e a firmeza de princípios.[8] Os jesuítas alcançaram grande influência na sociedade nos períodos iniciais daIdade Moderna (séculos XVI e XVII), frequentemente eram educadores e confessores dos reis dessa altura — D.Sebastião de Portugal, por exemplo.
A Companhia de Jesus teve atuação de destaque naReforma Católica, em parte devido à sua estrutura relativamente livre (sem os requerimentos da vida na comunidade nem do ofício sagrado), o que lhes permitiu uma certa flexibilidade de ação. Em algumas cidades alemãs os jesuítas tiveram relevante papel. Algumas cidades, comoMunique eBona, por exemplo, que inicialmente tiveram simpatia porMartinho Lutero, ao final permaneceram como bastiões católicos — em grande parte, graças ao empenho e vigor apostólico de padres jesuítas.
São membros da ordem os professos, os escolásticos e os coadjutores. Os professos devem ser doutores e, além dos três votos comuns têm o de obediência ao papa.[nota 4] O geral, os provinciais, assistentes e os professores de teologia devem ser professos. O geral, além dos assistentes, tem ainda o admoestador. O órgão superior de administração é a Congregação Geral na qual tomam parte todos os professos eleitos por suas províncias. Os assistentes são eleitos pelas províncias e o geral é vitalício.[8]
A companhia possui casas de professos, colégios, residências e missões. O vestuário depende do lugar onde moram, não têm hábito próprio. Não há a obrigação do ofício de côro. Após quinze anos de vida religiosa proferem os últimos votos; devem passar dois anos de noviciado, três de filosofia, alguns de magistério, quatro de teologia, e um segundo noviciado que é chamado de terceiro ano de aprovação.[8] Como em todas as ordens religiosas da Igreja Católica, os jesuítas também têm a prática do retiro espiritual, mas de modo especial praticam os Exercícios Espirituais de Santo Inácio.
EmPortugal, o caráter demilícia era evidente, acabando a Companhia por se tornar a arma mais poderosa da Contrarreforma.D. João III, aconselhado porDiogo de Gouveia, solicitou a Loyola o envio de irmãos para aevangelização do Oriente. Ainda em 1540, chegam a Portugal o basco Francisco Xavier (depois São Francisco Xavier) e o português Simão Rodrigues. Este permaneceu no reino e aquele partiu para o Oriente em missão evangélica, chegando aoCeilão e àsMolucas em 1548, e àChina em 1552. As missões iniciais noJapão tiveram como resultado a concessão aos jesuítas de um enclave feudal emNagasaki, em 1580. No entanto, o receio em relação a crescente influência da ordem fez com que esse privilégio fosse abolido no ano de 1587.
Simão Rodrigues, enquanto isso, criara a primeira casa em Portugal, em 1542, concretamente o Colégio de Santo Antão o Velho, em Lisboa, logo se seguindo outros — emCoimbra (1542), Évora (1551) e de novo Lisboa (1553). Em 1555, foi-lhes entregue o Colégio das Artes em Coimbra e, em 1559, aUniversidade de Évora. Em 1560 recebem em doação o Colégio de São Paulo, em Braga, por D. Frei Bartolomeu dos Mártires.[carece de fontes?] Logo muitos poderosos passaram a querer jesuítas como confessores.
O jesuítaAntónio de Andrade, padre e explorador português, é o primeiro europeu a visitar oTibeteː[10] em 1624 chega aTsaparang a capital do reino tibetano de Guge.[11] Outros missionários jesuítas Gruber e D'Orville chegaram aLassa em 1661.
Desde 1549, chegara ao Brasil (Bahia) o primeiro grupo de seis missionários liderados porManuel da Nóbrega, trazidos pelo governador-geralTomé de Sousa.
As missões jesuítas naAmérica Latina foram controversas naEuropa, especialmente naEspanha e emPortugal, onde eram vistas como interferência na ação dos reinos governantes. Os jesuítas opuseram-se várias vezes àescravidãoindígena. Eles fundaram uma série de aldeamentos missionários — chamadosmissões oumisiones no sul doBrasil, ou aindareducciones, noParaguai — organizados de acordo com o ideal católico, que, mais tarde, acabaram sendo destruídos por espanhóis, e principalmente por portugueses, à cata de escravos.
Segundo o historiador Manuel Maurício de Almeida, desde o fim do século XVI houve expansão hispano-jesuítica a partir deAsunción (Assunção) no atual Paraguai, em três frentes pioneiras:
rumo aoMato Grosso do Sul. Fundada a vila deSantiago de Xerez, que seria o centro da Província de Nueva Vizcaya, havia missões que aldeavam os representantes das comunidades primitivas doItatim. Projeto com apoio do Estado e da Igreja, para assegurar o controle do vale dorio Paraguai e articular as missões do Itatim com as de Mojos e Chiquitos, de modo a assegurar proteção ao altiplano mineiro na atualBolívia;
em trechos do atual território do estado doRio Grande do Sul, noBrasil, aldeias do Tape, Uruguai e Sierra.
As missões na América do Sul eram unidades de produção autossuficientes, com relação de produção do tipo feudal. Cada família cultivava em regime de posse individual e coletiva porções de terra. A retribuição era sempre representada por produtos, realizados coletivamente (tupambaé, "parte de Deus") ou nas terras de posse familiar (abambaé,"parte das pessoas"). O que era reservado à reprodução do sistema econômico, ou comércio, constituíatabambaé ou "parte da aldeia". Havia um cabido rudimentar, presidido por um corregedor indígena eleito pela comunidade. A ideologia religiosa era católica.
Com a ocupação dos portos negreiros na África,São Jorge da Mina,São Tomé eSão Paulo de Luanda, pelos holandeses, o apresamento de índios se expandiu na segunda metade do século XVII para muito além das vizinhanças do planalto dePiratininga, força de trabalho escrava mais lucrativa — principalmenteGuairá. Autoridades espanholas favoreceram mesmo, na vigência daUnião Ibérica, a destruição das missões.
Em 30 de julho de 1609, uma lei deFilipe III declarou livres todos os índios. Sob influência da Companhia de Jesus, a escravidão era proibida, mas se mantinha sobre eles a jurisdição dos jesuítas. Houve reclamações tamanhas, por se ter desordenado a economia da colônia, principalmente do Rio de Janeiro e de São Paulo, que a Coroa retrocedeu, por lei de 10 de janeiro de 1611 ao regime anterior, os escravos sendo prisioneiros de guerra justa. Foi sempre a principal causa dos conflitos entre o povo e os jesuítas.
Os jesuítas chegaram aoBrasil em 1549 liderados por Manoel de Nóbrega e começaram sua catequese erguendo um colégio emSalvador da Bahia, fundando a Província Brasileira da Companhia de Jesus. Cinquenta anos mais tarde já tinham colégios pelo litoral, deSanta Catarina aoCeará. Quando omarquês de Pombal os expulsou, em 1760, eram 670 por todo o país, distribuídos em aldeias, missões, colégios e conventos. Os primeiros jesuítas que Ignacio enviou para a América foram o espanholJosé de Anchieta e o português Manuel da Nóbrega.[13]
As tendências anticristãs do século XVIII dirigiram contra a Congregação dos Jesuítas grandes combates, por julgá-la o mais forte baluarte daSanta Sé. A par de algumas queixas políticas mais ou menos fundadas, a Companhia suscitava ódios em razão da bem-sucedida luta contra osjansenistas; oposição aogalicanismo e a consequente adesão do Papa. Além disto, tinha posição destacada nas cortes com professores, pregadores e confessores e um certo predomínio científico manifestado tanto nos colégios como nas publicações.[14]
Em Portugal, o rei D. José I tinha por ministroSebastião José de Carvalho e Melo, marquês de Pombal, que na convicção que os jesuítas eram obstáculo aos seus planos, resolveu dar-lhes combate culpando-os da crise nosSete Povos das Missões com os indígenas, mandou prender a todos no Brasil e os meteu em cárcere em Portugal sem que tivessem defesa[14] e de onde só puderam sair em 1777, com a ascensão de D. Maria I ao trono: dos 9 460 encarcerados só restavam uns 800.[14] EmPortugal e nasCortes Borbónicas, muitos Jesuítas foram presos ou mesmo condenados a suplícios, como é o caso do padreGabriel Malagrida, acusado noprocesso dos Távoras. Outros ingressaram noclero secular ou em outras ordens.
Na França, osjansenistas,galicanos evoltaireanos já havia muito queriam exterminar a Companhia, para isto valeram-se do caso do Pe. La Valette. Este era procurador de uma casa de jesuítas naMartinica e deu-se a especulações comerciais contra todas as regras da ordem, pelo que dela foi expulso.[14] No entanto, como devia pessoalmente grande soma, atribuíram a dívida à Companhia que se negou a pagar. O assunto foi ao parlamento que deu a alternativa: ou a Ordem se reconhecia culpada das acusações ou os jesuítas seriam exilados. Apesar dos protestos do episcopado francês e do próprio Papa,Luís XV também expulsou a Companhia daFrança em 1764. Foram promotores da expulsão o ministro absolutistaChoiseul emadame Pompadour, cuja escandalosa presença na corte francesa era repudiada pelo Pe. Perisseau, confessor do rei.[14]
Em Espanha, o ministro deCarlos III,Aranda, intrigou os jesuítas com o rei acusando-os de defenderem a independência das colônias e de levantarem dúvida sobre a legitimidade do nascimento do rei. Carlos III mandou prender a todos os jesuítas em 1767 com aPragmática Sanção. Por mais que o papa pedisse, o rei nunca lhe apresentou as razões do decreto.[15]
Em Nápoles, o ministro Tanucci era mais forte queFernando IV. Depois de dois anos de perseguição os desterrou para osEstados Pontifícios. EmParma o marquês Tillot imperava tiranicamente: aos pedidos do papa respondeu com a expulsão dos jesuítas em 1768. No mesmo ano o grão-mestre dos cavalheiros de Malta os desterrou da ilha. Essas cortes juntaram-se na pressão sobre o Papado para suprimir a Companhia, ao que resistiuClemente XIII.[15]
O papaClemente XIV, seu sucessor, embora bem-intencionado, era indeciso e fraco, cedendo às pressões dos reis e principalmente da Espanha — através dabulaDominus ac Redemptor —obtida quase à força pelo embaixador espanhol Moniño, órgão central de quase todas as maquinações antijesuíticas, no período da supressão —[16] suprimiu oficialmente a Companhia em 21 de julho de 1773. O Superior-Geral da Companhia,Lorenzo Ricci, juntamente com os seus assistentes, foi feito prisioneiro noCastelo de Sant'Angelo, emRoma, sem julgamento prévio. Os demais foram obrigados a deixar a Ordem ao que obedeceram.
Como papa Clemente XIV deixou a critério dos soberanos a publicação da bula, aczarinaCatarina a Grande os conservou naRússia e usou a ocasião para atrair para o seu país os membros da Companhia, gente de grande erudição, o mesmo se deu comFrederico da Prússia, naSilésia. Na altura da supressão havia cinco assistências, 39 províncias, 669 colégios, 237 casas de formação, 335 residências missionárias, 273 missões e 22 589 membros.
Depois de suprimida pelo papaClemente XIV em julho de 1773, a Companhia de Jesus manteve-se naRússia. Nessa altura milhões de católicos, incluindo numerosos jesuítas, viviam nas províncias polacas da Rússia. Aí a companhia manteve intensa atividade religiosa, de ensino e de missionação.
Deste modo, o papaPio VI autorizou formalmente a existência da Companhia de Jesus na Polónia e Rússia, o que levou os jesuítas a elegeremStanislaus Czerniewicz como seu superior em 1782.[16] Em 1814, mudadas as cortes europeias pelasGuerras Napoleônicas, o papaPio VII viu-se em condições de restaurar a companhia, o que fez no dia 7 de agosto daquele ano em Roma, entregando a bula da restauração encíclicaSollicitudo omnium ecclesiarum aos velhos padres ainda existentes e ali reunidos. O superior-geralTadeusz Brzozowski, que havia sido eleito em 1805, adquiriu então jurisdição universal. A Companhia de Jesus foi derrubada e levantou-se.[16]
Durante os séculos XIX e XX, a Companhia de Jesus voltou a crescer enormemente até os anos 50 do século XX, quando atingiu o pico. Desde aí, seguindo a quebra de vocações naIgreja Católica, o número de jesuítas também tem vindo a decrescer.
Em 2009, a Companhia de Jesus era o instituto religioso masculino mais numeroso na Igreja Católica. Contava com 18 516 membros com uma média de idades de 57 anos,[17] sendo que 13 112 eram sacerdotes, 1 675 irmãos, 2 920 jesuítas em formação e 809 eram noviços. A sua distribuição fazia-se por 127 países dos cinco continentes, sendo osEstados Unidos e aÍndia os países com maior número de jesuítas.[18]
No Brasil, os Jesuítas também dispõem de uma revista eletrônica: odomtotal.com
Em 2023 a Companhia de Jesus tem em Portugal dois colégios, estão em nove cidades com os seus 147 membros espalhados por 12 comunidades.[19]
Após oConcílio Vaticano II, sob a direção do superior-geralPedro Arrupe, a Companhia de Jesus privilegiou a defesa dos direitos humanos o que levou alguns dos seus membros a serem rotulados como subversivos e perseguidos. Tal foi o caso de seis jesuítas mortos pelo exércitosalvadorenho a 16 de novembro de 1989 no campus universitário daUniversidade da América Central, emSan Salvador.
A 31 de outubro de 1991, a Província Portuguesa da Companhia de Jesus foi feita membro-honorário daOrdem da Instrução Pública.[20]
Nove padres jesuítas foram formalmente reconhecidos como heróis doHolocausto peloYad Vashem, a autoridadeisraelita em favor da memória dos mártires e heróis do Holocausto, por levarem a cabo todos os esforços possíveis para salvar e dar asilo ajudeus durante aSegunda Grande Guerra Mundial.[21]
Por cerca de 500 anos, a Ordem Jesuíta não ocupou lugares no alto clero doVaticano devido à sua distância em relação a altos cargos na Igreja. O primeiro jesuíta eleito papa foi o argentino Jorge Mario Bergoglio, o papaFrancisco, eleito em 2013 após a renúncia deBento XVI. Além de ser o primeiro jesuíta, foi também o primeirosul-americano no papado.
Acima das inevitáveis ambiguidades, as missões dos jesuítas impressionam pelo espírito deinculturação (adaptação à cultura do povo a quem se dirigem). AsReduções do Paraguai e a adoção dosritosmalabares e chineses são os exemplos mais significativos.
A atividade educativa tornou-se logo a principal tarefa dos jesuítas. A gratuidade do ensino da antiga Companhia favoreceu a expansão dos seus colégios. Em 1556, à morte de Santo Inácio, eram já 46. No final do século XVI, o número de colégios elevou-se a 372. A experiência pedagógica dos jesuítas sintetizou-se num conjunto de normas e estratégias, chamado aRatio Studiorum (Ordem dos Estudos), que visa à formação integral do homem cristão, de acordo com a fé e a cultura daquele tempo.
Os primeiros jesuítas participaram ativamente daReforma Católica e do esforço de renovação teológica da Igreja Católica. NoConcílio de Trento, destacaram-se dois companheiros de Santo Inácio (Laínez e Salmerón). Desejando levar a fé a todos os campos do saber, os jesuítas dedicaram-se às mais diversas ciências e artes:Matemática,Física,Astronomia. Entre os nomes de crateras daLua há mais de 30 nomes de jesuítas. No campo doDireito, Suarez e seus discípulos desenvolveram a doutrina da origem popular do poder. NaArquitetura, destacaram-se muitos irmãos jesuítas, combinando o estilobarroco da época com um estilo maisfuncional.
↑Nos primeiros anos, as aulas eram ministradas somente a noviços. O primeiro Colégio da Companhia que admitiu alunos externos foi o deGoa, naÍndia. NaEuropa, o primeiro Colégio da Companhia a admitir estudantes externos foi o deGandia, naEspanha, a partir de 1546. Em 1548, jesuítas começaram a dar aulas gratuitas deteologia, casos de consciência, artes,retórica egramática, emMessina (Itália) sob o financiamento das autoridades políticas da cidade.
↑Ao se envolverem no ensino de disciplinas como:matemática,astronomia, filosofia natural (física) e humanidades; os jesuítas tiveram contato com a literatura pagã e com a culturasecular.[2]
↑Regimini militantis Ecclesiae afirma que o principal propósito da ordem seria a propagação da fé e o progresso das almas na vida e doutrina cristã e que suas atividades teriam base no ministério de Jesus e de seus discípulos (ideal apostólico e itinerante).
↑Total obediência ao papa e a aceitação de ser enviado a qualquer lugar onde Sua Santidade quisesse, entre os turcos ou nas Índias, entre hereges ou cismáticos,[9] quanto às missões.
↑«The Jesuits».Jesuits.org (em inglês). Consultado em 22 de fevereiro de 2023
↑abcdCÂMARA, Jaime de Barros. Apontamentos de História Eclesiástica'. Editora Vozes, Petrópolis: 1957, p.267.
↑Miguel Servet Pesquisa Página da Web que contém o manuscrito da Universidade de Paris, que mostra seis dos sete jesuítas originais, e Miguel de Villanueva ("Servet")
↑Didier, Hugues. 1999. Os Portugueses no Tibete. Os primeiros relatos dos jesuítas (1624-1635). Lisboa: Comissão Nacional para as comemorações dos descobrimentos portugueses.
↑Himalaias - A Viagem dos Jesuítas Portugueses (RTP - Joaquim Magalhães de Castro).
↑Outra fonte («Jesuítas se preparam para Congregação Geral». www.ihu.unisinos.br. Consultado em 25 de janeiro de 2014. Arquivado dooriginal em 1 de fevereiro de 2014, acesso em 25 de janeiro de 2014), apontava a idade média dos jesuítas em 65 anos em 2007, mas essa fonte levava em conta apenas os que já fizeram a terceira provação, ou seja, excluía do cálculo os noviços e jesuítas em formação.)
CÂMARA, Jaime de Barros.Apontamentos de História Eclesiástica. Editora Vozes, Petrópolis: 1957.
LEITE, Serafim.História da Companhia de Jesus no Brasil. 10 vols. Lisboa: Livraria Portugália; Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1938-1950.
MÜLLER, Andreas; TAUSCH, Arno; ZULEHNER, Paul Michael; WICKENS, Henry (eds.).Global capitalism, liberation theology, and the social sciences: An analysis of the contradictions of modernity at the turn of the millennium. Comack, NY: Nova Science Publishers, 1999.ISBN1-56072-679-2.
Cf. especialmente:
Cap. 2: AMIM, Samir.Judaism, Christianity and Islam: An Introductory Approach to their Real or Supposed Specificities by a Non-Theologian;
Cap. 3: MO SUNG, Jung.Economics and Theology, Reflections on the Market, Globalization and the Kingdom of God;
Cap. 4: MOREIRA, Alberto da Silva.Saint Francis and Capitalist Modernity. A View from the South;
Cap. 5: TAUSCH, Krystyna.Feminism in the Country of Liberation Theology: Peru;
Cap. 6: MÜLLER, Andreas.Ethical, Biblical and Theological Aspects of Foreign Debt;
Cap. 7: FLECHSIG, Steffen.Raul Prebisch's Contribution to a Humane World;
Cap. 9: MURSHED, S. Mansoob.Development in the Light of Recent Debates about Development Theory;
Cap. 11: RENOLDER, Severin.Towards a Theology of the Democratization of Europe;
Cap. 12: ROSS, Robert J.The Race to the Bottom;
Cap. 13: ZULEHNER, Paul M.New Departures. On the Social Positioning of the Christian Churches Before and After Communism in Central and Eastern Europe.
TEIXEIRA, António José.Documentos para a História dos Jesuítas em Portugal coligidos pelo Lente de Matemática António José Teixeira. Coimbra: Imprensa da Universidade, 1899.[nota 1]
Notas
↑O autor nasceu em Coimbra a 25 de junho de 1830, vindo a morrer no Luso a 19 de agosto de 1900. Neste trabalho estão compilados documentos sobre acção da Companhia à frente daUniversidade de Coimbra.