
AsIlhas Cook são umarquipélago de quinze ilhas, assim denominadas a partir do início dadécada de 1880, em alusão ao CapitãoJames Cook, que lá esteve em1773 e1777.[1] As Ilhas Cook tornaram-se umprotetoradobritânico em1888.
Em1900, o controle administrativo foi transferido para aNova Zelândia; em1965, os moradores escolheram um autogoverno associado àNova Zelândia.
As quinze ilhas fazem parte de um grupo espalhado por uma vasta área naOceania. A maior parte da ilha possui atol de corais baixos no Norte do Grupo, comRarotonga, uma ilha volcânica no sul desse grupo, como centro do governo e principal administração do país. A principal língua das Ilhas Cook é oMaori Rarotongano. Há outras variações em dialeto em outras ilhas.
As Ilhas Cook foram povoadas noséculo VI por povos daPolinésia, que haviam migrado doTaiti para o sudeste. O aumento demográfico das pequenas ilhas da Polinésia levaram essas migrações oceânicas. Esse teria sido o motivo das migrações, segundo a tradição, e isso teria levado a expedição de Ru, de Tupa'i na Polinésia Francesa, para a região deAitutaki eTangiia, também na Polinésia Francesa, e que teria levado ao povoamento deRarotonga noséculo VIII. Algumas evidências disto é que a velha estrada de Toi, a Arua Metua que corta boa parte de Rarotonga, acredita-se que ela possui em torno de 1200 anos. De forma parecida, se acredita que as ilhas mais ao norte teriam sido povoadas por migrações vindo deSamoa eTonga.[2]
Embarcaçõesespanholas chegaram às ilhas ao final doséculo XVI. O primeiro registro escrito sobre as ilhas refere-se à descoberta dePukapuka pelo marinheiro espanholÁlvaro de Mendaña de Neira, em1595, que a nomeou comoSan Bernardo. Outro espanhol,Pedro Fernandes de Queirós, é autor do primeiro registro de desembarque de uma tripulação nas Ilhas Cook, especificamente emRakahanga, no ano de1606, nomeando-a deGente Hermosa.[3]
O navegador britânico James Cook chegou em1773 e1777. Cook deu às ilhas o nome deIlhas Hervey, mas o nome foi alterado, em memória do navegador, quando da publicação de umacarta de navegaçãorussa, por volta de 1880, pelo AlmiranteAdam Johann von Krusenstern em seuAtlas de l'Ocean Pacifique. Capitão Cook navegou e mapeou grande parte do grupo de ilhas, mas surpreendemente ele nunca havia reparado na maior das ilhas,Rarotonga, e a única ilha em que ele desembarcou foi uma pequena e inabitada, aIlha Palmerston[4]
Em 1813, John Williams, um missionário da Endeavour, teve a primeira visão oficial daIlha Rarotonga[1]. O primeiro registro de desembarque de europeus foi em 1814 em Cumberland; uma briga eclodiu entre os marinheiros e os moradores da ilha e houve muitos mortos de ambos os lados.
As ilhas não tiveram mais visitas europeias até a chegada dos missionário ingleses em 1821. O cristianismo rapidamente foi absorvido pela cultura local e é visto até hoje.
Comerciantes de escravosperuanos, conhecidos comoblackbirders, aterrorizaram as ilhas do norte entre 1862 e 1863. No início, os comerciantes recrutavam trabalhadores, mas com o tempo ele começaram a caçar e raptar vários moradores. AsIlhas Cook não foram as únicas ilhas que receberam essas visitas, mas oAtol Penrhyn teve um grande porto para os comerciantes e estima-se que 3/4 da população local foram levadas paraEl Callao, noPeru.[5]Rakahanga ePukapuka também sofreram grandes perdas.[6]
OReino de Rarotonga se tornou umprotetoradobritânico a pedido da RainhaMakea Takau Ariki em1888, uma tentativa de fugir do expansionismo francês. Depois foram transferidos para a administração daNova Zelândia em1901. Eles se mantiveram como protetorado da Nova Zelândia até1965, quando decidiram ter um governo próprio com associação livre com a Nova Zelândia. O primeiro Primeiro Ministro, Sir Albert Henry do Partido das Ilhas Cook, esteve no poder até 1978, quando foi acusado de manipulação de votos e substituído por Tom Davis, do Partido Democrático.
Atualmente, asIlhas Cook são essencialmente independente (autogestão em associação livre com a Nova Zelândia), mas ainda estão sob a soberania da Nova Zelândia. A Nova Zelândia é responsável pela relações exteriores e defesa das ilhas. As Ilhas Cook são uma das três dependências da Nova Zelândia, ao lado deTokelau eNiue.
Em 11 de Junho de1980, osEstados Unidos da América assinaram um tratado com a Nova Zelândia especificando um limite marítimo entre as Ilhas Cook e aSamoa Americana e também pedia que o mesmo fosse feito com aIlha Penrhyn,Pukapuka,Manihiki eRakahanga.[7] Em 1990 as Ilhas Cook assinaram um tratado com a França, o qual delimitava a fronteira entre as Ilhas Cook e aPolinésia Francesa.
Em 13 de Junho de 2008, uma pequena maioria de membros doClã de Ariki, fez um protesto, clamando pela dissolução das eleições governamentais e querendo tomar o controle da liderança do país. "Basicamente nós estamos dissolvendo a liderança do primeiro ministro e do ministério", explicou o chefe Makea Vakatini Joseph Ariki. Um estudioso das Ilhas Cook sugeriu que os Ariki estavam tentando recuperar o seu prestígio tradicional oumana[8][9] O Primeiro Ministro Jim Marurai descreveu isso como um movimento "infundado e sem bom senso".[10] Em 23 de Junho, a situação aparentava estar normalizada, com os membros do Clã Ariki aceitando retornar aos seus deveres regulares.[11]