
Ahistória do consumo de álcool remete ao desenvolvimento detécnicas de produção e do consumo debebidas alcoólicas em todo o mundo.
NoEgito e naBabilônia, foram encontrados relatos da utilização de bebidas alcoólicas (cerveja evinho) datados de 6 000 anos atrás. Desde pelo menos o ano 200, diversospovos ameríndios já consumiam opulque. Desde aAntiguidade, diversas modalidades devinho de arroz já eram consumidas pelos povosasiáticos.
NaIdade Média, osárabes popularizaram adestilação, inicialmente com finsmedicinais. A destilação, nocontinente europeu, daria origem: aouísque naEscócia eIrlanda; àaquavita naEscandinávia; àgenebra nosPaíses Baixos eBélgica; aogim naGrã-Bretanha; àbagaceira emPortugal; e aoconhaque. Noséculo XIII, surgiram oslicores, inicialmente preparados pormongesitalianos.
Com a conquista daAmérica por diversas nações europeias, foi introduzida a destilação nesse continente, resultando na criação de bebidas como orum, atequila, acachaça, omescal e oburbom.
NaBelle Époque e noperíodo entreguerras, osbares da cidade deParis tornaram-se famosos por serviremabsinto e por serem pontos de encontro deintelectuais.[1]
Em 1882, foi criada a primeira versão domartini,coquetel que ficaria famoso como o drinque favorito do personagemJames Bond.[2]
Por volta de 1893, o cientistarussoDmitri Mendeleiev criou a fórmula davodca: quarenta por cento de álcool e sessenta por cento deágua.[3]
Em 1931, foi criado oHarry's Bar, emVeneza, que se notabilizaria como o local onde viria a ser criado o coquetelBellini em 1948.
Historicamente, existe uma grande diversidade de atitudesculturais diante das bebidas alcoólicas. Se, para alguns, as bebidas alcoólicas fazem parte do dia a dia e das principaiscomemorações - além de constituírem importante fonte derenda e deimpostos, para outros, notadamente as civilizações que seguem areligião islâmica, além de alguns ramos dobudismo e doprotestantismo, as bebidas alcoólicas são estritamente proibidas.
Desde tempos imemoriais, ospovos indígenas do Brasil produzem uma grande variedade de bebidas alcoólicas fermentadas a partir defrutos,tubérculos,raízes,folhas esementes. São mais de 80 tipos de bebidas alcoólicas, com destaque para a bebida fermentada obtida a partir da raiz demandioca (cauim).
A partir doséculo XVI, oscolonizadores portugueses introduziram o consumo devinho no país. Na mesma época, começaram a ser fabricadas acachaça[4] e atiquira.[5] O vinho e abagaceira eramimportados dePortugal, ao passo que a cachaça era produzida no Brasil. Isso levou, em 1660, àRevolta da Cachaça nacapitania do Rio de Janeiro, contra o aumento dosimpostos relacionados à fabricação de cachaça.
No contexto daNova Holanda, noséculo XVII, acerveja foi introduzida no país. De início importada, somente a partir dadécada de 1850 ela começou a ser produzida no país.
No final doséculo XIX, osimigrantes italianos iniciaram avitivinicultura naSerra Gaúcha. Nosanos 1960, iniciou-se a vitivinicultura noVale do São Francisco.
Atualmente, de acordo com o Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad), 20% dos adultos bebedores consomem 56% de todo o álcool vendido no país. A maioria dos bebedores tem menos de 30 anos de idade.[6] Uma pesquisa realizada em 2011 pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES) mostrou que os alunos daUniversidade Federal de Ouro Preto são os que mais admitem o consumo debebidas alcoólicas no país.[7]