OI Plano Nacional de Desenvolvimento, também chamadoI PND (1972 -1974), foi um plano econômicobrasileiro. Foi instituído durante a ditadura militar, iniciada em 1964, pelo governo do generalEmílio Garrastazu Médici.[1]
Durante o período até 1939 são raras as atividades planejadas, com o Estado mantendo-se afastado das atividades econômicas internas. Em janeiro de 1939, houve a primeira tentativa de planejamento da Economia, com o Plano Especial de Obras Públicas e Aparelhamento da Defesa Nacional. Em dezembro de 1943 surgiu o Plano de Obras e Equipamentos. Finalmente, em maio de 1950 foi instituído oPlano SALTE. Outros planos que se seguiram foram:
O I Plano Nacional de Desenvolvimento foi instituído pela Lei 5.727, promulgada em4 de novembro de1971.[2] Na mesma época foi instituido o programa Metas e Bases para a Ação de Governo (1970-1974).
Idealizado pelos ministrosJoão Paulo dos Reis Velloso eMário Henrique Simonsen, tinha como meta umcrescimento econômico de 8% a 9% ao ano,inflação anual abaixo de 20% e um aumento de US$ 100 milhões nasreservas cambiais.[3]
O principal objetivo do PND era preparar a infra-estrutura necessária para o desenvolvimento do Brasil nas décadas seguintes, com ênfase em setores comotransportes etelecomunicações, além de prever investimentos em ciência e tecnologia e a expansão das indústriasnaval,siderúrgica epetroquímica. Para isso, articulavaempresas estatais, bancos oficiais e outras instituições públicas na elaboração de políticas setoriais. Assim, segundo economistas comoRoberto Campos, o período ficou marcado como o ponto alto da intervenção do Estado na economia brasileira.[4]
Fizeram parte do plano grandes obras de infra-estrutura, como ausina hidrelétrica de Itaipu, aPonte Rio-Niterói e a rodoviaTransamazônica.
Nos primeiros anos, as metas propostas por Velloso e Simonsen foram atingidas, com crescimento médio de 11,2% ao ano (chegando a 13,9% em1973), e inflação média abaixo de 19%. Acrise do petróleo de 1974, porém, interrompeu o ciclo e forçou uma mudança de rumo na economia, levando o generalErnesto Geisel, sucessor de Médici, a lançar oII Plano Nacional de Desenvolvimento.[5]