Embora não seja claro onde realmente começou ahistória docinema, a primeira exibição de umfilme decurta duração aconteceu no Salão Grand Café, emParis, em 28 de dezembro de 1895. Nesta data, osIrmãos Lumière fizeram uma apresentação pública dos produtos de seu invento ao qual chamaram deCinematógrafo. O evento causou comoção nos 30 e poucos presentes, a notícia se alastrou e, em pouco tempo, este fazer artístico conquistaria o mundo e faria nascer uma indústria multibilionária. O filme exibido foiL'Arrivée d'un Train à La Ciotat.[1]
O cinema baseia-se em projeções públicas de imagens animadas. O cinema nasceu de várias inovações que vão desde do domínio fotográfico até a síntese do movimento. A esta foi atribuída como causa apersistência da visão ou "persistência retiniana", por teóricos renomados e importantes. Mas o efeito de movimento do cinema não pode ser explicado pela "persistência retiniana", onde na verdade, acontece em nível neural, já posterior à fase da retina no processo de percepção visual.Hugo Münsterberg, psicólogo e um dos primeiros teóricos do cinema, já negava, em 1916, a possibilidade do efeito de movimento produzido no cinema resultar de fenômenos retinianos. Münsterberg acreditava (e estava certo) que tudo acontecia na fase neural do processo de percepção visual, e deu ao fenômeno o nome de "Phi" (Fenômeno phi). Dentre os jogos óticos inventados vale a pena destacar othaumatrópio (inventado entre1820 e1825 porJohn Ayrton Paris),Fenacistoscópio (1828-1832) porJoseph-Antoine Ferdinand Plateau,zootrópio (em 1828-1832 porWilliam George Horner),praxinoscópio (em1877) e oEstroboscópio (1828-1832 porSimon von Stampfer). Em1888,Charles-Émile Reynaud melhorou suainvenção e começou projetar imagens no Musée Grévin durante 10 anos.
Em1876,Eadweard Muybridge fez uma experiência: primeiro colocou 12 e depois 24 câmeras fotográficas ao longo de umhipódromo e tirou várias fotos da passagem de um cavalo. Ele obteve assim a decomposição do movimento em váriasfotografias e através de umzoopraxiscópio pode recompor o movimento. Em1882, Étienne-Jules Marley melhorou o aparelho de Muybridge. Em 1888,Louis Aimée Augustin Le Prince filmou uma cena de cerca de 2 segundos mas a fragilidade do papel utilizado fez com que a projeção ficasse inadequada.
William Kennedy Laurie Dickson, chefe engenheiro da Edison Laboratories, inventou uma tira de celuloide contendo uma sequência de imagens que seria a base para fotografia e projeção de imagens em movimento. Em1891,Thomas Edison inventou ocinetógrafo e posteriormente ocinetoscópio. O último era uma caixa movida a eletricidade que continha a película inventada por Dickson mas com funções limitadas. O cinetoscópio não projetava o filme.
Programa da primeira exibição.
Baseado na invenção de Edison, Auguste e Louis Lumière inventaram ocinematógrafo, um aparelho portátil que consistia num aparelho três em um (máquina de filmar, de revelar e projetar). Em1895, o pai dos irmãos Lumière, Antoine, organizou uma exibição pública paga de filmes no dia28 de dezembro no Salão do Grand Café deParis. A exposição foi um sucesso. Este dia, data da primeira projeção pública paga, é comumente conhecida como o nascimento do cinema mesmo que os irmãos Lumière não tenham reivindicado para si a invenção de tal feito. Porém, as histórias americanas atribuem um maior peso a Thomas Edison pela invenção do cinema, quando na verdade o que ele fez foi pegar pequenos vídeos e exibi-los em maquinas caça-níquel, e para não perder tal fonte lucrativa sempre foi contra a exibição dos filmes em grandes salas.
Os irmãos Lumière enviaram ao mundo, a fim de apresentar pequenos filmes, os primeiros registros como um início do cinema amador."Sortie de l'usine Lumière à Lyon" (ou"Empregados deixando a Fábrica Lumière") é tido como o primeiro audiovisual exibido na história, sendo dirigido e produzido por Louis Lumière. Do mesmo ano, ainda dos irmãos Lumière o filmeL'Arroseur Arrosé, uma pequenacomédia. Menos de 6 meses depois, Edison projetaria seu primeiro filme,"Vitascope".
O cinema mudo nasceu com os irmãos Lumière em 1895, revolucionando a forma de contar histórias. Filmes curtos sem som, com música ao vivo e atuações exageradas, capturaram a imaginação do público. "A Saída dos Trabalhadores da Fábrica Lumière" (1895) e "O Nascimento de uma Nação" (1915) são exemplos marcantes.
Georges Méliès, D.W. Griffith e Charlie Chaplin foram pioneiros, criando obras-primas como "A Viagem à Lua" (1902), "Metropolis" (1927) e "O Circo" (1928). Esses filmes inovadores estabeleceram o cinema como uma forma de arte popular.
O cinema mudo deixou um legado duradouro, influenciando gerações de diretores e consolidando o cinema como uma forma de expressão artística. Suas contribuições para a narrativa cinematográfica ainda são sentidas hoje.
Edwin S. Porter que se tornoucameraman de Thomas Edison usou pela primeira vez a técnica deedição de imagens. Em seu filme"Life of an American Fireman" de1903 é possível ver duas imagens diferentes mas que ocorreram simultâneamente, a visão de uma mulher sendo resgatada por umbombeiro e a mesma cena com a visão do bombeiro resgatando a mulher. Em"The Great Train Robbery" (1903), um dos primeiroswesterns do cinema, o grande legado foi o"cross-cutting" com imagens simultâneas em diferentes lugares. Mas o mais importante em Porter, foi que o final do filme "The Great Train Robbery" teve que ser mudado, por motivos morais e éticos, visto que originalmente os bandidos se saiam bem no final, o que passava uma ideia de impunidade ao povo, se mostrava a partir dai, um cinema "educador".
O desenvolvimento de filmes fez crescer osnickelodeons, pequenos lugares de exibição de filmes onde se pagava o ingresso de 1 níquel, no qual se juntavam uma grande quantidade de pessoas, chamando a atenção da elite para o poder de influencia daquelas exibições. Os filmes também começaram a crescer em duração. Antes um filme durava de 10 a 15 minutos. Em1906, o filme australiano"The Story of the Kelly Gang" tinha 70 minutos sendo lembrado até hoje como o primeirolonga-metragem da história do cinema. Depois do filme australiano, aEuropa começou a produzir filmes até mais longos:"La Reine Élisabeth" (filme francês de1912),"Quo Vadis" (filme italiano de1913) e"Cabiria" (filme italiano de1914), este último com 123 minutos de duração.
Em janeiro de 1914 foi exibido "Photo-Drama of Creation", um filme com mais de 8 horas de duração apresentado e narrado porCharles Taze Russell, fundador do movimento religioso dosEstudantes da Bíblia e daSociedade Torre de Vigia.[5] O Fotodrama consistia de um conjunto deslides com pinturas coloridas descrevendo o relato criativo bíblico desde acriação do Universo aos dias atuais, se prolongando pelos 1 000 anos futuros doreino de Jesus, segundo as crenças de Russell. Foi o primeiro filme a incluir som sincronizado e imagens coloridas. O filme consistia em 96 gravações de pequenos discursos bíblicos, narrados por um locutor bem conhecido da época. Muitas cenas eram acompanhadas pormúsica clássica. Operadores habilidosos usavamfonógrafos para tocar as gravações de música e voz, sincronizando o som comslides e filmes coloridos que encenavam histórias daBíblia.[6][7]
Pelo lado americano, o diretorD. W. Griffith conseguia destaque. Seu filme,"The Birth of a Nation" (ou"O Nascimento de uma nação") de1915, foi considerado um dos filmes mais populares da época do cinema mudo, causoupolêmica por ser uma glorificação daescravatura,segregação racial e promoção do aparecimento daKu Klux Klan. JáIntolerância (1916) ("Intolerance: Love's Struggle Throughout the Ages") é considerado uma das grandes obras do cinema mudo, apesar da grande massa não ter entendido a proposta de quatro historias simultâneas, achando o filme muito confuso.
Até esta época,Itália eFrança tinham o cinema mais popular e poderoso do mundo mas com aPrimeira Guerra Mundial, a indústria europeia de cinema foi arrasada. Os EUA começaram a destacar-se no mundo do cinema fazendo e importando diversos filmes. Thomas Edison tentou tomar o controle dos direitos sobre a exploração do cinematógrafo. Alguns produtores independentes emigraram deNova York à costa oeste em pequeno povoado chamado Hollywoodland, graças a Griffith, que já o sugeria. Lá encontraram condições ideais para rodar: dias ensolarados quase todo ano, diferentes paisagens que puderam servir como locações e quase todos as etnias como,negros,brancos,latinos,indianos,índios,orientais e etc, um "banquete" de coadjuvantes. Assim nasceu a chamada"Meca do Cinema", eHollywood se transformou no mais importante centro daindústria cinematográfica do planeta. (VER:Cinema de arte)
Começaram a se destacar nesta épocacomédias deCharlie Chaplin eBuster Keaton, aventuras deDouglas Fairbanks e romances deClara Bow. Foi o próprio Charles Chaplin e Douglas Fairbanks junto a Mary Pickford e David Wark Griffith que acabaram criando aUnited Artists com o motivo de desafiar o poder dos grandes estúdios.
NaEspanha surgiu o cinemasurrealista donde se destacou o diretorLuis Buñuel."Un perro andaluz" (ou"Um Cão Andaluz" em português) de1928 foi o filme que mais representou o cinema surrealista de Buñuel. Destaca-se ainda: "A Idade do Ouro".
O dinamarquêsCarl Theodor Dreyer, roda"Le Passion de Jeanne D'arc", um filme mudo de 1928 com a atrizMaria Falconetti no papel de Joana. Considerado por alguns um dos melhores filmes de todos os tempos. O filme dá valor à expressão facial. Foi filmado na Itália.
Infelizmente, cerca de 90% dos filmes mudos se perderam, por falta de cuidado ou de boa conservação.
De fato, a maioria dos filmes mudos foi derretida a fim de recuperarem onitrato de prata, um componente caro.
Até então já haviam sido feitos experimentos com som mas com problemas de sincronização e amplificação. Em 11 de janeiro de 1914 estreava o “Fotodrama da Criação”, uma apresentação marcante produzida para que as pessoas desenvolvessemfé naBíblia como a Palavra deDeus. Numa época em que a crença naevolução, aalta crítica e oceticismo estava se instaurando, o “Fotodrama” defendia a tradicional crença de umCriador único,Jeová.
Charles Taze Russell, que liderava os Estudantes da Bíblia (como então eram conhecidas asTestemunhas de Jeová), estava sempre procurando meios mais rápidos e eficazes para divulgar a Bíblia. Os Estudantes da Bíblia já faziam uso do poder da página impressa havia mais de três décadas. Agora, uma nova ferramenta atraiu a atenção deles: os filmes.
Nadécada de 1890, o público conheceu o cinema mudo. Alguns anos depois, em 1903, umfilme religioso foi exibido numa igreja emNova York. Em 1912, quando a indústria cinematográfica estava apenas iniciando, Russell corajosamente começou a preparar o “Fotodrama”. Ele percebeu que os filmes poderiam transmitir seu conhecimento e ideológia bíblica de uma forma que a página impressa por si só não conseguiria.
O “Fotodrama”, que tinha oito horas de duração, era geralmente exibido em quatro partes. Ele consistia em 96 gravações de pequenos discursos bíblicos, narrados por um locutor bem conhecido da época. Muitas cenas eram acompanhadas por música clássica. Operadores habilidosos usavam fonógrafos para tocar as gravações de música e voz, sincronizando o som comslides e filmes coloridos que encenavam histórias famosas da Bíblia.
Em1926, aWarner Brothers introduziu o sistema de somVitaphone (gravação de som sobre um disco) até que em1927, aWarner lançou o filme"The Jazz Singer", umfilme musical que pela primeira vez na história do cinema tinha algunsdiálogos e cantorias sincronizados aliados a partes totalmente sem som; então em1928 o filme"The Lights of New York", (também da Warner), se tornaria o primeiro filme com som totalmente sincronizado. O som gravado no disco do sistema Vitaphone foi logo sendo substituído por outro sistema como oMovietone daFox, DeForest Phonofilm ePhotophone daRCA com sistema de som no próprio filme.
No final de1929, o cinema de Hollywood já era quase totalmente falado. No resto do mundo, por razões económicas, a transição do mudo para o falado foi feito mais lentamente. Neste mesmo ano já lançado grandes filmes falados como"Blackmail" deAlfred Hitchcock (o primeiro filme inglês falado),"Applause" do diretorRouben Mamoulian (um musical em preto e branco) e"Chinatown Nights" deWilliam A. Wellman (mesmo diretor de"Uma estrela nasce" de1937). Foi também no ano de 1929 criado o prêmioÓscar ou Prêmios da Academia que serve até os dias atuais como premiação aos melhores do cinema.
O uso do som fez com que o cinema se diversificasse mais em termos degêneros. Dessa nova tecnologia nascia o musical e também algumascomédias cinematográficas. E do casamento dos dois surgia acomédia musical.
Filmes históricos ou bíblicos na maioria das vezes caminharam de mãos dadas. Dentre os que misturavam este dois gêneros se destacaram"Os Dez Mandamentos" (versão original de1923),"Rei dos Reis" de1927 eCleópatra de1934.
ASegunda Guerra Mundial fez com que aInglaterra eEstados Unidos produzissem vários filmes com apelo patriota e que serviram depropaganda de guerra. Havia também, já no final da guerra, filmes antinazistas. Dentre os filmes que retrataram a época da guerra se destacou o popular"Casablanca" de1943 com o ator Humphrey Bogart.
No começo da década, o diretorOrson Welles lançou o filme"Citizen Kane" (em Portugal,"O Mundo a seus Pés"; noBrasil,"Cidadão Kane") com inovações como ângulos de filmagem e narrativa não linear. Em1946, o diretorFrank Capra lançou o filme"It's a wonderful life". Ambos os filmes estão classificados entre os melhores de todos os tempos.
NaItália nascia oNeorrealismo como reação ao cinemafascista do regime de Mussolini, e buscava a máxima naturalidade, com atores não profissionais, iluminação natural e com uma forte crítica social. Se considera inaugurado o gênero com"Roma, Cidade Aberta" (de1945), ainda que se considera como seu maior representante"Ladrões de bicicletas)" deVittorio de Sica.
O Comitê de Investigação de Atividades Antiamericanas do Senado dos Estados Unidos amplia a lista suspeita incluindo diretores, atores e escritores incluindo até mesmoCharles Chaplin.
O início da década de 1950 marcou para achanchada brasileira uma enorme reviravolta. Embora aAtlântida Cinematográfica tenha se consagrado na década anterior como uma das mais fortes indústrias cinematográficas do país, ainda assim as produções eram um tanto desleixadas. Osestúdios estavam mal acomodados, os equipamentos sem a manutenção necessária e os atores recebiam quantias ínfimas pelo árduo trabalho de interpretar em condições precárias. No fim da década 1940, mais precisamente no ano 47, o sucesso das chanchadas trouxeram para a Atlântida uma série de novosinvestidores, interessados principalmente em participar doslucros daempresa, então ainda sob a administração deMoacyr Fenelon e dos irmãosJosé Carlos ePaulo Burle.[8] Entra em cena nesta altura um personagem que será fundamental na consolidação das produções da Atlântida na década de 1950:Luiz Severiano Ribeiro Júnior. Severiano entrou juntamente com vários outros empresários nos investimentos em produções, que a ele principalmente interessavam por seu domínio em pelo menos 40% das salas de exibição no Brasil. Assim, ele poderia participar dos lucros de uma forma muito maior. A grande surpresa veio ainda em 1947, quando noticiaram que Severiano havia comprado uma grande quantia deações da Atlântida, tornando-se acionista majoritário e, consequentemente, dono dacompanhia.
Os filmes 3-D porém duraram pouco tempo, de1952 até1954 dentre os quais se destacou o filme"House of Wax" de1953.
Ocinema da Índia era produzido em grande escala, mas no ano de1955 pela primeira vez ganhou reconhecimento internacional com o filme"Pather Panchali" (ou"A canção do caminho").
O cineasta suecoIngmar Bergman ganha projeção internacional como um dos maiores cineastas de todos os tempos com as obras-primas"Det Sjunde Inseglet" (O Sétimo Selo) e"Smultronstället" (Morangos Silvestres), ambas do ano de 1957.
Alfred Htichcock lança "Vertigo", considerado um dos maiores êxitos do cinema.
Desde o momento em que o Cinema começou dar seus primeiros passos, os envolvidos com a nova prática já começavam a pensá-la teoricamente. Este primeiro momento, que pode ser chamado de tradição Formativa, pensou o Cinema a partir de seus aspectos técnicos, principalmente no que tange à importância da montagem para uma película. O nome que se destaca nesse momento é o de SergeiEisenstein, soviético. Segundo Quinsani:
"(...)o autor central da categoria formativa, e que mais ganhou projeção, foi Sergei Eisenstein. Boa parte de sua reflexão está associada à execução de suas obras, que tiveram grande reverberação em todo o mundo. Seus principais livros são:A forma do filme eO sentido do filme. Toda sua reflexão gira em torno da montagem, considerada o eixo central da estruturação do fazer cinematográfico e de sua teorização.(...)".[9]
O predomínio desta forma de pensar o Cinema não duraria para sempre. Já a partir da década de 1920 se começa a perceber que o Cinema não pode ser pensado apenas através de elementos técnicos.Béla Balázs aponta que David Wark Griffith, com sua revolucionária técnica de montagem fragmentária de cenas, renovou a maneira de se contar histórias ao possibilitar novos direções para o olhar do espectador. Novas tecnologias também contribuíram para a evolução da imagem cinematográfica.
A resposta contra a tradição Normativa amadureceu na segunda metade doséculo XX. Contra o caráter político que a tradição Formativa dava ao Cinema, se passou a argumentar que a realidade apreendida pela tela grande vinha antes de qualquer significado que se quisesse incutir em um filme. Siegfried Kracauer e André Bazin são os grandes nomes desse movimento. Kracauer
"(...)Elabora o conceito de abordagem cinemática, na qual o cineasta tem em sua mente a intenção do registro do real e do registro cinematográfico desse real. O cinema só tende a perder seu caráter específico quando é enquadrado como arte tradicional, pois esta só pode ser pensada a partir da transcendência pela imaginação daquilo que aborda. A realidade está mais explícita a partir do cinema na medida em que expressa os significados do mundo.(...)".[10]
André Bazin, na França, contribuiu para a criação de muitas das tendências teóricas que ainda vigoram.
História da relação entre a História e o Cinema - apontamentos
SeArthur Elton propôs pela primeira vez (em 1950) que o Cinema deveria ser posto no mesmo patamar das outras fontes históricas, foi somente em 1970 comMarc Ferro e seu artigo "O filme, uma contra-análise da sociedade?" que o assunto começou a entrar em discussão no âmbito acadêmico em larga escala. Ferro até mesmo nomeou esta nova frente de pesquisa de "sócio-história cinematográfica".
Quinsani nos explica que Ferro propôs para que se conseguisse ver o conteúdo latente dentro de um filme que
"(...)a ideologia encontra-se na base de sustentação do conteúdo apresentado por um filme. Real e ficção se formam e transitam a partir destas bases. A análise do conteúdo aparente de suas imagens e sua crítica a partir do cruzamento de outras fontes, permite desvelar o conteúdo latente, a zona de realidade não-visível, composta pelos elementos transpostos conscientemente ou inconscientemente pelos realizadores do filme.(...)".[11]
↑QUINSANI, Rafael Hansen (2010).A Revolução em Película: Uma reflexão sobre a relação cinema-história e a Guerra Civil Espanhola. Universidade Federal do Rio Grande do Sul (dissertação de Mestrado): [s.n.] 61. páginas
↑QUINSANI, Rafael Hansen (2010).A Revolução em Película: Uma reflexão sobre a relação Cinema-História e a Guerra Civil Espanhola. Universidade Federal do Rio Grande do Sul: [s.n.] p. 63
↑QUINSANI, Rafael Hansen (2010).A Revolução em Película: Uma reflexão sobre a relação Cinema-História e a Guerra Civil Espanhola. Universidade Federal do Rio Grande do Sul: [s.n.] 69 páginas