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Idácio de Chaves

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Idácio de Chaves
Nascimento400
Xinzo de Limia
Morte469
CidadaniaRoma Antiga
Ocupaçãohistoriador,presbítero,escritor
Obras destacadasChronicle of Hydatius
ReligiãoIgreja Católica
Mapa doReino Suevo

Idácio de Chaves (Xinzo de Limia,c. 395 – depois de468), também conhecido comoIdácio de Límica, por ser natural dacivitasromana deForum Limicorum (actual Xinzo de Limia, naprovínciagalega deOurense), foi umbispo ecronista galaico-romano doséculo V.

Vida

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Era filho de um funcionário doimperador romanoTeodósio (ele mesmo seu conterrâneo, dado ser também de origemhispânica). ConheceuSão Jerónimo no seu mosteiro deBelém numaperegrinação que fez aJerusalém, cerca de 410; cerca de 417 fez-seclérigo, e em 427 foi consagradobispo de Águas Flávias (a modernaChaves), noreino suevo, cargo que deverá ter exercido até cerca de 460 (de resto é o único bispo que se conhece daquela cidade, que se julga que terá durado pouco enquantodiocese).

Deteve considerável influência política; tal como todos osbispos do seu tempo, era ele o verdadeiro senhor da cidade cabeça de diocese – não a podia abandonar, ao contrário dos senhores leigos, e era muitas vezes o seu defensor contra osinvasores bárbaros.

Idácio assistiu aos últimos estertores do poderromano, cada vez mais nominal, sobre aGalécia, e ao triunfo dos Suevospagãos na região, na qual se haviam estabelecido a partir de 411. Desde então que havia constantes fricções entre os Bárbaros e os Hispano-romanos autóctones.

Então, em 431, deslocou-se àGália à frente de umaembaixada hispano-romana, a fim de requerer dogeneralFlávio Aécio (então o mais importante general doImpério Romano do Ocidente e representante do governo imperial na Gália, o qual viria a ser o vencedor deÁtila, o Huno nosBatalha dos Campos Cataláunicos) auxílio contra os Suevos. Esse facto valeu aos Hispano-romanos a perseguição dos Bárbaros.

Outra sua preocupação foi extirpar asheresias, não apenas na sua diocese, mas em todo o solo hispânico; sabe-se que estabeleceu contactos frequentes com outros bispos importantes, comoTuríbio de Astorga eAntonino de Mérida. Juntamente com Toríbio, solicitou aoPapa Leão I (440-461) ajuda e conselho para lidar com a heresia.

Embora Idácio caracterize os hereges da Hispânia comomaniqueus, crê-se que na realidade ele se quisesse referir aospriscilianistas, seguidores do bispo easceta hispânicoPrisciliano, executado cerca de 385 por ordem do imperadorMagno Máximo (383-388); a sua doutrina havia sido considerada herética em váriosconcílios regionais, e os seus seguidores ferozmente perseguidos.

Pouco mais conhecemos do resto da vida de Idácio; sabe-se no entanto que foi sequestrado e encarcerado por uns meses em 460 pelos seus inimigos, o que sugere que de facto teve importante papel na política interna do reino suevo.

Obra

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Idácio destacou-se também pela sua obra escrita. Tal como muitos outros na sua época, e à maneira de Jerónimo e deEusébio de Cesareia, começou a escrever umaCrónica (chamada também deCronicão), de grande interessehistoriográfico (trata-se de resto a mais importante fonte para conhecer oséculo Vpeninsular e reconstruir o curso dos acontecimentos desse período obscuro); o género historiográfico estava então em grande voga entre os escritorescristãos, procurando-se adaptar os acontecimentos ocorridos à história bíblica e àProvidência Divina.

Idácio inicia a suaCrónica com um prólogo dedicado a São Jerónimo e no qual descreve a dívida que tem para com ele; passa então à descrição dos vários acontecimentos ocorridos na Galecia entre o ano de 379 e o de 468 (julga-se que Idácio não terá tido oportunidade de terminar o seu trabalho, e por conseguinte, deve ter morrido nesse ano ou pouco depois, ao que parece na sua cidade natal de Límica). Na primeira parte (anos de 379 a 427) as suas informações derivam dos testemunhos de outros sujeitos; de 427 em diante, narra os eventos como sua testemunha directa. Fala sobretudo do reino suevo no qual vivia, na heresia dePrisciliano que então varria a Península, assim como a invasão e repartição da Península entre os Bárbaros (Alanos,Suevos,Vândalos eVisigodos).

Idácio teve acesso a várias fontes históricas e cronográficas (embora não possamos precisar exactamente quantas), e chegou a usar quatro sistemas cronológicos paralelos – o que causa, sobretudo na parte final da suaCrónica, grandes dúvidas quanto à datação correcta dos acontecimentos narrados. A narração dos acontecimentos tende a ser bastante sucinta para os primeiros anos, mas, à medida que vai avançando, oferece um número cada vez maior e mais completo de informações – não se trata de uma crónica típica, antes de uma cronografia orgânica permanentemente actualizada até à sua morte (sobretudo nos anos posteriores a 427, em que narra os factosper se).

Ao longo daCrónica, a principal preocupação de Idácio é demonstrar a dissolução da sociedade, e em particular a desagregação do próprioImpério Romano na Hispânia. Pinta um quadro negro da vida doséculo V, que bem poderia advir da sua crença iminente no fim doMundo, com a segunda vinda deCristo – tal como relatado numa cartaapócrifa doapóstoloTomé que Idácio terá lido, e onde se dizia que o mundo acabaria em Maio de 482. Se Idácio realmente acreditava que estava a escrever a suaCrónica pouco antes do fim do Mundo, então não é de estranhar o pessimismo demonstrado na sua escrita.

Isso tê-lo-á levado, sem dúvida, a descrever de modo muito obscuro certos acontecimentos que constituem o verdadeiro clímax da sua narração – como por exemplo, osaque da capital sueva,Braga, no ano de 456, pelo rei visigodoTeodorico II (actuando este ao serviço doimperador romanoÁvito).

Pelo seu estilo, esta obra constitui a primeira do género na Península, e antecede (se é que não inspirou) em cerca de cento e cinquenta anos a famosaHistoria de regibus Gothorum, Vandalorum et Suevorum deSanto Isidoro de Sevilha.

São-lhe também atribuídos, embora com reservas, os "Fasti consulares" dos anos de 245ab urbe condita 468, adicionados àCrónica em ocasião posterior.

Ligações externas

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Precedido por
desconhecido
Bispo de Águas Flávias
427 — 462
Sucedido por
desconhecido
Controle de autoridade
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