Nafilosofia, oidealismo é o grupo de filosofiasmetafísicas que afirmam que a realidade, ou a realidade como os humanos podem conhecê-la, é fundamentalmentemental, mentalmente construída ou imaterial.Epistemologicamente, o idealismo se manifesta como umceticismo quanto à possibilidade de conhecer qualquer coisa independente da mente. Em contraste com omaterialismo, o idealismo afirma aprimazia da consciência como a origem e o pré-requisito dos fenômenos materiais. De acordo com essa visão, a consciência existeantes e é a pré-condição da existência material. A consciência cria e determina o material e não vice-versa. O idealismo acredita que a consciência e a mente são a origem do mundo material e tem como objetivo explicar o mundo existente de acordo com esses princípios.[1]
As teorias do idealismo são divididas principalmente em dois grupos. Oidealismo subjetivo toma como ponto de partida o fato dado à consciência humana de ver o mundo existente como uma combinação de sensação. Oidealismo objetivo postula a existência de uma consciênciaobjetiva que existe antes e, em certo sentido, independentemente da humana. Em um sentido sociológico, o idealismo enfatiza como as ideias humanas — especialmente crenças e valores — moldam a sociedade.[2] Como doutrinaontológica, o idealismo vai além, afirmando que todas as entidades são compostas de mente ou espírito.[3] O idealismo rejeita, assim, as teoriasfisicalistas edualistas que não atribuem prioridade à mente.
O idealismo como filosofia sofreu um forte ataque noOcidente na virada do século XX. Os críticos mais influentes do idealismo epistemológico e ontológico foramG. E. Moore eBertrand Russell,[7] mas seus críticos também incluíram osnovos realistas. Segundo aStanford Encyclopedia of Philosophy, os ataques de Moore e Russell foram tão influentes que, mesmo mais de 100 anos depois, "qualquer reconhecimento de tendências idealistas é visto com reservas no mundo de língua inglesa". No entanto, muitos aspectos e paradigmas do idealismo ainda tiveram uma grande influência na filosofia subsequente.[8]
Idealismo é um termo com vários significados relacionados. Vem através daideia o gregoidein (ἰδεῖν), que significa "ver".[9] O termo idealismo foi usado pela primeira vez no sentido metafísico abstrato da "crença de que a realidade é composta apenas de ideias" porChristian Wolff em 1747.[10] Apesar da existência anterior de formas de pensamento que se enquadram nessa categoria, foi apenas naera moderna que o idealismo se tornou um tópico central de argumentação entre os filósofos ocidentais.[11]
No uso comum, como quando se fala doidealismo político deWoodrow Wilson, geralmente sugere a prioridade de ideais, princípios, valores e objetivos sobre realidades concretas. Entende-se que idealistas representam o mundo como poderia ou deveria ser, diferentemente dospragmáticos, que se concentram no mundo como ele é atualmente. Nas artes, da mesma forma, o idealismo afirma a imaginação e tenta realizar uma concepção mental de beleza, um padrão de perfeição, justaposto aonaturalismo erealismo estéticos.[12][13]
Qualquer filosofia que atribua importância crucial ao reino ideal ou espiritual em sua descrição da existência humana pode ser denominada "idealista". O idealismometafísico é uma doutrinaontológica que sustenta que a própria realidade éincorpórea ou experiencial em sua essência. Além disso, os idealistas discordam sobre quais aspectos do mental são mais básicos. Oidealismo platônico afirma que asabstrações são mais básicas para a realidade do que as coisas que percebemos, enquantoidealistas subjetivos efenomenalistas tendem a privilegiar a experiência sensorial sobre o raciocínio abstrato. O idealismoepistemológico é a visão de que a realidade só pode ser conhecida através de ideias, que apenas a experiência psicológica pode ser apreendida pela mente.[3][14][15] A divisão entre idealismo metafísico e idealismo epistemológico é a principal classificação na filosofia contemporânea.[16]
Uma definição mais recente de Willem deVries vê o idealismo como "aproximadamente, o gênero compreende teorias que atribuem prioridade ontológica ao mental, especialmente ao conceitual ou ideacional, sobre o não mental".[17] Como tal, o idealismo implica uma rejeição domaterialismo (oufisicalismo), bem como a rejeição da existência independente da mente da matéria (e, como tal, também implica uma rejeição dodualismo).[18]
O idealismo é às vezes categorizado como um tipo deantirrealismo metafísico ouceticismo. Contudo, os idealistas não precisam rejeitar a existência de uma realidade objetiva da qual podemos obter conhecimento, e podem apenas afirmar que este mundo natural real é mental.[19][20] Assim,David Chalmers escreve sobre idealismos antirrealistas (que incluiriam o de Berkeley) e formas realistas de idealismo, como "versõespanpsiquistas de idealismo onde entidades microfísicas fundamentais são sujeitos conscientes, e nas quais a matéria é realizada por esses sujeitos conscientes e suas relações."[20] Chalmers descreve ainda a seguinte taxonomia do idealismo:
"O microidealismo é a tese de que a realidade concreta é totalmente fundamentada na mentalidade de nível micro: isto é, na mentalidade associada a entidades microscópicas fundamentais (comoquarks efótons). Macroidealismo é a tese de que a realidade concreta é totalmente fundamentada na mentalidade de nível macro: isto é, na mentalidade associada a entidades macroscópicas (de médio porte), comohumanos e talvez animais não humanos. O idealismo cósmico é a tese de que a realidade concreta é totalmente fundamentada na mentalidade cósmica: isto é, na mentalidade associada aocosmos como um todo ou a uma única entidade cósmica (como o universo ou uma divindade)."[21]
Guyer et al. também distinguem entre formas de idealismo que são baseadas nateoria da substância (frequentemente encontradas nos idealismos anglófonos do final do século XIX e XX) e formas de idealismo que se concentram em atividades ouprocessos dinâmicos (favorecidos na filosofia alemã pós-kantiana).[22]
Como regra, idealistas transcendentais como Kant afirmam o lado epistêmico do idealismo sem se comprometerem se a realidade é, emúltima análise, mental; idealistas objetivos, como Platão, afirmam a base metafísica da realidade no mental ou no abstrato, sem restringir sua epistemologia à experiência comum; idealistas subjetivos como Berkeley afirmam tanto o idealismo metafísico quanto epistemológico.[23]
Idealistas subjetivos comoGeorge Berkeley sãoantirrealistas em termos de um mundo independente da mente, enquantoidealistas transcendentais comoImmanuel Kant são fortescéticos em relação a esse mundo, afirmando o idealismo epistemológico e não o metafísico. Assim, Kant defineidealismo como "a afirmação de que nunca podemos ter certeza se toda a nossa suposta experiência externa não é mera imaginação".[24] Ele afirmou que, de acordo com oidealismo, "a realidade dos objetos externos não admite prova estrita. Pelo contrário, no entanto, a realidade do objeto do nosso sentido interno (de mim mesmo e meu estado) fica clara imediatamente através da consciência".[25] No entanto, nem todos os idealistas restringem o real ou o conhecível à nossa experiência subjetiva imediata.Os idealistas objetivos fazem afirmações sobre um mundo transempírico, mas simplesmente negam que este mundo seja essencialmente divorciado ou ontologicamente anterior ao mental. Assim,Platão eGottfried Leibniz afirmam uma realidade objetiva e conhecível que transcende nossa consciência subjetiva - uma rejeição do idealismo epistemológico - mas propõem que essa realidade se baseia em entidades ideais, uma forma de idealismo metafísico. Nem todos os idealistas metafísicos concordam com a natureza do ideal. Para Platão, as entidades fundamentais eramFormas abstratas inteligíveis, e para Leibniz erammônadas protomentais e concretas.[26]
Idealismo imaterialista: Idealismo defendido porGeorge Berkeley (1685-1753) que, partindo de uma perspectivaempirista, na qual a realidade se confunde com aquilo que dela se percebe, conclui que os objetos materiais reduzem-se a ideias namente deDeus e dos seres humanos;berkelianismo,imaterialismo.
Idealismo dogmático: Idealismo, especialmente oberkelianismo, que se caracteriza por negar a existência dos objetos exteriores à subjetividade humana [Termo cunhado pelo filósofo alemãoImmanuel Kant (1724-1804) para designar uma orientação idealista com a qual não concorda.]. Seu oposto seria o idealismo transcendental.
Idealismo pluralista: Idealismo pluralista: como o deGottfried Leibniz,[27][28] considera que existem muitas mentes individuais que, juntas, sustentam a existência do mundo observado e possibilitam a existência do universo físico.[28] A forma de idealismo de Leibniz, conhecida comopanpsiquismo, vê as "mônadas" como os verdadeiros átomos do universo e como entidades que têm percepção. As mônadas são "formas substanciais deser", elementares, individuais, sujeitas às suas próprias leis, sem interação, cada uma refletindo o universo inteiro. Mônadas são centros de força, que ésubstância, enquanto espaço, matéria e movimento sãofenomenais e sua forma e existência dependem das mônadas simples e imateriais. Existe umaharmonia pré-estabelecida porDeus, a mônada central, entre o mundo nas mentes dasmônadas e o mundo externo dos objetos. A cosmologia de Leibniz adotou oteísmo cristão tradicional. O psicólogo e filósofo inglêsJames Ward, inspirado por Leibniz, também defendia uma forma de idealismo pluralista.[29] Segundo Ward, o universo é composto de "mônadas psíquicas" de diferentes níveis, interagindo para o auto-aperfeiçoamento mútuo.[30]
Idealismo transcendental (também chamadoformal oucrítico): Doutrinakantiana, segundo a qual os fenômenos da realidade objetiva, por serem incapazes de se mostrar aoshomens exatamente tais como são, não aparecem como coisas-em-si, mas como representações subjetivas construídas pelas faculdades humanas decognição. Seu oposto seria o idealismo dogmático.
Idealismo absoluto: Doutrina idealista inerente aohegelianismo, caracterizada pela suposição de que a única realidade plena e concreta é de natureza espiritual, sendo a compreensão materialística ou sensível dos objetos um estágio pouco evoluído e superável no paulatino desenvolvimento cognitivo da subjetividade humana.
Diversas categorias de idealismo podem ser traçadas aospré-socráticos.[31] O idealismo como forma demonismo metafísico sustenta que a consciência, e não a matéria, é a base de todo ser. É monista porque sustenta que existe apenas um tipo de coisa no universo e idealista porque sustenta aquela uma coisa como sendo consciência.
Anaxágoras (480 a.C.) ensinou que "todas as coisas" foram criadas porNous ("Mente"). Ele sustentava que a Mente mantinha o cosmos unido e dava aos seres humanos uma conexão com o cosmos ou um caminho para o divino.
Ateoria das formas ou "ideias" dePlatão descreve formas ideais (por exemplo, ossólidos platônicos em geometria ou abstratos comoBondade e Justiça), comouniversais existentes independentemente de qualquer instância em particular.[32] Arne Grøn chama essa doutrina de "o exemplo clássico de um idealismo metafísico como idealismotranscendente ",[33] enquanto Simone Klein chama Platão de "o primeiro representante do idealismo objetivo metafísico". Platão sustenta que a matéria é real, embora transitória e imperfeita, e é percebida por nosso corpo e seus sentidos e dada existência pelas ideias eternas que são percebidas diretamente por nossa alma racional. Alguns pensadores interpretam que Platão não considerava a matéria como mental ou ideal e que, portanto, seria umdualista metafísico eepistemológico, uma perspectiva que o idealismo moderno se esforçou para evitar,[34] mas o que é certo é que seus escritos apontam oidealismo platônico: em que as Ideias do Mundo Inteligível são a base metafísica e ontológica da realidade.
Com oneoplatonistaPlotino, escreveu Nathaniel Alfred Boll "até aparece, provavelmente pela primeira vez nafilosofia ocidental,idealismo que já existia há muito tempo no Oriente, mesmo naquela época, pois ensinava... que a alma fez o mundo dando um passo daeternidade para otempo... ".[35][36] Da mesma forma, em relação às passagens dosEnéadas, "o único espaço ou lugar do mundo é a alma" e "O tempo não pode ser assumido como existindo fora da alma".[37] Ludwig Noiré escreveu: "Pela primeira vez na filosofia ocidental, encontramos o idealismo propriamente em Plotino".[4] No entanto, Plotino não aborda se conhecemos objetos externos,[38] ao contrário de Schopenhauer e outros filósofos modernos.
A mais antiga referência ao idealismo nos textos indianos é oPurusha Sukta doRigveda. Estesukta defende opanenteísmo ao apresentar o ser cósmicoPurusha tanto como parte do universo comotranscendente a ele.[39] O idealismo absoluto pode ser encontrado noChandogya Upanishad, no qual elementos do mundo objetivo como os cinco elementos (éter, fogo, água, ar e terra) e elementos do mundo subjetivo comovontade,esperança ememória são vistos como emanações doatman.[40]
Todas as escolas de vedanta tentam explicar a natureza e a relação entre obramã (alma universal) e oatman (alma individual). Essas escolas consideram que é este o núcleo principal dos vedas. Uma das primeiras tentativas nesse sentido foi oBrahma-sutra, de Bādarāyaņa, que écanônico para todas as subescolas vedantas. O advaita vedanta é uma grande subescola vedanta que possui umametafísica idealista não dualista. De acordo com pensadores advaitas comoShânkara (788–820) e seu contemporâneoMaṇḍana Miśra, bramã, a unidade elementar deconsciência absoluta, aparece comodiversidade[desambiguação necessária] no mundo devido amaiá,ilusão. Portanto, a percepção de pluralidade émithya,erro. O mundo e todos os seres ou almas nele não têm existência separada de bramã, a consciência universal, e a aparentemente independente alma (jiva) é idêntica a bramã. Estas doutrinas estão representadas em versos comobrahma satyam jagan mithya; jīvo brahmaiva na aparah (Bramã é a única verdade, e este mundo de pluralidade é um erro; a alma individual não é diferente de bramã.). Outras formas de vedanta como o vishishtadvaita deRamanuja e obhedabheda deBhaskara não são tão radicais em seu não dualismo, aceitando que existe uma diferença entre as almas individuais e bramã.
Existe uma polêmica acadêmica moderna quanto ao budismo iogacara ser ou não uma forma de idealismo. Como observa Saam Trivediː "de um lado do debate, escritores como Jay Garfield, Jeffrey Hopkins, Paul Williams e outros mantêm o rótulo idealista, enquanto, do outro lado, Stefan Anacker, Dan Lusthaus, Richard King, Thomas Kochumuttom, Alex Wayman, Janice Dean Willis e outros argumentam que o iogacara não é idealista".[43] O ponto central do debate é o que filósofos budistas como Vasubandhu, que usava o termoVijñapti-matra ("apenas-representação" ou "apenas-conhecimento") e formulou argumentos para refutar objetos externos, realmente pretendiam dizer.
Os trabalhos de Vasubandhu incluem uma refutação dos objetos externos ou externalidades e argumentam que a verdadeira natureza da realidade vai além da distinçãosujeito-objeto.[43] Ele vê a experiência da consciência ordinária como ilusória na sua percepção de um mundo externo separado. Ao invés disso, ele argumenta que tudo o que existe éVijñapti (representação ouconceitualização).[43] Consequentemente, Vasubandhu começa seu Vimsatika com o versoː "tudo isto é consciência-apenas, por causa da aparência de objetos não existentes, como alguém com uma desordem de visão pode ver fios de cabelo não existentes".[43]
Do mesmo modo, a visão do filósofo budista Dharmakirti para os aparentes objetos externos é resumida no Pramanavarttika (Comentário sobre Lógica e Epistemologia)ː "acognição experiencia a si mesma e nada mais. Mesmo os particulares objetos da percepção são, por natureza, apenas consciência".[44]
Enquanto alguns escritores como Jay Garfield asseguram que Vasubandhu é um metafísico idealista, outros o veem como mais próximo a um idealistaepistêmico comoKant, que assegura que nosso conhecimento do mundo é, simplesmente, conhecimento sobre os nossos próprios conceitos e percepções de um mundotranscendental.[desambiguação necessária] Sean Butler, sustentando que a iogacara é uma forma de idealismo, embora de tipo único, nota a similaridade com ascategorias de Kant e asVāsanās da iogacara, ambas simples ferramentas fenomênicas com que a mente interpreta o domínio donúmeno.[45] Ao contrário de Kant, no entanto, que diz que o númeno ou coisa-em-si é incognoscível por nós, Vasubandhu diz que a realidade última é cognoscível, mas somente através de percepçãoiogue não conceitual de uma mentemeditativa altamente treinada.[46]
Escritores comoDan Lusthaus, que dizem que a iogacara não é um idealismo metafísico apontam, por exemplo, que os pensadores iogacaras não focavam na consciência para assegurar que ela fosse ontologicamente real, mas simplesmente para analisar como nossas experiências e consequentemente nosso sofrimento são criados. Como Lusthaus notaː "nenhum texto indiano iogacara defende que o mundo é criado pela mente. Os textos iogacaras defendem que confundimos nossas interpretações do mundo com o mundo em si, ou seja, que interpretamos nossas construções mentais como sendo o mundo real". Lusthaus nota que existem similaridades com idealistas epistêmicos ocidentais como Kant eHusserl, de modo que a iogacara pode ser vista como uma forma de idealismo epistêmico. No entanto, ele também nota que existem diferenças fundamentais, como os conceitos decarma enirvana.[47] Enquanto isso, Saam Trivedi nota as similaridades entre o idealismo epistêmico e a iogacara, mas assegura que o budismo iogacara é uma teoria própria.[46]
De modo similar, Thomas Kochumuttom vê a iogacara como uma "explicação da experiência, mais do que um sistema de ontologia", e Stefan Anacker vê a filosofia de Vasubandhu como uma forma depsicologia eterapia.[48][49]
↑EmSobre a Liberdade da Vontade, Schopenhauer observou a ambiguidade da palavraidealismo, chamando-a de "termo com múltiplos significados". Para Schopenhauer, os idealistas procuram explicar a relação entre nossas ideias e a realidade externa, e não a natureza da realidade como tal. Os idealistas não-kantianos, por outro lado, teorizaram sobre aspectos mentais da realidade subjacente aos fenômenos.
↑Philip J. Neujahr "restringiria o rótulo idealista a teorias que sustentam que o mundo, ou seus aspectos materiais, dependem das atividades especificamente cognitivas da mente ou Mente para perceber ou pensar (ou 'experienciar') o objeto de sua consciência". ("restrict the idealist label to theories which hold that the world, or its material aspects, are dependent upon the specifically cognitive activities of the mind or Mind in perceiving or thinking about (or 'experiencing') the object of its awareness." Philip J. Neujahr,Kant's Idealism, Ch. 1)
↑Guyer, Paul; Horstmann, Rolf-Peter.Idealism in Modern Philosophy, Oxford University Press, 2023. p. 1-2
↑Dunham, Jeremy; Grant, Iain Hamilton; Watson, Sean.Idealism: The History of a Philosophy, Acumen, 2011,ISBN 978-0-7735-3837-5, p. 4
↑abChalmers, David (2019). Idealism and the Mind-Body Problem. In William Seager (ed.),The Routledge Handbook of Panpsychism. New York: Routledge. pp. 353–373.
↑Chalmers, David (2019). Idealism and the Mind-Body Problem. In William Seager (ed.),The Routledge Handbook of Panpsychism. New York: Routledge. pp. 353–373.
↑Guyer, Paul; Horstmann, Rolf-Peter.Idealism in Modern Philosophy, Oxford University Press, 2023. p. 12
↑ARNE GRØN.«Idealism».Encyclopedia of Science and Religion
↑Immanuel Kant, Notes and Fragments, ed. Paul Guyer, trans. by Curtis Bowman, Paul Guyer, and Frederick Rauscher, Cambridge University Press, 2005, p. 318,ISBN0-521-55248-6
↑'Pois para este universo não há outro lugar senão a alma ou a mente'(neque est alter hujus universi locus quam anima)Enéadas, iii, lib. vii, c.10
↑(oportet autem nequaquam extra animam tempus accipere)Arthur Schopenhauer,Parerga and Paralipomena, Volume I, "Fragments for the History of Philosophy," § 7
↑S. G. Dyczkowski, Mark.The Doctrine of Vibration: An Analysis of Doctrines and Practices of Kashmir Shaivism. p. 51
↑Fernando Tola, Carmen Dragonetti.Philosophy of mind in the Yogacara Buddhist idealistic school. History of Psychiatry, SAGE Publications, 2005, 16 (4), pp.453-465.
↑abcdTrivedi, Saam; Idealism and Yogacara Buddhism. Asian Philosophy Vol. 15, No. 3, November 2005, pp. 231–246
↑Kapstein, Matthew T. Buddhist Idealists and Their Jain Critics On Our Knowledge of External Objects. Royal Institute of Philosophy Supplement / Volume 74 / July 2014, pp 123 - 147 DOI: 10.1017/S1358246114000083, Published online: 30 June 2014
↑Kochumuttom, Thomas A. (1999),A buddhist Doctrine of Experience. A New Translation and Interpretation of the Works of Vasubandhu the Yogacarin, Delhi: Motilal Banarsidass