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Iluminura

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Uma letra "P" capitular iluminada na Bíblia deMalmesbury, um livro manuscrito medieval.
Em sentido estrito, só os manuscritos decorados com ouro ou prata, como estaminiatura deCristo em Majestade doBestiário de Aberdeen (folio 4v), poderiam denominar-seiluminados.

Iluminura é a arte ou ato de ornar um texto, página, letra capitular com desenhos, arabescos, miniaturas, grafismos diversos[1][2], um tipo depintura decorativa aplicada, principalmente, àsletras capitulares doscódices depergaminhomedievais. O termo aplica-se igualmente ao conjunto de elementos decorativos e representações imagéticas executadas nos manuscritos, chamados, entãomanuscritos iluminados[3] produzidos principalmente nosconventos eabadias da Idade Média. A sua elaboração era um ofício refinado e bastante importante no contexto daarte do Medievo.

Noséculo XIII, "iluminura" referia-se sobretudo ao uso de douração. Portanto, ummanuscrito iluminado seria, no sentido estrito, aquele decorado comouro (ouprata). Supõe-se que o termo 'iluminura' seja derivado de 'iluminar' (do verbolatinoilluminare), por alusão às cores luminosas e vibrantes dos elementos decorativos, que se destacavam na página escrita. É possível também que a palavra derive dealume, especificamente em alusão ao alume de potássio (sulfato duplo dealumínio e potássio dodecaidratado, chamado de "lume" noMedievo), que era misturado acorantes vegetais, obtendo-se, assim alaca aluminada, frequentemente usada nas iluminuras.[4][5]

A palavra 'iluminura' é frequentemente associada aminiatura, termo italiano derivado dolatinominiare, que significa pintar commínio, um pigmento de cor vermelha (podendo corresponder aocinábrio, isto é, aosulfeto natural de mercúrio[5] ou, segundo outras fontes, aoóxido de chumbo). Uma miniatura designa, em sentido amplo, a representação de uma cena ou de um personagem em um espaço independente da letra inicial (capitular) do manuscrito .[6] O termo sofreu influênciasemântica da noção de 'pequena dimensão', expressa em latim porminor, óris, minus ("menor") eminìmum ("pequena quantidade"). A arte dos povosbárbaros, que conquistaram oOcidente e se converteram aocristianismo, era portátil, baseada em objetos pequenos. Assim, segundoHouaiss, o termo difundiu-se através dofrancês e doinglês, noséculo XVI, com predominância do significado "representação em pequenas dimensões".

O estudo da pintura daIdade Média mostra que a iluminura precedeu muitos séculos a pintura de quadros. A esta indiscutível prioridade de tempo agregam-se ainda outras vantagens. A primeira é o número prodigioso de obras vindas a atualidade e, sobretudo, o seu excelente estado de conservação. Somente omosaico pode rivalizar neste particular com a iluminura. Osfrescos atacados pela luz do sol e pela humidade desbotam e fendem-se, a ponto de se perderem completamente. A pintura em tábua desagrega-se sob os efeitos climatéricos e por vezes os parasitas da madeira destroem-na inteiramente. As iluminuras, ao contrário, pintadas sobre pergaminho incorruptível, ao abrigo da luz, em bibliotecas bem fechadas, desafiam os séculos. Se a superfície das tintas guaches estala, por vezes, ligeiramente, a maior parte delas guarda a primitiva frescura e os fundos de ouro brilham como no primeiro dia. O pesquisador moderno que folheia nas bibliotecas estes veneráveis manuscritos encontra-se muitas vezes em presença de documentos virgens que não sofreram nenhum atentado desde os reinos longínquos dos carolíngios. Vê exatamente e sem alteração o que viram os príncipes bibliófilos da Idade Média, comoCarlos, o Calvo ou o duqueJoão de Berry.[7]

Osmanuscritos iluminados impõem-se à atenção dos historiadores da arte e da civilização, pela variedade dos assuntos. Menos vigiado pelosteólogos, o iluminista medieval podia juntar aos temas religiosos tradicionais cenas familiares que são outros tantos documentos valiosos para a história do mobiliário, trajes e costumes antigos. Daqui nasce que aminiatura foi um verdadeiro campo de experiências da pintura. Um facto surpreendente ainda e que merece a atenção dos estudiosos é que a influência da iluminura, longe de se limitar, como se supõe, à pintura, estendeu-se também à escultura.[7]

Galeria

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  • Uma ilustração de página inteira do apóstolo Marcos no Livro de Dimma do século VIII
    Uma ilustração de página inteira do apóstolo Marcos noLivro de Dimma do século VIII
  • Uma página de tapeçaria com uma cruz com oito medalhões nos Evangelhos de Kells, séculos VIII–IX. século
    Umapágina de tapeçaria com uma cruz com oito medalhões nosEvangelhos de Kells, séculos VIII–IX. século
  • Uma inicial de página inteira no Sacramentário de Tyniec do século X
    Uma inicial de página inteira noSacramentário de Tyniec do século X
  • Howard Psalter, um manuscrito iluminado do período gótico do século XIV, com uma ilustração do rei dentro da inicial e drolerii nas margens
    Howard Psalter, um manuscrito iluminado doperíodo gótico do século XIV, com uma ilustração do rei dentro da inicial edrolerii nas margens
  • A inicial do hinário litúrgico com fundo dourado representa o derramamento do Espírito Santo. 1310–1320, Inglaterra
    A inicial do hinário litúrgico com fundo dourado representa o derramamento do Espírito Santo. 1310–1320, Inglaterra
  • Manuscrito iluminado da obra de ficção "Roman de Girart de Roussillon", cerca de 1450
    Manuscrito iluminado da obra de ficção "Roman de Girart de Roussillon", cerca de 1450
  • Um exemplo de uma Bíblia ilustrada iluminada com meios decorosos - Bíblia Velislav, 1325–1349
    Um exemplo de umaBíblia ilustrada iluminada com meios decorosos -Bíblia Velislav, 1325–1349

Ver também

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Referências

  1. Estudos de Iluminura: O manuscrito medieval como objeto artístico
  2. Iluminura - Dicionário Online de Português
  3. (em francês) Institut de recherche et d'histoire des textes.Codicologia. Terminologie générale.Recherche dans l'index : "Enluminure"
  4. Luigi Grassi, Mario Pepe.Dizionario dei termini artistici, pag. 527.
  5. abA Miniatura Medieval
  6. (em francês)Qu'est-ce qu'un manuscrit enluminé?
  7. abTeixeira, Lucas (1952). Conferência proferida no Salão Nobre da Câmara Municipal de Santo Tirso, no dia 23 de setembro de 1951, por ocasião da exposição de iluminuras realizada pelo artista.. «A arte da iluminura». Porto.Separata de O Concelho de Santo Tirso. Boletim Cultural, v. 1, n. 2. 

Ligações externas

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(em inglês)

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