Ídolo doLiverpool, Rush foi, ao lado deMark Hughes, um dos grandes jogadores galeses de seu tempo, sendo neste sentido um dos sucessores deJohn Charles e um dos antecessores deRyan Giggs. Rush jogou por oito clubes, sendo mais identificado com o Liverpool, time pelo qual jogou por 15 temporadas, em duas passagens. Com 346 gols em 661 partidas, Rush é o maior artilheiro da história dosReds,[1] sendo também o maior artilheiro do Liverpool noclássico contra o Everton — curiosamente, foi torcedor do rival na infância.[2] Além disso, é o segundo maior goleador daSeleção Galesa, com 28 gols, atrás apenas deGareth Bale.
Iniciou a carreira em 1979 noChester City, daFootball League One (terceira divisão inglesa). Uma temporada e 18 gols em 34 jogos depois, foi contratado pelo Liverpool, o grande time europeu do momento (apesar de ter recebido uma proposta doManchester City), por 300 mil libras (recorde até então para um jogador de sua idade na época).[3] Embora não tenha sido muito utilizado em sua primeira temporada, tornaria-se um dos maiores ídolos da equipe. Rush permaneceu no Chester City até o encerramento da temporada, pois o prazo de contratações já tinha terminado.
Começou a ter mais espaço a partir da temporada 1981–82, onde marcou em apenas 49 jogos 30 gols, 17 deles noCampeonato Inglês, ajudando a equipe a retomar o título, que estava com oAston Villa. Outros dois vieram consecutivamente em 1983 e 1984, e os gols aumentaram: 24 em 34 jogos e 32 em 41, respectivamente. Os 32 gols na Liga Inglesa de 1984 lhe valeram aChuteira de Ouro daFrance Football naquela temporada - Rush foi o primeiro britânico e até hoje o único galês a receber o prêmio – em que osReds também conquistaram aLiga dos Campeões da UEFA sobre aRoma – emRoma.
Em 1985, o Liverpool teve sua primeira temporada sem títulos em 10 anos, perdendo a Copa dos Campeões para aJuventus (na partida marcada pelatragédia de Heysel, em quehooligans mataram 39 torcedores italianos e um policial) e o campeonato inglês para o rivalEverton, mas Rush ainda marcou 26 gols em 40 jogos.
A temporada seguinte foi mais feliz: novo título no Campeonato Inglês, além de vitória de virada por 3 a 1 contra o Everton na decisão daCopa da Inglaterra. Em seguida Rush acertou sua ida para a Juventus, ficando ainda mais uma temporada no Liverpool, marcando 40 gols em 57 jogos.
Sua ida para aJuve foi um sinal de reaproximação dos clubes após o desastre de Heysel. Na tentativa de repetir o sucesso de seu conterrâneo John Charles naVelha Senhora, Rush obteve números mais modestos: apenas 13 gols em 40 jogos.
Em 1989, antes de Rush regressar ao Liverpool, a revista inglesa "Shoot" publicou que o atacante estava assinando com o Everton, principal rival dosReds e pelo qual ele torcia na infância. Uma foto de Rush com a camisa azul dosToffees foi publicada, mas tudo não passou de uma brincadeira da revista. Após o boato, Rush retornou ao Liverpool e permaneceu no clube deAnfield até 1996, ano em que se despediu também da Seleção Galesa. Na sua segunda passagem, marcou 90 gols em 245 jogos e conquistou apenas um Campeonato Inglês (o de 1989–90) e duas Copas da Inglaterra.
Até encerrar definitivamente a carreira noSydney Olympic, em 2000, Rush passou cada temporada em um clube diferente, e seus melhores números foram noNewcastle United (dois gols em 10 jogos no campeonato inglês de 1998). Um dos clubes em que jogou nesses últimos anos foi oWrexham, a única equipe pela qual jogou em seu país natal.
Rush estreou por Gales em 1980, ainda antes de se transferir ao Liverpool, e seria o líder da seleção pelos próximos 16 anos. Com ela, entretanto, não conseguiu classificar-se para nenhum campeonato, com o selecionado tendo disputado apenas aCopa do Mundo FIFA de 1958 (até a classificação para aEuro 2016, este foi o único torneio importante disputado pela seleção). Rush e os galeses estiveram muito próximos em quatro oportunidades: nas Eliminatórias para aCopa do Mundo FIFA de 1982, ficaram em terceiro no grupo tendo o mesmo número de pontos da classificadaTchecoslováquia, ficando em dificuldades após empatar em 2 a 2 em casa contra a insignificanteIslândia. AURSS decidiu a sorte, vencendo os galeses por 3 a 0 e empatando em 1 a 1 com a Tchecoslováquia na última rodada para os dois adversários.
Nas Eliminatórias para aCopa do Mundo FIFA de 1986, novamente os galeses ficaram em terceiro no grupo e com a mesma pontuação (mas menor saldo de gols) do segundo colocado, aEscócia. Na última rodada, ambos empataram em 1 a 1 emCardiff (a emoção da partida provocou um fulminante ataque cardíaco que matou no estádio o técnico adversário,Jock Stein) e os escoceses classificaram-se para a repescagem, onde bateram aAustrália.
Após fraca campanha da Seleção na tentativa para aCopa do Mundo FIFA de 1990 (fora a última colocada do grupo), o País de Gales esteve a um passo de classificar-se para aCopa do Mundo FIFA de 1994, quando Rush já teria 32 anos. Uma vitória em casa na última rodada, contra aRomênia, daria a vaga aos galeses, que acabaram perdendo por 2 a 1. A equipe também estivera perto da disputar aEuro 1992, ficando um ponto atrás da classificadaAlemanha.
Uma das vitórias mais famosas de Rush por Gales foi em amistoso de 1988, contra aItália, emBréscia. Muito criticado por seu desempenho aquém do esperado na Juventus, Rush marcou o gol da vitória por 1 a 0.
Entre 2004 e 2005, Rush foitreinador doChester City, sua primeira equipe como jogador profissional. Esta foi também a única experiência do ex-atacante no comando de um clube.