James Bruce | |
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Retrat de James Bruce | |
Nascimento | 14 de dezembro de 1730 Stirling |
Morte | 27 de abril de 1794 (63 anos) Stirling |
Cidadania | Reino da Grã-Bretanha |
Progenitores |
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Cônjuge | Mary Dundas |
Alma mater | |
Ocupação | explorador, arqueólogo,botânico,astrônomo |
Distinções | |
James Bruce (14 de dezembro de1730 –27 de abril de1794) foi umexplorador eescritorescocês que ficou mais de doze anos noNorte da África e naEtiópia, onde traçou as origens doNilo Azul.
James Bruce nasceu emKinnaird,Stirlingshire, e foi educado naHarrow School e, então, naUniversidade de Edimburgo onde comçou a estudardireito, mas seu casamento com a filha de um mercador de vinho resultou em sua entrada para os negócios. Sua esposa morreu em outubro de 1754, com nove meses de casamento, e Bruce posteriormente viajou paraPortugal eEspanha. O exame demanuscritos orientais na cidade deEscurial levou-o ao estudo doárabe e doge'ez e determinou sua carreira futura. Em 1758, a morte de seu pai fê-lo herdeiro da propriedade de Kinnaird.
Com o estouro da guerra com aEspanha, em 1762, ele enviou ao governo britânico um plane de ataque àFerrol. Sua sugestão não foi adotada mas ela acabou por torná-lo consul deArgel, nomeado por2nd Earl of Halifax, com uma comissão para estudar as antigas ruínas do país, cujo interesse tinha sido excitado pelas descrições enviadas porTomas Shaw (1694–1751), que era capelão consular em Argel.
Levando 6 meses naItália estudando antiguidades, Bruce chegou em Argel em março de 1763. A totalidade de seu tempo foi gasta com suas responsabilidades consulares na corte de Dey,[1] onde foi mantido sem a assistência prometida. Mas em agosto de 1765., um sucessor para o consulado chegou e Bruce começou sua exploração nas ruínas romanas naBerbéria. Tendo examinado muitas ruínas naArgélia oriental, ele viajou por terra deTúnis aTrípoli, e emPtolemeta dirigiu-se paraHeraclião mas acabou naufragando perto deBengasi, conseguindo salvar-se.
Eventualmente ele visitouCreta e partiu paraSídon, viajando pelaSíria, visitouPalmira eBaalbek. Ao longo de suas jornadas na Berbéria e emLevante, Bruce fez desenhos detalhados de muitas das ruínas examinadas. Ele também adquiriu um conhecimento suficiente de medicamentos que lhe permita passar no Oriente como um médico.
Em junho de 1768, Bruce chegou emAlexandria tendo resolvido se esforças para descobrir a nascente do Nilo, que ele acreditava estar naEtiópia. NoCairo ele conseguiu o apoio de um governadormameluco,Ali Bey, depois de visitarTebas e aKV11. Então, depois de ir para aJidá,Arábia Saudita, ele alcançouGondar, então capital da Etiópia, em fevereiro de 1770, onde foi recebido peloImperador da Etiópia,Tekle Haymanot II, e por outros oficiais importantes.[2] Assim, permaneceu na Etiópia por dois anos adquirindo conhecimento que o permitiram, posteriormente, apresentar um quadro perfeito da vida etíope.
Determinado a encontrar a nascente doNilo Azul, Bruce viajou com o seu pequeno grupo, um administrador do Rei etíope e um grego de nome Strates que vivia na Etiópia[3] e carregadores. Em 14 de novembro de 1770, eles encontraram um igreja rústica e ao longe um pequeno pântano com um monte de terra no centro o que Bruce declarou ser a nascente do Nilo. Este pântano era oLago Tana, a nascente doNilo Azul. Quando fez a descoberta, Bruce bebeu a água do lago ofereceu-a a seu rei e declarou-se feliz.
Embora admitindo que oNilo Branco, um outro rio que forma o Nilo, tinha maior fluxo, Bruce argumentou que o Nilo Azul era o Nilo do antigos e assim ele era o descobridos de sua nascente. Entretanto, de acordo com o livro Blue Nile (1962) deAlan McCrae Moorehead, foi o grego Strates quem guiou Bruce a esta nascente, portanto este já a conhecia e, logo, Strates, o grego, pode ser considerado o primeiro europeu a encontrar a nascente do Nilo Azul.
Porém, sobre isso, o missionárioJesuítaPero Pais é visto pela maioria dos historiadores atuais como o primeiro europeu a descobrir a nascente do Nilo Azul em 21 de abril de 1618,[4] e a igreja rústica no local, dedicada ao Santo Michael, foi erguida para comemorar a descoberta. Bruce, entretanto, disputa a descoberta e sugere uma relevante passagem nas Memórias de Pais que podem ter sido inventadas porAthanasius Kircher.
Depois de Bruce, a nascente do Nilo foi visitada porJeronimo Lobo, que em 1669 publicou o livro "Uma pequena revelação do Rio Nilo, de sua nascente e corrente ...[5] James Bruce tentou desacreditar os escritos de Lobo, porém pesquisas modernas revelaram que a descrição de Lobo tem detalhes perfeitamente corretos.[6] Ademais, Bruce possuia apenas uma tradução incorreta do livro de Lobo, que hoje em dia faz as tentativas de Bruce de desacretitar Lobo uma leitura divertida quando comparada com os escritos corretos de Lobo,[7] Bruce foi longe ao reclamar que Lobo parecia conseguir velejar na terra e negou a existência de uma cobra cuspideira descrita por lobo.[8]
Partindo deGondar em dezembro de 1771, Bruce fez sua rota peloSultanato de Senar até aNúbia, sendo o primeiro a traçar aconfluência doNilo Azul com oNilo Branco. Em março de 1773, depois de já ter passado peloEgito, ele chegou àFrança, onde foi recebido peloconde de Buffon. Então dirigiu-se aLondres em 1774, mas ofendido com a incredulidade com que sua história foi recebida ele voltou à sua casa em Kinnaird, naEscócia. E em 1790, apressado por seu amigoDaines Barrington, ele publicou o seuTravels to Discover the Source of the Nile, In the Years 1768, 1769, 1770, 1771, 1772 and 1773 que foi desacreditado por outros exploradores como sendo de indigno crédito. Porém, a substancial exatidão de suas descrições na Etiópia tem demonstrado e adicionado grande conhecimento ao estudo da geografia daquele local hoje em dia.