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Homo heidelbergensis

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Homo heidelbergensis
Intervalo temporal:Pleistoceno Médio
0,7–0,3 Ma
HolótipoMauer 1
Classificação científicaedit
Reino:Animalia
Filo:Chordata
Classe:Mammalia
Ordem:Primates
Família:Hominidae
Gênero:Homo
Espécies:
H. heidelbergensis
Nome binomial
Homo heidelbergensis

Homo heidelbergensis é uma espécie dehominídeoextinto que surgiu há mais de 500 mil anos e perdurou, pelo menos, até há cerca de 250 000 anos, tendo vivido no período conhecido comoPleistoceno médio. Essa espécie de hominídeo recebeu esse nome pelo seu local original de descoberta de seus primeiros fósseis, uma propriedade rural próxima àHeidelberg,Alemanha. Devido à sua semelhançaanatômica esítios arqueológicos convergentes com outras espécies do gêneroHomo presentes nopleistoceno médio, como oH. sapiens,H. neanderthalensis eH. erectus, diversosfósseis encontrados durante as décadas de 1980 e 1990 foram classificados de forma não seletiva sob a espécieH. heidelbergensis. A continuidade dessa prática gerou diversas discussões nas décadas seguintes acerca da validade e existência da espécie e em sua filogenia. Atualmente oH. heidelbergensis é classificado como umacronoespécie que teria evoluído de linhagens africanas doHomo erectus, sendo classificado ainda como oancestral comum mais recente entreH. sapiens (Humano anatomicamente moderno) e oH. neanderthalensis (Neandertal).

Descobertas arqueológicas

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No ano de 1907, no vilarejo de Mauer, próximo à cidade deHeidelberg, naAlemanha, o escavador Daniel Hartmann encontrou a mandíbulafossilizada que seria caracterizada no ano seguinte pelo professor de antropologia alemão Otto Schoetensack, como pertencente à nova espécie dehominídeoHomo heidelbergensis.[1]

Em 1921, outro importante fóssil foi descoberto em Broken Hill (Kabwe), naZâmbia, pelopaleontólogoArthur Smith Woodward. Estecrânio bem preservado revela muitos aspectos da morfologia da face, caixa cerebral, e base do crânio que inaugurou a espécieH. rhodesiensis. Esse material exibe alguns caracteres arcaicos semelhantes aHomo erectus, porém apresentam um aumento do tamanho do volume cranial. Além disso, a morfologia do nariz e palato, do osso temporal e da região occipital está avançada em relação ao que se observa emHomo erectus. Esta evidência está de acordo com um episódio deespeciação que ocorre no meio doQuaternário e que dá origem a populações anatomicamente mais modernas. Embora haja desacordo sobre ataxonomia, é possível argumentar que essa espécie é apropriadamente consideradaHomo heidelbergensis.[2]

Atíbia encontrada em Boxgrove,Inglaterra, no ano de 1993, está associada à fauna doPleistoceno Médio, e à arqueologia doPaleolítico Inferior. Além disso, os sedimentos em Boxgrove foram depositados durante um episódiointerglacial temperado e a fase fria que se seguiu. Restos arqueológicos escavados de todas as principais unidades estratigráficas desse sítio indicam ainda uma continuidade de ocupação para esta parte do sul de Inglaterra ao longo de um período de 104 anos, mesmo através de regimesclimáticos em acentuada mudança, indicando possíveis adaptações aoclima frio. A elevada robustez da amostra indica uma resistência excepcional dadiáfise e/ou proporções corporais adaptadas ao frio, paralelas às dosNeandertais. O desacordo sobre a taxonomia dos hominídeos doPleistoceno Médio e a falta de materialfóssil comparável tornam problemática uma tarefa específica para a tíbia do Boxgrove.[3] A tíbia só pode ser atribuída ao gênero Homo, com possível referência adicional aoHomo heidelbergensis.[1]

Foi no sítio arqueológico denominado “Sima de los Huesos”, naEspanha, que materiais de crânios datados do Pleistoceno Médio foram encontrados e relacionados comHomo heidelbergensis, conectando ofóssil típico dessaespécie, amandíbula Mauer 1, acrânios completos.[4][5][6] Este poço produziu um número de 28 hominídeos datados de cerca de 400 ka, sendo considerada a coleção mais completa de registros fósseis deHomo heidelbergensis em todo o mundo. Sima de los Huesos nunca foi um local de ocupação hominídea, uma vez que não foram descobertos vestígios de habitação, nem uma rede de carnívoros, devido à falta de restos de animaisherbívoros. Essas características apontam para a hipótese de que o local tenha sido ocupada apenas temporariamente ao longo do período.[7]

Taxonomia

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Historicamente, a classificação de uma ampla gama de fósseis dopleistoceno médio, ditos deHomo heidelbergensis, a partir da década de 1980 foi alvo de diversas críticas em razão da heterogeneidade que essa prática causou dentro do que se considerava parte daespécie. Devido ao constante debate e dificuldade de classificação doshominídeos desse período, o pleistoceno médio é popularmente referido como “muddle in the middle”, traduzido livremente para a “desordem média”.

Desafios de classificação

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A natureza fragmentária e pouco informativa da mandíbula Mauer 1, ofóssil tido como tipo nomenclatural dessaespécie, ou seja, que serve como o padrão de comparação para outros fósseis candidatos a essa espécie, também contribuiu com a dificuldade de classificação doH. heidelbergensis. Mandíbulas, como a Mauer 1, não oferecem informações suficientes para delimitar requisitos rígidos para a classificação de outros candidatos em potencial, seja porque apresentam poucos mudanças anatômicas que permitam discernir entre espécies ou pela dificuldade de encontrarmandíbulas intactas entre outros possíveis fósseis candidatos do mesmo período doH. heidelbergensis.[8]

A classificação doHomo erectus e a ascensão dateoria sintética da evolução, ambos na década de 1950, acabaram por reagrupar diversos hominídeos propostos e reduzir o número de espécies identificadas.[9] Esse evento levou a classificação da mandíbula de Mauer como uma subespécie deH. erectus (H. erectus heidelbergensis). Na década de 1970, a introdução dos métodos decladística à evolução humana levou a uma nova classificação doH. erectus, que repercutiu na determinação doH. heidelbergensis como uma espécie independente.[10][11] Por conta das dificuldades de comparação do Mauer 1 com novos fósseis dopleistoceno médio encontrados naÁsia,Europa eÁfrica ao longo das décadas de 1980 e de 1990, o termoH. heidelbergensis gradualmente se tornou um sinônimo também da classificação “Homo sapiens arcaico” e “Homo sapiens sensu lato” (do latim “sentido abrangente”) um termo genérico no qual se encaixavam os fósseis do pleistoceno médio não atribuídos aHomo erectus.

A própria discussão acerca da classificação doH. heidelbergensis abrange também a discussão de pilares centrais da taxonomia, sua evolução como campo do conhecimento e sua herança filosófica. Na taxonomia prevalece o debate entre o realismo, pensamento pautado nas ideias deAristóteles e que considera a existência de espécies como parte da natureza intrínseca dos seres vivos, e o nominalismo, outra corrente de pensamento pautada nas ideias deJohn Locke e outros pensadores mais recentes de que o conceito de espécie seria fundamentalmente um construto humano, algo artificial.[12] A abordagem realista de tratar o conceito de espécie como algo fixo e parte da essência dos organismos, apesar de ser uma ferramenta prática para ataxonomia por permitir divisões claras entre os objetos de estudo, falha em reconhecer a nuances que existem entre organismos classificados em uma mesma espécie e o modo gradual em que a evolução acontece. Perante a isso, a abordagem nominalista propõe uma visão mais abrangente e mutável acerca da classificação dos organismos, uma visão que adiciona mais complexidade ao estudo taxonômico.

Essa discussão é de grande importância na classificação doH. heidelbergensis, já que a prática de adotar um fóssil tipo, como a Mauer 1, é arraigada na visão realista de conectar espécimes em uma mesma categoria de acordo com sua “essência”.[12] No caso doH. heidelbergensis, devido à escassez de informações que seu fóssil tipo atual pode prover, teóricos consideram abandonar a nomenclatura original e classificar esse hominídeo dopleistoceno médio com a alcunha deHomo rhodesiensis sob outro fóssil tipo, o crânio Kabwe 1, cuja riqueza maior de informações auxiliaria na resolução do problema de classificação.[13] O crânio Kabwe 1, encontrado junto a outros fragmentos de fósseis em 1921 na atualZâmbia e identificado pelo paleontólogo britânicoArthur Smith Woodward, exibe traços similares aos crânios deH. sapiens, como o volume cranial esperado, além de apresentar outros aspectos, como osupercílio espesso e largo, característicos de hominídeos mais antigos. Ambos os registros fósseis foram posteriormente ligados, juntamente aos crânios encontrados em Petralona, àindústria Cromeriense, sugerindo uma proximidade entre esses registros.

Classificação atual e histórico evolutivo

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Por convenção, hoje, oH. heidelbergensis é considerado o último ancestral comum entre oH. sapiens e oH. neanderthalensis, já que essa é a época em que se considera ter ocorrido a divergência entre essas duas linhagens e devido às semelhanças anatômicas dos fósseis deH. heidelbergensis com ambas as espécies.[8][14][11] Mesmo com essa determinação, ainda há discussão acerca da extensão geográfica que corresponde ao H. heidelbergensis, que consideram distinguir as nomenclaturas de linhagens africanas e europeias.[11] Caso essa divisão fosse aceita, espécimes europeias do atualH. heidelbergensis continuariam sob o mesmo fóssil tipo e nomenclatura, enquanto linhagens encontradas em sítios africanos seriam classificadas comoHomo rhodesiensis, seguindo a associação feita com o crânio Kabwe 1. Em 2010, foi sugerido que espécies asiáticas deHomo heidelbergensis também fossem mantidas sob essa classificação.[15] No entanto, a identificação recente e sequenciamento do material genético deH. denisova levaram à proposição de que talvez esses fósseis pertençam ao grupo dosdenisovanos, ao invés deHomo heidelbergensis.[11][16] Esse consenso, no entanto, termina na tentativa de explicar a ancestralidade doH. heidelbergensis, e dois novos argumentos surgem para explicá-la. O primeiro se pauta nas semelhanças entre essa espécie e oH. erectus, colocando oHomo heidelbergensis como umacronoespécie que representa a linhagem européia/africana doH. erectus e oúltimo ancestral comum entre oH. sapiens e oH. neanderthalensis.[11][14] Outros teóricos sugerem ainda uma segunda hipótese, em que esse hominídeo seria umacronoespécie apenas do ramo neanderthal, o que o colocaria como uma versão “arcaica” doH. neanderthalensis.[17] Assim, é possível ver que a discussão da classificação doH. heidelbergensis não só é um tópico de discussão complexo, como também continua central para desvendar o emaranhado de fósseis e classificações do pleistoceno médio. Alguns teóricos atribuem essa dificuldade ainda ao fato de que, possivelmente, oH. heidelbergensis seja a espécie que mostra a transição que deu origem às linhagens deH. sapiens, H. neanderthalensis e, mais recentemente, aos denisovanos.[11]

Habitat

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A divergência na paleoarqueologia em relação à classificação do H. heidelbergensis se reflete também nos possíveis habitats e regiões geográficas pelas quais essehominídeo tenhamigrado. Independentemente de sua classificação, ocontinente europeu, mais especificamente as baixaslatitudes na Europa mostram sinais de ocupação porH. heidelbergensis, conforme observado nos sítios arqueológicos no norte daGrécia (Petralona), península ibérica (Sima de los Huesos eGran Dolina, naSerra de Atapuerca) e emAragon, onde diversas ferramentas de pedra e ossos desse hominídeo foram observado, por vezes em localidades sobrepostas a outros fósseis que denotam ocupação deH. neanderthalensis. Ademais, sítios arqueológicos de maior latitude como naAlemanha (Mauer eSteinheim), o local de sua descoberta inicial, e nasIlhas Britânicas (Swanscombe,Happisburgh eBoxgrove) ainda durante o período deglaciação, indicam alguma aptidão a ambientes de menores temperaturas.

Algumas definições da espécie também incluem os achados dos sítios arqueológicos emIsrael (Gesher Benot Ya’akov) e na China (Dali,Jinniushan e Maba), cujos achados arqueológicos ainda são debatidos,[15][11][16] mas que poderiam indicar uma vasta migração dessa espécie não só pelaEuropa, mas por grandes extensões daÁsia. A hipótese ainda recente de que os denisovanos seriam também uma linhagem-filha oriunda doH. heidelbergensis, baseada em evidências fósseis e estudos genéticos, seria outro possível indicador da vasta migração desses hominídeos pelo globo.

Os sítios arqueológicos nocontinente africano são também abundantes em material de evidência, sendo aqui a maior divergência em relação à taxonomia doH. heidelbergensis, especialmente se essa linhagem que evoluiu dentro da África deveria realmente ser classificada sob essa alcunha ou movida para um ramo distinto sob o nome deH. rhodesiensis.[13] Nesse grupo se enquadram os sítios de naZâmbia (Kabwe/Broken Hills), o local de descoberta do crânio Kabwe 1 deH. rhodesiensis, os dois sítios localizados noVale do Rift:Tanzânia (Lago Ndutu) eEtiópia (Bodo d’Ar).

Anatomia

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OHomo heidelbergensis, assim como outros humanos doPleistoceno Médio, possuíam uma cavidade nasal completamente vertical em relação ao crânio, e a fossa nasal anterior em formato de crista ou de uma coluna proeminente, se assemelhando a uma aparência mais parecida com a humana atual. Outras características craniais eram os canais incisivos que abriam perto dos dentes e eram orientados como os de humanos atuais; o ossoesfenoide apresentava uma coluna que se estendia para baixo, com tubérculo articular na parte inferior do crânio podendo se projetar proeminentemente, pois a superfície atrás da dobradiça da mandíbula era bastante plana; o osso frontal era largo, o parietal podia ser expandido e o temporal era alto e arqueado, fato talvez relacionado ao aumento do tamanho do cérebro.[18]

No contexto cranial, o volume foi estimado por Rightmire em 2004, utilizando o crânio de 10 humanos doPleistoceno Médio atribuídos aoHomo heidelbergensis, oriundos de diferentes localidades comoKabwe,Bodo, Ndutu,Dali, Jinniushan, Petralona,Steinheim,Aragon, e do sítio arqueológico “Sima de los Huesos”, culminando num volume médio de 1 206 cm3, variando entre 1 100 cm3 e 1 390 cm3. Tal medição evidenciou um aumento considerável no tamanho cranial, visto que Rightmire também mediu o volume de 30 espécimes deHomo erectus/ergaster, chegando num volume médio de 973 cm3, apesar da grande variação (entre 727 cm3 e 1 231 cm3). Portanto, o volume cranial médio se aproxima mais de valores craniais atuais, com os crânios de machos medindo, aproximadamente, 1 270 cm3 e o de fêmeas 1 130 cm3, sendo também mais distante e menor do que os valores paraNeandertais, cujos machos possuíam um volume médio de 1 600 cm3 e as fêmeas 1 300 cm3, aproximadamente.[19][20][21][22]

Crânio de Homo Heidelbergensis.

Ademais, em 2009, os paleontologistas Aurélien Mounier, François Marchal, and Silvana Condemi, publicaram um estudo no qual diferenças anatômicas foram observadas e se tornaram o primeiro diagnóstico diferencial doHomo heidelbergensis usando a mandíbula de Mauer, assim como materiais provenientes de várias localidades como:Tighennif, naArgélia; “Sima de los Huesos", naEspanha;Aragon eMontmorin, ambos naFrança. Entre essas diferenças, podemos citar: um queixo reduzido, a origem da linha milo-hióidea na altura do 3° molar, um entalhe no espaço submentoniano (submandibular) perto da garganta, um plano triangular desenvolvido perto da dobra da mandíbula, limites paralelos acima e abaixo da mandíbula numa vista lateral, muitos forames mentuais perto dos molares e pré-molares, um extenso plano alveolar (distância do encaixe do dente mais frontal até a parte de trás da mandíbula), um espaço retromolar (buraco atrás dos molares) horizontal, um pequeno ângulo gonial (formado entre o corpo da mandíbula e o ramo mandibular), uma fossa profunda para o masseter (cada um dos dois músculos que fecham a mandíbula), uma mandíbula longa, e a presença de uma calha entre os molares e o ramo mandibular que projeta uma conexão com o crânio.[23]

Para o cérebro, temos que seu aumento, já iniciado anteriormente, manteve sua taxa de crescimento tanto em capacidade craniana quanto em número estimado de neurônios, devido a uma série de fatores, como por exemplo o desenvolvimento da linguagem, e outros dependendo do período tratado. Tal crescimento pode ser observado ao compararmos com diferentes espécies de hominídeos, visto que enquanto oHomo habilis possuía uma capacidade craniana de 600 cm3 e aproximadamente 40 bilhões de neurônios, números menores do que oHomo heidelbergensis, cuja capacidade aumentou para valores entre 1 100 cm3 a 1 300 cm3, com cerca de 76 bilhões de neurônios. Comparando agora com oHomo erectus, os hominídeos doPleistoceno Médio apresentaram um aumento médio de 280 cm3 de volume endocranial com um maior tamanho cerebral (aproximadamente 1 230 cm3).[24] Entretanto, cabe ressaltarmos que a maior quantidade de neurônios e o aumento da capacidade do crânio não estão necessariamente ligados a um maior nível de inteligência, servindo mais como uma característica para seguir uma tendência evolutiva.[25]

Tendo em vista os fatos supracitados, é inegável a importância da expansão do cérebro na separação dos hominídeos doPleistoceno Médio de seus antepassados, sendo reconhecida como uma tendência evolutiva desde oAustralopithecus até os hominídeos modernos, que altera a forma cerebral e suas estruturas de diferentes formas alterando, por exemplo, a proporção entre o córtex e o cerebelo[26] ou uma variação significativa nos lobos parietal, temporal e occipital, descoberta em achados recentes naÁfrica,Ásia Ocidental eExtremo Oriente.[27] Contudo, apesar de sabermos da complexidade com mudanças no tamanho e na forma cerebrais, informações relacionadas à forma cerebelar e neocortical são escassas, portanto foram utilizados como base os dados de medição da capacidade endocraniana (tamanho geral do cérebro).

Já em termos de Estrutura Geral, possuímos variações quando tratamos do tamanho do corpo noPleistoceno Médio, tanto pela presença de uma alta taxa de dimorfismo sexual com diferenças entre a massa corporal em machos e fêmeas, quanto pela falta de ossos de membros e restos não craniais, levando à variações entre os achados: no sítio arqueológico “Sima de los Huesos”, baseado em ossos longos, foram descobertos machos com 169,5 cm e fêmeas com 157,7 cm, muito menores do que se estima para as fêmeas de Jinniushan, com uma altura de 165 cm, e também diferindo de um achado emKabwe, uma tíbia com 181,2 cm, um dos mais altos espécimes doPleistoceno Médio, apesar de existir a chance desta tíbia ser desproporcional ao fêmur ou se tratar de um espécime de tamanho grande e incomum. Caso esses espécimes representem seus respectivos continentes, teríamos pessoas com altura média a altas ao longo doPleistoceno Médio espalhados peloVelho Mundo, e assim, as populações de humanos arcaicos teriam uma altura, no geral, uma média entre 165 cm e 170 cm de altura, sendo mais baixos do que humanos mais modernos, representados e estimados pelos restos encontrados em Es-Skhul e Qafzeh,Israel, medindo aproximadamente 185,1 cm os machos e 169,8 cm as fêmeas, com uma média de 177,5 cm, possivelmente para aumentar a eficiência energética aumentando assim a distância que poderia ser percorrida com pernas mais longas.[28]

Para o plano corporal humano, ele evoluiu com oHomo ergaster, e caracterizou toda a espécie humana posterior, mas dentre as evoluções dos membros mais derivados, temos duas morfologias distintas em destaque: o peitoral estreito e a construção mais graciosa dos humanos modernos, e o peitoral mais amplo e robusto dosNeandertais. Antes se pensava numa construção física única para o último grupo, entretanto estudos mais recentes com descobertas de elementos do esqueleto doPleistoceno Médio sugere que os humanos desse período tem uma morfologia mais parecida com aNeandertal, sendo, a morfologia moderna humana mais única, e resultado de uma evolução mais recente.[29]

Nesse contexto, os espécimes humanos doPleistoceno Médio tem apelve e ofêmur mais similares aos hominídeos mais recentes caso comparado com osNeandertais, apesar da maior amplitude dapelve, geralmente já ampla e elíptica, maior espessura e maior altura (expandida no sentido ântero-posterior) quando comparada a esses outros dois grupos de espécimes, além do pé de todos os humanos arcaicos possuírem umatróclea (superfície da articulação) mais alta do osso do tornozelo, tornando-o mais flexível (especificamente em movimentos como adorsiflexão e plantiflexão).[29]

Dieta

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Em termos de alimentação, as comunidades humanas noPleistoceno Médio parecem ter tornado a carne um componente essencial em sua dieta, com diferentes variações dependendo de sua localidade, por exemplo: habitantes deTerra Amata (sítio arqueológico emNice, naFrança) se alimentavam majoritariamente de cervos, mas também elefantes, javalis, ibex, rinocerontes e auroques, diferindo de alguns sítios africanos onde comumente se encontram ossos de bovinos e cavalos. Outra importante característica dos espécimes desse período é a indicação de caça ativa, com alguns lugares naÁfrica e naEuropa mostrando a caça tendo uma espécie específica como alvo como em Olorgesailie, noQuênia, onde foram achados de 50 a 60 babuínos individuais, e nos sítios arqueológicos de Torralba e Ambrona, naEspanha, onde havia abundância de ossos de elefantes, isso apesar das carcaças poderem ter sido eliminadas ou alteradas de alguma forma. E assim, essa necessidade de carne na sobrevivência pode ter levado ao desenvolvimento de grupos de caça e estratégias noPleistoceno Médio, como vemos, por exemplo, nestes sítios (Torralbe e Ambrona), os animais parecem ter sido jogados em pântanos antes de serem mortos, envolvendo cerco e direção por um grande grupo de caçadores em um ataque coordenado e organizado. Diferindo assim da dieta doHomo erectus que foi provavelmente baseada nocleptoparasitismo (roubo da presa de animais predadores), e na coleta de vegetais.[30]

Os consumo de recursos vegetais mencionados, provavelmente se manteve e era frequentemente, mas a extensão da sua exploração não é clara, pois não fossilizam como ossos animais. Entretanto, assumindo uma dieta pesada de carne magra, seria necessária uma alta quantidade de carboidratos e/ou gorduras para prevenção do “envenenamento por proteína”, levando ao consumo de, por exemplo, cascas de árvores, frutos ou nozes. Como exemplo, o sítio arqueológicoSchöningen, naAlemanha, apresenta mais de 200 plantas nas proximidades que são comestíveis crus ou quando cozidas corroborando para a existência de tal alimentação de recursos vegetais.[31]

Tecnologia

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Embora exista uma falta de estudos específicos para as tecnologias deHomo heidelbergensis, é provável que esseshominídeos compartilhavam de tecnologias presentes no período dopleistoceno médio.[32] Os utensílios associados com osfósseis consistem basicamente em machados de mão e algumas ferramentas delascas. O uso delanças e ocontrole do fogo também são algumas das tecnologias dominadas.

Machados de mão do períodoAcheuliano.

Ferramentas de Pedra

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Coleçõeslíticas do início dopleistoceno médio revelam a presença daCultura Acheuliana. Achados arqueológicos do período mostram uma grande variedade de machados de mão de grande refinamento em ambas as faces.[33] A simetria é algo muito considerado nesse tipo de cultura, possivelmente por um aumento da capacidade de cognição dos hominídeos desse período.[34] Os machados de mão doperíodo Acheuliano possuem em média 154,77 mm de comprimento, com 93,25 mm de largura e 48,68 mm de espessura.[35] Ossítios também contém a presença de lascas, possivelmente formadas durante a confecção dos machados de mão,[33] além da presença de picaretas.[36] As funções para essas ferramentas poderiam ser: possibilitar trabalhos em madeira e o processamento de carcaças.[37]

Lanças

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Ilustração da ponta de uma lança.

O sítio paleolítico deSchöningen apresenta diversos achados dehafting, corroborando com o uso de ferramentas, comolanças, porhominídeos dopleistoceno médio.[38] As lanças dessesítio demonstram que ocorria preparação da base de madeira, com remoção de ramos e polimento, para formar uma ferramenta com melhor acabamento.[39] O comprimento das lanças podia variar de 1,84 - 2,53 m. Já o diâmetro variava de 2,4 - 4,7 cm.[38]

A caça sistemática de grandes herbívoros era possibilitada com o emprego dessas ferramentas.[40] Evidências, como a perfuraçãosemicircular naescápula de cavalo e a presença de lanças de madeira junto de carcaças, mostram que a caça com esse tipo de material era desenvolvida há ~500 mil anos.[41][40]

Uso do Fogo

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Os registros de uso de fogo naEuropa durante opleistoceno médio são de há ~300-400 mil anos.[42] Enquanto naÁfrica os registros datam de ~700-300 mil anos eÁsia ~400-500 mil anos. Os achados arqueológicos que remetem ao uso controlado de fogo podem ser: depósitos queimados, lareiras, rochas trincadas pelo fogo, áreas avermelhadas, argila cozida, cinzas, carvão, madeira endurecida pelo fogo, artefatos queimados, ossos queimados e conchas queimadas.[43]

O uso de fogo contribui com o desenvolvimento dos povos, sendo fator importante na alimentação,[44] como fonte de luz, calor, proteção, confecção de ferramentas e caça.[45] O controle do fogo também permitiu que fossem desenvolvidas mais atividades noturnas, o que acarretou em mudanças no ciclo circadiano doshominídeos.[46]

Linguagem

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Evidências da linguagem emhominídeos podem ser retiradas de vestígios osteológicos e fósseis do aparato fonoaudiológico. Nesse sentido, foi dada muita atenção ao ossohióide, que se localiza na parte anterior do pescoço e tem uma importante participação na projeção da fala. As subsequentes descobertas de ossos hióides em fósseis de hominídeos geraram um interesse renovado em seu potencial para informar sobre a evolução da fala e linguagem complexa. Foram encontrados dois hioides do Pleistoceno Médio (AT-1500 e AT-2000) atribuídos àHomo heidelbergensis na Serra de Atapuerca (Espanha) com data estimada em ~530 ka.[47] As descrições anatômicas e antropométricas do material encontrado no sítio “Sima de los Huesos”, um sítio associado inicialmente aoHomo heidelbergensis e, mais recentemente também àHomo neanderthalensis,[48] mostram que o hióide ali encontrado tinha similaridades importantes com o mesmo osso de humanos modernos.

Assim, parece que a morfologia macroscópica externa deste importante componente do aparelho vocal nos humanos modernos tinha surgido por ~530 ka e tem se mantido em grande parte inalterada desde então.[49] Estudos anteriores mostraram que as características anatômicas do ouvido externo e médio associadas à percepção da fala também estavam presentes emH. heidelbergensis.[50] Com base na recente reconstrução do tracto vocal tanto deH. heidelbergensis (crânio do sítio "Sima de los Huesos") como daH. neanderthalensis (sítio de "La Ferrassie"), e em comparação com os humanos modernos, inferiu-se que não só oH. neanderthalensis, mas talvez este antepassado comum dos Neandertais e dos humanos modernos possa ter sido capaz de falar. Autores sugerem ainda que a modelação micro-biomecânica do material hióide referido àH. heidelbergensis poderia ajudar a resolver esta questão.[49]

Ver também

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Referências

  1. abSchoetensack, Otto (dezembro de 1908).«Der Unterkiefer des Homo Heidelbergensis aus den Sanden von Mauer bei Heidelberg. Ein Beitrag zur Paläontologie des Menschen».Zeitschrift für Induktive Abstammungs- und Vererbungslehre (1): 408–410.ISSN 1617-4615.doi:10.1007/bf01990624. Consultado em 19 de julho de 2021 
  2. Rightmire, G.Philip (janeiro de 2001).«Patterns of hominid evolution and dispersal in the Middle Pleistocene».Quaternary International (em inglês) (1): 77–84.doi:10.1016/S1040-6182(00)00079-3. Consultado em 19 de julho de 2021 
  3. Stringer, C.B.; Trinkaus, E.; Roberts, M.B.; Parfitt, S.A.; Macphail, R.I. (maio de 1998).«The Middle Pleistocene human tibia from Boxgrove».Journal of Human Evolution (5): 509–547.ISSN 0047-2484.doi:10.1006/jhev.1998.0215. Consultado em 19 de julho de 2021 
  4. Arsuaga, J.L.; Martı́nez, I.; Gracia, A.; Lorenzo, C. (agosto de 1997).«The Sima de los Huesos crania (Sierra de Atapuerca, Spain). A comparative study».Journal of Human Evolution (2-3): 219–281.ISSN 0047-2484.doi:10.1006/jhev.1997.0133. Consultado em 19 de julho de 2021 
  5. Rosas, Antonio; Bermúdez De Castro, José M. (janeiro de 1998).«The Mauer mandible and the evolutionary significance of Homo heidelbergensis».Geobios (5): 687–697.ISSN 0016-6995.doi:10.1016/s0016-6995(98)80055-7. Consultado em 19 de julho de 2021 
  6. Rosas, Antonio; Martinez-Maza, Cayetana (fevereiro de 2010).«Bone remodeling of the Homo heidelbergensis mandible; the Atapuerca-SH sample.».Journal of Human Evolution (em inglês) (2): 127–137.doi:10.1016/j.jhevol.2009.10.002. Consultado em 19 de julho de 2021 
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Bibliografia

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Homininae
Australopitecíneos
Ardipithecus
Australopithecus
Paranthropus
Humanos e ancestrais diretos
Homo erectus
     Homo sapiens (Humanos)
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