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Hip hop

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(Redirecionado deHip-hop)
Hip hop
Origens estilísticas
Contexto culturaldécada de 1970,Bronx,cidade de Nova York
Instrumentos típicosToca-discos,sintetizador,vocal,caixa de ritmos,sampler,beatbox
PopularidadeDesde o final dosanos 1980, nosEstados Unidos e no resto do mundo, nadécada de 1990. Em alta no início dedécada de 2000.
Formas derivadas
Subgêneros
Gêneros de fusão
Outros tópicos
Breakdance,grafite,MC,Beatbox

Amúsica hip hop, também conhecido comorap,[3][4] é um gênero de música popular desenvolvido nosEstados Unidos porafro-americanos no bairro doBronx emNova York nadécada de 1970. Consiste em uma música rítmica estilizada que comumente acompanha orap, uma fala rítmica e rimada que é cantada.[5] A cultura hip hop foi iniciada nas comunidadesjamaicanas,afro-latinas eafro-americanas dacidade de Nova Iorque.[6] O DJAfrika Bambaataa estabeleceu os pilares essenciais dacultura Hip-Hop: orap, oDJing,breakdance e ograffiti,[7] outros elementos incluem amoda hip hop egírias.[8]

Desde quando surgiu primeiramente na regiãoSul do Bronx, a culturahip hop se espalhou por todo o mundo.[9] No momento em que ohip hopsurgiu, a base concentrava-se nosdisc jockeys que criavam batidas rítmicas chamadas "loop" (pequenos trechos de música em repetições contínuas)[10] em doisturntables, que atualmente é referido comosampling. Posteriormente, foi acompanhada pelorap (abreviatura de rhythm and poetry ouritmo epoesia em inglês) com uma técnica vocal diferente para acompanhar os loops dosDJs.[11] Junto com isto, surgiram formas diferentes dedanças improvisadas, como abreakdance, opopping e olocking.[12]

A relação entre ografite e a culturarap music surgiu quando novas formas de pintura foram sendo realizadas em áreas onde a prática dos outros três pilares dohip hop eram frequentes, com uma forte sobreposição entre escritores de grafite e quem praticava os outros elementos.[12]

Origem do termo

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O termo "hip" é usado noInglês afro-americano (IVAA) desde 1898, onde significa algo atual, que está acontecendo no momento; e "hop" refere-se ao movimento dedança. Keith "Cowboy" Wiggins eGrandmaster Flash são creditados com a primeira aplicação do termohip hop, em 1978, ao mesmo tempo que Flash provocava um amigo que acabava de ingressar aoExército dos Estados Unidos, proferindo as palavras "hip/hop/hip/hop", imitando a cadênciarítmica dos soldados.[13] Mais tarde, Cowboy determinou a cadência como uma referência para o MC no palco.[14] Como os grupos frequentemente eram compostos por umDJ e umrapper, os artistas foram chamados de "hip-hoppers". O nome originalmente foi concebido como um sinal de desrespeito, mas logo veio a identificar-se com esta nova forma de música e cultura.[15]

As canções "Rapper's Delight", do grupoSugarhill Gang e "Superrappin", de Grandmaster Flash foram lançadas em 1979 e obtiveram um alto sucesso.[14] Dois anos depois,Lovebug Starski,DJ do Bronx, lançou umsingle intitulado "The Positive Life", com referências arappers. Então,DJ Hollywood utilizou o termo para se referir a um novo estilo de música, chamadorap.[16] O pioneiro dohip hopAfrika Bambaataa reconhece Starski como a primeira pessoa a utilizar o termo "hip hop", para se referir a esta cultura.[17]

História

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Ohip-hop emergiu em meados dadécada de 1970 nossubúrbiosnegros elatinos deNova Iorque. Estes subúrbios, verdadeirosguetos, enfrentavam diversos problemas de ordem social comopobreza, violência,racismo,tráfico de drogas, carência deinfraestrutura e deeducação, entre outros. Os jovens encontravam, na rua, o único espaço delazer, e geralmente entravam numsistema degangues, as quais se confrontavam de maneira violenta na luta pelo domínio territorial. Asgangues funcionavam como um sistema opressor dentro das própriasperiferias — quem fazia parte de algumas das gangues, ou quem estava de fora, sempre conhecia os territórios e as regras impostas por elas, devendo segui-las rigidamente.

Esses bairros eram essencialmente habitados por imigrantes doCaribe, vindos principalmente daJamaica. Por lá, existiam festas de rua com equipamentos sonoros ou carros de som muito possantes chamados deSound System (carros equipados com sistemas de som, parecidos com ostrios elétricos). OsSound Systems foram levados para oBronx, um dos bairros deNova Iorque demaiorianegra, peloDJKool Herc, que com doze anos migrou para os Estados Unidos com sua família. Foi Herc quem introduziu oToaster (modo de cantar com levadas bem fraseadas erimas bem feitas, muitas vezes bem politizadas e outras banais e sexuais, cantadas em cima dereggae instrumental), que daria origem ao rap.

Neste contexto, nasciam diferentes manifestações artísticas de rua, formas próprias, dos jovens ligados àquele movimento, de se fazermúsica,dança,poesia epintura. OsDJsAfrika Bambaataa,Kool Herc e Grand Master Flash, GrandWizard Theodore, GrandMixer DST (hoje DXT), Hollywood e Pete Jones, entre outros, observaram e participaram destas expressões de rua, e começaram a organizar festas nas quais estas manifestações tinham espaço — assim nasceram asBlock Parties.

Asgangues foram encontrando, naquelas novas formas dearte, uma maneira de canalizar aviolência em que viviam submersas, e passaram a frequentar asfestas e dançarbreak, competir com passos dedança e não mais com armas. Essa foi a proposta deAfrika Bambaataa, considerado, hoje, opadrinho da culturahip-hop, o idealizador da junção dos elementos, criador do termohip-hop e por anos tido como "master of records" (mestre dos discos), por sua vasta coleção dediscos de vinil.

DJ Hollywood foi umDJ de grande importância para o movimento. Apesar de tocar ritmos maispop como a discoteca, foi o primeiro a introduzir, em suas festas,MCs que animavam com rimas e frases que deram início aorap. OsMCs passaram a fazer discursos rimados sobre a comunidade, à festa e outros aspectos da vida cotidiana. Taki 183, o grande mestre do Pixo, fez uma revolução em Nova Iorque ao lançar suas "Tags" (assinaturas) por toda cidade, sendo noticiado até noTheNew York Times à época. Depois dele, vieram Blade, Zephyr, Seen, Dondi, Futura 2000, Lady Pink, Phase 2, Cope2 entre outros.

Em12 de novembro de1973, foi criada a primeira organização que tinha, em seus interesses, ohip hop. Sua sede estava situada no bairro do Bronx. AZulu Nation tem, como objetivo, acabar com os vários problemas dos jovens dos subúrbios, especialmente a violência. Começaram a organizar "batalhas" não violentas entre gangues com um objetivo pacificador. As batalhas consistiam em uma competição artística.

Hip Hop e a música eletrônica

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Entre as diferentes manifestações artísticas do movimentohip hop, a música se insere como papel primordial para inúmeras variações existentes em nossos dias. Além dosDJs,MCs, das mixagens e dorap, a bateria eletrônica e os sintetizadores complementaram o âmbito das discotecas. Tudo começou quandoAfrika Bambaataa resolveu criar uma batida base para suas músicas inspirando-se num álbum do grupo musical criador do estilotechno,Kraftwerk. Surgia oeletrofunk, que, por sua vez, derivou-se em muitos outros estilos, como, por exemplo, omiami bass e ofreestyle.[18]

É importante observar que esta junção entre o então nascente movimentohip hop e a música eletrônica não poderia haver ocorrido se não houvesse ocorrido o desenvolvimento da tecnologia musical orientado pelo desenvolvimento da estética e da técnica da música eletrônica. A música eletrônica, que até o surgimento do grupo Kraftwerk, era uma música exclusivamente erudita, começou então a desenvolver uma versão desta linguagem musical para o âmbito da música popular.

Apesar da classificação acima para a música da banda Kraftwerk referi-la como techno, na verdade, não há um termo preciso para definir seu estilo, sendo preferível referir-se genericamente a tal estilo apenas como música eletrônica popular, pois o estilo do Kraftwerk é embrionário à todos os demais. Os fundadores da banda Kraftwerk estudaram comKarlheinz Stockhausen (Flur 2003, 228) e com ele aprenderam os elementos da música eletrônica erudita da vertente alemã. Posteriormente, a vertente francesa da música eletrônica erudita (conhecida como Música Concreta) veio a colaborar ao desenvolvimento dohip hop através do desenvolvimento do conceito desampler, o qual permite a execução do conceito deloop de forma muito mais eficiente.

O contato dos Djs com os conceitos, técnicas e equipamentos da música eletrônica, foi essencial para o desenvolvimento dos atuais estilos de música eletrônica não integrantes da culturahip hop. Não está claro se esse contato se deu durante o desenvolvimento dohip hop ou se o mesmo se deu de forma autônoma, porém, a primeira hipótese parece mais provável. Os atuais estilos de música eletrônica popular não integrantes dohip hop começaram a se desenvolver após a perseguição sofrida peladisco music (discoteca no Brasil) nos Estados Unidos. OsDjs dos clubes dedisco music, ao verem os novos lançamentos dedisco music minguarem, passaram a utilizar os equipamentos da música eletrônica para produzir novos lançamentos. Daí, surgiriam ahouse music, atechno music, entre outras, que no Brasil sãopejorativamente e genericamente tachadas como "bate-estaca" e que compõem o universo dos estilos não integrantes do universohip hop. Atualmente, ambas as vertentes de música eletrônica, tanto a herdeira dadisco music como ohip hop, flertam entre si em alguns momentos, criando pontos específicos de influência e/ou fusão de estilos, conforme pode-se observar em estilos comobreakbeat,drum'n'bass edubstep, sendo difícil manter a distinção entre ambas as vertentes. Também há que se considerar a influência de ritmos e estilos de outros universos culturais que vem adensar ainda mais a estrutura dohip hop, tais como os elementos dorock, damúsica latina, damúsica africana, entre outros, que foram utilizados em determinados momentos.

Atualmente, a música eletrônica erudita passou a adotar outra denominação para se distinguir da música eletrônica popular, autodenominando-se música eletroacústica. Além disso, a antiga divisão entre a escola alemã e a escola francesa foi abolida, resultando na fusão e reestruturação dastécnicas e conceitos de ambas as escolas.

No Brasil

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O berço dohip hopbrasileiro éSão Paulo, onde surgiu nosanos 1980,[19] de onde saíram muitos artistas reconhecidos como por exemploThaíde,DJ Hum,Racionais MC's,Rappin Hood. Ademais, oRio de Janeiro possui uma cena enorme dehip hop erap. EmBrasília, DF, a cena contemporânea dehip hop brasiliense também tem expandido consideravelmente, e atualmente é considerada uma das maiores do Brasil.

Em Portugal

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O berço dohip hop português éLisboa, embora se tenha espalhado rapidamente para oPorto , onde surgiu em finais dos anos 1980 e início da década de 1990, sendo alguns dos artistas de maior destaqueChullage eSam The Kid.

Em Angola

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O berço dohip hop angolano éLuanda, a capital do país e com enormes problemas sociais, problemas estes que são relatados nas músicas de RAP com um pendor contestatário. Entre os fazedores, destacam-seIkonoklasta,Lwenapithekus Samussuku e os grupos Filhos da Ala Este e Movimento de Hip-Hop de Intervenção Terceira Divisão. O Hip hop angolano possui uma dimensão política.

Multidimensionalidade dohip hop

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Segundo Alejandro Frigerio, a principal característica das artes negras é seu caráter multidimensional, denso. A performance mistura, em níveis sucessivos, gêneros que para a cultura ocidental seriam diferentes e separados (músicas, poesia, dança, pintura). A interpretação, a fusão de todos esses elementos que faz dela uma forma artística que não seria equivalente à soma dos elementos separados. Para compreender a multidimensionalidade da performance, é necessário fazê-lo em seu contexto social. Fora deste contexto social, somente se compreenderiam alguns dos elementos, mas não só como um conjunto de dança, música, poesia e artes plásticas, senão como uma performance inserida num contexto social, neste caso marginal, cheio de problemas sociais, educacionais e de exclusão social. Este contexto social é o que dá sentido à performance. Ohip hop, hoje em dia, dita oestilo de vida para muitas pessoas.

A importância do estilo pessoal

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O diálogo entre a performance e o caráter criativo da performance, realça e reforça o estilo pessoal. "O contraponto com um interlocutor também leva ambos osperformers a maiores e melhores desempenhos". O estilo pessoal é de grande importância na performance porque as características próprias de cada performance acrescentam as possibilidades de inovação e de criação de novos estilos. "Espera-se que operformer seja não só competente, mas que também possua um estilo próprio, o que pode ser observado na cultura negra urbana contemporânea, por exemplo, em todos os aspectos do 'hip-hop'". O estilo pessoal se valoriza em situações de representação, mas não é importante em todos os aspectos da vida cotidiana (estética, cumprimento, fala etc.), pois, noutros momentos, é importante valorizar o respeito ao âmbito da preservação (ou âmbito da memória em contraponto ao âmbito criativo) no qual se enfatiza o valor dos códigos etradições.

Hip Hop Instrumental

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Ohip hop instrumental é uma batida dehip hop semvocais. Ohip hop como regra geral consiste em dois elementos: uma faixa instrumental (a "batida") e uma faixa vocal (o "rap"). O artista que fabrica a batida é o produtor (oubeatmaker), e quem faz orap é o MC. Neste formato, a poesia dorap é quase sempre o foco principal da música, fornecendo a maior parte da complexidade e variação ao longo de uma batida repetitiva. Ohip hop instrumental é música dehip hop sem a poesia dorap. Este formato dá, ao produtor, a flexibilidade para criar instrumentais mais complexos, ricamente detalhados e variados. Canções desse gênero podem se desviar em diferentes direções musicais e explorar vários subgêneros, porque os instrumentos não precisam fornecer uma batida constante para um MC. Embora os produtores tenham feito e lançadohip hop sem MCs desde o início dohip hop, esses discos raramente se tornaram bem conhecidos. O tecladista/compositor de jazzHerbie Hancock, com a colaboração de inspiração electromusical do baixista/produtorBill Laswell, são exceções notáveis. Osingle "Rockit", do álbum Future Shock de 1983, destacou oGrand Mixer DXT, o primeiro uso deTurntablism emjazz fusion.The Mix-Up é o sétimo álbum de estúdio dosBeastie Boys, lançado em 2007. O álbum é composto inteiramente de performances instrumentais e ganhou umGrammy Award em 2008 como Melhor Álbum de Pop Instrumental.

O lançamento do álbum de estreia doDJ Shadow,Endtroducing..... em 1996, viu o início de um movimento nohip hop instrumental. Baseando-se principalmente em uma combinação desamples defunk,hip hop etrilha sonora, os inovadores arranjos desamples doDJ Shadow influenciaram muitos produtores e músicos.

Nos anos 2000 e 2010, artistas como RJD2, J Dilla, Pete Rock, Professor Grande, MF Doom, Danny!, Nujabes, Madlib, Cera Alfaiate, Denver Kajanga, DJ Krush, Hermitude e Blockhead ganharam atenção da crítica. Ohip hop instrumental ainda não foi totalmente reconhecido como um gênero em si, e é frequentemente classificado comotrip hop,breakbeat hardcore,drum and bass,jungle oldschool,grime,trap, ouindustrial music. Isso pode ser resultado de sua natureza variada e experimental; uma única faixa pode incorporar amostras de diversos gêneros musicais. Devido ao estado atual da lei dedireitos autorais, a maioria dos lançamentos instrumentais dehip-hop são lançados em pequenasgravadoras independentes. Os produtores, muitas vezes, têm dificuldade em obter autorização para as muitas amostras encontradas em todo o seu trabalho, eselos como oStones Throw Records estão repletos de problemas legais.

Os pilares da cultura

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DJmixando composições.

O DJ e produtor Afrika Bambaataa, reconhecido como o criador do movimento Hip-Hop, estabeleceu os quatro pilares essenciais dessa cultura:rap (música),Disc jockey (animador),breakdance (dança),graffiti (arte) e,beatbox (instrumental)[7] Outros elementos incluem oMC, amoda hip hop e asgírias.[8]

Disc-jockey

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Ver artigo principal:DJ

Operador de discos, que faz bases e colagens rítmicas sobre as quais se articulam os outros elementos, hoje oDJ é considerado um músico, após a introdução dosscratches de GradMixer VST na canção "Rock it" deHerbie Hancock, que representa um incremento da composição e não somente um efeito. Obreakbeat é a criação de uma batida em cima de composições já existentes. Seu criador,DJ Kool Herc, desenvolveu esta técnica possibilitandoB.Boys a dançarem eMCs a cantarem. OBeat-Juggling já é a criação de composições pelosDJ nostoca-discos, com discos e canções diferentes. Há diversos tipos de DJs: oDJ de grupo, de baile/festas/aniversários/eventos em geral e oDJ de competição. Este por sua vez, faz da técnica e criatividade, os elementos essenciais para despertar e prender a atenção do público. UmDJ de competição é umDJ que desenvolve e realiza apresentações contendoscratchs, batidas e até frases recortadas de diferentes discos (samples). EssesDJs competem entre si usando todo e qualquer trecho musical de um vinil ou arquivos digitais ou sequencias MIDI.

Rap

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Ver artigo principal:rap

Orap é um ritmo de música parecido com ohip hop e que engloba, principalmente,rimas. É um dos seis pilares da culturahip hop. A tradução literal derap é "ritmo e poesia",[20] ou seja, umapoesia feita através de rimas, geralmente feitas em uma velocidade superior à dohip hop, tendo, como exemplo, o grupoThe Last Poets.[21] Orap, na maioria das vezes, é feito sem qualquer acompanhamento de instrumentos musicais tradicionais, mas geralmente é acompanhado por umDj.

Umbeatboxer animando o público

Beat Box

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Ver artigo principal:Beat Box

O termobeatbox (doinglês, significa, literalmente, "caixa de batida") refere-se à percussão vocal dohip-hop. Consiste na arte em reproduzir sons debateria, de sintetizador, descratch e desamples com avoz,boca ecavidade nasal. Envolve ocanto, imitação vocal de efeitos deDJs, simulação de cornetas, cordas e outrosinstrumentos musicais, além de outros efeitos sonoros. Muitos autores consideram orapper norte-americanoDoug E. Fresh como o grande pioneiro dessa arte. Porém, pesquisas recentes apontam para o compositor, músico e cantor brasileiroMarcos Valle como inventor do beatbox. Em 1973, Valle gravou, para seu LP "Previsão do tempo", a faixa "Mentira", na qual ele emula uma bateria com sua voz e, dessa forma, executa um padrão rítmico e uma virada. Numa entrevista de 2008 para o pesquisador acadêmico Alexei Michailowsky, Valle revelou grande surpresa ao saber que era um dos pioneiros dabeatbox. Relembrando a gravação da faixa, ele afirmou que a ideia surgiu ao acaso, como uma mera experiência, lhe agradou e foi incorporada à gravação final.

Um grupo deMCs em apresentação

Master of ceremonies

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Ver artigo principal:MC

Mestre de Cerimônia é o porta-voz que relata, através de rimas, os problemas, carências e experiências em geral dos guetos. Não só descreve, mas também lança mensagens de alerta e orientação. OMC tem, como principal função, animar uma festa e contribuir com as pessoas para se divertirem. MuitosMCs no início dohip-hop davam recados, mandavam cantadas e simplesmente animavam as festas com algumas rimas. O primeiroMC foi Coke La Rock,MC que animava as festas de Kool Herc. No Brasil, os primeiros rimadores foram Jair Rodrigues, Gabriel o pensador e grupos como Balinhas do Rap, Thaíde eDJ Hum, Racionais Mcs. UmMC é aquele que através de suas rimas mostra as várias formas de reivindicação, angústias e injustiças com as classes sociais mais desfavorecidas, mostrando o poder da transformação.

Dançarino emNova York

Break dance

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Ver artigo principal:break dance
Grafite registrado noRio de Janeiro

Break Dance (B-boying,Popping e Locking), por convenção, é a denominação dada às danças deBreak Dance. Apesar de terem a mesma origem, são de lugares distintos e por isso apresentam influências das mais variadas. Desde o início da década de 1960, quando a onda de música negra tomou os Estados Unidos, a população das grandes cidades sentia uma maior proximidade com estes artistas, principalmente por sua maneira verdadeira de demonstrar a alma em suas canções. As gangues da época usavam obreak para disputar território: a gangue que se destacava era a que comandava o território.

Grafitti

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Ver artigo principal:grafite

Expressão plástica, o grafite representa desenhos, apelidos ou mensagens sobre qualquer assunto, feitas comspray, rolinho epincel em muros ou paredes. Sendo considerado por muitos uma forma de arte e é usado por muitos como forma de expressão e denúncia. Apenas no Brasil considera-se o ato de "pichar" diferente do ato de "grafitar". Nos Estados Unidos, por exemplo, onde o grafite surgiu, existe um nome para a modalidade "pichação" que é conhecido como "tag".

Impacto Social

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Dança

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Ver artigo principal:Dança hip hop

A dançahip hop inclui uma grande variedade de estilos, nomeadamentebreaking,locking,popping, ekrumping.Breaking,locking epopping foram desenvolvidos nadécada de 1970 por negros e latino-americanos. Okrumping surgiu nadécada de 1990, em comunidadesAfro-americanas, emLos Angeles. O que separa a dança dohip hop de outras formas de dança são os movimentos deimprovisação (freestyle) e que os dançarinos dehip-hop frequentemente envolvem-se em disputas nas competições de dança. Sessões defreestyle e disputas geralmente são realizadas numacypher, um espaço de dança circular que se forma naturalmente uma vez que a dança começa.

Moda

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Ver artigo principal:Moda do hip hop

A moda dohip hop é um estilo de sevestir de origemafro-americana, caribenha e latina, que teve origem no bairroThe 5 Boroughs, emNova Iorque, e, mais tarde, influenciou em cenas dohip hop emLos Angeles,Galesburg,Brooklyn,Chicago,Filadélfia,Detroit,Porto Rico, entre outros. Cada cidade contribuiu com vários elementos para o seu estilo geral visto hoje no mundo inteiro.[22][23][24]

Geralmente, as roupas utilizadas nohip hop são largas, para que os movimentos fiquem maiores, dando mais efeito visual para a dança. Também são utilizadosbonés, muitas vezes virados para trás ou de lado. Costumam ser usadosshorts e, na maioria das vezes, as roupas são vistosas.

O primeiroestilista a unificar a moda convencional com o estilo doHip Hop foiKarl Kani, que desenvolveu as primeiras calças com o formato propriamente largo. Pelo sucesso das vendas ele recebeu o título de "padrinho da moda urbana"[25] e também foi eleito mais tarde pela revistaPeople um dos 100 Afro-Americanos mais ricos do mundo.[26]

Ver também

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Referências

  1. «Hip-Hop's Jazz Roots».Merriam-Urban Jazz. Urban Jazz, Incorporate [ligação inativa]
  2. Vladimir Bogdanov (editor),All Music Guide to Electronica: The Definitive Guide To Electronic Music, página 404 (Backbeat Books, 2001).ISBN 0-87930-628-9. Citação: "Honing a fusion of rock, pop, and rap which they dubbed 'grebo', the Poppies kickstarted a small revolution."
  3. Trapp, Erin (2005). «The Push and Pull of Hip-Hop: A Social Movement Analysis».American Behavioral Scientist.48 (11): 1482.ISSN 0002-7642.doi:10.1177/0002764205277427.Much scholarly effort has been devoted to hip-hop (also known as rap) music in the past two decades... 
  4. Leach, Andrew (2008).«"One Day It'll All Make Sense": Hip-Hop and Rap Resources for Music Librarians».Notes.65 (1): 9–37.ISSN 0027-4380.JSTOR 30163606.doi:10.1353/not.0.0039.Cópia arquivada em 28 de janeiro de 2021 
  5. Encyclopædia Britannica article on rap, retrieved frombritannica.comArquivado em agosto 3, 2011, noWayback Machine: Rap, musical style in which rhythmic and/or rhyming speech is chanted ("rapped") to musical accompaniment. This backing music, which can include digital sampling (music and sounds extracted from other recordings by a DJ), is also called hip-hop, the name used to refer to a broader cultural movement that includes rap, deejaying (turntable manipulation), graffiti painting, and break dancing.
  6. Chang, Jeff; DJ Kool Herc (2005).Can't Stop Won't Stop: A History of the Hip-Hop Generation. [S.l.]: Macmillan.ISBN 031230143X A referência emprega parâmetros obsoletos|coautor= (ajuda)
  7. abKugelberg, Johan (2007).Born in the Bronx. New York: Oxford University Press. p. 17.ISBN 978-0-7893-1540-3 
  8. abWalker, Jason (31 de janeiro de 2005).«Crazy Legs – The Revolutionary».SixShot.com. Web Media Entertainment Gmbh. Consultado em 27 de agosto de 2009 
  9. Rosen, Jody (12 de fevereiro de 2006).«A Rolling Shout-Out to Hip-Hop History».The New York Times. p. 32. Consultado em 10 de março de 2009 
  10. Chang, Jeff (2005).Can't Stop Won't Stop: A History of the Hip Hop Generation. New York: St. Martin's Press. p. 90.ISBN 0-312-30143-X 
  11. Brown, Lauren (18 de fevereiro de 2009).«Hip to the Game – Dance World vs. Music Industry, The Battle for Hip Hop's Legacy». Movmnt Magazine. Consultado em 30 de julho de 2009 
  12. ab«Historia do Hip Hop». www.dancaderua.com.br. Consultado em 7 de agosto de 2010. Arquivado dooriginal em 25 de fevereiro de 2010 
  13. '’JET, April 2007”, Johnson Publishing Companypp.36–37
  14. ab«KEITH COWBOY - THE REAL MC COY».archive.org. 17 de março de 2006 
  15. «Tecnologia Google Docs»(PDF). docs.google.com. Consultado em 7 de agosto de 2010 
  16. «Zulu Nation: History of Hip-Hop». 72.14.209.104. Consultado em 23 de abril de 2010 [ligação inativa]
  17. «Welcome to The Official site of The Universal Zulu Nation».web.archive.org. 19 de julho de 2013. Consultado em 21 de fevereiro de 2022 
  18. samplesdb.comArquivado em 12 de janeiro de 2016, noWayback Machine. SamplesDB - Afrika Bambaataa's Track
  19. «Dia do Hip-Hop: São Paulo é berço nacional e preserva cultura».Governo do Estado de São Paulo. 11 de agosto de 2017. Consultado em 24 de fevereiro de 2023 
  20. Oxford English Dictionary
  21. «The Last Poets Songs, Albums, Reviews, Bio & More».AllMusic (em inglês). Consultado em 21 de fevereiro de 2022 
  22. Kitwana, Bakari. The Hip Hop Generation: Young Blacks and the Crisis in African American Culture, p. 198.
  23. Keyes, Cheryl. Rap Music and Street Consciousness, p. 152.
  24. Wilbekin, p. 282.
  25. Karl Kani, o grande chefão da moda UrbanaArquivado em 22 de fevereiro de 2014, noWayback Machine. - Novembro de 2013
  26. «Hipupmusic | Latest South Africa Music & Albums | South African Songs Download 2024».Hipupmusic (em inglês). Consultado em 31 de agosto de 2024 

Ligações externas

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