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Hidrostática

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Mecânica do contínuo

Ahidrostática é a parte dafísica que estuda osfluidos em repouso. Apesar de a palavra "hidrostática" significar "estática da água", este termo é utilizado para designar a estática dos fluidos em geral.[1] Ao contrário dos sólidos, um fluido em equilíbrio não pode estar sob a ação de forçascisalhantes ou tangenciais, por menores que elas possam ser. Por decorrência, todas as forças que agem sobre um fluido em repouso fazem-se atuando perpendicularmente a sua superfície livre.[2]

Característica dos fluidos

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Um fluido é uma substância (ou mistura de substâncias) que escoa, porque não resiste as tensões de cisalhamento, isto é, que flui, com maior ou menor facilidade. Isto verifica-se porque as suas partículas, não ocupam posições fixas, deslocando-se com pequeno atrito, como acontece noslíquidos, e de outro modo, porque as partículas estão muito afastadas uma das outras, deslocando-se rápida e aleatoriamente em todo o espaço disponível como nosgases.[1]

Considera-se fluidos os líquidos e gases e caracterizam-se por:

  • Compressibilidade: líquidos assumem-se incompressíveis na maioria das situações e os gases são muito compressíveis;
  • Resistência ao corte: os líquidos e gases deformam-se continuamente para minimizar forças de corte aplicadas;
  • Forma e volume: líquidos e gases tomam as formas do seu local, tendo os líquidos volume relativo ao do seu local e os gases ocupando o volume do seu local;
  • Resistência ao movimento: devido aviscosidade os líquidos sofrem mudanças na velocidade, já os gases tem viscosidade muito baixa;
  • Pressão: a pressão em um ponto do fluido é a mesma em todas as direções, a exercida em uma superfície solida é sempre normal aquela superfície.[1]

Pressão exercida por um fluido

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Ver artigo principal:Pressão

A grandeza pressão (P) é definida como a força (F) aplicada perpendicularmente a uma superfície por unidade de área (A) dessa superfície.[3] Se a densidade da força for a mesma para todos os pontos da superfície, então a pressão é denominada uniforme, e assim se pode escrever:

P=FA{\displaystyle P={\frac {F}{A}}}

A unidade de pressão noSistema Internacional de Unidades (SI) é o Pascal (Pa), definido como a razão entre Newton (N) e metro quadrado ().[3]

Entretanto, a força aplicada a uma dada superfície pode variar de um dado ponto para outro. Neste caso, a pressão será aderivada da força com relação à área perpendicular em que ela é aplicada:

P=dFdA{\displaystyle P={\frac {dF}{dA}}}

Pressão absoluta e pressão relativa

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Experiência deTorricelli: na parte superior do tubo há quase-vácuo.
Ver artigo principal:Pressão atmosférica

A grandeza escalar pressão pode ser expressa em relação a qualquer referencial, sendo que, no caso dos fluidos, normalmente são utilizados dois referenciais, a saber: vácuo absoluto e pressão atmosférica local.

Em um determinado espaço físico, sempre que a pressão absoluta for menor do que a pressão atmosférica local, que também é denominada de pressão barométrica, ali existe o que se denomina de vácuo. Assim o vácuo absoluto constituiria uma situação limite na qual não existiria nenhuma molécula de ar atmosférico em um determinado espaço físico. Destaca-se, entretanto, que o maior vácuo obtido em laboratório até nosso presente corresponde a uma pressão de107{\displaystyle 10^{-7}}.[2]

Levando-se em conta os dois referenciais descritos acima, se têm duas situações distintas para a expressão numérica da pressão:

  • Quando a pressão é expressa como sendo a diferença entre o valor medido e o vácuo absoluto, ela é denominada de pressão absoluta.
  • Quando a pressão é expressada como sendo a diferença entre o valor medido e a pressão atmosférica local, ela é chamada de pressão relativa. A pressão relativa também é denominada de pressão manométrica ou de pressão efetiva.

Matematicamente, as pressões relativa e absoluta estão relacionadas pela expressão a seguir:

Pabsoluta=Prelativa+Patmosfericalocal{\displaystyle P_{absoluta}=P_{relativa}+P_{atmosfericalocal}}[2]

Princípio de Pascal

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Ver artigo principal:Princípio de Pascal
Prensa hidráulica: O aumento da força hidráulica

O Princípio de Pascal enuncia-se da seguinte forma: "A diferença de pressão entre dois pontos de um líquido homogêneo em equilíbrio é constante, dependendo apenas do desnível entre esses pontos. Logo, se produzirmos uma variação de pressão num ponto de um líquido em equilíbrio, essa variação se transmite a todo o líquido", ou seja, todos os pontos do líquido sofrem a mesma variação de pressão.

Uma aplicação prática é aprensa hidráulica. Para um êmbolo de 10 m² e outro de 1 m², uma força equivalente a 70 N será suficiente para levantar um veículo que pese 700 N, no outro êmbolo. Se um recipiente cheio de água, fechado, tem duas aberturas, uma cem vezes maior que a outra: colocando um pistão bem justo em cada uma, um homem empurrando o pistão pequeno igualará a força de cem homens empurrando o pistão cem vezes maior.[4] E qualquer que seja a proporção das aberturas, estarão em equilíbrio.

Assim, se F1 e F2 são as magnitudes das forças sobre os pistões de áreas A1 e A2, respectivamente, temos:

F1A1=F2A2{\displaystyle {\frac {F_{1}}{A_{1}}}={\frac {F_{2}}{A_{2}}}}

Como a área do pistão grande é muito maior do que a do pistão pequeno, a força sobre o pistão grande F2 é muito maior do que F1.

F2=(A2A1)F1{\displaystyle F_{2}=\left({\frac {A_{2}}{A_{1}}}\right)F_{1}}

Pressão hidrostática e lei de Stevin

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Ver artigo principal:Teorema de Stevin

A lei de Stevin enuncia-se da seguinte forma: "A diferença de pressões entre dois pontos da massa de um líquido em equilíbrio é igual à diferença de profundidade multiplicada pelo peso específico do líquido".[2]

Todo o mergulhador sabe que a pressão é maior quanto maior for sua profundidade (a coluna de água acima dele é cada vez maior); o seu medidor de profundidade, na verdade, é um sensor de pressão. Da mesma forma, todo alpinista sabe que a pressão é menor quanto maior for a sua altura (a coluna de ar acima dele é cada vez menor). Esses dois exemplos irão ilustrar a definição de pressão hidrostática.

Caixa mergulhada e em equilíbrio estático

Considere inicialmente uma caixa mergulhada, emequilíbrio estático, num tanque de água (ou qualquer outro fluido, como o ar); como ela está em equilíbrio, sabemos que não há força resultante, ou seja:

Onde:

Sabendo que a soma de forças atuando na caixa mergulhada deve ser igual a zero (pois está em equilíbrio), temos:

F2=F1+mg{\displaystyle F_{2}=F_{1}+mg};
F2=F1+ρVg{\displaystyle F_{2}=F_{1}+\rho Vg}, cujoV{\displaystyle V} representa o volume da caixa;
F2=F1+ρgAh{\displaystyle F_{2}=F_{1}+\rho gAh}, em queA{\displaystyle A} é a área da base eh{\displaystyle h} a altura;

A partir da relação de queP=FA{\displaystyle P={F \over A}} (a força F é igual à pressão P exercida sobre a área A), segue da figura que:

F2A=F1A+ρgAhA{\displaystyle {F_{2} \over A}={F_{1} \over A}+{\rho gAh \over A}}, com isso chegamos na seguinte equação:
p2=p1+ρg(y1y2){\displaystyle p_{2}=p_{1}+\rho g(y_{1}-y_{2})}.

Com a equação acima, podemos determinar a pressão em um certo líquido (em função da profundidade) e também na atmosfera (em função da altitude). Se considerarmosy1=h{\displaystyle y_{1}=h},y2=0{\displaystyle y_{2}=0},p1=p0{\displaystyle p_{1}=p_{0}} ep2=p{\displaystyle p_{2}=p}, substituímos e obtemos a fórmula usual da pressão na profundidade ou alturah{\displaystyle h}:

 p=p0+ρgh{\displaystyle \ p=p_{0}+\rho gh}.

A equação acima representa a demonstração do teorema de Stevin.

Onde, em termos doSI:

Para compreender melhor, podemos usar um exemplo comum: a pressãop{\displaystyle p} total é a soma das pressõesp0{\displaystyle p_{0}} (pode ser a pressão atmosférica acima da superfície do líquido) eρgh{\displaystyle \rho gh} (pressão na profundidadeh{\displaystyle h} de um fluido.

Um outro exemplo pode ser ilustrado de acordo com a figura abaixo, onde a pressão hidrostática se dá pela diferença das pressões aplicadas sobre o sifão:

sendo quep1>p2{\displaystyle p_{1}>p_{2}}. As setas representam apenas que existem pressões atuando naquelas seções do sifão, tendo em vista que pressão não é um grandeza vetorial.

p1p2=ρgh{\displaystyle p_{1}-p_{2}=\rho gh}

Assim, para calcular apenas a pressão hidrostática usamos a fórmula abaixo:

p=ρgh{\displaystyle p=\rho gh}
Vasos comunicantes

Pode-se perceber ainda, pelo teorema, que:

  1. Para obter a diferença de pressão entre dois pontos não importa a distância entre eles, mas sim a diferença de altura;
  2. Dois pontos num mesmo nível em relação ao mesmo plano horizontal possuem a mesma pressão;
  3. O formato de recipiente não é importante para o cálculo da pressão em qualquer ponto no fluido. Em um recipiente de formato qualquer, dois pontos em um mesmo nível tem a mesma pressão, desde que o fluido seja o mesmo nesses dois pontos;
  4. Se a pressão na superfície livre de um líquido contido em um recipiente for igual a zero, a pressão num ponto à profundidade h dentro do líquido será dada por:p=ρgh{\displaystyle p=\rho gh};
  5. O peso específico dos gases é relativamente baixo, então se a diferença de altura entre dois pontos for pequena, não há necessidade de considerar a diferença de pressão entre eles.
Paradoxo Hidrostático

No fundo de diferentes recipientes, com um mesmo líquido e preenchidos com alturas equivalentes, haverá o mesmo valor de pressão hidrostática.[5]

Princípio de Arquimedes

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Ver artigo principal:Princípio de Arquimedes

O princípio de Arquimedes afirma que:[6]

Todo corpo imerso, total ou parcialmente em um fluido, sofre ação de uma força vertical para cima e cuja intensidade é igual ao peso do fluido deslocado pelo corpo.

Esta força resultante de baixo para cima sobre o corpo sólido denomina-seforça de empuxo que, de acordo com o princípio de Arquimedes, pode ser definida por:

FE=mfg{\displaystyle F_{E}=m_{f}g}

ondemf{\displaystyle m_{f}} é a massa do fluido deslocado pelo corpo eg{\displaystyle g} a aceleração gravitacional.

Quando um balão flutua em equilíbrio no ar ou quando um submarino está em equilíbrio debaixo d'água, seu peso é igual ao peso da água deslocado por ele, ou seja, a força de empuxo é igual a força gravitacional exercida sobre o corpo. Quando essas forças são iguais, pode-se dizer que o corpo está flutuando no fluido.

Peso aparente

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Se colocarmos uma pedra sobre uma balança calibrada, a leitura da balança seria do peso da pedra. Agora, imagine se colocarmos a balança debaixo d'água para medir o peso da mesma pedra. A leitura da balança seria menor devido a força de empuxo sobre a pedra. Esta leitura passa a ser, portanto, o peso aparente.[5]

O peso aparente está relacionado ao peso real de um corpo e à força de empuxo sobre ele, descrito na forma:

pesoaparente=pesorealFE{\displaystyle peso_{aparente}=peso_{real}-F_{E}}

Determinação do centro de pressão

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A posição do centro de pressão pode ser determinada aplicando-se o teorema dos momentos. A equação resultante é:

yp=y¯+I0Ay¯{\displaystyle y_{p}={\bar {y}}+{I_{0} \over A\cdot {\bar {y}}}}

ondeyp{\displaystyle y_{p}}é a distância entre a linha de interseção com a superfície livre do líquido e o centro de pressão da área,I0{\displaystyle I_{0}} o momento de inércia em relação ao eixo-intersecção e,y¯{\displaystyle {\bar {y}}} a distância entre a linha de interseção com a superfície livre e o centro de gravidade da área, sendo que o centro de pressão se localiza um pouco abaixo do centro de gravidade.

Ver também

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Referências

  1. abcMaciel, Noemia (2012).Física, 12 Classe. Luanda: Porto Editora. p. 246.ISBN 978-972-0-08020-2 
  2. abcdPeres, José (2006).Hidráulica Agrícola. Araras: EdUFSCAR. p. 49 
  3. abSantos, Marco Aurélio da Silva.«Hidrostática».Brasil Escola. Consultado em 6 de novembro de 2018 
  4. NUSSENZVEIG, H. Moysés.Curso de Física Básica. [S.l.]: Blucher 
  5. abHalliday,D.; Resnick, R.; Walker,J.;Fundamentos de Física 2, Livros Técnicos e Científicos Editora, Rio de Janeiro, 2012
  6. Toffoli, Leopoldo.«Princípio de Arquimedes».Infoescola. Consultado em 10 de novembro de 2018 

Ligações externas

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