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Itamar Franco

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Itamar Franco
Retrato oficial,1992.
33.º Presidente doBrasil
Período29 de dezembro de1992
a1º de janeiro de1995[nota 1]
Vice-presidenteCargo vago
Antecessor(a)Fernando Collor
Sucessor(a)Fernando Henrique Cardoso
21.º Vice-presidente doBrasil
Período15 de março de1990
a29 de dezembro de1992
PresidenteFernando Collor
Antecessor(a)José Sarney
Sucessor(a)Marco Maciel
Senador porMinas Gerais
Período
Governador deMinas Gerais
Período1º de janeiro de1999
a1º de janeiro de2003
Vice-governadorNewton Cardoso
Antecessor(a)Eduardo Azeredo
Sucessor(a)Aécio Neves
Prefeito deJuiz de Fora
Período31 de janeiro de1973
a15 de maio de1974
Vice-prefeitoSaulo Moreira
Antecessor(a)Agostinho Pestana
Sucessor(a)Saulo Moreira
Prefeito deJuiz de Fora
Período31 de janeiro de1967
a31 de janeiro de1971
Antecessor(a)Ademar Resende de Andrade
Sucessor(a)Agostinho Pestana
Dados pessoais
Nome completoItamar Augusto Cautiero Franco
Nascimento28 de junho de1930
Salvador,BA,Brasil[nota 2]
Morte2 de julho de2011 (81 anos)
São Paulo,SP,Brasil[1][2]
Nacionalidadebrasileiro
ProgenitoresMãe: Itália América di Lucca Cautiero(1901–1992)
Pai: Augusto César Stiebler Franco(1898–1929)
Alma materEscola de Engenharia de Juiz de Fora
Prêmio(s)Ordem Militar de Cristo[5]
Ordem do Mérito Militar[6]
CônjugeAnna Elisa Surerus(c.1968; div.1978)
Filhos(as)
  • Georgiana(n. 1969)
  • Fabiana(n. 1971)
PartidoPTB(1947–1965)
MDB(1966–1979)
PMDB(1980–1986)
PL(1986–1989)
PRN(1989–1992)[7][8]
PMDB(1997–1999)[9][10][11]
PMDB(2001–2006)
PPS(2009–2011)
ProfissãoEngenheiro,militar epolítico
AssinaturaAssinatura de Itamar Franco
Serviço militar
LealdadeBrasil
Serviço/ramoExército Brasileiro
GraduaçãoAspirante a oficial

Itamar Augusto Cautiero Franco,GCCGCMM; (Mar territorial brasileiro[nota 2],28 de junho de1930São Paulo,2 de julho de2011) foi umengenheiro,militar,diplomata[13] epolíticobrasileiro. Foi o21.ºVice-presidente do Brasil durante o governo deFernando Collor e, após o titular ter sido afastado da presidência por umprocesso deimpeachment, assumiu como o33.ºPresidente do Brasil, tendo governado entre 1992 e 1995. Foi tambémSenador porMinas Gerais por dois mandatos, Governador do Estado de Minas Gerais e Prefeito do Município deJuiz de Fora.[4]

Bacharelou-se em engenharia naEscola de Engenharia de Juiz de Fora em 1954.[4] Ingressou na carreira política em 1958 quando, filiado aoPartido Trabalhista Brasileiro (PTB), foi candidato a vereador deJuiz de Fora e, posteriormente, em 1962, a vice-prefeito, mas não obteve êxito em ambas as tentativas. Com o início daditadura militar brasileira, filiou-se aoMovimento Democrático Brasileiro (MDB), sendo prefeito de Juiz de Fora de 1967 a 1971 e reeleito em 1972, quando dois anos depois, renunciou ao cargo para candidatar-se, com sucesso, aoSenado Federal por Minas Gerais, em 1975. Ganhou influência no MDB, assim sendo eleito vice-líder do partido em 1976 e 1977. No início da década de 1980, com opluripartidarismo restabelecido no país, filiou-se aoPartido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), o sucessor do MDB. Em 1982, foi eleito senador novamente, defendendo as campanhas dasDiretas já, e votando no candidato oposicionistaTancredo Neves para presidente naeleição presidencial brasileira de 1985.[2] Migrou para oPartido Liberal (PL) em 1986, ano em que concorreu ao governo de Minas Gerais, mas foi derrotado, voltando ao Senado.

Em 1988, uniu-se aogovernador deAlagoasFernando Collor de Mello para lançar uma candidatura à Presidência e Vice-presidência do Brasil, peloPartido da Reconstrução Nacional (PRN). Itamar, como Vice-presidente, divergia em diversos aspectos da política econômico-financeira adotada por Collor, vindo a retirar-se do PRN no início de 1992. Seguindo oimpeachment do presidente, assumiu interinamente o papel de chefe de Estado e chefe de governo em 2 de outubro de 1992 e o papel de Presidente da República em 29 de dezembro daquele ano. Durante seu governo realizou‐se umplebiscito sobre a forma e o sistema de governo do Brasil; o resultado foi a permanência daRepúblicapresidencialista no Brasil. Durante seu mandato, foi implantado oPlano Real.

Opondo-se fortemente a seu sucessor, Fernando Henrique Cardoso, Itamar filiou-se ao PMDB em 26 de setembro de 1997, cogitando candidatar-se a Presidente em 1998, mas não prosseguiu com a ideia e elegeu-se facilmenteGovernador de Minas Gerais em 1998. No ano seguinte, deixou mais uma vez o PMDB, para o qual retornaria em 2001. Em 2002, novamente desfiliou-se do PMDB e apoiou a candidatura deAécio Neves ao governo de Minas, opondo-se à candidatura deNewton Cardoso.[14] Não tentou reeleição no estado de Minas Gerais. Em 2003, saiu novamente do PMDB para voltar em 2006, ano em que se lançou pré-candidato à presidência pelo partido, mas perdeu paraAnthony Garotinho, tentando então para o Senado, perdendo a candidatura paraNewton Cardoso. Em maio de 2009, filiou-se aoPartido Popular Socialista (PPS) e em 2010 elegeu-se novamente para o Senado. Itamar Franco faleceu aos 82 anos de idade, em 2011.

Em2012, Itamar ficou na nonagésima quinta colocação na pesquisa do programaO maior brasileiro de todos os tempos, uma parceria entre oSBT e aBBC para eleger o maior brasileiro de todos os tempos.

Origem e formação

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Itamar Franco nasceu nomar territorial brasileiro a bordo de umnavio de cabotagem que fazia a rota Salvador–Rio de Janeiro, porém as coordenadas exatas do nascimento são desconhecidas.[15] Foiregistrado em Salvador em 28 de junho de 1930.[1]

Oriundo de uma tradicional família deMinas Gerais,[16] Itamar Franco foi o filho caçula de Augusto César Stiebler Franco (1898–1929), falecido pouco antes de seu nascimento, e Italia Cautiero (1901–1992). Seus avós paternos eram Arquimedes Pedreira Franco (bacharel em direito) e Mathilde Stiebler; seus avós maternos eram Pasquale Cautiero e Raffaella De Luca, ambosimigrantes italianos.[17]

Criado na cidade deJuiz de Fora, em 1948 concluiu o curso científico, atualensino médio, no Instituto Granbery e no ano seguinte tornou-seaspirante a oficial da reserva do Exército, na4.ª Região Militar, então com sede em Juiz de Fora. Graduou-se emengenharia em 1954, naEscola de Engenharia de Juiz de Fora e no ano seguinte ingressou na carreira política, quando filiou-se aoPartido Trabalhista Brasileiro (PTB). Em 1958, candidatou-se a vereador de Juiz de Fora, mas não conseguiu se eleger.[4]

Vida pessoal

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Itamar se casou com a jornalista Anna Elisa Surerus em 4 de junho de 1968, época em que exercia o primeiro mandato como prefeito deJuiz de Fora. Desse casamento vieram duas filhas: Georgiana, nascida em 24 de novembro de 1969; e Luciana, nascida em 24 de outubro de 1971. A união durou dez anos, chegando ao fim em 22 de agosto de 1978.[18]

Vida pública

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Itamar Franco na década de 1970

Itamar entrou na política em meados dosanos 1950 nas fileiras doPTB. Foi candidato avereador de Juiz de Fora em 1958 e avice-prefeito dessa cidade em 1962, não obtendo sucesso em ambas as ocasiões.

Com o advento do regime ditatorial no país em 1964, e a subsequente instalação no país do bipartidarismo, Itamar se filia aoMDB, e se candidatando a prefeitura de sua cidade nas eleições seguintes, obtendo sucesso. Foiprefeito de Juiz de Fora de 1967 a 1971. Em novembro de 1972, Itamar é eleitoprefeito de Juiz de Fora pela segunda vez. Em 1974, ele renunciou ao cargo de prefeito para concorrer, com sucesso, aoSenado Federal como representante deMinas Gerais.[2]

Eleito senador, rapidamente, ele ganhou influência noMDB, o partido de oposição aoregime militar que governou o Brasil de 1964 a 1985, sendo eleito vice-líder do MDB e, portanto, da oposição, por duas vezes, em 1976 e em 1977.

No início dadécada de 1980, o pluripartidarismo é restabelecido no país, e Itamar se filia então aoPMDB (sucessor do MDB). Em1982 Itamar é reeleitosenador na chapa deTancredo Neves, eleito governador de Minas Gerais.

Durante seu mandato, Itamar foi um ativo defensor da campanha dasDiretas Já. Com a rejeição daEmenda Dante de Oliveira pelaCâmara dos Deputados, uma eleição presidencial indireta teve que ser feita. NoColégio eleitoral reunido para a eleição presidencial, Itamar votou no candidato oposicionista Tancredo Neves.

Querendo ser candidato ao governo do estado de Minas Gerais, e encontrando resistências ao seu nome dentro do PMDB, Itamar deixa a legenda e filia-se aoPL sendo então candidato, em1986, ao governo estadual mineiro por essa legenda, porém não obtém sucesso e é derrotado justamente pelo candidato doPMDB,Newton Cardoso por uma diferença de 1% dos votos. Com a derrota, Itamar volta ao Senado para terminar o seu mandato que iria até 1990.

Atuação na Assembleia Constituinte

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Itamar como Senador, assina aconstituição federal.

Voltando à atividade parlamentar, Itamar participou dos trabalhos daAssembleia Nacional Constituinte, iniciados em 1 de fevereiro de 1987.[19]

Líder do PL no Senado, nas principais votações da Constituinte, foi a favor: do rompimento das relações do Brasil com países que desenvolvessem uma política de discriminação racial; do estabelecimento do Mandado de Segurança Coletivo; da remuneração de 50% superior para otrabalho extra; da jornada semanal de 40 horas; do turno ininterrupto de seis horas; do aviso prévio proporcional ao tempo de serviço; da unicidade sindical; da soberania popular; da nacionalização do subsolo; da estatização do sistema financeiro; de uma limitação do pagamento dos encargos da dívida externa; e da criação de um fundo de apoio à reforma agrária.[20]

Foi contra: apena de morte; opresidencialismo; e a prorrogação do mandato do presidenteJosé Sarney.

Eleições presidenciais de 1989

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O presidenteFernando Collor e seu vice Itamar Franco, chegando aoPalácio do Planalto

Em 1989, o então governador deAlagoas,Fernando Collor resolve se candidatar a Presidência da República,[21] nas primeiras eleições diretas para esse cargo no país desde 1960 e querendo compor uma chapa com um político do Sudeste, convida Itamar para ser vice. Aceitando o convite, Itamar deixa o PL, trocando-o pelo pequenoPartido da Reconstrução Nacional (PRN), para ser então candidato a vice-presidente na chapa deFernando Collor à presidência da república.

Apresentando-se como opositor radical ao presidenteJosé Sarney e defendendo um programa econômico modernizador e liberal, Collor é eleito Presidente e Itamar FrancoVice-Presidente da República, tomando posse em 15 de março de 1990.

Na Vice-presidência da República

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Presidente Fernando Collor recebe seu vice Itamar Franco

Empossado o novo governo e na qualidade de vice-presidente, Itamar foi condecorado por Collor em agosto de 1990 com o último grau daOrdem do Mérito Militar, a Grã-Cruz especial.[6] Entretanto, Itamar logo foi se afastando de Collor, divergindo de importantes aspectos da política econômico-financeira adotada pelo novo governo. Criticou publicamente o processo de privatizações e a aplicação dos fundos resultantes da venda das companhias estatais, que para ele, deveriam ser usados na área social.[22]

Após a reforma ministerial de abril de 1992 em que ex-colaboradores do regime militar,Célio Borja,Pratini de Moraes eÂngelo Calmon de Sá entraram no governo, Itamar desligou-se doPRN em 5 de maio de 1992.

O desencadeamento de uma sucessão de denúncias de corrupção contra o governo Collor e do início de uma campanha pelo seuimpeachment, levou Itamar a acentuar publicamente suas diferenças em relação ao presidente.

Em 29 de setembro de 1992, aCâmara dos Deputados decidiu por ampla maioria autorizar a abertura de um processo de impeachment do presidente. Neste mesmo dia, Itamar assume interinamente a presidência até que o titular fosse julgado peloSenado Federal.[23]

Não houve solenidade de posse, despojamento que foi bem recebido pela população. Ao assumir, propôs uma política de entendimento nacional.

Presidente da República

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Ver artigo principal:Governo Itamar Franco

Em 1992, Fernando Collor de Mello foi acusado decorrupção e sofreu um processo deimpeachment pelo Congresso Nacional, se afastando do governo.[2]

Itamar assumiu interinamente a presidência em 2 de outubro de 1992, sendo formalmente aclamado em 29 de dezembro de 1992, quando o presidente Collor renunciou ao cargo.[24][25]

Sua equipe de governo era composta majoritariamente por mineiros, e, sendo ele também mineiro, seu governo ficou informalmente conhecido como República do Pão de Queijo.

O Brasil estava no meio de uma grave crise econômica, com umainflação crescente, evoluindo de 472,70% em 1991 para 2 477,15% em 1993,[26] a maior da história do Brasil. Itamartrocou de ministros da economia várias vezes, até queFernando Henrique Cardoso assumisse oMinistério da Fazenda em 19 de maio de 1993. Em abril de 1994, Fernando Henrique Cardoso renunciou ao cargo de ministro para candidatar-se à presidência da República naseleições presidenciais, tendo sido eleito já no primeiro turno. Itamar Franco exerceu o mandato até 1 de janeiro de 1995, quando passou o cargo para seu sucessor.[2]

Plebiscito de 1993

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Ver artigo principal:Plebiscito de 1993

Em abril de 1993, cumprindo com o previsto naConstituição de 1988, o governo realiza umplebiscito para a escolha da forma e do sistema de governo no Brasil. Quase 30% dos votantes não compareceram ao plebiscito ou anularam o voto.[27] Dos que comparecem às urnas, 66% votaram a favor darepública, contra 10% favoráveis àmonarquia. Opresidencialismo recebeu 55% dos votos, ao passo que oparlamentarismo (o sistema da preferência de Itamar Franco) obteve 25% dos votos. Em função dos resultados, manteve-se o regime republicano e presidencialista. A tentativa de ressurreição da forma de governo monárquica veio dodeputado federal Antônio Henrique Bittencourt da Cunha Bueno (doPartido Social Democrático deSão Paulo), membro da Assembleia Constituinte que aprovou aConstituição.[27]

Plano Real

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Em fevereiro de 1994, para conter acrise hiperinflacionária, o governo Itamar instituiu aUnidade real de valor (URV) com a Medida Provisória 434, dando início ao programa de estabilização econômica que ficou conhecido comoPlano Real.[28][29]

Outras realizações

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Ver artigo principal:Lista de viagens presidenciais de Itamar Franco
Logomarca doGoverno Itamar Franco

O Presidente Itamar Franco empreendeu projetos de combate à miséria ao lado do sociólogoBetinho. Em 1994 apoiou o então candidato Fernando Henrique Cardoso,Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), que venceu nas urnas logo em 1°Turno.

Depois da presidência

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Itamar foi o primeiro presidente da República desdeArtur Bernardes a eleger o seu sucessor. Com a vitória de seu candidato, Fernando Henrique, Itamar foi nomeadoembaixador brasileiro emPortugal, e, posteriormente, naOrganização dos Estados Americanos (OEA) emWashington,Estados Unidos. A 4 de outubro de 1995 foi agraciado com a Grã-Cruz daOrdem Militar de Cristo dePortugal.[5]

No entanto, Itamar logo se tornou um crítico dogoverno Fernando Henrique por discordar de suapolítica econômica. Além disso, Itamar pretendia se candidatar à presidência novamente naseleições de 1998, porém viu seus planos desfeitos quando, em 4 de junho de 1997, a redação do5.º parágrafo do artigo 14 da Constituição Brasileira foi alterada, com a aprovação daEmenda Constitucional nº 16, permitindo a reeleição para um único período subsequente do então presidente Fernando Henrique.[30][31] Mesmo com essa nova mudança nas normas eleitorais, Itamar tentou se candidatar à presidência, mas não conseguiu obter a indicação do PMDB em uma ação creditada à pressão exercida pelo então presidente que não gostaria de ter Itamar como adversário.[32][33] Esse foi mais um dos motivos apontados para o rompimento de Itamar com Fernando Henrique Cardoso.

Sem a indicação para a presidência, Itamar se candidatou ao governo deMinas Gerais, disputando o pleito contra o então governador do EstadoEduardo Azeredo (PSDB), apoiado por Fernando Henrique. Nas apurações do 1º turno das eleições, Itamar despontou na liderança, obtendo 3 080 925 de votos, representando 44,29% dos votos válidos, contra 2 665 500 votos de Eduardo Azeredo, o equivalente à 38,32%. Indo a eleição para o segundo turno, Itamar elegeu-se com ampla votação, com 4 808 652 de votos, ou 57,62% dos votos válidos, contra 3 537 458 de votos ou 42,38% de Azeredo. Durante a campanha eleitoral Fernando Henrique Cardoso declarou inicialmente seu apoio a Itamar. Este último recusou o apoio, dizendo que podia "andar com as próprias pernas". Tendo vencido o pleito, assumiu o governo de Minas Gerais em 1 de janeiro de 1999.[18]

Governo de Minas Gerais

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Itamar noPalácio do Planalto, em 2003

Itamar Franco foi eleito governador de Minas Gerais em 1998 pelo PMDB. Governou Minas Gerais de 1999 a 2003, e não conseguiu a indicação do PMDB para se candidatar à presidência da República em 2002.[34] Naquela oportunidade a convenção nacional do PMDB optou por uma coligação com o PSDB, lançando a então deputada federalRita Camata (Espírito Santo) a vice-presidente na chapa encabeçada porJosé Serra.

Assim que tomou posse em 1999, Itamar Franco decretou a moratória do estado de Minas Gerais. Entre outros aspectos, Itamar alegou a necessidade de se empreender uma auditoria na dívida estadual, e argumentou que a dívida mineira era atrelada a uma taxa de juros de 7,5% ao ano, enquanto estados como São Paulo negociaram suas dívidas a uma taxa de 6%.[35] Itamar tentou, com um conjunto de ações na área financeira, reverter uma situação herdada do governo anterior, na qual "as despesas apresentavam crescimento mais acelerado que as receitas tributárias e encontravam-se concentradas em funções de baixa capacidade distributiva, comprometendo a promoção de um processo de desenvolvimento socialmente justo".[36]

Esta atitude polêmica levou Itamar a ser acusado pelo Presidente do Banco CentralArmínio Fraga de agir contra a estabilidade de regras necessária à atração de investimentos estrangeiros.

Em que pese essa ação inicial, foi em seu governo que a dívida mineira foi equacionada e começou a ser quitada, conforme esclarece o economista Fabrício Augusto de Oliveira.[37]

Retomou judicialmente o controle acionário da estatal Companhia Energética de Minas GeraisCEMIG, parcialmente vendida pelo governador anteriorEduardo Azeredo, o qual conseguiu fechar as contas estaduais apenas em seus dois últimos anos de governo desfazendo-se de parte do patrimônio público mineiro, que foi privatizado em um processo de reorganização das estatais mineiras que estaria na gênese do chamado "esquema Marcos Valério", cuja "origem dos recursos" seria "as empresas públicas de Minas Gerais".[38] No primeiro trimestre de 2017, a receita líquida da CEMIG foi de R$ 4,8 bilhões, uma alta de 8% sobre a receita líquida no primeiro trimestre de 2016.[39]

Itamar também se insurgiu contra a privatização da empresa energéticaFurnas, para isso buscou o apoio não apenas de mineiros, mas também de outros brasileiros com interesse no assunto.

Presidentes do Brasil

Na ocasião, Itamar mobilizou aPolícia Militar de Minas Gerais em umas das principais usinas da empresa, aUsina Hidrelétrica de Furnas, emSão José da Barra, MG, ameaçando fazer resistência armada caso Furnas fosse privatizada. Desta forma Itamar conseguiu que Furnas não fosse privatizada.

Com a incorporação das subsidiarias daEletrobras, Furnas passou a se chamar Eletrobras Furnas, sendo hoje a estatal Eletrobras a maior empresa do Brasil de geração e transmissão de energia elétrica e uma das maiores do mundo.[40]

A recomposição do setor público em bases burocráticas, passando essencialmente pela valorização do servidor público, pelo reaparelhamento das principais agências de ação estatal e pelo ajuste fiscal, marcou a gestão Itamar Franco, conforme analisam Wladimir Rodrigues Dias e Roberto Sorbilli Filho, segundo os quais não houve grandes inovações em seu governo, mas uma importante organização da administração pública, desmantelada por seu antecessor.[41]

No âmbito político, Itamar Franco se destacou pela realização de uma política centrada nos grandes temas. A composição política de seu governo, de feição centro-esquerdista, chegou a ter participação de PMDB,PT,PDT,PSB,PCdoB,PTB,PPB ePL, dentre outros partidos.

Itamar se opôs a atividades típicas da política tradicional, como as vinculadas aoclientelismo político. Extinguiu as subvenções sociais distribuídas por deputados e não negociou emendas parlamentares, deixando de exercer a habitual dominação que o Executivo exerce sobre o Legislativo. Em décadas, foi o governador com o maior número de projetos rejeitados naALMG, retaliado pelo rompimento com o pacto clientelista.[42]

Terminando seu mandato no governo de Minas Gerais ao fim de 2002, Itamar resolve não se candidatar à reeleição e apoia as campanhas deAécio Neves (PSDB) para o governo do Estado e deLuiz Inácio Lula da Silva (PT) para a presidência da República.

Itamar ajuda a eleger Aécio, e com a vitória de Lula no plano nacional é nomeado embaixador brasileiro naItália até deixar voluntariamente o cargo em 2005.

Últimos anos

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Aécio Neves,Antonio Anastasia e Itamar Franco participaram de carreata nas principais ruas deGovernador Valadares, na região doVale do Rio Doce, em Minas Gerais. Itamar candidato ao Senado, em 2010

Em 2006, tentou se candidatar a presidente da República peloPMDB, competindo pela indicação do partido comAnthony Garotinho, o ex-governador doRio de Janeiro. Porém, em 22 de maio anunciou a sua desistência e a sua intenção de disputar uma vaga noSenado Federal.

Acabou perdendo a indicação do PMDB de Minas Gerais para o Senado paraNewton Cardoso (líder das pesquisas no início, mas que sofreu uma derrota às vésperas das eleições). Itamar anunciou, em 2006, o seu apoio à candidatura deGeraldo Alckmin àPresidência da República.

Aliado deAécio Neves (PSDB) desde 2002, foi conselheiro doBanco de Desenvolvimento de Minas Gerais. Em maio de 2009, anunciou sua filiação aoPartido Popular Socialista (PPS), o que alimentou especulações sobre uma possível candidatura à Presidência da República ou ao Senado Federal. Em 27 de janeiro de 2010 anunciou sua pré-candidatura asenador, disputando uma das duas vagas naseleições deste ano, apoiando Aécio como candidato à outra vaga do estado no Senado. O candidato a primeiro suplente de Itamar foi o presidente doCruzeiroZezé Perrella, doPDT; e a segunda suplente,Elaine Matozinhos, doPTB.[43]

No dia 3 de outubro daquele ano, Itamar e Aécio foram eleitos senadores, derrotando o ex-prefeito deBelo Horizonte,Fernando Pimentel, doPT. Outra vitória da dupla, naquele ano, foi a reeleição do então governador,Antonio Anastasia, doPSDB.

Morte

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Em 21 de maio de 2011, foi diagnosticado com leucemia.[44] Alguns dias depois, se licenciou do Senado a fim de tratar-se da doença noHospital Albert Einstein. Em 27 de junho um boletim médico do hospital divulgou que sua situação teria se agravado em virtude de uma pneumonia que o levou à UTI. Itamar faleceu na manhã de 2 de julho de 2011.[45] O corpo do ex-presidente foi cremado no Cemitério deContagem, e as cinzas ficaram no jazigo da família noCemitério Municipal de Juiz de Fora.[1][2][46][47][48]

Homenagens

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Há uma proposta de alteração do nome da rodoviaBR-267 de "Rodovia Vital Brasil" para "Rodovia Presidente Itamar Franco", em todo o trajeto dentro do estado de Minas Gerais. Oprojeto de lei 1.769/11, que pede esta alteração, foi aprovado em novembro de 2016 pelaComissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). Entretanto, para que a medida seja efetivada, o PL deve ser aprovado também peloSenado Federal.[49] O governador de Minas Gerais,Antônio Anastasia deu ao Aeroporto da Zona da Mata Mineira o nome de Presidente Itamar Franco. Em 2012, o Museu Histórico do Senado Federal passou a ser denominado de Museu Histórico Senador Itamar Franco. Também um viaduto na Via Expressa de Belo Horizonte foi batizado com seu nome. Em Juiz de Fora a antiga Avenida Independência, uma das principais da cidade, foi rebatizada com o nome do ex-presidente.

Memorial da República Presidente Itamar Franco

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A história do Memorial tem início em 2002, com a criação emJuiz de Fora, doInstituto Itamar Franco, com o propósito institucional regido pelaLei Brasileira dos Acervos Presidenciais, que dispõem sobre a guarda e utilidade pública de acervos privados de ex-presidentes. Em 7 de julho de 2014, o Conselho Superior daUniversidade Federal de Juiz de Fora, sob a qual está asalvaguarda do acervo, ratifica, por unanimidade, a aprovação e criação doMemorial da República Presidente Itamar Franco e do seu regimento.[50]

Ver também

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Notas e referências

Notas

  1. Assumiu interinamente a presidência da república, na condição de vice-presidente, entre 2 de outubro e 29 de dezembro de 1992, devido à abertura de um processo deimpeachment contra o Presidente Fernando Collor de Mello no Senado Federal.
  2. abItamar Franco nasceu a bordo de umnavio de cabotagem que fazia a rotaSalvadorRio de Janeiro. Ascoordenadas geográficas exatas do local do nascimento são desconhecidas. Oregistro de nascimento foi lavrado no dia 28 de junho de 1930 em Salvador. Portanto, formalmente, ele énatural da capital baiana.[1][2][3][4]Erro de citação: Código<ref> inválido; o nome "naturalidade" é definido mais de uma vez com conteúdos diferentes

Referências

  1. abcdeBrasil (2012).Os Presidentes e a República(PDF). Deodoro da Fonseca a Dilma Rousseff. revista e ampliada 5 ed. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional. p. 187–192. 248 páginas.ISBN 978-85-60207-38-1. Consultado em 23 de janeiro de 2015. Arquivado dooriginal(PDF) em 28 de fevereiro de 2013 
  2. abcdefgh«Itamar Augusto Cautiero Franco»(JHTM). São Paulo: UOL Educação. Consultado em 23 de janeiro de 2015 
  3. «Biografia». Biblioteca da Presidência da República. Consultado em 30 de janeiro de 2015 
  4. abcde«Biografia no Memorial Itamar Franco». Memorial Itamar Franco. Consultado em 18 de março de 2019 
  5. ab«Cidadãos Estrangeiros Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Itamar Augusto Cautiero Franco". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 24 de março de 2016 
  6. abBrasil,Decreto de 9 de agosto de 1990.
  7. https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/3/03/brasil/16.html Em falta ou vazio|título= (ajuda)
  8. Citação vazia (ajuda) 
  9. «Itamar Franco anuncia que está no PMDB» 
  10. «Itamar diz que fim da moratória depende da União» Texto "https://www1.folha.uol.com.br/fol/pol/ult27121999144.htm" ignorado (ajuda);Em falta ou vazio|url= (ajuda)
  11. «Jader diz que Itamar não é candidato, mas não descarta indicação» Texto "https://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u16165.shtml" ignorado (ajuda);Em falta ou vazio|url= (ajuda)
  12. «Biografia». Biblioteca da Presidência da República. Consultado em 30 de janeiro de 2015 
  13. «Itamar Franco poderá ser o novo embaixador do Brasil na Itália».Senado Federal. Consultado em 5 de dezembro de 2024 
  14. «Aécio Neves dispara em Minas com apoio de Itamar». UOL. 28 de agosto de 2002 
  15. «Morre o ex-presidente Itamar Franco». Zero Hora Notícias. 2 de julho de 2011. Consultado em 29 de janeiro de 2015 
  16. Gabriel Junqueira Franco & Luiz Alberto Franco Junqueira (1985).Família Franco: genealogia e historia. [S.l.]: s.n. 624 páginas 
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Bibliografia

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  • KOIFMAN, Fábio, ed. (2001),Presidentes do Brasil, Editora Rio .
  • PORTUGAL, José Geraldo (1998),Gestão Estatal no Brasil: O Governo Itamar Franco 1992–1994, Editora Fundap .
  • DE SOUZA, Reis,O Governo Itamar Franco .

Ligações externas

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Precedido por
Ademar Resende de Andrade
Prefeito de Juiz de Fora
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Sucedido por
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Precedido por
Agostinho Pestana
Prefeito de Juiz de Fora
1973 — 1974
Sucedido por
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Precedido por
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21º Vice-Presidente do Brasil
1990 — 1992
Sucedido por
Marco Maciel
Precedido por
Fernando Collor de Mello
Brasil.
33º Presidente do Brasil

1992 — 1995
Sucedido por
Fernando Henrique Cardoso
Precedido por
Aparecido de Oliveira
Embaixador doBrasil emLisboa
1995 — 1996
Sucedido por
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Precedido por
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35º Governador de Minas Gerais
1999 — 2003
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Sucedido por
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Presidência


Vida política
Homenagens e
representações
Relacionados
Itamar Franco
Presidentes do Brasil (1889–2025)
Lista de titulares
e períodos de governo
  1. Deodoro da Fonseca(1889–91)
  2. Floriano Peixoto(1891–94)
  3. Prudente de Morais(1894–98)
  4. Campos Sales(1898–02)
  5. Rodrigues Alves(1902–06)
  6. Afonso Pena(1906–09)
  7. Nilo Peçanha(1909–10)
  8. Hermes da Fonseca(1910–14)
  9. Venceslau Brás(1914–18)
  10. Delfim Moreira(1918–19)
  11. Epitácio Pessoa(1919–22)
  12. Artur Bernardes(1922–26)
  13. Washington Luís(1926–30)
  14. Getúlio Vargas(1930–45)
  15. José Linhares(1945–46)
  16. Eurico Gaspar Dutra(1946–51)
  17. Getúlio Vargas(1951–54)
  18. Café Filho(1954–55)
  19. Carlos Luz(1955)
  20. Nereu Ramos(1955–56)
  21. Juscelino Kubitschek(1956–61)
  22. Jânio Quadros(1961)
  23. Ranieri Mazzilli(1961)
  24. João Goulart(1961–64)
  25. Ranieri Mazzilli(1964)
  26. Castelo Branco(1964–67)
  27. Costa e Silva(1967–69)
  28. Emílio Garrastazu Médici(1969–74)
  29. Ernesto Geisel(1974–79)
  30. João Figueiredo(1979–85)
  31. José Sarney(1985–90)
  32. Fernando Collor(1990–92)
  33. Itamar Franco(1992–95)
  34. Fernando Henrique Cardoso(1995–03)
  35. Luiz Inácio Lula da Silva(2003–11)
  36. Dilma Rousseff(2011–16)
  37. Michel Temer(2016–19)
  38. Jair Bolsonaro(2019–23)
  39. Luiz Inácio Lula da Silva(2023–presente)

Bandeira do Presidente do Brasil.
Bandeira do Presidente do Brasil.
Sedes e residências
Temas gerais
Vice-presidente
Nenhum (1992–1995)
Itamar Franco, 33.º Presidente do Brasil
Ministérios
Aeronáutica
Lélio Viana Lobo (1992-1995)
Agricultura e Abastecimento
Ciência e Tecnologia
José Israel Vargas (1992–1995)
Comunicações
Cultura
Indústria, Comércio e Turismo
José Eduardo de Andrade Vieira (1992–1993) •Ailton Barcelos Fernandes (1993–1994) •Élcio Álvares (1994–1995)
Educação
Fazenda
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Justiça
Meio Ambiente
Fernando Coutinho Jorge (1992–1993) •Rubens Ricupero (1993–1994) •Henrique Brandão Cavalcanti (1994–1995)
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Paulo Roberto Haddad (1992–1993) •Yeda Crusius (1993) •Alexis Stepanenko (1993–1994) •Beni Veras (1994-1995)
Previdência Social
Antônio Britto (1992–1993) •Sérgio Cutolo dos Santos (1993–1995)
Relações Exteriores
Fernando Henrique Cardoso (1992–1993) •Celso Amorim (1993–1995)
Saúde
Jamil Haddad (1992–1993) •Saulo Moreira (1993) •Henrique Santillo (1993–1995)
Trabalho e Emprego
Walter Barelli (1992–1994) •Mozart de Abreu e Lima (1994) •Marcelo Pimentel (1994–1995)
Transportes
Alberto Goldman (1992–1993) •Margarida Coimbra do Nascimento (1993–1994) •Rubens Bayma Denys (1994–1995)
Secretarias
(ligadas à
Presidência)
Secretaria-Geral
Mauro Durante (1993–1995)
Órgãos
(ligados à
Presidência)
Advocacia-Geral da União
Banco Central
Gustavo Loyola (1992-1993) •Paulo Ximenes (1993) •Pedro Malan (1993–1994)
Casa Civil
Henrique Hargreaves (1992-1993) •Tarcísio Carlos de Almeida Cunha (1993–1994) •Henrique Hargreaves (1994–1995)
Estado-Maior das Forças Armadas
Lista de titulares
e períodos de governo
  1. Floriano Peixoto(1891)
  2. Manuel Vitorino(1894–98)
  3. Francisco Rosa e Silva(1898–02)
  4. Afonso Pena(1903–06)
  5. Nilo Peçanha(1906–09)
  6. Venceslau Brás(1910–14)
  7. Urbano Santos(1914–18)
  8. Delfim Moreira(1918–20)
  9. Bueno de Paiva(1920–22)
  10. Estácio Coimbra(1922–26)
  11. Melo Viana(1926–30)
  12. Nereu Ramos(1946–51)
  13. Café Filho(1951–54)
  14. João Goulart(1956–61)
  15. José Maria Alkmin(1964–67)
  16. Pedro Aleixo(1967–69)
  17. Augusto Rademaker(1969–74)
  18. Adalberto Pereira dos Santos(1974–79)
  19. Aureliano Chaves(1979–85)
  20. José Sarney(1985)
  21. Itamar Franco(1990–92)
  22. Marco Maciel(1995–03)
  23. José Alencar(2003–11)
  24. Michel Temer(2011–16)
  25. Hamilton Mourão(2019–23)
  26. Geraldo Alckmin(2023–presente)

Residência
Temas gerais
Gabinete do presidenteFernando Collor (1990–1992)
Vice-presidente
Itamar Franco (1990–1992)
Fernando Collor de Mello, 32.º Presidente do Brasil
Ministérios
Ação Social
Margarida Procópio (1990–1992) •Josué Setta (1992)
Administração Interna
Aeronáutica
Sócrates Monteiro (1990–1992)
Agricultura
Joaquim Roriz (1990) •Bernardo Cabral (1990) •Antônio Cabrera (1990–1992)
Educação
Carlos Chiarelli (1990–1991) •José Goldemberg (1991–1992) •Eraldo Tinoco Melo (1992)
Exército
Carlos Tinoco (1990–1992)
Fazenda
Zélia Cardoso de Mello (1990–1991) •Marcílio Marques Moreira (1991–1992) •Paulo Haddad (1992–1993)
Infra-Estrutura
Ozires Silva (1990–1991) •Eduardo Teixeira (1991) •João Santana (1991–1992)
Justiça
Bernardo Cabral (1990) •Jarbas Passarinho (1990–1992) •Célio Borja (1992)
Marinha
Mário César Flores (1990–1992)
Previdência Social
Relações Exteriores
Francisco Rezek (1990–1992) •Celso Lafer (1992) •Marcos Azambuja (1992)
Saúde
Alceni Guerra (1990–1992) •José Goldemberg (1992) •Adib Jatene (1992) •Jamil Haddad (1992)
Trabalho
Transportes
Secretarias
(ligadas à
Presidência da
República)
Administração Federal
João Santana (1990–1991) •Pedro Maranhão (1991) •Carlos Moreira Garcia (1991–1992)
Assuntos Estratégicos
João Santana (1990–1991) •Pedro Maranhão (1991) •Carlos Moreira Garcia (1991–1992)
Ciência e Tecnologia
José Goldemberg (1990–1991) •Edson Machado de Sousa (1991–1992) •Hélio Jaguaribe (1992)
Cultura
Ipojuca Pontes (1990–1991) •Sérgio Paulo Rouanet (1991–1992)
Desenvolvimento Regional
Marcos Coimbra (1990) •Egberto Batista (1990–1992) •Ângelo Calmon de Sá (1992)
Desportos
Artur Antunes Coimbra (1990–1991) •Bernard Rajzman (1991–1992)
Governo
Meio Ambiente
Projetos Especiais
Órgãos
(ligados à
Presidência da
República)
Casa Civil
Marcos Coimbra (1990–1992)
Consultoria Geral
Célio Silva (1990–1992)
Estado-Maior
das Forças Armadas
Gabinete Militar
Gabinete de José Sarney (1985–1990) •Gabinete Itamar Franco (1992–1995) →
Bandeira de Minas Gerais
Ministro Residente
Enviados Extraordinários
e Ministros Plenipotenciários
Embaixadores Extraordinários
e Plenipotenciários
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