Roma, a capital italiana, foi durante séculos o centro político e religioso dacivilização ocidental como capital doImpério Romano e como sede daSanta Sé. Após o declínio do Império Romano, a Itália sofreu inúmeras invasões de povos estrangeiros, desdetribos germânicas, como oslombardos eostrogodos, aosbizantinos, aosnormandos, entre outros. Séculos mais tarde, Itália tornou-se o berço dasrepúblicas marítimas e doRenascimento,[6] um movimento intelectual extremamente frutífero que seria fundamental na formação subsequente do pensamento europeu.
Várias hipóteses para o nome da Itália foram formuladas.[14] Umas delas teoriza que o nome se origina de umempréstimo linguístico. Quando a hegemoniaetrusca ia chegando a seu ocaso com a expansão doslatinos, os povos do Sul, em particular ososcos,úmbrios e outros povos do centro e Sul dapenínsula Itálica possuíam um numeroso rebanho bovino. Na língua dos oscos, o acusativo "vitluf" (aos bezerros) deu lugar em latim a "vitellus" (bezerrinho), palavra proveniente de "vitulos" (bezerro de entre um e dois anos) e similarmente noúmbrio como "vitlo". Estas palavras se derivaram doindo-europeu "wet"-"olo" (de um ano cumprido), formada por sua vez a partir de "wet-" (ano), também presente nos vocábulos "veterano" e "veterinário".[15][16] O gado era tão importante para esses povos que adotaram como emblema a imagem de um touro jovem, que aparece em algumas moedas da época, com o nome devitalos, que em pouco tempo converteu-se em "ítalos", nome com que se denominou as tribos do sul.[17]
De acordo comAntíoco de Siracusa, a porção sul da península deBruttium (modernaCalábria: província deRégio da Calábria, e parte das províncias deCatanzaro eVibo Valentia). Mas no seu tempo, Itália eEnótria já haviam se tornado sinônimos, e o nome também era aplicado à maior parte daLucânia (atualBasilicata). Os gregos gradualmente aplicaram o nome Itália para uma região maior, mas foi durante o reino doimperadorAugusto (fim doséculo I a.C.) que o termo foi expandido para cobrir toda a península até osAlpes[18] e "itali"– "orum" — foi usado como gentílico para seus habitantes.[17]
Civilizações importantes que desapareceram há milhares de anos nasceram na Itália, como a civilização deNurago, daSardenha. Durante aIdade do Ferro existiram várias culturas que podem ser diferenciadas em três grandes núcleos geográficos, a doLácio Antigo, a daMagna Grécia e a daEtrúria. Uma dessas culturas, oslígures, foram um enigmático povo que habitava o norte da Itália,Suíça e sul deFrança.[24]
Império Romano em sua extensão máxima sobreposto às fronteiras atuais
Uma das mais importantes culturas antigas desenvolvidas em solo italiano foi a etrusca (a partir doséculo VIII a.C.), que influenciou profundamenteRoma e sua civilização, na qual muitas tradições importantes de origem mediterrânica e eurasiática encontraram a mais original e duradoura síntese política, econômica e cultural.[25]
O Império Romano estava entre as forças econômicas, culturais, políticas e militares mais poderosas do mundo de seu tempo. Foi um dos maiores impérios da história mundial. Em seu auge, sob o governo deTrajano, cobriu 5 milhões de quilômetros quadrados.[28][29] Olegado romano influenciou profundamente acivilização ocidental, moldando a maior parte domundo moderno; entre os muitos legados do domínio romano estão o uso generalizado daslínguas românicas derivadas dolatim, dosistema numérico, doalfabeto, docalendário do Ocidente e da transformação docristianismo em umareligião mundial importante.[30]
Após a queda doImpério Romano do Ocidente, o território da península se dividiu em vários Estados, alguns independentes, alguns parte de estados maiores (inclusive fora da península Itálica). O mais duradouro entre eles foram osEstados Pontifícios, que resistiram até a tomada italiana deRoma em 1870 e que foi mais tarde reconstituído como oVaticano, no coração da capital italiana. Depois da queda do último imperador romano do Ocidente, seguiu-se a o domínio doshérulos e, em seguida, dosostrogodos.[31] A reanexação da Itália aoImpério Romano do Oriente realizada porJustiniano no decurso dasGuerras Góticas, na primeira metade doséculo VI, foi curta, uma vez que entre 568 e 570 oslombardos, povos germânicos provenientes do território da atualHungria, ocuparam parte da península, reduzindo os domínios bizantinos na Itália aoExarcado de Ravena, mas representaram uma formidável continuidade política e cultural e a garantia da prosperidade económica da península e de toda a Europa por muitos anos.[25]
Depois, a área sob domínio romano-bizantino foi sujeita a fragmentações territoriais, mas conseguiu resistir até o final doséculo XI, enquanto os lombardos tiveram que se submeter aosfrancos comandados porCarlos Magno a partir da segunda metade doséculo VIII. Os francos ajudaram na formação dosEstados Papais e no ano 800, a Itália central tornou-se parte doSacro Império Romano-Germânico. Até oséculo XIII a política italiana foi dominada pela relação entre osimperadores do Sacro Império e os papas, com a maioria das cidades italianas se aliando com os primeiros (gibelinos) ou com os últimos (guelfos) de acordo com a conveniência do momento.[32]
Foi durante essa época caótica que as cidades italianas viram a ascensão de uma instituição peculiar, as comunas medievais. Devido ao vácuo de poder causado pela extrema fragmentação territorial e a luta entre o império e aSanta Sé, as comunidades locais buscaram maneiras autônomas de manter a lei e a ordem.[34]
AQuestão das Investiduras, um conflito sobre duas visões radicalmente diferentes sobre as autoridades seculares tais como reis, condes ou duques, terem qualquer papel legítimo no apontamento de instituições eclesiásticas tais como bispados, foi finalmente resolvida pelaConcordata de Worms. Em 1176, uma liga de cidades estado, aLiga Lombarda, derrotou o imperador germânicoFrederico Barbarossa naBatalha de Legnano, assim certificando a independência efetiva para a maioria das cidades do centro e norte da Itália.[35]
Nas áreas costeiras e do sul, asrepúblicas marítimas cresceram para finalmente dominarem o Mediterrâneo e monopolizar as rotas de comércio com oOriente. Elas eram cidades-estadostalassocráticas e independentes, ainda que a maioria delas tenha tido origem em territórios que pertenciam aoImpério Bizantino. Durante o tempo em que foram independentes, todas essas cidades tiveram sistemas de governo similares, nos quais a classe mercante detinha praticamente todo o poder. Na prática, as repúblicas eramoligárquicas e pouco se assemelhavam a democracias modernas. A relativa liberdade política que nelas se vivia contribui decisivamente para o avanço acadêmico e artístico.[36]
Expansão, rotas de comércio, influência e colônias dosgenoveses(acima) evenezianos(abaixo).
Veneza e Gênova eram portas de entrada da Europa para o comércio com o Oriente, além de produtoras de vidro fino, enquanto aFlorença foi a capital da seda, lã, bancos e joalheria. A riqueza desses negócios trazidos à Itália significou o patrocínio público e privado de grandes projetos artísticos. As repúblicas estiveram pesadamente envolvidas com asCruzadas, providenciando suporte mas especialmente, tomando vantagem das oportunidades políticas e de comércio resultante dessas guerras.[36]
No sul, a Sicília se tornou umemirado islâmico noséculo IX, prosperando até que os ítalo-normandos o conquistaram no fim doséculo XI junto com a maioria dos principados lombardos e bizantinos no sul da Itália.[37]
Por uma série de eventos complexos, o sul da Itália desenvolveu um reino unificado, primeiro sob aDinastia de Hohenstaufen, depois sob aCasa capetiana de Anjou e a partir doséculo XV comreis aragoneses. NaSardenha, as antigas províncias bizantinas se tornaram estados independentes conhecidos comogiudicati, embora algumas partes da ilha se tornaram controladas por Gênova ou Pisa até à anexaçãoaragonesa noséculo XV. Apandemia dePeste Negra de 1348 deixou a sua marca na Itália ao matar talvez cerca de um terço da população.[38][39]
Contudo, a recuperação da praga levou ao ressurgimento das cidades, comércio e economia, que permitiu o florescimento dohumanismo e daRenascença, que depois se espalhou pelaEuropa.[40]
Nos séculos XIV e XV, o centro-norte da Itália foi dividida em váriascidades-estados em guerra, sendo o restante da península ocupada pelosEstados Papais e peloReino da Sicília, até então designadoReino de Nápoles. Embora muitas dessas cidades tenham sido muitas vezes subordinadas formalmente a governantes estrangeiros, como no caso doDucado de Milão, que era oficialmente um Estado constituinte doSacro Império Romano-Germânico, elas geralmente conseguiram manter a independência que haviam conquistado em terras italianas após o colapso do Império Romano do Ocidente. As cidades-Estados mais poderosas absorveram gradualmente os territórios que as circundavam, dando origem àssignorie (singular:signoria), estados regionais frequentemente liderados por famílias mercantes que fundaramdinastias locais. A guerra entre as cidades-Estados era endêmica e principalmente lutada por exércitos demercenários conhecidos comocondottieri, grupos de soldados provenientes de toda a Europa, especialmente daAlemanha e daSuíça, liderados em grande parte por capitães italianos.[41]
Após décadas de luta,Florença,Milão eVeneza emergiram como as potências dominantes que assinaram oTratado de Lodi em 1454, que trouxe calma relativa para a região pela primeira vez em séculos. Esta paz vigoraria nos quarenta anos seguintes.[40]
ORenascimento, um período de vigoroso renascimento das artes e da cultura, originou-se na Itália graças a uma série de fatores, como a grande riqueza acumulada pelas cidades mercantes, omecenato de suas famílias dominantes[42] e a imigração de estudiosos e textos gregos para a Itália após aconquista de Constantinopla peloImpério Otomano.[43][44][45] ORenascimento italiano atingiu o apogeu em meados doséculo XVI, enquanto as invasões estrangeiras mergulhavam a região na turbulência dasGuerras Italianas.[40]
Após as Guerras Italianas (1494 a 1559), provocadas pela rivalidade entre a França e aEspanha, as cidades-estados perderam gradualmente sua independência e sofreram a dominação estrangeira, primeiro pela Espanha (1559 a 1713) e depois pelaÁustria (1713 a 1796). Em 1629-1631, uma nova explosão de peste afetou cerca de 14% da população da Itália.[48] Além disso, à medida que oImpério Espanhol começou a declinar noséculo XVII, suas posses emNápoles, Sicília, Sardenha eMilão também entraram em decadência. Em particular, osul da Itália foi empobrecido deixou de ter relevância na corrente principal de eventos na Europa.[49]
Noséculo XVIII, como resultado daGuerra da Sucessão Espanhola, a Áustria substituiu a Espanha como poder estrangeiro dominante, enquanto aCasa de Saboia surgiu como uma potência regional que se expandiu para oPiemonte e para aSardenha. No mesmo século, o declínio de 200 anos foi interrompido pelas reformas econômicas e políticas levadas a cabo em diversos estados pelas elites governantes.[50] Durante asGuerras Napoleônicas, o norte e o centro da Itália foram invadidos e reorganizados como um novoReino da Itália, umEstado cliente doImpério Francês,[51] enquanto a metade sul da península era administrada primeiro porJosé Bonaparte e depois porJoachim Murat, respetivamente irmão e cunhado deNapoleão, que foram coroados comoreis de Nápoles. OCongresso de Viena de 1814 restaurou a situação que era vigente no final doséculo XVIII, mas os ideais daRevolução Francesa não puderam ser erradicados e pouco depois ressurgiram durante as convulsões políticas que caracterizaram a primeira parte doséculo XIX.[25]
O processo de unificação teve a ajuda da França, que — juntamente com oReino Unido — tinha interesse em criar um estadoanti-Habsburgo liderado por uma dinastia amiga (Saboia) e capaz de impedir o surgimento de um estado republicano e democrático na Itália, desejado por alguns "patriotas", comoMazzini e como já tinha acontecido em parte, emRoma,Milão,Florença eVeneza durante omovimento revolucionário de 1848.[25]
A primeira capital do reino foiTurim, a antiga capital do Reino da Sardenha e ponto de partida do processo de unificação da Itália. Depois da convenção de setembro de 1864, a capital foi transferida para Florença.[52]
A Itália foiinvadida pelos Aliados em julho de 1943, levando ao colapso do regime fascista e à queda de Mussolini. Em setembro de 1943, a Itáliase rendeu. O país foipalco de combates durante o resto da guerra, enquanto os Aliados estavam avançando a partir do sul e o norte era a base para as forças leais ao regime fascista e às forças alemãs. Os combates tiveram a participação domovimento de resistência italiano.[25]
As hostilidades terminaram em 2 de maio de 1945. Quase meio milhão de italianos (incluindo civis) morreram no conflito[25] e aeconomia italiana tinha sido completamente destruída; a rendaper capita em 1944 estava em seu ponto mais baixo desde o início doséculo XX.[54]
Do final dos anos 1960 até o início dos anos 1980, o país experimentou os "anos de chumbo", um período caracterizado pela crise econômica (especialmente após acrise do petróleo de 1973), generalizados conflitos sociais e massacres terroristas realizados por grupos extremistas opostos, com o suposto envolvimento dosserviços de inteligência dosEstados Unidos.[57][58][59]
Os anos de chumbo culminaram com o assassinato do líder democrata-cristãoAldo Moro em 1978, um evento que afetou profundamente todo o país. Na década de 1980, pela primeira vez desde 1945, dois governos foram conduzidos por primeiros-ministros que não eram democratas-cristãos: um liberal (Giovanni Spadolini) e um socialista (Bettino Craxi), o Partido Democrata Cristão permaneceu, no entanto, como o principal partido do governo. Durante o governo Craxi, a economia recuperou e a Itália se tornou a quinta maior nação industrial do mundo, ganhando ingresso noG7. No entanto, como resultado de suas políticas de gastos, adívida nacional italiana disparou durante a era Craxi, passando de 100% doproduto interno bruto (PIB) pouco depois.[60]
No início de 1990, a Itália enfrentou desafios significativos, devido aos eleitores — desencantados com a paralisia política, a dívida pública enorme e extensacorrupção do sistema (conhecida comoTangentopoli) descoberto pela "Operação Mãos Limpas" — exigirem reformas radicais. Os escândalos envolveram todos os principais partidos, mas especialmente os dacoalizão de governo: opartido democrata-cristão, que governou durante quase 50 anos, sofreu uma grave crise e acabou por ser dissolvido em 1994, dividindo-se em várias facções. Oscomunistas reorganizaram-se como uma forçasocial-democrata. Durante os anos 1990 e 2000, a centro-direita (dominada pelo magnata da mídiaSilvio Berlusconi) e coalizões de centro-esquerda governaram alternadamente o país, que entrou em um período prolongado deestagnação econômica.[61]
A área total do país é de 301 230 km², dos quais 294 020 km² são terra e 7 210 km² água. Incluindo as ilhas, a Itália tem um litoral e uma fronteira de 7 600 km nos maresAdriático,Jônico eTirreno (740 km) e as fronteiras comuns com aFrança (488 km),Áustria (430 km),Eslovênia (232 km) eSuíça;San Marino (39 km) eVaticano (3,2 km), ambosenclaves, também entram como fronteiras.[62]
OsApeninos formam a espinha dorsal da península e osAlpes formam a sua fronteira natural a norte, onde está o ponto mais alto da Itália, omonte Branco (4 810 m). OPó, maior rio da Itália (652 km), flui dos Alpes na fronteira oeste com a França e atravessa a planície daPadânia em seu caminho para o mar Adriático. Os cinco maiores lagos são (em ordem de tamanho decrescente):[63]Garda (367,94 km²),Maggiore (212,51 km²),Como (145,9 km²),Trasimeno (124,29 km²) eBolsena (113,55 km²).[62]
Graças à grande extensão longitudinal da península e a conformação interna principalmente montanhosa, o clima da Itália é altamente diversificado. Na maior parte das regiões setentrionais e centrais do interior, o clima varia desubtropical úmido acontinental eoceânico úmido. Em particular, o clima da região geográfica daPlanície Padana é predominantemente continental, com invernos rigorosos e verões quentes.[64][65]
As áreas costeiras daLigúria,Toscana e a maioria doSul geralmente se encaixam no estereótipo doclima mediterrâneo (classificação climática de Köppen,Csa). As condições nas áreas costeiras peninsulares podem ser muito diferentes dos terrenos e vales mais altos do interior, particularmente durante os meses de inverno, quando as altitudes mais altas tendem a ser frias, úmidas e muitas vezes comneve.[66] As regiões costeiras têm invernos suaves e verões quentes e geralmente secos, embora os vales das planícies possam ser bastante quentes no verão.[67]
As temperaturas médias no inverno variam de 0 °C nosAlpes a 12 °C naSicília, assim como as temperaturas médias no verão variam de 20 °C a mais de 25 °C. Os invernos podem variar muito em todo o país com períodos frios,nevoentos e com neve no norte e condições mais amenas e ensolaradas no sul. Os verões são geralmente quentes e úmidos em todo o país, especialmente no sul, enquanto as áreas norte e central podem experimentar fortes tempestades ocasionais da primavera ao outono.[67]
Parques nacionais (verde) e regionais (vermelho) na Itália
Depois do seu rápido crescimento industrial, a Itália levou um longo tempo para confrontar os seus problemas ambientais. Depois de várias melhorias, ela agora se posiciona na 84.ª posição no mundo com relação a sustentabilidade ecológica.[68]Parques nacionais cobrem cerca de 5% do país.[69] Na década de 2010, a Itália se tornou um dos líderes do mundo em produção deenergia renovável, sendo o país com a quarta maior capacidade instalada deenergia solar no mundo em 2010 e um dos países com a maior penetração de energia solar.[70][71] além de ter a sexta maior capacidade instalada deenergia eólica em 2010.[72]
No entanto, apoluição atmosférica continua sendo um problema severo, especialmente no norte industrializado, atingindo o décimo maior nível mundial de emissão dedióxido de carbono industrial no anos 1990.[73] Em 2009, a Itália era o 16.° maior lançador global de dióxido de carbono na atmosfera.[74] Tráfico intenso e congestão nas maiores áreas metropolitanos continuam a causar severos problemas ambientais e de saúde pública, mesmo que os níveis desmog tenham diminuído dramaticamente entre os anos 1970 e 1980, com a presença desmog se tornando um fenômeno cada vez mais raro e os níveis dedióxido de enxofre estavam diminuindo no início da década de 1990.[75]
Muitos cursos de água e seções costeiras tem sido contaminados pela atividade industrial e agricultural, enquanto em decorrência dos níveis crescentes da água,Veneza tem sido regularmente inundada em anos recentes. Lixo e contaminantes da atividade industrial nem sempre foram descartados por meios legais e têm levado a problemas permanentes de saúde na população das áreas afetadas, como no caso doacidente de Seveso. O país também operou váriasusinas nucleares entre 1963 e 1990, mas após odesastre de Chernobyl e umreferendo sobre o assunto o programa nuclear civil foi terminado. Essa decisão foi revogada pelo governo em 2008, que planeava construir até quatro usinas nucleares com tecnologia francesa. O que por sua vez foi cancelado após o referendo sobre a questão nuclear logo depois dodesastre de Fukushima.[76]
Desmatamento, construção ilegal e políticas deficientes de manejo do solo levaram aerosão significativa de todas as regiões montanhosas da Itália, levando a desastres ecológicos de grandes proporções como a transposição dabarragem do Vajont em 1963,deslizamentos de terra em 2008 emSarno[77] e em 2010, emMessina.[78]
Gran Paradiso, estabelecido em 1922, é o mais antigo parque nacional italiano.
Em 2009, a população italiana passou de 60 milhões,[79] a quarta maior daUnião Europeia, e em 2017 era a 23.ª maior do mundo.[80] Em 2020, o país tinha 60 317 116 habitantes (densidade: 200,2 hab./km²),[2] o quinto maior da União Europeia, sendo onorte a parte mais densa.[81]
Depois daSegunda Guerra Mundial, a Itália passou por um grande crescimento econômico que levou a população rural a mover-se para as cidades, e ao mesmo tempo passou de uma nação caracterizada por massiva emigração a um país receptor de imigrantes. A altafertilidade persistiu até à década de 1970, e depois passou para abaixo da taxa de reposição — em 2007, um em cada cinco italianos eraaposentado. Apesar disso, graças principalmente àimigração das décadas de 1980 e 1990, nos anos 2000 a Itália viu um acréscimo populacional natural pela primeira vez em anos.[79]
Cerca de 92% da população italiana tem origem na península Itálica.[82] Os italianos são descendentes de uma grande quantidade depovos que se estabeleceram na península ao longo da história. Os italianos são uma mistura de povos que já viviam na região, incluindo os povoslatinos (a oeste), ossabinos (no vale superior doTibre), osúmbrios (no centro), ossamnitas (no sul),oscos, entre outros, como osetruscos que se estabeleceram no centro do país, osgregos no sul e osceltas no norte.[81]
Do final doséculo XIX até a década de 1960, a Itália era um país deemigração em massa. Entre 1898 e 1914, os anos de pico dadiáspora italiana, aproximadamente 750 000 italianos emigravam do país a cada ano.[83]
A diáspora atingiu mais de 25 milhões de italianos e é considerada a maior migração em massa da época contemporânea.[84] Como resultado, atualmente mais de 4,1 milhões de cidadãos italianos estão vivendo no exterior,[85] enquanto pelo menos 60 milhões de pessoas com ascendência italiana total ou parcial vivem fora da Itália, principalmente naArgentina,[86]Brasil,[87]Uruguai,[88]Venezuela,[89]Estados Unidos,[90]Canadá,[91]Austrália[92] eFrança.[93]
Em 2016, a Itália tinha cerca de 5,05 milhões de residentes estrangeiros,[94] representando 8,3% da população total. Os números incluem mais de meio milhão de crianças nascidas na Itália de pais estrangeiros — imigrantes de segunda geração, mas excluem os estrangeiros que posteriormente adquiriram acidadania italiana.[95] Em 2016, cerca de 201 000 pessoas adquiriram a cidadania italiana[96] e 130 000 em 2014).[97] Os números oficiais também excluem imigrantes ilegais, que, em 2008, foram estimados em pelo menos 670 000 pessoas.[98]
A partir do início da década de 1980, até então uma sociedade linguisticamente e culturalmente homogênea, a Itália começou a atrair fluxos substanciais de imigrantes estrangeiros.[99] Depois daqueda do Muro de Berlim e, mais recentemente, dosalargamentos de 2004 e 2007 daUnião Europeia, grandes ondas de migração se originaram dos antigospaíses socialistas daEuropa Oriental (especialmenteRomênia,Albânia,Ucrânia ePolônia), mas também de países daÁsia, como aChina.[100] Atualmente, cerca de um milhão de cidadãosromenos (cerca de 10% dos quais pertencentes à etniacigana)[101] estão oficialmente registados como residentes em Itália, representando assim o mais importante país de origem, seguido poralbaneses emarroquinos com cerca de 500 000 pessoas cada. O número de romenos não registrados é difícil de estimar, mas a Rede de Relatórios Investigativos dos Bálcãs sugeriu em 2007 que talvez houvesse meio milhão de pessoas ou mais.[102]
O idioma oficial é o italiano, falado por quase toda a população. O italiano padrão é uma língua derivada dodialeto da Toscana, sobretudo aquele falado na região deFlorença.[81]
A Itália, ainda hoje, pode ser considerada um país debilíngues. Em muitas regiões do país adiglossia é predominante, pois o uso dosdialetos no cotidiano não foi eliminado, inclusive entre a população mais culta.[81][103]
OCatolicismo Romano é a maior religião do país e embora aIgreja Católica não seja mais areligião oficial do estado, 87,8% dos italianos identificam-se como católicos romanos.[104] Contudo apenas um terço descrevem-se como membros ativos (36,8%). A sede mundial da Igreja Católica situa-se noVaticano desde oséculo III, quando o bispo de Roma passou a ser considerado bispo supremo e recebeu o título "papa".[105]
Historicamente, a Igreja exerceu grande influência na vida política e social dos italianos. Embora continue influente, nos últimos anos, com o aumento dasecularização, a religião vem perdendo força na Itália, como em outros países desenvolvidos. Em pesquisa de 2012, 73% dos italianos se disseram religiosos, 15% não religiosos, 8%ateus convictos e 4% não responderam.[106] Apenas 25% dos católicos italianos dizem que a religião "é muito importante" e 31% dizem que rezam todos os dias, embora 95% da população em 2010 fosse batizada na igreja.[107] Uma pesquisa feita em 2012 mostrou que, apesar de 30,1% da população italiana afirmar que comparecia à missa todos os domingos, o comparecimento real foi de 18,5%.[108]
A minoria religiosa mais antiga do país é a comunidadejudaica, que compreende por volta de 28 400 pessoas,[113] mas não é mais o maior grupo não cristão da Itália. Como resultado da significante imigração de outras partes do mundo, 825 000muçulmanos (1,4% da população total) moram no país,[114] mas apenas 50 000 sãocidadãos italianos. Há também 110 000budistas (0,2%),[110][115][116] 70 000siques,[117] e 70 000hindus (0,1%).[81]
Opresidente da república (Presidente della Repubblica) tem um mandato de sete anos. O presidente escolhe o primeiro-ministro, e este propõe os outros ministros, que são aprovados pelo presidente. O conselho de ministros precisa ter apoio (fiducia - confiança) de ambas as casas do parlamento.[118][119]
Os deputados que são eleitos para o parlamento são eleitos diretamente pela população. De acordo com a legislação italiana de 1993, a Itália tem membros únicos de cada distrito do país, para 75% dos postos no parlamento. Os outros 25% dos postos parlamentares são distribuídos regularmente. A câmara de deputados possui oficialmente 630 membros (mas de fato, são apenas 619 depois das eleições italianas de 2001).[118][119]
O senado é composto por 315 senadores, eleitos pelo voto popular, bem como ex-presidentes e outras pessoas (não mais que cinco), indicadas pelo presidente da república, de acordo com provisões constitucionais especiais. Ambos, a câmara de deputados e o senado, são eleitos para um mandato de no máximo cinco anos de duração, mas eles podem ser dissolvidos antes do término do mandato. Leis podem ser criadas na câmara de deputados ou no Senado, e para serem aprovadas, precisam da maioria em ambas as câmaras.[118][119]
Oexército,marinha,força aérea,Arma dos Carabineiros (Carabinieri) e aGuarda de Finanças coletivamente formam as forças armadas italianas, sob o comando do Conselho Supremo de Defesa, presidido pelo Presidente da República Italiana. Desde 1999, o serviço militar é voluntário.[120] Em 2010, o exército italiano tinha 293 202 soldados ativos,[121] dos quais 114 778 na guarda nacional.[122]
AMarinha Italiana possui em 2018 cerca de 118 embarcações à sua disposição,[128] a suafrota possui doisporta-aviões, três pequenas docas de transporte anfíbio de 8 000 toneladas, quatrocontra-torpedeiros de defesa aérea, quatrofragatas de propósito geral, 10 fragatas anti-submarinas e oitosubmarinos de ataque. Unidades de guerra litorânea e patrulha incluem uma fragata leve de patrulha, 10 navios de patrulha e duascorvetas. No suporte da frota estão dez navios de contra medidas a minas, quatro barcos de patrulha costeira e vários navios auxiliares. A marinha passou por um extenso processo de renovação, com o resto da sua frota remanescente daGuerra Fria de 50 navios sendo substituída por 30 navios maiores e em geral, polivalentes.[129] Também é considerada como umamarinha de alto mar.[129]
Um corpo autônomo das forças militares, os carabineiros, são agendarmaria e apolícia militar da Itália, policiando a população civil e militar junto dosoutros serviços de polícia. Enquanto diferentes ramos dos carabineiros reportam para ministros diferentes para cada uma das suas funções individuais, para as funções de manutenção da segurança e ordem pública, os corpos reportam para o Ministros do Interior.[132]
A aplicação da lei na Itália é providenciada por múltiplas forças policiais, cinco das quais são agências nacionais italianas. APolícia do Estado (Polizia di Stato) é a polícia civil nacional da Itália. Junto com os deveres de patrulha, investigação e aplicação da lei, ela patrulha asautoestradas da Itália e vigia a segurança dasferrovias, pontes e cursos de água. Oscarabinieri, nome comum para a Arma dos Carabineiros que também fazem parte das Forças Armadas da Itália, também têm deveres de polícia, atuando como a polícia militar da Itália. Outro ramo das forças armadas, a Guarda de Finanças também atua com funções policiais. A Polícia Penitenciária (Polizia Penitenciaria) opera no sistema prisional italiano e manejam o transporte dos presos.[133]
O sistema judiciário italiano é baseado nodireito Romano, modificada pelocódigo napoleônico e estatutos posteriores. A Suprema Corte de Cassação é a mais alta corte da Itália para recurso tanto em casos civis quanto criminais. A Corte Constitucional da República Italiana (Corte Costituzionale) julga em conformidade com as leis da constituição. Desde a sua aparição no meio doséculo XIX, ocrime organizado italiano tem se infiltrado na vida social e econômica de muitas regiões noSul da Itália. A mais notória organização é aCosa nostra, conhecida como Máfia siciliana, que também se expandiu para outras paragens em diferentes países, incluindo os Estados Unidos. Segundo estimativas dos anos 2007 a 2010, as receitas da máfia eram equivalentes a 6% a 9% doPIB do PIB da Itália.[134][135][136]
Um relatório de 2009, identificou 610comunas com forte presença da máfia, onde 13 milhões de italianos vivem e 14,6% do PIB italiano é produzido.[137][138] A'Ndrangheta, naCalábria, é provavelmente a organização criminosa mais poderosa atualmente na Itália, possuindo poder sobre 3% do PIB do país.[139]
No entanto, com 0,013 homicídios por 1 000 habitantes, a Itália tem somente o 47.ª maior taxa de homicídios (em um grupo de 62 países) e a 43.ª maior taxa de estupros por 1 000 habitantes (em um grupo de 65 países), índices relativamente baixos entre países desenvolvidos.[140]
A Itália apoia as Nações Unidas e as suas atividades internacionais de segurança. O país já forneceu tropas de apoio amissões de paz da ONU naSomália,Moçambique, e emTimor-Leste e dá suporte para operações da OTAN e da ONU naBósnia,Kosovo eAlbânia. A Itália mobilizou também mais de 2 000 soldados para oAfeganistão, em apoio àOperação Liberdade Duradoura (OEF, do inglêsOperation Enduring Freedom) em fevereiro de 2003 e apoia ainda os esforços internacionais para reconstruir e estabilizar oIraque, mas o país retirou o seu contingente militar de cerca de 3 200 soldados em novembro de 2006, mantendo apenas trabalhadores humanitários e pessoal civil.[142] Em agosto de 2006, a Itália enviou cerca de 2 450 soldados para oLíbano a serviço das Nações Unidas em uma missão de paz, aFINUL.[141][143]
A Itália tem um número menor de empresas multinacionais globais quando comparada a outras economias de tamanho similar, mas há um grande número de pequenas e médias empresas, notoriamente agrupadas em vários distritos industriais, que são a espinha dorsal da indústria italiana. Isso produziu um setor industrial focado principalmente na exportação denicho de mercado e produtos deluxo, que, se por um lado é menos capaz de competir em quantidade, do outro é mais capaz de enfrentar a concorrência daChina e de outras economias emergentes daÁsia com base em custos laborais mais baixos e com produtos de maior qualidade.[152] Em 2009, o país era osétimo maior exportador do mundo,[153] caindo para 10º lugar em 2020, tanto nas exportações, quanto nas importações.[154][155][156] Existem fortes laços comerciais da Itália com outros países daUnião Europeia, com quem realiza cerca de 59% seu comércio total. Seus maiores parceiros comerciais da UE, em termos dequota de mercado, são aAlemanha (12,9%),França (11,4%) eEspanha (7,4%).[157] Finalmente, o turismo é um dos setores de maior crescimento e rentabilidade da economia nacional: com 43,6 milhões de chegadas de turistas internacionais e receitas totais estimadas em38,8bilhões* de dólares em 2010, a Itália é ao mesmo tempo o quinto país mais visitado e que mais lucra com o turismo no mundo.[158]
Apesar dessas importantes conquistas, aeconomia italiana hoje sofre de muitos e relevantes problemas. Depois de um forte crescimento doPIB, entre 5 e 6% ao ano, da década de 1950 aos anos 1970[159] e um abrandamento progressivo nas décadas de 1980 e 1990, as taxas médias de crescimento anual da Itália tiveram uma performance ruim, de 1,23%, em comparação com uma média taxa de crescimento anual de 2,28% em toda a UE.[160] Diante daestagnação econômica, os esforços do governo para reavivar a economia através de maciçosgastos públicos a partir dos anos 1980, geraram um forte aumento dadívida pública. De acordo com estatísticas doEurostat, a dívida pública italiana ficou em 116% do PIB em 2010 — a segunda maior relação dívida/PIB, somente superada pelaGrécia, com 126,8%.[161]
No entanto, a maior fatia da dívida pública italiana é de propriedade de italianos, o que é uma grande diferença entre a Itália e a Grécia.[162] Além disso, os padrões de vida dos italianos também têm uma considerável desigualdade entre as regiõesnorte esul do país. A média do PIB per capita no norte excede em muito a média da União Europeia, enquanto muitas regiões do sul italiana têm uma renda dramaticamente baixa.[163] A Itália tem sido muitas vezes referida o "homem doente da Europa",[164] caracterizado pela estagnação econômica, instabilidade política e problemas em realizar programas de reforma.[165]
Mais especificamente, a Itália sofre de deficiências estruturais, devido à sua conformação geográfica e a falta dematérias-primas e recursos energéticos: em 2006 o país importou mais de 86% do seu consumo total de energia (99,7% dos combustíveis sólidos, 92,5% de petróleo, 91,2% de gás natural e 15% da eletricidade).[166][167] A economia italiana está enfraquecida pela falta de desenvolvimento da infraestrutura, reformas de mercado e investimento em pesquisa, além de um também elevadodéficit público.[151] NoÍndice de Liberdade Econômica de 2008, o país ocupou o 64º lugar no mundo e o 29º naEuropa, a classificação mais baixa daZona Euro. A Itália ainda recebe a ajuda ao desenvolvimento da União Europeia a cada ano. Entre 2000 e 2006, a Itália recebeu 27,4 bilhões deeuros da UE.[168]
O país tem uma burocracia estatal ineficiente, baixa proteção aos direitos de propriedade e altos níveis decorrupção política, além de uma tributação pesada e gastos públicos que em 2008 representavam cerca da metade do PIB nacional.[169] Além disso, os gastos do país empesquisa e desenvolvimento (P&D) em 2006 foram equivalentes a 1,14% do PIB, abaixo da média da UE de 1,84% e do alvoEstratégia de Lisboa de dedicar 3% do PIB para atividades de P&D.[170] De acordo com um relatório de 2007 dosConfesercenti, uma associação empresarial importante na Itália, ocrime organizado na Itália representava o "maior segmento da economia italiana", respondendo por 90 bilhões de € em receitas e 7% do PIB da Itália.[171]
O turismo também é muito importante para a economia italiana: com mais de 37 milhões de turistas por ano em 2004, a Itália éclassificada como o quinto principal destino turístico do mundo.[145] Em 2006,Roma era a terceiracidade mais visitada daUnião Europeia,[172] sendo constantemente considerada como uma das mais belas cidades antigas do mundo.[173]Veneza também é considerada a cidade mais bonita do mundo, segundo oNew York Times, que descreve a cidade como"sem dúvida a mais bela cidade construída pelo homem".[174] O país também foi classificado com tendo a sexta melhor reputação internacional de 2009.[175]
Em 2004 o setor de transporte na Itália gerou um valor de negócios de119,4bilhões* de euros, empregando 935 500 pessoas em 153 700 empresas. Com relação a rede nacional de estradas, haviam 668 721 km de rodovias utilizáveis na Itália, incluindo 6 487 km de autoestradas,[178] possuídas pelo estado italiano mas operados pela empresa privada da Atlantia. Em 2005, havia na Itália cerca de 34 667 000carros de passageiros (590 carros por 1 000 pessoas).[179]
A educação na Itália é gratuita e obrigatória entre os 6 e 16 anos de idade[181] e consiste em cinco fases:ensino infantil (scuoladell'infanzia),escola primária (scuola primaria),ensino secundário de primeiro grau (scuola secondaria di primo grado), ensino secundário de segundo grau (scuola secondaria di secondo grado) e universidade (Università).[182]
A educação primária dura oito anos. Os alunos recebem uma educação básica eminglês,matemática,ciências naturais,história,geografia,estudos sociais,educação física eartes visuais e musicais. Oensino secundário tem a duração de cinco anos e inclui três tipos tradicionais de escolas voltadas para diferentes níveis de ensino: oliceu prepara os alunos para os estudos universitários com um currículo clássico ou científico, enquanto oistituto tecnico e oistituto professionale preparam os alunos para oensino profissional. Na avaliação doPrograma Internacional de Avaliação de Alunos (PISA) de 2012, o ensino secundário italiano foi classificado como ligeiramente abaixo da média daOCDE, mas registava-se uma melhoria forte e constante nas notas de ciências e matemática desde 2003;[183] No entanto, existe uma grande diferença entre as escolas doNorte, que tiveram um desempenho significativamente melhor do que a média nacional (entre os melhores do mundo em alguns casos), e as escolas noSul, que tiveram resultados muito mais pobres.[184]
Oensino superior na Itália é dividido entre as universidades públicas, universidades privadas e as prestigiadas e seletivas escolas de graduação superior, como aEscola Normal Superior de Pisa. O sistema universitário na Itália é geralmente considerado como pobre para uma potência cultural mundial do nível do país, sem universidades classificadas entre as 100 melhores do mundo e apenas 20 entre as 500 melhores em 2018 noRanking de Xangai.[185] No entanto, em 2015, o governo tinha agendadas grandes reformas e investimentos a fim de melhorar a internacionalização e a qualidade global do sistema.[186]
A Itália é o sexto maior produtor de artigos científicos do mundo gerando mais de 155 mil documentos científicos no ano de 2020[187] comparados com os mais de 125 mil em 2019[188] e cerca de 1,8 milhão de documentos gerados entre 1996 e 2019,[188][189] tendo ultrapassado a França em 2019 e o Japão em 2020, além de cerca de 2 milhões de documentos gerados entre 1996 e 2020.[190] Entre oscientistas italianos se destacam, entre outros,Galileo Galilei, o fundador da ciência moderna,[191] eLeonardo da Vinci, um dos grandesgênios da humanidade;[192]pintor,escultor,engenheiro,arquiteto,anatomista,musicista einventor,[193] que representa noRenascimento Italiano, o espírito universalista que o leva a maiores formas de expressão nos diversos campos da arte e do conhecimento.[192]
O Estado italiano mantém um sistema desaúde pública universal desde 1978.[194] No entanto, ele é fornecido a todos os cidadãos e residentes através de um sistema misto público-privado. A parte pública é oServizio Sanitario Nazionale, que é organizado no âmbito do Ministério da Saúde e administrado numa base regional desconcentrada. As despesas de saúde na Itália foram responsáveis por 9,2% do PIB nacional em 2012, muito próximo da média dos países daOCDE de 9,3%.[195]
Em 2000, o sistema de saúde italiano foi classificado como o segundo melhor do mundo.[194][196] Aexpectativa de vida na Itália era de 80 anos para os homens e 85 anos para as mulheres em 2007, colocando o país no sexto lugar do mundo em expectativa de vida. Em comparação com outrospaíses ocidentais, a Itália tem uma taxa relativamente baixa deobesidade adulta (abaixo de 10%[197]), provavelmente graças aos benefícios de saúde dadieta mediterrânica. A proporção defumantes diários foi de 22% em 2012, abaixo dos 24,4% em 2000, mas ainda ligeiramente acima da média da OCDE.[195] Fumar em locais públicos, incluindo bares, restaurantes, discotecas e escritórios tem sido restrito a quartos especialmente ventilados desde 2005.[198]
Com relação a outros países da União Europeia, a Itália apresenta uma dependência maior da importação de matérias primas e dehidrocarbonetos (gás epetróleo). Em 2016, a Itália produziu 70 675barris de petróleo diariamente,[201] enquanto o consumo diário era de 1 253 000 barris.[202] Os depósitos de Val d'Agri são os maiores daEuropa continental.[203]
Com relação ao consumo deenergia elétrica, a Itália em 2014 consumiu 291,083 TWh (4 790 kWh/per capita), o consumo residencial foi de 1 057 kWh/pessoa.[204] O país é um importador líquido de eletricidade, importando 46 747,5 GWh e exportando 3 031,1 GWh em 2014; a produção bruta no mesmo ano foi de 279,8 TWh, com as principais fontes de energia sendo a queima de gás e ahidroeletricidade.[204]
Aenergia nuclear na Itália é um tópico controverso. Apesar de ter sido uma das primeiras nações a produzir energia nuclear no início dos anos 1960, todas asusinas nucleares foram fechadas em 1990, na sequência de um referendo em 1987 em que a população italiana escolheu se opor a energia nuclear. Uma tentativa para mudar essa decisão ocorreu em 2008 pelo governo, que classificou o fim da produção de energia nuclear como um "grande erro, cujos custos totalizam mais de50bilhões* de euros".[205] O Ministro do Desenvolvimento EconômicoClaudio Scajola propôs construir até 10 novosreatores, com o objetivo da energia nuclear passar a representar cerca de 25% da demanda de eletricidade da Itália por volta de 2030.[206] No entanto, oacidente nuclear de Fukushima em 2011 levou o governo italiano a declarar uma moratória de um ano nos planos de reutilização da energia nuclear.[207] Em 11 e 12 de junho de 2011, o povo italiano votou no referendo para cancelar os planos para novos reatores[208]
A Itália tinha uma meta programada pela União Europeia de atingir em 2020 17% de cobertura porenergias renováveis do seu consumo energético total, no entanto excedeu essa porcentagem em 2014, alcançando 17,1%.[209] O consumo bruto de energia de fontes renováveis aumentou de 17,36 tep em 2010 para 21,14 tep no fim de 2015. A maior parte do crescimento se deu na eletricidade, no qual o setor aumentou em 58,3%. Em 2015, osetor termal registrou um aumento de 5,7% enquanto que o detransporte mostrou uma queda de 16,9%.[210] Em 2021, a Itália tinha, em energia elétrica renovável instalada, 22 712 MW emenergia hidroelétrica (11º maior do mundo), 11 276 MW emenergia eólica (11º maior do mundo), 22 698 MW emenergia solar (6º maior do mundo), e 1 128 MW embiomassa, além de 802 MW emenergia geotérmica.[211]
Por séculos dividida pela política e pela geografia até suaunificação em 1861, a Itália desenvolveu uma cultura única, moldada por uma infinidade de costumes regionais e centros locais de poder emecenato.[212] Durante aIdade Média e aRenascença, várias cortes magníficas competiram por atrair os melhores arquitetos, artistas e estudiosos, produzindo assim um imenso legado de monumentos, pinturas, música e literatura.[213]
A Itália tem mais sítios classificados comoPatrimônio Mundial pelaUNESCO[214] (53 em 2018)[215] do que qualquer outro país do mundo e possui importantes coleções de arte, cultura e literatura de muitos períodos diferentes.[214]
Outra voz italiana originou-se naSicília. Na corte do imperadorFrederico II, que governou oreino siciliano durante a primeira metade doséculo XIII, as letras modeladas em formas e temasprovençais eram escritas em uma versão refinada do vernáculo local. O mais importante desses poetas foi onotárioGiacomo da Lentini, inventor dosoneto, embora o mais famoso sonetista primitivo sejaPetrarca.[218]
Guido Guinizelli é considerado o fundador doDolce Stil Novo, umaescola literária que acrescentou uma dimensão filosófica à poesia amorosa tradicional. Essa nova compreensão doamor, expressa num estilo suave e puro, influenciouGuido Cavalcanti e o poetaflorentinoDante Alighieri, que estabeleceu a base da modernalíngua italiana; sua maior obra, aDivina Comédia, é considerada uma das principais declarações literárias produzidas naEuropa durante a Idade Média; além disso, o poeta inventou a complicadaterza rima. Os dois grandes escritores doséculo XIV, Petrarca eGiovanni Boccaccio, procuraram e imitaram as obras da antiguidade e cultivaram suas próprias personalidades artísticas. Petrarca alcançou fama através de sua coleção de poemas,Il Canzoniere. A poesia de amor de Petrarca serviu de modelo durante séculos. Igualmente influente foiDecamerão, de Boccaccio, uma das mais populares coleções decontos de todos os tempos.[219]
Oromantismo coincidiu com algumas ideias doRisorgimento, o movimento patriótico que trouxe a unidade política da Itália e a liberdade da dominação estrangeira. Escritores italianos abraçaram o romantismo no início doséculo XIX. A época do renascimento da Itália foi anunciada pelos poetasVittorio Alfieri,Ugo Foscolo eGiacomo Leopardi. As obras deAlessandro Manzoni, o principal autor romântico italiano, são um símbolo da unificação italiana por sua mensagem patriótica e por seus esforços no desenvolvimento da moderna e unificada língua italiana; sua obraOs Noivos foi o primeiroromance histórico italiano a glorificar os valores cristãos da justiça e da providência, sendo considerado o romance em língua italiana mais famoso e mais lido.[229]
A arquitetura italiana apresenta numerosos estilos, muito diversificados entre si, que não podem ser simplesmente classificados por período, mas também por região, devido à divisão da Itália em váriascidades-estado até 1861, o que originou uma gama muito diversificada e eclética em projetos arquitetônicos.[236][237]
A arquitetura italiana influenciou amplamente a arquitetura mundial. O arquiteto britânicoInigo Jones, inspirado pelos projetos de edifícios e cidades italianas, nomeadamente deAndrea Palladio, levou para aInglaterra doséculo XVII as ideias de arquitetura renascentista italiana para, sendo.[238] Além disso, a arquitetura italiana era popular em áreas exteriores desde oséculo XIX, especialmente em projetos com inspiração na arquitetura renascentista.[236][237]
A história dasartes visuais italianas faz parte da história dapintura ocidental. Aarte romana foi influenciada pelada Grécia Antiga e pode, em parte, ser tomada como um descendente da pintura grega antiga. No entanto, a pintura romana tem importantes características únicas; as sobreviventes sãopinturas murais, muitas delas dasvilas daCampânia, no sul da Itália. Essa pintura pode ser agrupada em 4 "estilos" ou períodos principais[240] e pode conter os primeiros exemplos detrompe-l'oeil, pseudo-perspectiva e paisagem pura.[241]
A pintura em painel torna-se mais comum durante operíodo românico, sob a forte influência deíconesbizantinos. Em meados doséculo XIII, aarte medieval e apintura gótica tornaram-se mais realistas, com o início do interesse na representação de volume e perspectiva na Itália comCimabue e, em seguida, seu alunoGiotto. De Giotto em diante, o tratamento da composição pelos melhores pintores também foi muito mais livre e inovador. Eles são considerados os dois grandes mestres da pintura nacultura ocidental.[242][243]
Da folclórica à clássica, a música sempre desempenhou um papel importante na cultura italiana. Instrumentos associados àmúsica clássica, incluindo opiano e oviolino, foram inventados na Itália,[251][252] e a origem de muitas das formas de música clássica predominantes, como asinfonia, oconcerto esonata, remontam às inovações de música italiana dos séculos XVI e XVII.[243]
A Itália é amplamente conhecida por ser o berço daópera.[254] Acredita-se que aópera italiana tenha sido fundada no início doséculo XVII, em cidades italianas comoMântua eVeneza.[254] Mais tarde, obras e peças compostas por compositores italianos doséculo XIX e início doséculo XX, comoRossini,Bellini,Donizetti,Verdi ePuccini, estão entre as mais famosas óperas já escritas e hoje são apresentadas em óperas do mundo todo. Cantores famosos de ópera italiana incluemEnrico Caruso eAlessandro Bonci.[243]
O teatro italiano pode ser rastreado até à tradição romana. Oteatro da Roma Antiga era uma forma de arte diversificada e próspera, variando de apresentações em festivais deteatro de rua,dança nua eacrobacia, até à encenação dascomédias dePlauto, até astragédias de alto estilo e elaboradas verbalmente deSêneca. Embora Roma tivesse uma tradição nativa de representação, ahelenização dacultura romana noséculo III a.C. teve um efeito profundo e energizante no teatro romano e encorajou o desenvolvimento da literatura latina da mais alta qualidade para o palco. Como muitos outros gêneros literários, osdramaturgos romanos eram fortemente influenciados ou tendiam a se adaptar ao grego. Por exemplo, aFedra de Sêneca foi baseada emHipólito, deEurípides, e muitas das comédias de Plauto foram traduções diretas de obras deMenandro.[243][258]
Durante oséculo XVI e até o XVIII, aCommedia dell'arte era uma forma de teatro improvisado e ainda hoje é realizada. Grupos de músicos itinerantes montavam um palco ao ar livre e divertiam o público commalabarismo, acrobacias e, mais tipicamente, peças humorísticas baseadas em um repertório de personagens estabelecidos com um enredo difícil, chamadocanovaccio. As peças não se originaram de dramatizações escritas, mas deroteiros chamadoslazzi, que eram estruturas soltas que forneciam as situações, complicações e resultados da ação, em torno dos quais os atores improvisavam. Os personagens dacommedia geralmente representam tipos sociais fixos e personagens de ações, cada um com um traje distinto, como velhos tolos, servos desonestos ou oficiais militares muito fanfarrões. As principais categorias desses personagens incluem servos, velhos, amantes e capitães.[259]
Carlo Goldoni, que escreveu alguns roteiros a partir de 1734, substituiu a comédia de máscaras e a comédia de intriga por representações da vida e das maneiras reais através dos personagens e de seus comportamentos. Ele sustentava, com razão, que a vida e as maneiras italianas eram suscetíveis de tratamento artístico, o que não tinha sido explorado antes.[243][260]
A moda italiana tem uma longa tradição e é considerada uma das mais importantes do mundo.Milão,Florença eRoma são as principaiscapitais da moda da Itália. De acordo com o Top Global Fashion Rankings 2013 da Global Language Monitor, Roma ficou em sexto lugar no mundo, enquanto Milão estava em décimo segundo lugar.[261] As grandesgrifes italianas, comoGucci,Armani,Prada,Versace,Valentino,Dolce & Gabbana,Missoni,Fendi,Moschino,Max Mara,Trussardi eFerragamo, para citar algumas, são consideradas das melhores casas de moda do mundo. Além disso, aVogue Italia é considerada uma das mais conceituadas revistas de moda do mundo.[262]
A Itália também é proeminente no campo dodesign, notavelmentedesign de interiores, design arquitetônico,design industrial edesign urbano. O país produziu alguns renomados designers de móveis, comoGio Ponti eEttore Sottsass, e frases em italiano como "Bel Disegno" e "Linea Italiana" entraram no vocabulário dodesign de móveis.[263] Exemplos de peças clássicas de móveis e móveis brancos italianos incluem as máquinas de lavar e geladeiras daZanussi,[264] os sofás "New Tone" daAtrium[264] e a estante pós-moderna deEttore Sottsass, inspirada na música "Stuck Inside of Mobile with the Memphis Blues Again", deBob Dylan.[264] Hoje, Milão eTurim são líderes do país em design arquitetônico e design industrial. A cidade de Milão recebe aFiera Milano, a maior feira de design da Europa.[265] Milão também hospeda grandes eventos e locais relacionados a design e arquitetura, como o "Fuori Salone" e o Salone del Mobile, além de abrigar os designersBruno Munari,Lucio Fontana,Enrico Castellani ePiero Manzoni.[266]
Aculinária italiana se desenvolveu através de séculos de mudanças sociais e políticas, com raízes desde oséculo IV a.C. A cozinha local, por si só, sofre influências diversas, incluindo deetruscos,gregos antigos,romanos antigos,bizantinos ejudeus.[267] Mudanças significativas ocorreram com a descoberta doNovo Mundo com a introdução de itens comobatatas,tomates,pimentões emilho, agora centrais para a culinária italiana, mas não introduzidos em quantidade significativa até oséculo XVIII.[268][269] A comida do país é conhecida por sua diversidade regional,[270][271][272] abundância de gostos, além de ser conhecida por ser uma das mais populares do mundo,[273] exercendo forte influência no exterior.[274]
Adieta mediterrânica constitui a base da cozinha italiana, rica emmassas,peixe,frutas evegetais e caracterizada pela sua extrema simplicidade e variedade, com muitos pratos com apenas quatro a oito ingredientes.[275] Os cozinheiros italianos confiam principalmente na qualidade dos ingredientes e não na preparação elaborada.[276] Pratos e receitas são muitas vezes derivados da tradição local e familiar, em vez de criados porchefs. Muitas receitas são ideais para cozinhar em casa, sendo está uma das principais razões por trás da crescente popularidade mundial da culinária italiana, daAmérica[277] àÁsia.[278]
A história do cinema italiano começa alguns meses depois dosIrmãos Lumière fazerem as primeiras exibições de filmes. O primeiro filme italiano tinha apenas alguns segundos, mostrando oPapa Leão XIII dando uma bênção em frente à câmera. A indústria de filmes italianos nasceu entre 1903 e 1908 com três empresas: a Società Italiana Cines, a Ambrosio Film e a Itala Film. Outras empresas logo as seguiram em Milão e Nápoles. Em pouco tempo essas primeiras empresas atingiram bons níveis de qualidade em suas produções e seus filmes logo foram vendidos fora da Itália. O cinema foi depois usado porBenito Mussolini, que fundou o renomado estúdioCinecittà em Roma, para a produção de propaganda fascista até à Segunda Guerra Mundial.[286]
O já mencionado estúdioCinecittà é hoje a maior instalação de produção de filmes e programas televisivos na Europa Continental e o centro do cinema italiano, onde os filmes com os maiores orçamentos são filmados e uma das maiores comunidades produtoras de filmes no mundo. Nos anos 1950, o número de produções internacional lá feitas levaram Roma a ser apelidada de "Hollywood do Tibre". Das mais de 3 000 produções da Cinecittà, 47 foram galadoardas com pelo menos umOscar e outras 43 foram nomeadas para esse prêmio, em diversos gêneros e épocas, desde o cinema clássico a filmes mais recentes (Ben-Hur,Romeu e Julieta,O Paciente Inglês,Gladiador,A Paixão de Cristo, eGangs of New York).[243][292]
Os feriados celebrados na Itália incluem observâncias religiosas, nacionais e regionais.[293] O Dia Nacional da Itália, aFesta della Repubblica Italiana, é celebrada em 2 de junho de cada ano e comemora o nascimento daRepública Italiana em 1946.[294]
ODia de Santa Luzia, que acontece no dia 13 de dezembro, é muito popular entre as crianças de algumas regiões italianas, onde ela desempenha um papel semelhante ao doPapai Noel.[295] Além disso, aEpifania na Itália é associada à figura folclórica daBefana, uma velha de cabo de vassoura que, na noite entre 5 e 6 de janeiro, traz presentes e doces a bons filhos, mas carvão ou sacos de cinzas para os ruins.[296] AAssunção de Maria coincide com oFerragosto em 15 de agosto, o período de férias de verão que pode ser um fim de semana prolongado ou a maior parte do mês.[297] Cada cidade ou vila celebra também um feriado público por ocasião do festival do santo padroeiro local, por exemplo: Roma em 29 de junho (São Pedro eSão Paulo) e Milão em 7 de dezembro (Santo Ambrósio).[298]
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