Jerusalém Oriental (القدس الشرقية,al-Quds emárabe,מזרח ירושלים -Mizrach Yerushalaim emhebraico) é uma parte da cidade deJerusalém que foi ocupada pelaJordânia na guerra de 1948 ao oposto do setor leste da cidadeJerusalém Ocidental ocupada porIsrael. Todavia,Jerusalém Oriental pode referir-se tanto à zona sob domínio daJordânia no período1949-1967 (uma área de 6,4 km²), quanto à zona posteriormente capturada e anexada por Israel (área de 70 km²).
Mas, após aGuerra israelo-árabe de 1948,Jerusalém foi dividida em duas zonas: a ocidental, controlada porIsrael, habitada principalmente porjudeus, e a oriental, habitada principalmente por árabes e controlada pela Jordânia. Os árabes que viviam nos subúrbios da parte ocidental, comoKatamon eMalha, tiveram então que fugir, temendo ser massacrados, tal como ocorreu emDeir Yassin, em abril de 1948. O mesmo aconteceu com os judeus que viviam na parte oriental, naCidade Velha e naCidade de David, e haviam sofrido a retaliação dos episódios de Deir Yassin, logo no mês seguinte, com omassacre de Kfar Etzion.
A única parte de Jerusalém Oriental que Israel conservou em 19 anos de domíniojordano foi oMonte Scopus, onde está situado o campus de ciências humanas e direito daUniversidade Hebraica de Jerusalém, e também o hospital universitário Hadassa Har-Hatzofim (o campus de ciências naturais e exatas está na parte ocidental de Jerusalém, em Givat Ram, ao lado doMuseu de Israel e doKnesset, e a faculdade de medicina situa-se emEin Kerem). Tratava-se deenclave não considerado como parte de Jerusalém Oriental. Mas, em 1967, após aguerra dos seis dias, aCisjordânia foi inteiramente tomada por Israel, e Jerusalém Oriental, bem como alguns núcleos urbanos do entorno, de população predominantemente árabe, foi agregada à parte ocidental, de população predominantemente judia.
Em novembro de 1967, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou aResolução 242, que determinava a "retirada das forças israelenses dos territórios ocupados no curso do recente conflito". Israel não acatou a resolução e, em 1980, aKnesset aprovou aLei básica de Jerusalém, capital de Israel, que proclamava "Jerusalém, unida e indivisa [...] capital de Israel",[2] sem todavia especificar-lhe a territorialidade. Tal declaração foi considerada nula e sem validade pelaResolução 478 do Conselho de Segurança da ONU.
Bovis, H. Eugene (1971).The Jerusalem Question, 1917-1968. Stanfoird, Hoover Institution Press.ISBN 0-8179-3291-7*Bregman, Ahron (2002).Israel's Wars: A History Since 1947. London: Routledge.ISBN 0-415-28716-2
Cohen, Shaul Ephraim (1993).The Politics of Planting: Israeli-Palestinian Competition for Control of Land in the Jerusalem Periphery. University of Chicago Press.ISBN 0226112764
Ghanem, As'ad (2001).The Palestinian-Arab Minority in Israel, 1948-2000: A Political Study. SUNY Press.ISBN 0791449971*Israeli, Raphael.Jerusalem Divided: the armistice regime, 1947-1967, Routledge, 2002,ISBN 0714652660, p. 118.
Rubenberg, Cheryl A. (2003).The Palestinians: In Search of a Just Peace. Lynne Rienner Publishers.ISBN 1588262251