Movatterモバイル変換


[0]ホーム

URL:


Ir para o conteúdo
Wikipédia
Busca

História da cidade de São Paulo

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: "História de São Paulo" redireciona para este artigo. Para a história do estado homônimo, vejaHistória do estado de São Paulo.
Parte dasérie sobre
São Paulo
História
Política do café com leite · Revolta de 1924 · Revolução de 1932 · Industrialização
Geografia
Clima · Subdivisões · Região Metropolitana
Estrutura
Bairros nobres · Favelas · Mobilidade · Zoneamento · Plano de Avenidas · Educação · Comunicação
Economia
Turismo
Outros
Cultura · Política

Ahistória da cidade deSão Paulo ocorre paralelamente àhistória do Brasil, ao longo de aproximadamente 471 anos de sua existência, contra os mais de quinhentosanos do país. Todavia tenha sido marcada por uma relativa inexpressividade, seja do ponto de vistapolítico oueconômico, durante os primeiros trêsséculos desde sua fundação,São Paulo destacou-se em diversos momentos como cenário de variados e importantes momentos de ruptura na história do país.

São Paulo surgiu comomissão jesuítica, em25 de janeiro de1554, realizada pelo padresManuel da Nóbrega eJosé de Anchieta, reunindo em seus primeirosterritórioshabitantes de origem tantoeuropeia quantoindígena. Com o tempo, opovoado acabou caracterizando-se como entreposto comercial e de serviços de relativa importância regional. Esta característica decidade comercial e de composição heterogênea vai acompanhar a cidade em toda a sua história, e atingirá o seu ápice após o espetacular crescimento demográfico e econômico advindo dociclo do café e daindustrialização, que elevariam São Paulo ao posto de maior cidade do país.

Período Pré-Colonial

[editar |editar código]

As datações porcarbono-14 mais antigas obtidas até o momento sugerem que os primeiros grupos humanos se estabeleceram no atual estado de São Paulo nos milênios iniciais doHoloceno, há entre 11 e 9 mil anos.[1][2][3] Essa ocupação inicial se deu por populações indígenas nômades que viviam em pequenos acampamentos, possuíam uma economia caçadora que necessitava de uma diversidade deartefatos líticos produzidos pela técnica delascamento, bem como instrumentos confeccionados a partir de matéria prima orgânica (comoosso emadeira). Entre os artefatos líticos produzidos podem ser destacados osraspadores unifaciais de grandes dimensões, bastante utilizados para atividades de descarne de animais, assim comopontas de projéteis epercutores.[4][5] A princípio, como forma de facilitar o entendimento dos processos de ocupação da região, pesquisas arqueológicas voltadas para o contexto do território paulista associaram essas populações a duas tradições arqueológicas distintas:Umbu eHumaitá.[4]

Por sua vez, os registros arqueológicos mais antigos já descobertos no município de São Paulo foram coletados no sítio Morumbi,[6] apresentando uma datação estimada de 5 500 anosAntes do Presente.[7] Encontrado por acaso em1964, no sítio Morumbi foram identificadas mais de 200 000 peças líticas ao longo de quatro etapas de escavações, o que reforçaria a hipótese de que se tratava de uma área para obtenção dematéria-prima para produção de ferramentas de pedra.[8][9][10] Em2002, durante as obras doRodoanel, foi encontrado um outrosítio arqueológico com grande número de fragmentos de pedras lascadas, o qual foi denominado Jaraguá 2.[11]

Os registros arqueológicos referentes às populações horticultoras e ceramistas são logicamente mais recentes em São Paulo e arredores, provavelmente remontando aos primeiros séculos daera cristã.[2] Dominando a agricultura de cultivares ricos em carboidratos como omilho e amandioca, tais grupos apresentavam uma densidade demográfica maior, sendo estes os antepassados das populações falantes de línguas filiadas aos troncosMacro- Jê eTupi.[12][13] Apesar de também produzirem ferramentas a partir de rochas e outros materiais, os vestígios arqueológicos pelos quais são mais conhecidos são as cerâmicas. É o caso dos sítios Jaraguá 1,[14] Jardim Princesa 1,[15] Jardim Princesa 2[16] e Penha,[17] locais onde a cerâmica encontrada foi associada à Tradição Tupiguarani. Outros sítios arqueológicos onde material cerâmico indígena foi encontrado, porém sem associação com tradições arqueológicas conhecidas são: Olaria II,[18] Jaraguá Clube[19] e Paulistão.[20] Há também evidências abundantes da presença de populações ceramistas Jê, geralmente associados pela literatura arqueológica à Tradição Itararé-Taquara.[8][21]

Durante oséculo XIX, diversas pesquisas históricas concluíram, com base em documentos do período colonial, que as terras do Planalto de Piratininga eram habitadas pelosGuaianás (também conhecidos como Guaianazes). Embora hoje saiba-se que estes grupos eram relacionados ao tronco linguístico Macro-Jê, possivelmente ancestrais dos atuaisKaingang, foram frequentemente associados aos povos de língua tupi-guarani pelahistoriografia paulista oitocentista.[22] De acordo com Monteiro:[23]

“...a ‘tradição histórica’ teria se originado comGabriel Soares de Sousa ainda no século XVI, que de forma bastante vaga atribuía aos Guaianá um território que se estendia deAngra dos Reis aCananeia, tradição essa vulgarizada porPedro Taques,Frei Gaspar, Machado de Oliveira,Varnhagen, Azevedo Marques eCouto de Magalhães, entre outros, que confundiam os Guaianá de Soares de Sousa com os Tupi de outras fontes coêvas (Ribeiro, 1908, 183). Nessas alturas, porém,Teodoro Sampaio já havia matado a charada: a partir de um criterioso estudo dos escritores quinhentistas, concluiu o tupinólogo baiano que os Guaianá eram, de fato, um grupo não-tupi mas não eram os principais habitantes das áreas posteriormente colonizados pelos portugueses (Sampaio, 1897 e 1903)”.

Por outro lado, dados e informações arqueológicas e historiográficas dosséculos XVII eXVIII demonstraram que os Guaianá eram bastante numerosos na vila de São Paulo nessa época, visto que eram capturados pelasexpedições bandeirantes para servirem comoescravos nas lavouras.[22] O termo “Guaianá”, contudo, não descreve necessariamente um povo em específico, mas diversas populações não-Guaranis, não sendo um termo usado pelos própriosindígenas. De acordo com os relatos deixados pelosjesuítas noséculo XVI, o chamado planalto de Piratininga era habitado predominantemente por grupostupis quando da chegada dos europeus, sendo frequentemente citados ostupiniquins.[24]

Período colonial

[editar |editar código]

Antecedentes

[editar |editar código]

Em1532,Martim Afonso de Sousa fundou nolitoral de São Paulo a primeira vila brasileira, deSão Vicente. Onde ocorreu o primeiro conflito entre europeus na América Sul, aGuerra de Iguape. Donatário dacapitania de São Vicente, Martim Afonso incentivava a ocupação da região e outras vilas são criadas no litoral (Itanhaém,1532;Santos,1546). Poucos anos depois, vencida a barreira representada pelaserra do Mar, os colonizadores portugueses avançam peloplanalto Paulista, estabelecendo novos povoados. Em1553,João Ramalho, que vivia no planalto desde antes da criação de São Vicente, funda a vila deSanto André da Borda do Campo, situada nocaminho do mar (atual região doABC paulista). Explorador português, João Ramalho era casado com a índiaBartira. Esta, por sua vez, era filha docaciqueTibiriçá, chefe da tribo dos tupiniquins.[25] João Ramalho encontrava-se, dessa forma, apto a exercer a função de intermediário dos interesses portugueses junto aosindígenas.

Fundação

[editar |editar código]
Fundação de São Paulo, 1913. Pintura deAntônio Parreiras.

Interessado em estabelecer um local onde pudessecatequizar os indígenas longe da influência dos homensbrancos,[26] o padreManuel da Nóbrega, superior daCompanhia de Jesus no Brasil, observou que uma região próxima, localizada sobre umplanalto, seria o ponto ideal, então chamado dePiratininga. Em 29 deagosto de1553, padre Nóbrega fez 50catecúmenos entre os nativos, o que fez aumentar a vontade de fundar um colégio jesuíta no Brasil.[27]

Embora a busca da catequese sem a influência do homem branco fosse um objetivo, o que precipitou a mudança para o planalto foi a necessidade de resolver o problema de alimentação dos indígenas que estavam sendo doutrinados, como afirma opadre Anchieta:[28]

Para sustento destes meninos, afarinha de pau era trazida do interior, da distância de 30milhas. Como era muito trabalhoso e difícil por causa da aspereza do caminho, ao nosso Padre (padreManuel da Nóbrega) pareceu melhor no Senhor mudarmo-nos para esta povoação de índios, que se chama Piratininga.

Em janeiro de1554, um grupo dejesuítas, comandado pelo padre Manuel da Nóbrega e auxiliado pelo igualmente jesuítaJosé de Anchieta,[29] chega ao planalto, auxiliado porJoão Ramalho. Com o objetivo de catequizar os indígenas que viviam na região, os jesuítas erguem um barracão detaipa de pilão, em umacolina alta e plana, localizada entre os riosTietê,Anhangabaú eTamanduateí, com a anuência dos chefes indígenas locais, como ocaciqueTibiriçá, que comandava umaaldeia detupiniquins nas proximidades, e o chefe Tamandiba.[30] Em25 de janeiro daquele ano, dia em que se comemora a conversão doapóstolo Paulo, o padreManuel de Paiva celebra a primeiramissa na colina. A celebração marcou o início da instalação dos jesuítas no local, e entrou para a história como o nascimento dacidade de São Paulo. Dois anos depois, os padres erguem umaigreja – a primeira edificação duradoura do povoado. Em seguida, ergueram ocolégio e o pavilhão com os aposentos. Destas construções originais, resta apenas uma parede de taipa, onde hoje encontra-se oPátio do Colégio.

QuadroFundação de São Paulo, produzido em1909 porOscar Pereira da Silva.

Ao redor do colégio, formou-se uma pequena povoação de indígenas convertidos, jesuítas e colonizadores portugueses. Em1560, a população do povoado seria expressivamente ampliada, quando, por ordem deMem de Sá,governador-geral da colônia, os habitantes da vila deSanto André da Borda do Campo são transferidos para os arredores do colégio. Avila de Santo André é extinta, e o povoado é elevado a esta categoria, com o nome de "Vila de São Paulo de Piratininga".[24] Por ato régio, é criada, no mesmo, ano, suaCâmara Municipal, então chamada "Casa do Conselho". É provavelmente nesse mesmo ano de 1560 que é criada a "Confraria da Misericórdia de São Paulo" (atualSanta Casa de Misericórdia).

Em1562, incomodados com a aliança entre tupiniquins eportugueses, ostupinambás, unidos naConfederação dos Tamoios, lançam uma série de ataques contra a vila em 9 de julho,[31] no episódio conhecido comoCerco de Piratininga. A defesa organizada por Tibiriçá e João Ramalho impede que os tupinambás entrem em São Paulo, e os obriga a recuar, em10 de julho do mesmo ano.

Pátio do Colégio, emSão Paulo, fundado porNóbrega,Anchieta,Paiva eBrás em 1554. Fotografia deMilitão Augusto de Azevedo, em 1862. Ponto de origem daexpansão territorial e dacolonização do interior do país, e hoje a maior cidade doHemisfério Sul e aquinta maior cidade do mundo.[32]

Ainda em1590, com a iminência de um novo ataque a cidade novamente se prepara com obras de defesa, e é claro que nesse ambiente cheio de incertezas a prosperidade se torna impossível. Mas na virada do século XVII a situação se acalma e se consolida o povoamento, nas palavras deAlcântara Machado:

Afinal, com o recuo, a submissão e o extermínio do gentio vizinho, mais folgada se torna a condição dos paulistanos e começa o aproveitamento regular do chão. Deste, somente deste, podem os colonos tirar sustento e cabedais [bens materiais]. É nulo, ou quase nulo, ocapital com que iniciam a vida. Entre eles não há representantes das grandes casas peninsulares [famílias do Reino], nem da burguesia dinheirosa. Certo que alguns se aparentam com a pequenanobreza do reino. Mas, se emigram para província tão áspera e distante, é exatamente porque a sorte lhes foi madrasta na terra natal. Outros, a imensa maioria, são homens do campo, mercadores de recursos limitados, artífices aventureiros de toda casta, seduzidos pelas promessas dosdonatários ou pelas possibilidades com que lhes acena o continente novo.[33]

Ocupação da cidade

[editar |editar código]
Planta da cidade de São Paulo no século XIX, vemos os núcleos populacionais mais antigos.

Desde o início, a ocupação das terras da cidade se deu de forma policêntrica, com diversosaldeamentos, principalmentejesuítas mas também de outrasordens eclesiásticas, em torno das quais iniciavam-se as aglomerações. A motivação mais natural para isso, em São Paulo, era o relevo da cidade, com muitos aclives e riachos. A organização urbana, da mesma forma que em toda a colônia, era centrada, administrativa e eclesiasticamente, nasparóquias. Cada paróquia era centrada em uma capela.[34]

A primeira paróquia foi, naturalmente, a Freguesia da Sé, fundada em1589. Conforme os demais núcleos foram crescendo, eles desmembraram-se, com novas capelas ganhando status de paróquia. As paróquias desmembradas do centro foram:[34]

Além dessas, houve diversos aldeamentos mais distantes. Dentre eles, apenas três prosperaram:Pinheiros,Sant'Anna[35] eSão Miguel, ambos fundados porJosé de Anchieta em1560.[34][36] Inaugurada em1580 e posteriormente reconstruída em1622, a capela erigida pelos jesuítas no atual bairro de São Miguel Paulista é considerada a mais antiga do município de São Paulo.[37][38] Vários aldeamentos foram dizimados pelavaríola, dentre os quais podemos citar:Itaquaquecetuba,Mboy,Itapecerica,Barueri,Guarapiranga,Carapicuíba,Ibirapuera eGuarulhos.[34]

São desta época os primeiros caminhos: o que ia ao Campo do Guaré (hoje chamadobairro da Luz) tornou-se a atualrua Florêncio de Abreu. Os outros dois dariam origem às hoje denominadasrua 15 de Novembro erua Direita.

Também noséculo XVI são fundadas novas igrejas: a Matriz, em1588 (primeiro protótipo daSé paulistana), a de Nossa Senhora do Carmo, de1592 (demolida em1928), aIgreja de Santo Antônio (ainda hoje naPraça do Patriarca), e a capela de Nossa Senhora da Assunção, por volta de1600 (que daria origem ao atualMosteiro de São Bento). Um viajante chegando à cidade nas primeiras décadas doséculo XIX veria algo como:

Depois de ultrapassar a Igreja da Penha sobre sua pequena colina, ele descortinaria, ao longe, o sítio inteiro da cidade. Sobreposta sobre outra colina, São Paulo apareceria-lhe dominado pelas torres de suas oito igrejas, seus dois conventos e seus três mosteiros. Era ainda necessário caminhar quase nove quilômetros, atravessar o pequeno aglomerado formado em torno da Igreja do Brás, passar o sítio pantanoso do Carmo, cruzar a ponta lançada sobre o Riacho do Tamanduateí para chegar afinal ao centro urbano.[34]

A base da alimentação nos primeiros tempos era formada pelacanjica, uma das principais influência indígena na culinária colonial, oangu defubá ou de farinha de milho e de mandioca. Convenientemente que esses alimentos não precisavam de sal, que naquela época era raro. A mandioca, que era o principal alimento no início do aldeamento, foi aos poucos sendo superada pelo milho. Otrigo, embora desse bem na região, não foi muito utilizado no início - apenas parahóstias e bolinhos - devido a facilidade de se obter a mandioca e o milho. Apenas nos primeiros anos do século XVII que se iniciou uma produção maior de trigo, com pelo menos cinquenta plantadores de trigo no planalto e diversas licenças da Câmara para os moradores fazerem seus própriosmoinhos.[39]

Além desses alimentos-base, faziam parte da dieta as frutas bravas e selvagens,palmitos e outros alimentos encontrados nas roças ameríndias,[40] bem como muitas frutas europeias comomaçãs,pêssegos,amoras,melões emelancias.[41] A cultura davinha também teve desenvolvimento nos primeiros anos, sendo que se encontrava sempre muito vinho na vila, a não ser quando os comerciantes espertos tentavam oaçambarcamento. Esses vinhos muitas vezes eram utilizados como remédio, servindo de veículos para plantas medicinais. O mesmo se dava com acachaça que era produzida na região.[39]

Os bandeirantes

[editar |editar código]
Estudo da Partida da Monção, 1897. Pintura deAlmeida Júnior.

Noséculo XVII, as atividades econômicas da vila limitavam-se quase que exclusivamente àagricultura de subsistência. A produção e exportação deaçúcar não tinha grande desenvolvimento, embora crescessem outros cultivos nos arredores da vila, como o de trigo, mandioca e milho, além da criação degado. Não obstante, São Paulo permanecia como um núcleo de povoamento pobre e isolado das áreas mais dinâmicas dacolônia. Assim, já nas primeiras décadas do século, os paulistas começaram a organizar as bandeiras – grandes expedições que partiam em direção aos sertões inexplorados da colônia, em busca demão-de-obra indígena, pedras e metais preciosos. Em pouco tempo, osbandeirantes se tornaram os grandes responsáveis pela ampliação dos limites dasfronteiras da colônia, incorporando ao território doBrasil inúmeras áreas que, de acordo com oTratado de Tordesilhas, pertenciam àEspanha.

Os bandeirantes se tornaram figuras centrais na história política de São Paulo no século XVII, e a autoridade local dos exploradores por vezes sobrepujava os interesses daIgreja Católica e da própria coroa portuguesa. Em1640, a forte oposição dos jesuítas à captura e comercialização da mão-de-obra indígena promovida pelos bandeirantes levou a uma série de conflitos entre os dois grupos, que culminariam, em13 de julho daquele ano, com aexpulsão dos jesuítas de São Paulo, medida que teve apoio dos comerciantes da vila. Os jesuítas só obteriam permissão para retornar a São Paulo em1653.[42]

Aclamação de Amador Bueno, 1909. Pintura deOscar Pereira da Silva.

É também na vila de São Paulo que se registra, no mesmo ano de 1640, o primeiromovimento nativista do Brasil, a chamada "Aclamação de Amador Bueno". Com o fim daGuerra da Restauração, em quePortugal restabeleceu sua independência política daEspanha, os moradores de São Paulo, principalmente bandeirantes e comerciantes, temiam ser prejudicados, já que haviam se beneficiado economicamente do tráfico de indígenas na região dorio da Prata durante as décadas em que vigorou aUnião Ibérica. Como forma de protesto, declararam São Paulo reino independente, eAmador Bueno,capitão-mor, proprietário de terras,[43] rico morador da vila e irmão do bandeiranteFrancisco Bueno, é aclamado comorei. Amador Bueno, no entanto, rejeita o título e jura fidelidade à coroa portuguesa, encerrando o levante.[44]

Em um primeiro momento, a concentração da atividade bandeirista em São Paulo fomentou, ainda que de forma tímida, a atividade econômica da vila, que ensaia exercer, pela primeira vez, a posição de entreposto comercial. Alguns bandeirantes, enriquecidos com o comércio de escravos indígenas, faziam benfeitorias na vila.Fernão Dias, eleito juiz ordinário e presidente daCâmara Municipal, por exemplo, doou aosmonges beneditinos os recursos necessários para a reconstrução doMosteiro de São Bento. Outras ordens religiosas se instalariam na cidade no século XVII, como osfranciscanos, que em1647 haviam inaugurado oconvento (demolido em1932, para dar lugar àFaculdade de Direito) e aigreja de São Francisco, nolargo homônimo.

Embora a maior parte das edificações construídas durante o período colonial tenham sido demolidas nos séculos seguintes, algumas das sedes de fazenda erigidas entre os séculos XVII e XVIII ainda podem ser observadas em São Paulo. É o caso dos sítios arqueológicosCasa do Tatuapé,[45]Casa do Itaim,[46]Casa do Bandeirante,[47]Casa do Sertanista,[48]Morrinhos,[49]sítio da Ressaca,[50]Sítio do Capão[51] eCasa do Sítio Mirim,[52] locais convencionalmente chamados decasas bandeiristas. Outros locais onde há vestígios materiais da antiga vila de São Paulo de Piratininga e aldeamentos nas cercanias são os sítios arqueológicos Guaianazes,[53] Pinheiros 2,[54] Santo Amaro 01,[55] Travessa da Sé,[56] Horácio Lafer[57] e Poço Jesuíta.[58]

A corrida pelo ouro

[editar |editar código]
Divisão administrativa do Brasil após aGuerra dos Emboabas.

Estrategicamente localizada defronte os principais caminhos para o interior, e banhada pelorio Tietê (cujo curso natural servia de caminho ao interior da capitania e à atualregião Centro-Oeste), São Paulo converteu-se no principal centro do movimento bandeirante, especialmente a partir da década de 1660. Foi da vila que partiram as históricas expedições deFernão Dias Pais,Antônio Raposo Tavares,Domingos Jorge Velho e deBartolomeu Bueno da Silva, entre outras.

Em1690, os bandeirantes paulistas descobriramouro no "Sertão do Cuieté", atual estado deMinas Gerais. Repetiriam o feito alguns anos mais tarde, emMato Grosso eGoiás. Em fins do século XVI, contudo, a mineração de ouro já ocorria nos arredores doPico do Jaraguá, onde diversas lavras auríferas foram exploradas por colonos comoAfonso Sardinha.[59][60][61][62][63][64] Embora tenham gerado muito menos ganhos quando comparadas às minas encontradas pelos paulistas nos estados de Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás, a busca pelo ouro na então São Paulo de Piratininga provavelmente foi a primeira experiência minerária na América Portuguesa, motivando a criação de umaCasa de Fundição já no primeiro século de colonização.[8][65][66]

Primeiros a explorar e ocupar o território mineiro, os paulistas logo enfrentariam a concorrência de luso-brasileiros de outras regiões da colônia, culminando no conflito denominadoGuerra dos Emboabas. A descoberta paulista despertou pela primeira vez a atenção do reino português sobre a vila, já que São Paulo, a essa altura, não apenas concentrava a partida das expedições, mas também tornara-se o núcleo principal de irradiação das correntes de povoamento que se dirigiam para Minas Gerais e, posteriormente, para o Mato Grosso e Goiás. Como consequência, em1709, São Paulo substitui São Vicente como sede administrativa da capitania (que tem seu nome alterado paraCapitania de São Paulo e Minas de Ouro). Em1711, São Paulo é elevada acidade. Conta nesse ano 9 mil habitantes. Em1745, torna-se sede debispado autônomo, separando-se dadiocese do Rio de Janeiro.

Embora a corrida pelo ouro de Minas tenha enriquecido muitos desbravadores paulistas, o efeito sobre a cidade foi o oposto. O esvaziamento populacional empobreceu São Paulo, que assistiu a um longo período de estagnação em seu crescimento econômico. Com o esgotamento das jazidas mineiras, na segunda metade doséculo XVIII, a situação se agrava, e muitos paulistas retornam aos seus locais de origem. A cidade recebe novo fluxo populacional e tenta reorganizar sua atividade econômica.

O ciclo do açúcar

[editar |editar código]
OMosteiro da Luz, em fotografia de 1867.

O governo paulista passa a desenvolver um plano de fixação de suas populações em áreas exploradas da capitania, e começa a fornecer incentivos à lavoura e à indústria. O plantio dacana-de-açúcar é estimulado nas áreas a sudeste da capital, e grandes fábricas detecelagem efundição são instaladas. Em1792, a abertura daCalçada do Lorena, importante obra de engenharia do período colonial, ligando as cidades de São Paulo e Santos, forneceria condições adequadas para o transporte de açúcar e de outros gêneros alimentícios produzidos nointerior da capitania. São Paulo é beneficiada por sua posição geográfica estratégica, como encruzilhada natural das vias de circulação entre o interior e o litoral da colônia. Afirma então seu papel de centro comercial, através do qual se fazia o escoamento da produção, rumo aoporto de Santos.

De forma ainda intermitente, São Paulo começa a prosperar, e novas edificações são erguidas. Em1750, com a expulsão dos jesuítas do Brasil, dessa vez por determinação domarquês de Pombal, os bens da ordem são confiscados. Aigreja dos jesuítas, reconstruída no início do século XVIII, é transformada em sede da administração da capitania (agora, já separada de Minas Gerais e renomeadaCapitania de São Paulo). Em 1765, é fundada a Casa de Ópera do Pátio do Colégio, primeiro teatro da cidade, e em1775 é inaugurado oCemitério dos Aflitos, primeiranecrópole paulistana, destinada ao enterro de pobres, escravos e condenados à forca.[67] Também do século XVIII são oMosteiro da Luz[68] (recolhimento de religiosas construído em taipa de pilão, a partir do projeto deFrei Galvão, de1774) e a Igreja das Chagas do Seráfico Pai São Francisco (1787), entre outros. Em1798, a cidade inaugura seuJardim Botânico (atualJardim da Luz).[69] Ainda no fim do século XVIII, por iniciativa do marechalJosé Arouche de Toledo Rendon, os limites urbanos da cidade são expandidos, com a abertura darua São João e da ponte do Marechal, sobre o rio Anhangabaú. Começa a ser formado o Campo do Curro, atualPraça da República.

Período imperial

[editar |editar código]

O primeiro reinado e a Faculdade de Direito

[editar |editar código]
Independência ou Morte!, 1888. Pintura dePedro Américo.

Durante a maior parte de todo oséculo XIX, São Paulo preservaria as características de uma cidade provinciana, mas vê crescerem suas possibilidades de desenvolvimento após a transferência daFamília Real Portuguesa para oRio de Janeiro. Aabertura dos portos às nações amigas, decretada porDom João VI em1808, dá novo alento à economia do litoral paulista, ao passo que interior da capitania continua a registrar relativa prosperidade com a plantação da cana-de-açúcar. A capital, situada em meio à rota obrigatória para o escoamento da produção do açúcar, assiste ao desenvolvimento do comércio.

Palácio doGoverno de São Paulo em 1827 (atualPátio do Colégio), porJean-Baptiste Debret.

Cresce a importância política da capitania (que se tornaprovíncia em1821), e a cidade de São Paulo serve de palco para acontecimentos de grande importância nahistória do país. Entre os mais destacados nomes da campanha pela independência brasileira figurou um paulista,José Bonifácio de Andrada e Silva. E foi na capital paulista, à margens doriacho do Ipiranga, queDom Pedro I proclamou aindependência do Brasil. Também vivia na cidade a mais célebre amante do imperador, amarquesa de Santos. Construído em fins do século XVIII, o Solar da Marquesa de Santos foi tombado em1971 peloCONDEPHAAT enquanto parte do patrimônio histórico do estado de São Paulo.[70][71]

Após a independência, São Paulo recebeu o título de "Imperial Cidade", outorgado por D. Pedro I em1823. Em1825, é criada aBiblioteca Pública Oficial de São Paulo, a primeira da província. Em1827, é lançado o primeiroperiódico da cidade,O Farol Paulistano. Em1828, é inaugurada aFaculdade de Direito do Largo São Francisco. Trata-se da mais antiga instituição deensino jurídico do país, ao lado daFaculdade de Direito de Olinda, ambas instituídas por decreto imperial de 1827. Após a instalação da faculdade, a cidade recebe o título de "Imperial Cidade e Burgo dos Estudantes de São Paulo de Piratininga". O consequente afluxo de mestres e estudantes ocasiona uma radical mudança no cotidiano da cidade. Além de demandar a construção de hotéis, restaurantes e núcleos artísticos, a aglomeração deacadêmicos enriquece a vida cultural paulistana. Ao longo da história, afaculdade (incorporada àUSP em1934) formou parte considerável da elite intelectual e política brasileira, e seu edifício (instalado no local do antigo convento de São Francisco) foi palco de atos e manifestações públicas relacionadas a inúmeros fatos davida política do país.

A Faculdade de Direito, instalada no antigo Convento de São Francisco.

Em1830, o jornalistaLibero Badaró, escritor doliberalObservador Constitucional (segundo periódico mais antigo da cidade, fundado em 1828), escreve artigo comentando sobre aRevolução de 1830, naFrança, que levou à deposição deCarlos X, em que exortava os brasileiros a seguirem o exemplo dos franceses. Logo em seguida, estudantes da Faculdade de Direito realizam manifestações públicas de apoio às ideiasrepublicanas expressas no artigo do jornalista, e são ameaçados legalmente. O Observador Constitucional abre campanha em favor dos estudantes, e os ânimos se exaltam. Em20 de novembro deste mesmo ano, Líbero Badaró é assassinado em uma emboscada. A repercussão na cidade foi imediata: cinco mil pessoas comparecem ao enterro, e o clamor por justiça leva à prisão doouvidor Cândido Japiaçu, acusado de envolvimento no assassinato. A consequência principal do episódio é o reforço ao desgaste político de Dom Pedro I, que por esta e por outras razões, renuncia ao trono no ano seguinte.

O segundo reinado e o ciclo do café

[editar |editar código]
São Paulo em1821.Aquarela deArnaud Julien Pallière, representando aVárzea do Carmo.
Ver também:Ciclo do café

Desde as primeiras décadas do século XIX, a queda dos preços do açúcar nos mercados internacionais havia motivado ocultivo do café no Brasil. Vindo doRio de Janeiro, o café começou a ser extensivamente cultivado em São Paulo, sobretudo na região doVale do Paraíba. Em1850, o café já era o principal produtoexportado por São Paulo. Do Vale do Paraíba, os cafezais se espalharam pelasterras roxas do oeste paulista, antes ocupadas com a cana-de-açúcar (Rio Claro,Campinas eJaú), enriquecendo a província.[72] A partir doreinado de D. Pedro II, a cidade ganha novo impulso com o desenvolvimento da economia cafeeira: os setores decomércio e deserviços aumentam consideravelmente e observa-se a formação de uma expressivaburguesia.

Muitosfazendeiros prosperam, com lucros provenientes da utilização do trabalho assalariado e do emprego demão-de-obraimigrante. A abundância de recursos financeiros propicia a realização de grandes investimentos, a maior parte custeada pelainiciativa privada. São abertas váriasferrovias, interligando a cidade de São Paulo às principais áreas produtoras da província e aoporto de Santos: a primeira é aSão Paulo Railway, inaugurada em1867, à qual se segue aEstrada de Ferro Sorocabana, entregue em1870. Ao mesmo tempo, em áreas mais distantes do centro da cidade, as quais posteriormente seriam alcançados pela vertiginosa expansão urbana doséculo XX, um modo de vida rural ainda predominava, com diversas fazendas distribuídas por esse território.[73][74][75][76][77][78]

No primeirocenso nacional, realizado em1872, São Paulo contabilizava 31 385 habitantes. A cidade ganha casas exportadoras e váriosbancos definanciamento. Sua fisionomia começa a mudar: o casario baixo e acanhado começa a ceder lugar a edificações maiores e tipicamente urbanas. Com vistas a garantir a salubridade, é inaugurado, em1858, oCemitério da Consolação, o mais antigo em funcionamento da cidade. Em1865, é fundado oTeatro São José. Em 1872, são instalados os serviços deabastecimento de água,esgoto eiluminação a gás, e é criado osistema de transporte combondes detração animal. Em1884, começam a funcionar as primeiras linhas telefônicas. Para suprir as necessidades educacionais da crescente elite paulistana e minorar os problemas provenientes da falta de habilitação técnica, a iniciativa privada inaugura as primeiras instituições de ensino (Instituto Presbiteriano Mackenzie, em 1870;Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, em1873;Escola Alemã, em1878).

AEstação da Luz em1900: símbolo da prosperidade trazida pelocafé.

Após adécada de 1880, o café teve nova valorização internacional. Os fazendeiros paulistas, entretanto, tinham de lidar com o problema da escassez de trabalhadores. Após a promulgação daLei Eusébio de Queirós e a consequente abolição dotráfico negreiro, ocorrida em 1850, os negros escravizados tornaram-se escassos e cada vez mais caros. Para substituí-los, começaram a chegar os imigrantes, sobretudoitalianos. Um número significativo desses imigrantes fixou-se na própria capital, empregando-se nas primeiras indústrias que se instalavam nos bairros doBrás e daMooca, a partir de investimentos provenientes dos lucros obtidos pelos empresários do setor cafeicultor. Em1882, é fundada aHospedaria dos Imigrantes, a princípio noBom Retiro (1882) e posteriormente na Mooca (1885).

Vale do Anhangabaú na década de 1920.Arquivo Nacional.

A riqueza proveniente dos cafezais e de umaindústria ainda incipiente sustentou a liderança paulista no movimento republicano. Em 1873, realiza-se emItu aprimeira convenção republicana do Brasil, e é criado oPartido Republicano Paulista (PRP), que utilizará o periódicoCorreio Paulistano como veículo oficial. Com a extinção da escravidão após a promulgação daLei Áurea, em1888, os fazendeiros paulistas exigem indenização pela perda de propriedade. Sem conseguir, aderem aomovimento republicano como forma de pressão. O império perde sua última base de sustentação (crises políticas e econômicas iniciadas ou agravadas após aGuerra do Paraguai já haviam afastado a igreja e os militares da base de apoio da monarquia) e arepública é proclamada no Rio de Janeiro, a15 de novembro de1889.

República Velha

[editar |editar código]
Guilherme Gaensly.Rua Libero Badaró, sentido Praça do Patriarca,c.1920.Instituto Moreira Salles,São Paulo.

Com o fim doSegundo Reinado que a cidade de São Paulo, assim como o estado deSão Paulo, tira grande proveito da situação e tem crescimento econômico e populacional fabulosos, fruto dapolítica do café com leite e de mudanças estruturais dofederalismo no Brasil pelo estado de São Paulo, com a ajuda deMinas Gerais. Em 1890, a cidade contava com cerca de 65 000 habitantes, contingente populacional que chegou a 240 000 no ano de 1900.[79]

O auge do período do café é representado pela construção da segundaEstação da Luz (edifício que hoje recebe tal denominação) no fim doséculo XIX. Neste período, o centro financeiro da cidade desloca-se de seu centro histórico (região chamada de "Triângulo Histórico") para áreas mais a Oeste. Ovale do rio Anhangabaú é ajardinado e a região do outro lado do rio passa a ser conhecida comoCentro Novo. Os melhoramentos realizados na cidade pelos administradoresJoão Teodoro Xavier eAntônio da Silva Prado contribuem para o clima de desenvolvimento: estudiosos consideram que a cidade inteira foi demolida e reconstruída. O processo de urbanização paulistano da virada do século XIX para o XX é reflexo direto desse contexto, aglutinando antigos aldeamentos (como o atualdistrito de Pinheiros) anteriormente distantes do centro original de São Paulo.

Neste período a cidade passa a ser chamada, por estes estudiosos como a "cidade da alvenaria", visto que o sistema construtivo adotado passa a ser aalvenaria, especialmente aquela importada da Europa. Tal mudança altera profundamente a paisagem da cidade: seus habitantes consideram os estilos arquitetônicos do período colonial como "antiquados" e "provincianos" e passam a adotar o ecletismo possibilitado pela alvenaria. O atual edifício daPinacoteca do Estado (construído em1900 para sediar oLiceu de Artes e Ofícios de São Paulo) é exemplar deste período da cidade. Essas profundas mudanças na sociedade paulistana também se manifestaram nos costumes e práticas domésticas, tornando-se mais comum o uso de louças finas pelas famílias paulistanas de classe média, bem como pelo surgimento de edificações residenciais de alvenaria.[80][81][82][83][84][85][86][87][88]

Século XX

[editar |editar código]
Mapa da cidade em1924.

Com o crescimento industrial da cidade, no século XIX e XX, a sua área urbanizada passou a aumentar em ritmos acelerados, sendo que alguns bairros residenciais foram construídos em lugares de chácaras. O grande surto industrial se deu durante aSegunda Guerra Mundial, devido à crise nacafeicultura e às restrições ao comércio internacional, o que fez a cidade ter uma taxa de crescimento muito elevada até os dias atuais. Uma das indústrias de maior destaque nesse período é o conglomerado conhecido comoIndústrias Reunidas Fábrica Matarazzo, a qual tinha seu parque industrial de cerca de 100 000 metros quadrados localizado no bairro daÁgua Branca, o qual funcionou entre as décadas de1920 e1980.

O fim daRepública Velha, assim como as seguidas crises econômicas que abalaram o café enquantocommodity na primeira metade do século XX, representam um marco político não só nacional, mas também da própria cidade de São Paulo. Nesse período, movimentos como aGreve Geral de 1917 e aRevolta Paulista de 1924 simbolizam a dimensão das manifestações populares que já ocorriam em São Paulo, bem como a disposição do governo federal em reprimir de forma veemente tais insurreições, ainda que à custa de parte da infraestrutura urbana paulistana.[89]

Revolta paulista de 1924

[editar |editar código]
Ver artigo principal:Revolução de 1924 e Bombardeio de São Paulo em 1924

Em 1924, durante a presidência estadual deCarlos de Campos, ocorre em São Paulo, tanto na capital quanto no interior, aRevolução de 1924, que obriga Carlos de Campos a se retirar da capital. Acontecem destruições edepredações e bombardeiro. A capital paulista foi palco do maior conflito urbano da história do Brasil, em cenas que lembravam aPrimeira Guerra Mundial, com explosões de bombas, moradias e prédios destruídos, bombardeios por aviões, soldados com metralhadoras, população fugindo pelas ruas, tanques de guerra cruzando a cidade e trincheiras abertas nas ruas.[90] Os rebeldes são derrotados e rumam para o sul do Brasil.[91]

Revolução Constitucionalista de 1932

[editar |editar código]
Ver artigo principal:Revolução Constitucionalista de 1932

Por conseguinte, a chamadaRevolução Constitucionalista de 1932 representa um choque mais amplo de interesses políticos, no qual parte da elite paulista e paulistana contestou a perda do poder político em escala nacional após a deposição deWashington Luís.[92] Apesar da derrota paulista, um fato revelador da manutenção do prestígio político e econômico da elite paulistana foi a criação da Universidade de São Paulo em 1934, originalmente criada com a função de fornecer instrução de excelência para essa mesma elite, recebendo diversos professores estrangeiros de grande prestígio em seus anos iniciais.[93]

Segunda metade do Século XX

[editar |editar código]
Ver também:Obelisco de São Paulo,Museu de Arte de São Paulo,Marginal Pinheiros, eMarginal Tietê
São Paulo nos anos 1950

Em 1953, ocorre aprimeira eleição direta para a prefeitura da cidade, sendo eleito o candidatoJânio Quadros com cerca de dois terços de votos.[94] Em sua primeira gestão, que durou até 1955, São Paulo completou quatrocentos anos de fundação, em 25 de janeiro de 1954. Neste dia, foi inaugurada a atualCatedral da Sé, dedicada somente em 5 de setembro seguinte.[95] Em 21 de agosto daquele ano, são inaugurados oParque Ibirapuera e oMonumento às Bandeiras.[96] Em 9 de julho de 1955, é inaugurado oObelisco de São Paulo, como parte das comemorações dos 23 anos da Revolução de 1932, embora o monumento só tenha sido concluído em 1970.[97]

Segundo o censo realizado em1960, a cidade de São Paulo contava com uma população de 3 825 350 habitantes. Nessa época, o município já era considerado o mais populoso do Brasil, também concentrando a maior parte da produção industrial e atividade econômica do país.[79] Esse crescimento acelerado na primeira metade do século XX se deveu não só a imigração estrangeira, mas também à chegada de brasileiros de diversas regiões, em sua maioria atraídos pela demanda de mão-de-obra das indústrias localizadas em São Paulo.[98] Nas palavras do geógrafoPasquale Petrone, o qual escreveu em1951 justamente sobre a rápida modificação urbana pela qual São Paulo esteve submetida no século XX:

No que se refere à construção de prédios, parece não existir nenhuma cidade que a iguale: não há rua que não ofereça um telhado novo, raras são as que não assistem à construção de um prédio. Prédios residenciais, finos ou modestos, palacetes ou bangalôs estandartizados, arranha-céus, de 8 a 10 andares e gigantes de mais de 25 andares, com sua estrutura de cimento armado. Enquanto emNova York constrói-se, a cada ano, uma casa para cada grupo de 423 habitantes, emBuenos Aires para 134, em São Paulo registra-se a média de 102. Nos últimos anos, o aumento médio anual de prédios foi mais de 18 000, embora já se tenha registrado um total de mais de 24 000 por ano. Pode-se afirmar, sem receio de errar, que se constrói em São Paulo uma casa em cada 20 minutos!"[99]

Com a instauração doregime militar no Brasil em 1964, Prestes Maia é mantido no cargo de prefeito, administrando a cidade até 7 de abril de 1965, poucos dias antes de sua morte. Em 8 de abril, assume a prefeituraJosé Vicente Faria Lima, que governou São Paulo até 1969, ano em que foi editado oAto Institucional n° 3, que acabou com as eleições diretas para prefeito, fazendo com que São Paulo passasse a ter seus prefeitos nomeados pelo governador do estado. Foram elesPaulo Maluf (1969-1971),Figueiredo Ferraz (1971-1973),Miguel Colasuonno (1973-1975),Olavo Setúbal (1977-1979),Reinaldo de Barros (1979-1982),Antônio Salim Curiati (1982-1983) eMário Covas (1983-1985).[100]

Passeata no centro de São Paulo, em 16 de abril de 1984, que reuniu cerca de 1,5 milhão de pessoas[101]

Em 27 de novembro de 1983, São Paulo foi palco pela primeira vez dasDiretas Já, um movimento que reuniu milhares de pessoas em frente aoestádio do Pacaembu e que reivindicava a volta das eleições diretas para Presidente da República.[102][103] Em 25 de janeiro de 1984, na Praça da Sé, a cidade foi pela segunda vez palco do movimento[103][104] e pela terceira vez em 16 de abril seguinte, em uma passeata desde a Praça da Sé até oVale do Anhangabaú.[101]

Por força da emenda constitucional 25, de maio de 1985, os municípios voltaram a eleger seus prefeitos diretamente. Sendo assim, em 15 de novembro de 1985, São Paulo realizou aprimeira eleição direta desde 1969, sendo eleito o candidato Jânio Quadros, ex-prefeito da cidade, ex-governador do estado de São Paulo e ex-presidente da República.[105][106] Nas eleições de 1988, São Paulo elegeu a primeira mulher prefeita,Luiza Erundina, à frente do executivo municipal até 1992.[107]

Parque da Independência, inaugurado em 1989 como parte nas comemorações dos 167 anos daindependência do Brasil

Em 7 de setembro de 1989 é inaugurado oParque da Independência.[108] De 1993 a 1997, o ex-prefeito Paulo Maluf administrou a cidade pela segunda vez, sendo sucedido porCelso Pitta (1997-2000),Marta Suplicy (2001-2004) eJosé Serra (2005-2006), que renunciou um ano e meio depois para se candidatar aogoverno do estado de São Paulo, obtendo êxito. Seu viceGilberto Kassab, assume o executivo e foi reeleito em 2008, conduzindo a prefeitura até 2012.[106]

Kassab foi sucedido porFernando Haddad (2013-2016)[106] e este porJoão Doria (2017-2018), o primeiro prefeito de São Paulo a ser eleito em primeiro turno desde a instituição dareeleição, em 1997.[109] Doria renunciou em 2018 para se candidatar a governador, assumindo em seu lugarBruno Covas (2019-2021), reeleito como titular em 2020 e sendo empossado em janeiro de 2021.[110][111] Seu segundo mandato, no entanto, durou pouco mais de quatro meses, vindo a óbito em 16 de maio de 2021, vítima de umcâncer.[112]Ricardo Nunes, seu vice, assumiu o comando do executivo,[113] sendo reeleito em 2024.[114]

Todo ano a metrópole prepara uma programação especial e diversificada para celebrar a data de sua fundação. São programadas várias atividades para a festa de aniversário paulistana, como shows, oficinas, circo, teatro e outros eventos para relembrar e festejar a fundação do munícipio.[115]

Ver também

[editar |editar código]

Referências

  1. Cheliz, Pedro; Sousa, João Carlos; Mingatos, Gabriela; Okumura, Mercedes; Araújo, Astolfo (2020).«A Ocupação Humana Antiga (11 – 7 mil anos a.p.) do Planalto Meridional Brasileiro: caracterização geomorfológica, geológica, paleoambiental e tecnológica de sítios arqueológicos relacionados a três distintas indústrias líticas». Universidade Federal de Pernambuco.Revista Brasileira de Geografia Física.13 (6): 2553–2585. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  2. abMoraes Wichers, Camila (2010).Mosaico Paulista: guia do patrimônio arqueológico do estado de São Paulo. São Paulo: Zanettini Arqueologia.ISBN 9788563868008 
  3. Araújo, Astolfo; Sousa, João Carlos; Correa, Letícia; Feathers, James; Okumura, Mercedes (2021).«The Rise and Fall of Alice Boer: A Reassessment of a Purported Pre-Clovis Site. PaleoAmerica, v. 7, n. 2, p. 99–113, 2021». Taylor and Francis Online.PaleoAmerica.7 (2): 99-113. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  4. abProus, André (2006).O Brasil antes dos brasileiros: A pré-história do nosso país. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor.ISBN 8571109206 
  5. Lopes, Reinaldo José (2017).1499: O Brasil antes de Cabral. São Paulo: Harper Collins.ISBN 8595080321 
  6. «Sítio Morumbi».Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. 1997. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  7. Robrahn-González, Erika; De Blasis, Paulo; Zanettini, Paulo (2002).Relatório Final de Resgate Arqueológico do Sítio Morumbi. São Paulo: Documento Arqueologia. p. 78 
  8. abcAbreu e Souza, Rafael (2013).«Arqueologia na Terra da Garoa: leituras arqueológicas da Grande São Paulo». Instituto Panamericano de Geografia e História.Revista de Arqueologia Americana (31): 289-325. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  9. Matrangolo, Adriana (2019). «Áreas de Interesse para pesquisa arqueológica no entorno do sítio lítico do Morumbi». In: Porto, Vagner.Arqueologia Hoje: tendências e debates. São Paulo: Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo. pp. 15–31.ISBN 9788560984633 
  10. Tasca, Paulo (8 de janeiro de 2021).«Primeiríssimos paulistanos eram do Morumby».Via Maris. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  11. «Sítio Jaraguá 2».Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. 2001. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  12. Nimuendajú, Curt (2017).«Mapa Etno-histórico do Brasil e Regiões Adjacentes».Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  13. Noelli, Francisco (2000).«A ocupação humana na Região Sul do Brasil: arqueologia, debates e perspectivas, 1872-2000». Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.Revista USP, Dossiê Antes de Cabral: Arqueologia Brasileira.II (44): 218-269. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  14. «Sítio Jaraguá 1».Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. 2002. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  15. «Sítio Jardim Princesa 1».Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. 2004. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  16. «Sítio Jardim Princesa 2».Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. 2004. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  17. «Sítio Penha».Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. 2005. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  18. «Sítio Olaria II».Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. 2002. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  19. «Sítio Jaraguá Clube».Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. 2002. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  20. «Sítio Paulistão».Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. 2007. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  21. Afonso, Marisa (2016).«Arqueologia Jê no Estado de São Paulo». Universidade de São Paulo.Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia (27): 30–43. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  22. abPrezia, Benedito Antonio (1998).«Os Guaianá de São Paulo: uma contribuição ao debate». Universidade de São Paulo.Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia (8): 155-177. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  23. Monteiro, John (2001).Tupis, Tapuias e os historiadores: Estudos de História Indígena e do Indigenismo (Tese de Livre Docência em Etnologia). Campinas: Instituto de Filosofia e Ciência Humanas da Universidade Estadual de Campinas. p. 182 
  24. abMonteiro, John (2022).Negros da Terra: índios e bandeirantes na origem de São Paulo. São Paulo: Companhia das Letras.ISBN 9788535933000 
  25. BUENO, E.Capitães do Brasil: a saga dos primeiros colonizadores.Rio de Janeiro. Objetiva. 1999. p. 61.
  26. VASCONCELOS, Simão de, padre.Crônica da Companhia de Jesus. Citado em Teodoro Sampaio, pág. 233.
  27. KEHL, Luiz Augusto.Simbolismo e Doutrina na Fundação de São Paulo. in:BUENO, Eduardo (org.).Os Nascimentos de São Paulo. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004. pág. 93-93.
  28. ANCHIETA, Padre José de (1534-1597) (2004).Carta do quadrimestre de maio a setembro de 1554, dirigida por Anchieta ao Santo Ignácio de Loyola, Roma. (Certidão de Nascimento de São Paulo). p. 140-158. In: Minhas Cartas por José de Anchieta. 158 p. São Paulo, Associação Comercial de São Paulo. Os textos das cartas de Anchieta e as notas de rodapé foram extraídas do livro "Cartas, correspondência ativa e passiva" do padre Hélio Abranches Viotti, S. J., Edições Loyola, SP, 1984.
  29. «AUTOBIOBIBLIOGRAFIA - Manoel Rodrigues Ferreira».www.ebooksbrasil.org. Consultado em 20 de novembro de 2022 
  30. NAVARRO, E. A.Dicionário de Tupi Antigo: a Língua Indígena Clássica do Brasil. São Paulo. Global. 2013. p. 515.
  31. ANCHIETA, José de.Minhas Cartas. São Paulo: Editora Melhoramentos, pág. 93.
  32. «Estas são as 10 cidades mais povoadas do mundo em 2023».www.nationalgeographic.pt. 27 de junho de 2023. Consultado em 20 de agosto de 2023 
  33. Machado, José de Alcântara. Vida e Morte do Bandeirante. São Paulo: Imprensa Oficial, 2006. Página 40.
  34. abcdeMarcildo, Maria Luisa (1973).A Cidade de São Paulo: povoamento e população, 1750-1850. São Paulo: Pioneira 
  35. «Santana: Bairro Antigo». Veja São Paulo. Sem data. Consultado em 6 de junho de 2025 Verifique data em:|data= (ajuda)
  36. «Notícias - Subprefeitura Santana-Tucuruvi». Prefeitura de São Paulo. Sem data. Consultado em 6 de junho de 2025 Verifique data em:|data= (ajuda)
  37. «Capela de São Miguel».Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. 2007. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  38. Lucena, Caio Cardoso; Barros, Cida; Soster, Sandra Schmitt.«Igreja de São Miguel Paulista».iPatrimônio. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  39. abSilva Bruno, Ernani (1954).História e Tradições da Cidade de São Paulo Segunda ed. São Paulo: José Olimpio. p. 260-261 
  40. de Abreu, Capistrano.Capitulos da Historia Colonial. [S.l.: s.n.] 
  41. de Vasconcelos, Simão.Cronica da Companhia de Jesus do estado do Brasil. [S.l.: s.n.] 
  42. Silva, Maria; Bacellar, Carlos; Goldschimidt, Eliana Réa; Neves, Lúcia Maria (2009).História de São Paulo Colonial. São Paulo: Editora UNESP.ISBN 8571398674 
  43. Archivo de Estado de São Paulo (1921).Sesmarias 1602-1642. São Paulo: Typographia Piratininga. p. 145 
  44. Taunay, Affonso de Escragnole (2004).História da Cidade de São Paulo(PDF). Brasília: Senado Federal. pp. 49–51 
  45. «Casa do Tatuapé».Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. 1980. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  46. «Casa Bandeirista do Itaim».Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. 1988. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  47. «Casa do Bandeirante».Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. 2008. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  48. «Casa do Sertanista».Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. 2008. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  49. «Morrinhos».Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. 1980. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  50. «Sítio da Ressaca».Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. 1979. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  51. «Sítio Capão».Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. 2003. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  52. «Sítio Mirim».Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. 1980. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  53. «Guaianazes».Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. 2014. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  54. «Pinheiros 2».Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. 2010. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  55. «Santo Amaro 01».Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. 2013. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  56. «Travessa da Sé».Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. 2022. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  57. «Horácio Lafer».Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. 2011. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  58. «Poço Jesuíta».Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. 2021. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  59. «Lavras de Afonso Sardinha».Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. 2002. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  60. «Cavas de Mineração 1».Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  61. «Cavas de Mineração 2».Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  62. «Cavas de Mineração 3».Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  63. «Cavas de Mineração 4».Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  64. «Complexo Arqueológico Morro do Corvo».Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão. 2003. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  65. VIlardaga, José Carlos (2013).«As controvertidas minas de São Paulo (1550-1650)». Universidade Federal de Minas Gerais.Varia Historia.29 (51): 795–815. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  66. Juliani, Caetano; Beljavskis, Paulo; Juliani, Lúcia; Garda, Gianna Maria (1995).«Mineralizações de ouro de Guarulhos e os métodos de sua lavra no período colonial». Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo.Geologia: Ciência-Técnica (13): 8–25. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  67. «Cemitério dos Aflitos».Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. 2020. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  68. «Mosteiro da Luz».Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. 2008. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  69. «Jardim da Luz».Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. 2000. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  70. «Solar da Marquesa de Santos».Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  71. Lucena, Caio Cardoso; Barros, Cida; Soster, Sandra Schmitt.«Solar da Marquesa de Santos».iPatrimônio. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  72. Martins, Ana Luiza (2008).História do Café. São Paulo: Editora Contexto.ISBN 8572443770 
  73. «Sítio Arqueológico Casarão da Fazendinha».Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  74. «Sítio Bananal 01».Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. 2014. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  75. «Sítio Fazenda Santa Maria 01».Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. 2014. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  76. «Sítio Botuquara 01».Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. 2014. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  77. «Casa do Grito».Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. 1981. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  78. «Sítio do Periquito».Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. 2021. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  79. abEnciclopédia Barsa. São Paulo. Rio de Janeiro: Encyclopædia Britannica Editores Ltda. 1964. pp. 353–356 
  80. «Pinheiros 1».Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. 2014. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  81. «Faria Lima 3500».Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. 2011. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  82. «Eusébio Matoso 1».Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. 2015. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  83. «Alto da Boa Vista».Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. 2012. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  84. «Nova Luz».Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. 2013. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  85. «Sítio Petybon».Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. 2003. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  86. «Casa n° 01 – Pátio do Colégio».Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. 1980. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  87. «Sítio Vila Tolstoi».Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. 2014. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  88. «Sítio Waldemar Ferreira».Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. 2007. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  89. Neves, Cylaine Maria (2007).A vila de São Paulo de Piratininga: fundação e representação. São Paulo: Annablume.ISBN 8574197793 
  90. Cohen, Ilka Stern (2007).Bombas sobre São Paulo: a Revolução de 1924. [S.l.]: UNESP 
  91. Garschagen 1998, pp. 130-131.
  92. Del Priore, Mary; Venâncio, Renato (2001).O Livro de Ouro da História do Brasil. Rio de Janeiro: Ediouro.ISBN 8500008067 
  93. Morosini, Marília Costa (2011).A universidade no Brasil: concepções e modelos. Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) 
  94. «Eleição direta voltou em 53, e Jânio venceu». 31 de outubro de 2004. Consultado em 6 de junho de 2025 
  95. «No coração de São Paulo, Catedral da Sé celebra 71 anos». 25 de janeiro de 2024. Consultado em 6 de junho de 2025 
  96. «Monumento às Bandeiras». Consultado em 6 de junho de 2025 
  97. «Obelisco de São Paulo é atração turística na capital paulista». 2 de maio de 2018. Consultado em 6 de junho de 2025 
  98. «Cidades. História & Fotos. São Paulo».Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. IBGE. 2017. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  99. Petrone, Pasquale (1955).«A cidade de São Paulo no século XX». Universidade de São Paulo.Revista de História.10 (21-22): 167. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  100. «Conheça os prefeitos de SP nomeados durante a ditadura militar». 1 de outubro de 2024. Consultado em 6 de junho de 2025 
  101. abGualberto, Gabriela (16 de abril de 2020).«16/04/84: Vale do Anhangabaú virou mar de gente». Consultado em 6 de junho de 2025 
  102. «Primeiro comício unificado da campanha Diretas Já completa 40 anos». 24 de novembro de 2023. Consultado em 6 de junho de 2025 
  103. ab«Comício das Diretas Já! no Anhangabaú em São Paulo completa 40 anos».Agência Brasil. 16 de abril de 2024. Consultado em 6 de junho de 2025 
  104. «Há 40 anos, comício em SP mostrava a força das Diretas Já…».UOL. 25 de janeiro de 2024. Consultado em 6 de junho de 2025 
  105. «Capitais voltam a eleger prefeitos». Consultado em 6 de junho de 2025 
  106. abc«Prefeitos da cidade de São Paulo»(PDF).Cópia arquivada(PDF) em 15 de novembro de 2024 
  107. «Erundina foi a primeira mulher a governar a cidade de SP». 15 de setembro de 2024. Consultado em 6 de junho de 2025.Cópia arquivada em 6 de janeiro de 2025 
  108. «Feriado 7 de setembro: museus que contam a história da Independência do Brasil».CNN Brasil. 16 de agosto de 2021. Consultado em 6 de junho de 2025 
  109. «João Doria, do PSDB, é eleito prefeito de São Paulo». 2 de outubro de 2016. Consultado em 6 de junho de 2025 
  110. Albuquerque, Flávia (1 de janeiro de 2021).«Bruno Covas toma posse na prefeitura de São Paulo». Consultado em 6 de junho de 2025 
  111. Venaglia, Guilherme (1 de janeiro de 2021).«Bruno Covas assume segundo mandato em São Paulo com maioria na Câmara». Consultado em 6 de junho de 2025 
  112. «Morre Bruno Covas, mais jovem prefeito de São Paulo, vítima de câncer». 16 de maio de 2021. Consultado em 6 de junho de 2025 
  113. Maciel, Camila (16 de maio de 2021).«Ricardo Nunes assume definitivamente prefeitura de São Paulo». Consultado em 6 de junho de 2025 
  114. «Ricardo Nunes é reeleito prefeito de São Paulo (SP)». 27 de outubro de 2024. Consultado em 6 de junho de 2025 
  115. Nascimento, Amanda; Freitas, Karina (24 de janeiro de 2020).«Cidade de São Paulo comemora 466 anos».Alesp. Consultado em 31 de julho de 2025 

Bibliografia

[editar |editar código]
Cultura
Geral
Eventos
Locais
Economia
Shoppings
Transportes
Educação
superior
Privadas
Públicas
Esportes
Geografia
Avenidas
Logradouros
Parques
Praças
Hospitais
Pesquisa
Templos
História das capitais deunidades federativas do BrasilBrasil
Centro-Oeste
Brasil
Nordeste
Norte
Sudeste
Sul
Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=História_da_cidade_de_São_Paulo&oldid=70569912"
Categoria:
Categorias ocultas:

[8]ページ先頭

©2009-2025 Movatter.jp