Hawaiian Super Prix | |
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Hawaiian Super Prix | |
Detalhes da corrida | |
Categoria | CART |
Data | 13 de novembro de1999 |
Nome oficial | Hawaiian Super Prix |
Local | Aeroporto de Kalaeloa, Kapolei, ![]() |
OHawaiian Super Prix seria uma etapa extra-campeonato datemporada de 1999 daCART. A corrida seria disputada no dia13 de novembro num circuito montado noAeroporto de Kalaeloa, emKapolei, noHavaí.
Richard Rutherford, um ex-engenheiro automotivo daCalifórnia que chegou a trabalhar como diretor da ARS (atualIndy Lights), manifestava interesse em levar uma corrida para o Havaí - em 1993, chegou a tentar fazer uma corrida deCan-Am que teria, entre os participantes, nomes comoMichael Andretti,Kyle Petty,Bill Elliot,Michael Schumacher eRiccardo Patrese, e pagaria 1 milhão de dólares ao vencedor. Ninguém se interessou em financiar o projeto, que viria a ser arquivado.
Entre 1994 e 1998, Rutherford pretendia levar a CART ao arquipélago, e em novembro de 1998, formalizou a parceria com David Grayson, que arranjou 30 milhões de dólares através da Frontier Insurance Group, e Phil Heard, que seria o diretor do evento.[1][2] O então presidente da CART, Andrew Craig, e o governador do Havaí,Ben Cayetano, também engajaram-se no projeto, que sairia do papel em fevereiro de 1999.
Para a corrida, os organizadores decidiram convidar os 12 primeiros colocados datemporada, além de 4 pilotos convidados. A premiação total seria de 10 milhões de dólares - destes, 5 eram destinados ao vencedor[3] e 250 mil ao pole-position. A corrida seria disputada em 2 baterias de 1 hora cada, e durante o intervalo, shows musicais, desfiles, apresentações aéreas e sorteio de prêmios aos espectadores eram realizados.
Abaixo os 11 pilotos da CART que participariam do Hawaiian Super Prix:
A morte deGreg Moore no GP de Fontana abriria uma vaga para seu companheiro de equipe,Patrick Carpentier (Tony Kanaan e Bryan Herta subiriam uma posição). A escolha dos pilotos de outras categorias ficaria a critério da organização - entre os principais nomes, figuravamAl Unser, Jr.,Scott Pruett eRobby Gordon, que se despediram da CART no mesmo ano, além de ex-pilotos (aposentados ou não, comoAlessandro Zanardi eJacques Villeneuve, que estavam naFórmula 1). Porém, a proposta foi engavetada pelos organizadores.[4]
Entretanto, vários problemas começaram a minar o Hawaiian Super Prix: inicialmente, a demora na confirmação da realização da prova. Especialistas definiram que seria melhor a corrida ser disputada em novembro de 2000, para que tudo fosse feito com mais tranquilidade e planejamento. Rutherford e sua equipe acreditavam que tudo ficaria pronto a tempo.
Outra questão foi a transmissão, feita empay-per-view: Rutherford fez um acordo com oShowtime, para que o canal transmitisse o evento, cobrando 20 dólares. Várias empresas recusaram-se a patrocinar o HSP em resposta à decisão. Para complicar, a audiência não era favorável ao PPV: enquanto as corridas da CART registravam índices Nielsen (correspondente ao IBOPE no Brasil) entre 1,4 e 1,9 ponto de média, número baixo se comparado à audiência da NASCAR.
A data de realização da corrida foi outro fator que atrapalhou a organização: em 13 de novembro, Fresno e Universidade do Havaí disputariam a partida de futebol americano mais esperada pela população do arquipélago. Para piorar a situação, o Showtime iria exibir a luta entreEvander Holyfield eLennox Lewis.
A falta de dinheiro e de interesse por parte da mídia e dos espectadores fariam com que o HSP tornasse um fracasso: as estimativas de 50 mil pessoas caiu para 14 mil e, posteriormente, para 7 mil. Em agosto, o Showtime rescindiu o contrato com a organização e Richard Rutherford correu atrás de um outro canal para exibir a corrida.ABC eESPN, que também transmitiam a CART, não aceitaram o convite. Restou a Rutherford fazer um acordo às pressas com o Speedvision, canal especializado em automobilismo que, mais tarde, viria a se tornar oSpeed.
Porém, a situação era complicada: Rutherford deixou o cargo de CEO para Phil Heard, que teria de resolver uma série de problemas. Ele chegou a pensar em abandonar o convite aos pilotos de outras categorias e reduzir a premiação para 8 milhões de dólares (4 milhões ao vencedor), decisão que foi bastante criticada.
Em outubro, um conflito envolvendo trabalhadores do porto de Honolulu e empresas de transporte marítimo, que traziam ao arquipélago nada menos que 90% de tudo o que havia na ilha, interrompeu a construção do circuito. Não havia aço necessário para levantar as arquibancadas e apenas 20.000 dos 50.000 lugares foram finalizados. Sem alternativa, Heard decidiu cancelar o Hawaiian Super Prix.
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