James Doolittle | |
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Nascimento | 14 de dezembro de1896 Alameda,Califórnia |
Morte | 27 de setembro de1993 (96 anos) Pebble Beach, Califórnia |
Nacionalidade | norte-americano |
Cônjuge | Josephine Doolittle |
Filho(a)(s) | 2 |
Prêmios | Prêmio Tony Jannus (1972) |
Serviço militar | |
País | ![]() |
Serviço | Corpo Aéreo do Exército dos Estados Unidos Forças Aéreas do Exército dos Estados Unidos Força Aérea dos Estados Unidos |
Anos de serviço | 1917–1959 |
Patente | General |
Comando | Ataque Doolittle 8ª Frota Aérea dosEstados Unidos |
Conflitos | Primeira Guerra Mundial Segunda Guerra Mundial Guerra da Coreia(não combateu) |
James Harold "Jimmy" Doolittle (Alameda,14 de dezembro de1896 —Pebble Beach,27 de setembro de1993) foi um pioneiro daaviação egeneral daForça Aérea dos Estados Unidos durante aSegunda Guerra Mundial, comandante do históricoAtaque Doolittle, o primeiro bombardeamento aTóquio naguerra, em Abril de1942, pelo qual foi condecorado com aMedalha de Honra, a mais alta e rara condecoração militar dosEstados Unidos.
Californiano de nascimento que passou a juventude noAlaska, onde conseguiu reputação como jovemboxeur, Doolittle cursou aUniversidade de Berkeley, que abandonou para se alistar comocadete voador na reserva do Corpo de Sinaleiros dos Estados Unidos, em1917, durante aI Guerra Mundial, e trabalhou como caixeiro viajante para ajudar nas despesas.
Em1918, após treinamento na Escola Militar da Aeronáutica daUniversidade da Califórnia (UCLA) ele foi integrado, comosegundo-tenente, ao grupo de aviadores do Corpo de Sinaleiros, tornando-se instrutor de voo durante a guerra. Após o conflito, retornou a Berkeley, onde formou-se com o grau debacharel emArtes.
No período entre-guerras, ‘Jimmy’ Doolittle veio a se tornar um dos mais famosos pilotos americanos, fazendo um voo pioneiro costa a costa dos Estados Unidos em1922, daFlórida atéSan Diego, naCalifórnia, e realizando vários voos de demonstração e testes nos Estados Unidos e naAmérica do Sul, onde, num acidente, quebrou os dois tornozelos noChile. Sua maior contribuição àAeronáutica, porém, veio através do desenvolvimento de equipamentos de voo. Em 1929, foi o primeiro aviador a fazer um voo solo baseado apenas em instrumentos, sem visão do que ocorria fora da cabine, levantando voo, voando por alguns minutos e aterrissando em seguida. Desenvolveu, também, dois dos mais precisos e úteis instrumentos denavegação aérea, hoje comuns, ohorizonte artificial e ogiroscópio direcional, atraindo a atenção mundial ao realizar o primeiro ‘voo cego’ completo.
Nos anos 1930, quebrou o recorde de velocidade em aviões e conquistou vitórias em importantes e populares corridas aéreas em seu país. Em1940, com a patente demajor, foi enviado àInglaterra como membro de um missão especial da aeronáutica, trazendo de volta novas informações sobre o avanço da tecnologia aérea em outros países e sobre a composição de diversas forças aéreas europeias.
Promovido atenente-coronel em janeiro de 1942, Doolittle foi ao quartel-general da Força Aérea planejar o que seria o primeiro e histórico ataque aéreo norte-americano aoJapão, num momento da guerra em que as vitórias e a iniciativa ainda eram todas japonesas.
Partindo de umporta-aviões no meio doPacífico, oUSS Hornet, dezesseis bombardeiros norte-americanosB-25, deveriam bombardear as cidades deTóquio,Kobe,Osaka eNagoia, como uma resposta aoataque a Pearl Harbor, acontecido meses antes, dando um grande golpe moral ao inimigo, mostrando que seuterritório não estava livre de ataques. A missão, conhecida como Ataque Doolittle, tinha o alto risco de fazer decolar grandes bombardeiros do pequeno convés de um porta-aviões - algo nunca tentado antes - e que após os bombardeios, na impossibilidade de voltar por falta decombustível, deveriam tentar pousar naChina, país então aliado dos EUA, invadido e em guerra com o Japão, ou se não conseguissem, cair nomar, sem esperança de resgate.
Doolittle apresentou-se como voluntário e pessoalmente treinou e liderou os tripulantes – todos também voluntários – da missão, conseguindo pousar seu avião num campo chinês, onde foi ajudado porguerrilheiros locais emissionários ocidentais, sendo escondido junto com a tripulação de seu avião até poder voltar aos Estados Unidos, onde, pelo planejamento e liderança da missão considerada quase impossível, recebeu aMedalha de Honra do Congresso das mãos doPresidente Franklin Roosevelt.
De volta à pátria e promovido da brigadeiro-general, Doolittle passou os próximos dois anos da II Guerra Mundial em comandos no norte daÁfrica e noMediterrâneo. De1944 a1945, comomajor-general, assumiu seu maior comando, a 8ª Força Aérea dos Estados Unidos, baseada naInglaterra, de grande atuação no teatro europeu da guerra. Transferida paraOkinawa após o final da guerra na Europa, a 8ª Força se preparava para participar da invasão do Japão quando as bombas deHiroshima eNagasaki encerram o conflito mundial.
Doolittle passou à reserva inativa em1946 – de onde tinha vindo antes da II Guerra Mundial - e assumiu um posto de direção na vida civil, naShell, como vice-presidente da empresa. Em1951, como reservista da Aeronáutica, assumiu o cargo de assistente técnico do chefe de estado maior da força aérea, colaborando no desenvolvimento científico de mísseis e tecnologia de uso futuro no programa espacial americano.
Em4 de abril de1985, oCongresso dos Estados Unidos promoveu honorariamente Doolittle a general de quatro estrelas da reserva da Aeronáutica, tendo sua nova estrela no uniforme sido colocada pelas mãos doPresidente Ronald Reagan.
Casado desde 1917 e pai de dois filhos, dois pilotos que combateram na II Guerra – um deles suicidou-se em1958 – herói nacional condecorado por mais de cinco países diferentes,James Doolittle morreu na Califórnia em1993, sendo enterrado noCemitério Nacional de Arlington, emWashington, ao lado da esposa e de grandes personagens da história militar e civil dos Estados Unidos. Durante seufuneral, aviõesB-25 remanescentes da II Guerra, iguais ao usados no Ataque Doolittle, fizeram voos rasantes sobre o cemitério, junto a caças supersônicos da 8ª Força Aérea, comandada por ele nos últimos anos da guerra.