I. helenium é umaherbácea rígida, cujocaule recoberto por vilosidades pode atingir 120 cm de altura. Araiz é grossa, bifurcada e mucilaginosa, apresentando um sabor amargo, muito aromática, com odorcânforado.
Asfolhas são grandes e dentadas, bastante desenvolvidas, oblongas e perfoliadas, ligeiramente suculentas,pedunculadas as mais baixas, as mais altas desigualmente dentadas, muito vilosas na página inferior, dotadas de uma lígula que rodeia o caule.
Asflores apresentam coloração amarela, com cerca de 5 cm de largura, com grandespétalas, cada uma das quais com três marcas escuras na parte terminal, dispostas eminflorescências do tipocapítulo terminal.
A espécie é amplamente utilizada para finsmedicinais, sendo para tal preferidas as plantas com menos de dois a três anos. Para além dainulina (C12H20O10), umcarboidrato de reserva que ocorre com oamido, a raiz contémhelenina (C6H8O), umestearopteno que pode ser processado para obtercristais aciculares, insolúveis em água mas solúveis livremente emálcoois. Quando se liberta do inula-cãnfora mediante cristalização repetida em álcool, a helenina funde a 110 °C.
No passado, a raiz foi utilizada para fins medicinais e comocondimento, tendo naInglaterra vitoriana obtido uma grande reputação como tónico aromático e estimulante dos órgãos secretores. Como droga, contudo, pouco se utiliza actualmente, salvo na prácticaveterinária, ainda que indubitavelmente possua propriedadesantissépticas.
O nome específico da planta,helenium, deriva deHelena de Troia, de cujas lágrimas derramadas se dizia que a planta tinha brotado. Era sagrada para os antigosceltas, sendo nas línguas nórdicas conhecida porelfwort,[1] o que lhe dava uma ligação aoselfos.
John Gerard recomendava a planta para o tratamento da «falta de alento». Os herboristas actuais prescrevem-na comoexpectorante e para combater aretenção de líquidos. Também se afirma que possui propriedades antissépticas. Teve alguma aplicação comotónico e para provocar amenstruação.[1]
Abrams, L. & R. S. Ferris. 1960. Bignonias to Sunflowers. 4: 732 pp. In L. Abrams (ed.) Ill. Fl. Pacific States. Stanford University Press, Stanford.
Cronquist, A.J. 1980. Asteraceae. 1: i–xv, 1–261. In Vasc. Fl. S.E. U. S.. The University of North Carolina Press, Chapel Hill.
Cronquist, A.J. 1994. Asterales. 5: 1–496. In A.J. Cronquist, A. H. Holmgren, N. H. Holmgren, J. L. Reveal & P. K. Holmgren (eds.) Intermount. Fl.. Hafner Pub. Co., New York.
Fernald, M. 1950. Manual (ed. 8) i–lxiv, 1–1632. American Book Co., New York.
Flora of China Editorial Committee. 2011. Flora of China (Asteraceae). 20–21: 1–992. In C. Y. Wu, P. H. Raven & D. Y. Hong (eds.) Fl. China. Science Press & Missouri Botanical Garden Press, Beijing & St. Louis.
Flora of North America Editorial Committee, e. 2006. Magnoliophyta: Asteridae, part 6: Asteraceae, part 1. Fl. N. Amer. 19: i–xxiv.
Gleason, H. A. & A.J. Cronquist. 1991. Man. Vasc. Pl. N.E. U.S. (ed. 2) i–910. New York Botanical Garden, Bronx.
Hitchcock, C. H., A.J. Cronquist, F. M. Ownbey & J. W. Thompson. 1984. Compositae. Part V.: 1–343. In Vasc. Pl. Pacif. N.W.. University of Washington Press, Seattle.
Munz, P. A. & D. D. Keck. 1959. Cal. Fl. 1–1681. University of California Press, Berkeley.