AGuiana Francesa (emfrancês:Guyane française, oficialmente apenasGuyane) é umdepartamento ultramarino eregião daFrança, na costa doAtlântico Norte daAmérica do Sul, nasGuianas. Faz fronteira com oBrasil a leste e sul e com oSuriname a oeste. Desde 1981, quandoBelize se tornou independente doReino Unido, a Guiana Francesa tem sido o único território continental na América que ainda está sob a soberania de um paíseuropeu.[4] Com uma área de 83 534 km², a Guiana Francesa é a segunda maior região da França e a maiorregião ultraperiférica dentro da União Europeia. Tem uma densidade populacional muito baixa, com apenas 3,6 habitantes por km². Metade de seus 301 099 habitantes em 2022 viviam na área metropolitana de Caiena, sua capital. Desde dezembro de 2015, tanto a região como o departamento têm sido governados por uma assembleia única no âmbito de uma novacoletividade territorial única, a Coletividade Territorial da Guiana Francesa (em francês:Collectivité Territoriale de Guyane). Essa assembleia, a Assembleia da Guiana Francesa (em francês:Assemblée de Guyane), substituiu o antigoconselho regional e oconselho departamental, ambos desmembrados. A Assembleia da Guiana Francesa é responsável pelo governo regional e departamental.
Antes do contato europeu, o território era originalmente habitado por nativos americanos, a maioria falantes do idiomaarauaque, da família linguística arawakana. O povo foi identificado como Lokono. O primeiro estabelecimento francês está registrado em 1503, mas a França não estabeleceu uma presença durável até que os colonos fundaram Caiena em 1643. A Guiana foi desenvolvida como uma sociedadeescravista, onde plantadores importavam africanos como trabalhadores escravizados em grandes açucareiros e outras plantações em número tal que aumentar a população. A escravidão foi abolida nas colônias na época daRevolução Francesa.[5] A Guiana foi designada como um departamento francês em1797. Mas depois que a França abandonou seu território na América do Norte, desenvolveu a Guiana como uma colônia penal, estabelecendo uma rede de campos e penitenciárias ao longo do litoral onde prisioneiros da França foram condenados atrabalhos forçados.
Durante aSegunda Guerra Mundial e aqueda da França para aAlemanha Nazista, o franco-guianenseFélix Éboué foi um dos primeiros a apoiar o generalCharles de Gaulle, daFrança Livre, em 18 de junho de 1940. A Guiana reuniu oficialmente aFrança Livre em 1943, e pouco depois, abandonou seustatus de colônia e tornou-se novamente um departamento francês em 1946. Depois que De Gaulle foi eleito presidente da França, ele estabeleceu o Centro Espacial da Guiana em 1965. Ele agora é operado peloCNES, pelaArianespace e pelaAgência Espacial Europeia (ESA). No final dosanos 1970 e início dosanos 1980, vários milhares de refugiados da etniaHmong, oriundos doLaos, imigraram para a Guiana Francesa, fugindo do deslocamento após o envolvimento dos Estados Unidos naGuerra do Vietnã.[6] No final da década de 1980, mais de 10 mil refugiados surinameses, em sua maioria quilombolas, chegaram à Guiana Francesa, fugindo daGuerra Civil do Suriname.[6] Mais recentemente, a região recebeu um grande número de migrantes econômicos brasileiros ehaitianos.[6] Mineração de ouro ilegal e ecologicamente destrutiva porgarimpeirosbrasileiros é uma questão crônica na remota floresta tropical interna da Guiana Francesa.[7][8]
Totalmente integrada no Estado central francês, a Guiana faz parte daUnião Europeia, e sua moeda oficial é oeuro. Uma grande parte da economia da Guiana deriva de empregos e negócios associados à presença do Centro Espacial da Guiana, hoje o principal local de lançamento da Agência Espacial Europeia, próxima àLinha do Equador. Como em outras partes da França, a língua oficial é ofrancês, mas cada comunidade étnica tem sua própria língua. Ocrioulo da Guiana Francesa, uma língua crioula com base francesa, é o idioma mais falado. Em comparação com a França metropolitana, a região enfrenta problemas comoimigração ilegal significativa, infraestrutura mais pobre,custo de vida mais alto, taxas de criminalidade mais altas e agitação social mais comum.
Bill Marshall, professor de Estudos Culturais Comparados daUniversidade de Stirling,[10] escreveu sobre as origens da Guiana Francesa:
O primeiro esforço francês para colonizar a Guiana, em 1763, falhou totalmente, pois os colonos estavam sujeitos a uma alta mortalidade devido às inúmerasdoenças tropicais e ao clima severo: todos, exceto 2 mil dos 12 mil colonos iniciais, morreram.
Durante as operações como colônia penal a partir de meados do século XIX, o governo francês transportou aproximadamente 56 mil prisioneiros para aIlha do Diabo. Menos de 10% sobreviveram à sentença.[11]
AÎle du Diable (Ilha do Diabo) era o local de uma pequena prisão, parte de um sistema penal maior com o mesmo nome, que consistia em prisões em três ilhas e três prisões maiores no continente. Funcionou de 1852 a 1953.
Além disso, no final do século XIX, a França começou a exigir residências forçadas de prisioneiros que sobreviveram ao trabalho forçado.[12] Uma esquadra naval luso-britânicatomou a Guiana Francesa em nome doImpério Português em 1809, que foi devolvida àFrança com a assinatura doTratado de Paris em 1814. EmboraPortugal tenha devolvido a região à França, manteve uma presença militar até 1817.
Depois que a Guiana Francesa foi estabelecida comocolônia penal, as autoridades às vezes usavam presidiários para pegarborboletas. As penas dos condenados eram muitas vezes longas e as perspectivas de emprego muito fracas, de modo que os condenados pegavam borboletas para vender no mercado internacional, tanto para fins científicos quanto para coleta em geral.[13]
Uma disputa de fronteira com oImpério do Brasil surgiu no final do século XIX por uma vasta área de selva, resultando no breve Estado pró-francês e independente deCounani no território disputado. Houve algumas lutas entre os colonos. A disputa foi resolvida em grande parte em favor do Brasil pela arbitragem dogoverno suíço.[14]
O território deInini consistia na maior parte do interior da Guiana Francesa quando foi criado em 1930.[15] Foi abolido em 1946, ano em que a Guiana Francesa como um todo foi formalmente estabelecida como umdepartamento ultramarino da França.[16] Em 1936,Félix Éboué, de Caiena, se tornou o primeiro homem negro a servir como governador em uma colônia francesa.[17][18]
Em 1964, o presidente francêsCharles de Gaulle decidiu construir uma base paraviagens espaciais na Guiana Francesa. O objetivo era substituir a base doSaara naArgélia e estimular o crescimento econômico da Guiana Francesa. O departamento foi considerado adequado para o efeito porque está perto dalinha do equador e tem amplo acesso ao oceano como zona tampão. OCentro Espacial da Guiana, localizado a uma curta distância ao longo da costa deKourou, cresceu consideravelmente desde os primeiros lançamentos dos foguetesVéronique. Agora faz parte da indústria espacial europeia e teve sucesso comercial com lançamentos como oAriane 4 e oAriane 5.
Mais recentemente, a Guiana Francesa recebeu um grande número de migrantes econômicosbrasileiros ehaitianos.[20] Amineração ilegal e ecologicamente destrutiva de ouro por garimpeiros brasileiros é um problema crônico na remota floresta tropical do interior da Guiana Francesa.[22][23] A região ainda enfrenta problemas como imigração ilegal, infraestrutura mais pobre do que a França continental, custos de vida mais elevados, além de níveis mais altos decriminalidade e agitação social.[24]
O Conselho Geral da Guiana adotou oficialmente uma bandeira departamental em 2010.[25] Em um referendo naquele mesmo ano, a Guiana Francesa votou contra a autonomia.[26] Em 20 de março de 2017, os trabalhadores da Guiana Francesa começaram aentrar em greve e a se manifestar por mais recursos e infraestrutura.[27] No dia 28 de março de 2017 houve a maior manifestação já realizada na Guiana Francesa.[28] A região foi severamente afetada pelapandemia de COVID-19, com mais de 1% da Guiana Francesa com testes positivos até o final de junho de 2020.[29]
A Guiana Francesa está situada ao norte da América do Sul, sua extensão territorial é de 89 150 km² (dos quais 12 500 km² são a Guiana propriamente dita, o restante forma o território interno de Inini). Esse departamento delimita ao norte com ooceano Atlântico, ao sul e ao leste com o Brasil e a oeste com o Suriname. O perímetro de suas fronteiras soma 1 183 km e sua faixa litorânea mede 378 km.
A Guiana Francesa é uma região plana com poucas colinas, a máxima altitude ocorre em Bellevue de Inini e é de 851 m. O relevo eleva-se desde a faixa costeira até as terras altas do sul, passando por uma planície de transição (situada no centro do departamento), onde se combinam os granitos do escudo guianês (ou maciço das Guianas) e os depósitos fluviais. No extremo sul, estão localizadas as cadeias montanhosas Eureupogcigne e Oroye.
Os rios são de escassa longitude, bastante caudalosos, de vital importância para chegar ao interior do departamento e desembocam no oceano Atlântico. Os rios mais importantes são: Mana, Sinnamary, Approuague e Oiapoque.
O clima é tropical, portanto, bastante chuvoso, quente e úmido na grande maior parte do ano. Os furacões que são gerados no oceano atlântico dificilmente chegam à Guiana Francesa. A temperatura média do território é de 27 °C e as precipitações superam os 3 000 mm anuais. Um dia típico na floresta da Guiana Francesa é muito quente durante o dia e chuvoso no final da tarde.
Tem clima equatorial de montanha (clima que se caracteriza por sua maior facilidade de percepção das estações, diferenciando-se assim do clima equatorial comum). A temperatura tem uma variação pequena, chegando a 30 °C e 25 °C no verão e no inverno respectivamente. A chuva ocorre nesse território durante todo o ano (mais frequentemente no verão), mas diferentemente do clima equatorial comum, que tem em média 3 100 mm/ano, com esse clima equatorial de montanha, vê-se apenas 1 200 mm/ano (um volume bem menor).
A flora é característica da floresta tropical, quer dizer, extremamente diversificada e densa (como acontece no Brasil). A maior parte do departamento (mais de 90% da superfície) está coberta por uma floresta tropical densa que fica ainda mais impenetrável na proximidade dos rios. Calcula-se que existam na floresta equatorial mais de 60 000 espécies de árvores (algumas delas centenárias, como o ébano), com alturas que podem ultrapassar os 80 m.
Os manguezais cobrem grande parte do litoral e, por tratar-se de um ecossistema extremamente frágil, o ecoturismo tem se desenvolvido lenta e planejadamente na região costeira. Existem quatro tipos diferentes de manguezais no departamento, dentre os quais o vermelho e o branco. Atrás do mangue, a planície litorânea alberga a palmeira tucum, seus frutos permitem a elaboração de caldo tradicionalmente consumido na época do Natal.
Na fauna da Guiana Francesa é possível encontrar enormes variedades de peixes, aves, répteis, insetos e mamíferos, dentre os quais podemos destacar a onça-pintada, araras e papagaios, serpentes, antas, tatus, jacarés e macacos.
Número de habitantes segundo os censos e estimativas.
A população da Guiana Francesa de 301 099 habitantes (segundo estimativas de 2022),[30] a maioria dos quais vivem próximas do litoral, é muito diversificada etnicamente. No censo de 2014, 57,3% dos habitantes da Guiana Francesa nasceram na região, 9,3% nasceram na França metropolitana, 3,0% nasceram nos departamentos e coletividades do Caribe francês (Guadalupe,Martinica,São Martinho,São Bartolomeu). e 30,2% nasceram em países estrangeiros (principalmenteBrasil,Suriname e Haiti).[31] A expectativa de vida média é 79,8 anos.[32]
A principal religião praticada na Guiana Francesa é ocatolicismo romano; os quilombolas e o povos ameríndios ainda mantêm suas próprias religiões tradicionais. Oshmong também são em grande parte católicos devido à influência de missionários que ajudaram a trazê-los para a Guiana Francesa.[33]
Interior da Assembleia Regional da Guiana Francesa
A Guiana Francesa, como um coletividade da França, faz parte da União Europeia — é considerada o maior território da UE fora da Europa desde que aGroenlândia deixou aComunidade Europeia em 1985, com uma das mais longas fronteiras externas da UE. É um dos três únicos territórios da União Europeia fora da Europa que não estão localizados em uma ilha (os outros são as cidades autônomas espanholas na África,Ceuta eMelilla). Como parte integrante da França, seuchefe de Estado é opresidente da França e seuchefe de governo é oprimeiro-ministro da França. O governo francês e suas agências são responsáveis por uma ampla gama de questões reservadas ao poder executivo nacional, como a defesa e as relações externas. O Presidente da França nomeia um prefeito como seu representante para chefiar o governo local da Guiana Francesa. Há um órgão executivo local eleito, a Assembleia da Guiana Francesa (Assemblée de Guyane).[34] A Guiana Francesa elege dois deputados para aAssembleia Nacional da França, um representando as comunas de Caiena e Macouria, e o outro representando o restante da Guiana Francesa. Este último eleitorado é o maior da República Francesa por área terrestre. A Guiana Francesa também elege dois senadores para oSenado francês. O Partido Socialista Guianês dominou a política na Guiana Francesa até 2010.[carece de fontes?]
Uma questão crônica que afeta a Guiana Francesa é o afluxo deimigrantes ilegais egarimpeiros clandestinos deouro oriundos do Brasil e do Suriname. Orio Maroni, que é a fronteira natural com o Suriname, flui através da floresta tropical e é difícil para aGendarmaria e aLegião Estrangeira Francesa patrulhar. Houve várias fases lançadas pelo governo francês para combater a mineração ilegal de ouro na Guiana Francesa, começando com a Operação Anaconda a partir de 2003, seguida pela Operação Harpie em 2008, 2009 e a Operação Harpie Reinforce em 2010. O coronel François Müller, comandante da Gendarmaria na Guiana Francesa, acredita que essas operações foram bem-sucedidas. No entanto, após o término de cada operação, retornaram os garimpeiros brasileiros.[35] Logo após o início da Operação Harpie Reinforce, ocorreu uma confronto entre autoridades francesas e mineradores brasileiros. Em 12 de março de 2010, uma equipe de soldados franceses e policiais de fronteira foram atacados enquanto retornavam de uma operação bem-sucedida, durante a qual "os soldados prenderam 15 mineiros, confiscaram três barcos e apreenderam 617 gramas de ouro... atualmente valendo cerca de US$ 22 317". Os garimpeiros retornaram para recuperar seus saques e colegas perdidos. Os soldados dispararam tiros de advertência e balas de borracha, mas os mineiros conseguiram retomar um de seus barcos e cerca de 500 gramas de ouro. "A reação violenta dos garimpeiros pode ser explicada pela tomada excepcional de 617 gramas de ouro, cerca de 20% da quantidade apreendida em 2009 durante a batalha contra a mineração ilegal", disse Phillipe Duporge, diretor da polícia de fronteira da Guiana Francesa. uma conferência de imprensa no dia seguinte.[36]
A economia da Guiana Francesa é baseada principalmente napesca e naextração mineral, principalmenteaurífera. O departamento registra notável imigração ilegal, principalmente de brasileiros, haitianos e surinameses, atraídos pela possibilidade de obter renda emeuros.
Na segunda metade do século XX, a Guiana Francesa desenvolveu uma economia florescente, estimulada pela atividade no centro espacial deKourou, conhecida por hospedar a base de lançamento de foguetes e satélites daAgência Espacial Europeia (ESA). O aluguel da base de lançamento rende dividendos à administração local.
OCentro Espacial de Kourou, construído a partir de 1968 pela Agência Espacial Europeia, contribuiu decisivamente para o desenvolvimento econômico da Guiana Francesa, não só por gerar empregos, mas também por introduzir tecnologia de ponta e informática à região. O sistema de transportes concentra-se no litoral. Há um aeroporto internacional em Rochambeau, perto de Caiena.
O programa denominado Plan Vert (Plano Verde) objetiva desenvolver a agricultura, a pecuária e a exploração florestal, e se baseia na imigração de colonos franceses. A pesca, principalmente de camarões, cresceu a partir de meados do século XX. As exportações incluem açúcar, mandioca, coco, banana, rum e madeira. A Guiana Francesa explora seus recursos minerais, sobretudoouro ebauxita, porém, em baixo volume em comparação com o resto do mundo — o país extrai cerca de 1 a 2 toneladas de ouro por ano, e está longe de ser um dos maiores produtores do mundo tanto de ouro como de bauxita.[37][38][39]
OCarnaval é um dos eventos mais importantes da Guiana Francesa. Considerado o mais longo do mundo, acontece natarde dedomingo, entreEpifania no início dejaneiro equarta-feira de cinzas emfevereiro oumarço. Grupos vestidos de acordo com a temática do ano desfilam em carros alegóricos decorados, ao ritmo depercussão e metais. A preparação dos grupos dura meses antes do carnaval. Os grupos desfilam diante de milhares de espectadores que se aglomeram nas calçadas e arquibancadas dispostas para a ocasião.
Grupos debrasileiros idênticos aos docarnaval carioca, também são apreciados por seus ritmos e trajes sedutores. A comunidade chinesa de Caiena também participa dos desfiles dando seu toque característico, com os dragões. Depois, no início da noite, osTouloulous, personagens típicos do carnaval guianense, vão àdiscoteca para participar dos famososBailes de máscaras.
A culinária guianense é rica nas diferentes culturas que se misturam na Guiana Francesa. A arte culinária local originalmente reunia as culináriasCrioulo, Bushinengue e Indígena.
Todas essas cozinhas têm vários ingredientes em comum:
↑«Création de territoire en Guyane françaises».Journal officiel de la Guyane française via Bibliothèque Nationale de France (em francês). 6 de junho de 1930. Consultado em 6 de junho de 2020
Robert Aldrich and John Connell.France's Overseas Frontier : Départements et territoires d'outre-mer Cambridge University Press, 2006.ISBN0-521-03036-6.
René Belbenoit.Dry guillotine: Fifteen years among the living dead 1938, Reprint: Berkley (1975).ISBN0-425-02950-6.
René Belbenoit.Hell on Trial 1940, translated from the original French manuscript by Preston Rambo. E. P Dutton & Co. Reprint by Blue Ribbon Books, New York, 194 p. Reprint: Bantam Books, 1971.
Peter Redfield.Space in the Tropics: From Convicts to Rockets in French GuianaISBN0-520-21985-6.
Miranda Frances Spieler.Empire and Underworld: Captivity in French Guiana (Harvard University Press; 2012) studies slaves, criminals, indentured workers, and other marginalized people from 1789 to 1870.
Estes doisarquipélagos, localizados noAtlântico Norte, foram colonizados pelos portugueses no início doséculo XV e fizeram parte do Império Português até 1832, quando se tornaramprovíncias de Portugal. A partir de então passaram a ser consideradas como um prolongamento da metrópole europeia (as chamadasIlhas Adjacentes) e não como colónias. Hoje sãoregiões autónomas de Portugal.