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Guerra Franco-Prussiana

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Guerra Franco-Prussiana
guerra daUnificação Alemã
Data19 de julho de 1870 – 10 de maio de 1871
LocalFrança eAlemanha
DesfechoVitória decisiva alemã
Tratado de Frankfurt
Mudanças territoriaisAlemanha anexaAlsácia-Lorena
Fim doSegundo Império Francês
Formação daTerceira República Francesa
Criação doImpério Alemão
Beligerantes
Segundo Império Francês (até 4 de setembro de 1870)

Terceira República Francesa (a partir de 4 de setembro de 1870)
Confederação da Alemanha do Norte (até 18 de janeiro de 1871)

Grão-Ducado de Baden
Reino da Baviera
Reino de Württemberg
Grão-Ducado de Hesse


Império Alemão (a partir de 18 de janeiro de 1871)
Comandantes
Napoleão III
François Achille Bazaine
Jules Trochu
Patrice de Mac-Mahon
Léon Gambetta
Guilherme I
Otto von Bismarck
Helmuth von Moltke
Príncipe Frederico
Frederico Carlos
Karl Friedrich von Steinmetz
Albrecht von Roon
Forças
2 000 740 (total mobilizado)
  • 710 000 soldados (auge, no campo)
1 494 412 (total mobilizado)
  • 949 337 soldados (auge, no campo)
Baixas
756 285 baixas:
  • 138 871 mortos
  • 143 000 feridos
  • 474 414 capturados
144 642 baixas:
  • 44 700 mortos
    • 17 585mortos em combate
    • 10 721 mortos devido a ferimentos
    • 12 385 mortos fora de combate
    • 4 009 desaparecidos e presumidos mortos
  • 89 732 feridos
  • 10 129 desaparecidos ou capturados

AGuerra Franco-Prussiana, ouGuerra Franco-Germânica (19 de julho de187010 de maio de1871) foi um conflito ocorrido entreImpério Francês e oReino da Prússia no final doséculo XIX. Durante o conflito, a Prússia recebeu apoio daConfederação da Alemanha do Norte, da qual fazia parte, e doGrão-Ducado de Baden, doReino de Württemberg e doReino da Baviera. A vitória incontestável dos alemães marcou o último capítulo da unificação alemã sob o comando deGuilherme I da Alemanha.[1] Também marcou a queda deNapoleão III e dosistema monárquico na França, com o fim doSegundo Império e sua substituição pelaTerceira República Francesa. Também como resultado da guerra, ocorreu a anexação da maior parte do território daAlsácia-Lorena pela Prússia, território que ficou em união com oImpério Alemão até o fim daPrimeira Guerra Mundial.

Motivos da guerra

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As causas da Guerra Franco-Prussiana estão profundamente enraizadas nos eventos que cercam oequilíbrio de poder entre grandes potências após asGuerras Napoleônicas. França e Prússia eram inimigos durante essas guerras, com aFrança do lado derrotado eNapoleão Bonaparte exilado paraElba. Após a ascensão deNapoleão III, que ocorreu como resultado de um golpe de Estado na França, e com o final daGuerra da Crimeia, que carrega uma provisão noTratado de Paris onde omar Negro russo deveria ser uma zona desmilitarizada, cria-se uma condição favorável para aunificação alemã que, em pouco tempo, os trouxe para a guerra após aGuerra dos Ducados do Elba (1864), contra a Dinamarca e aGuerra Austro-Prussiana (1866).

AEspanha estava sem rei desde 1868, devido à abdicação deIsabel II, em virtude daRevolução de 1868 e asCortesparlamento espanhol — ofereceram a coroa ao príncipe prussianoLeopoldo de Hohenzollern, primo do rei daPrússia,Guilherme I. UmHohenzollern no trono espanhol seria demais para a Europa antiprussiana.[2] O imperador francêsNapoleão III pressionou oReino da Prússia para impedir que o parente distante do rei prussiano assumisse o trono espanhol. O ministro do exército francês realizou, na câmara, um discurso indignado e belicoso contra a Prússia, o que gerou sentimentos antifranceses no sul daAlemanha.[3]

Pretexto da Guerra Franco-Prussiana (1870-1871)

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Oficiais alemães prestam homenagem aos prisioneiros franceses feridos, 1876
Édouard Detaille

O chanceler prussianoOtto von Bismarck e seus generais estavam interessados em uma guerra contra a França, pois esse país punha empecilhos à integração dosEstados do sul daAlemanha na formação de um novo país dominado peloReino da Prússia — oImpério Alemão. Bismarck preparara um poderoso exército e conhecia a situação precária do exército francês. Sabia também que, se fosse atacado pelos franceses, teria o apoio dos estados alemães do Sul e, derrotando a França, já não haveria nenhum obstáculo a seu projeto de unificar a Alemanha. Por outro lado, os conselheiros de Napoleão III asseguraram-lhe que o exército francês era capaz de derrotar os prussianos, o que restauraria a declinante popularidade do imperador, perdida em consequência das muitas derrotas diplomáticas sofridas.

Bismarck também sabia da superioridade de seu poderio militar sobre o exército francês. Todavia, antes de o conflito começar,Napoleão III, temendo a expansão prussiana, protestou e exigiu do rei da Prússia a renúncia do príncipe Leopoldo, que desistiu de disputar o trono espanhol.

Napoleão III, ainda não satisfeito, e para agradar àopinião pública francesa, exigiu novas garantias de que jamais um membro de sua família ocuparia o trono espanhol. Apesar deGuilherme I aceitar todas as condições impostas pelo imperador francês, este último insistia que o rei deveria dar estas garantias e negociar pessoalmente com o embaixador Benedetti da França. O rei prussiano, que anteriormente atendera a todas as reivindicações de Napoleão III, refutou ter que negociar e dar novas garantias ao embaixador francês. EmParis, a atitude do rei prussiano foi tida como uma ofensa ao orgulho nacional da França e ao povo francês.

Finalmente, França e Prússia entraram em guerra em 1870. A guerra em si foi provocada por Bismarck, que habilmente insultou a França e alterou uma indiscutível mensagem de seu rei (otelegrama de Ems — telegrama que Napoleão III enviou ao rei Guilherme I da Prússia),[2] que buscava justamente dar fim à crise.

Alianças e início das operações

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APrússia desde logo contou com o apoio dos estados germânicos do Sul na sua luta contra aFrança. As forças alemãs estavam unificadas sob o comando supremo deGuilherme I que contava com o grande estrategistaHelmuth von Moltke como chefe doEstado-Maior. À frente das tropas francesas encontrava-sePatrice Mac-Mahon.

Exércitos prussianos avançaram para dentro da França. A eficácia da ofensiva alemã contrastou com a ineficiência da mobilização francesa. As forças francesas foram expulsas daAlsácia, enquanto a divisão de exército francês, comandado pelo generalFrançois Achille Bazaine, foi obrigada a se retirar deMetz.

A Batalha de Sedan

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Ver artigo principal:Batalha de Sedan

Um exército chefiado pelo próprioNapoleão III e pelo marechalPatrice Mac-Mahon tentou libertar o generalFrançois Achille Bazaine, emMetz, mas acabou cercado porHelmuth von Moltke em31 de agosto, nabatalha de Sedan, que decidiu o conflito.

Em1 de setembro, os franceses tentaram inutilmente romper o cerco e, em2 de setembro, Napoleão, Mac-Mahon e 83 000 soldados renderam-se aos alemães. Napoleão III foi capturado e, desacreditado aos olhos dos franceses, deixou de ser imperador.

A resistência francesa prosseguiu sob um novo governo de defesa nacional, que assumiu o poder emParis em4 de setembro, depois de dissolver aAssembleia Nacional, proclamar a deposição do imperador e estabelecer arepública. Bismarck recusou-se a assinar a paz e, em19 de setembro, começou o cerco aParis. No dia19, os alemães começaram a sitiar Paris.[3] O novo governo dispôs-se a negociar com Bismarck, mas suspendeu as conversações quando soube que os alemães exigiam aAlsácia e aLorena. O principal líder do novo governo,Léon Gambetta, fugiu de Paris numbalão, estabelecendo um governo provisório na cidade deTours para reorganizar o exército no interior. A partir daí seriam organizadas 36 divisões militares, todas destinadas ao fracasso.

A vitória em Sedan estimulou o nacionalismo no sul da Alemanha e osestados germânicos ao sul dorio Meno (Grão-Ducado de Hesse,Grão-Ducado de Baden,Reino da Baviera eReino de Württemberg) entraram naConfederação Germânica. A esses estados, porém, foram garantidas certas autonomias, como, por exemplo, exército próprio em tempo de paz. Com a integração desses estados ao novoReich ("Segundo Reich"; pois o "Primeiro Reich" ouSacro Império Romano-Germânico, foi fundado porCarlos Magno, reifranco, sucedido mais adiante porOtão I), completou-se a última etapa para aunificação alemã.

A Comuna de Paris

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Ver artigo principal:Comuna de Paris
Napoleão III eBismarck após a batalha de Sedan
Barricadas erguidas peloscommunards em frente a La Madelaine
Bismarck (figura central, de branco) proclama oImpério Alemão noPalácio de Versalhes
Óleo deAnton von Werner

Esperanças de um contra-ataque francês dispersaram-se quando o marechalFrançois Achille Bazaine, com um exército de 173 000 homens, apresentou sua rendição, emMetz, no dia27 de outubro.[1]

A capitulação oficial deParis ocorreu em28 de janeiro de1871.Louis Adolphe Thiers, velho político francês, foi eleito pela assembleia como chefe doexecutivo e solicitou umarmistício aos prussianos, o qual foi concedido por Bismarck. O armistício incluía a eleição de uma assembleia nacional francesa que teria a autoridade de firmar uma paz definitiva. AAssembleia Nacional Francesa reuniu-se emBordéus, em13 de fevereiro, nomeando Louis Adolphe Thiers o primeiro presidente daTerceira República Francesa. O acordo, negociado por Thiers, foi assinado em26 de fevereiro e ratificado em1.º de março. A população de Paris, entretanto, recusou-se a depor as armas e, em março de1871, revoltou-se, estabelecendo um breve governo revolucionário, aComuna de Paris.

O fim da guerra: O Tratado de Frankfurt

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Ver artigo principal:Tratado de Frankfurt

O governo francês assinou, em 10 de maio de 1871, oTratado de Frankfurt, pondo fim à guerra entre aFrança e aPrússia. Neste documento ficava estabelecido que, por direito de guerra e pela população daAlsácia-Lorena ser de maioria germânica, a província francesa daAlsácia e parte daLorena (até mesmoMetz) passariam para o domínio doImpério Alemão. Devido aos grandes danos causados à Prússia, a França foi obrigada a pagar uma indenização de guerra de cinco bilhões de francos de ouro e a financiar os custos da ocupação das províncias do norte pelas tropas alemãs, até o pagamento da indenização. Em troca, foram libertados 100 milprisioneiros de guerra franceses, os quais foram admitidos nas linhas prussianas para reprimir aComuna de Paris. Depois de dois meses de luta sangrenta, a comuna foi esmagada pelas tropas deLouis Adolphe Thiers.

O maior triunfo deOtto von Bismarck ocorreu em 18 de janeiro de 1871, quandoGuilherme I da Prússia foi proclamadoimperador da Alemanha emVersalhes, o antigo palácio dos reis da França. Para a Prússia, a proclamação doImpério Alemão foi o clímax das ambições de Bismarck deunificar a Alemanha.[3]

A onerosa obrigação francesa só foi cumprida em setembro de 1873. Naquele mesmo mês, as tropas alemãs abandonaram a França, depois de quase três anos de ocupação.

Motivos da derrota francesa na guerra

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A derrota daFrança, comandada pelo general francêsPatrice Mac-Mahon, deu-se por ser o exército prussiano maior e estar mais bem organizado para a guerra. Enquanto oscanhões franceses eram carregados pela boca, osprussianos tinham os famososKrupp, de aço, carregados pelaculatra, o que possibilitava tiro mais rápido. Paris resistiu o quanto pôde aos prussianos, mas capitulou após quatro meses, por causa da fome.

Logo a Prússia mostrou-se preparada o suficiente para encurralar a França em seu próprio território. Os franceses perderam em todas as frentes, o que sucedeu na esmagadora vitória naBatalha de Sedan (1 de setembro de 1870), na qual o próprio imperador francês foi feito prisioneiro. No dia 2 de setembro de 1870, concluiu-se a batalha de Sedan, onde a cavalaria francesa resistiu bastante, a ponto do reiGuilherme I admirar a bravura com que estes lutaram. Porém, Napoleão III viu que era inútil sacrificar tantos soldados seus, e mandou hastear a bandeira branca, e entregou sua espada, ficado prisioneiro do rei prussiano. Dois dias depois, a república seria proclamada em Paris. No dia 20 de setembro, os prussianos cercavam Paris. Perante esta situação, o governo de Defesa Nacional (republicano, em funções desde 4 de setembro, quando Napoleão III foi deposto) assinou a rendição. NaTratado de Frankfurt, 10 de maio de 1871, a França, para além de pagar uma pesada indenização de 5 bilhões de francos para a Prússia, entregava o rico território daAlsácia-Lorena, de maioria germânica e rico em carvão e hematita (minério de ferro), para o novoImpério Alemão.

Referências

  1. ab«Unificações Nacionais – Itália, Alemanha e EUA». Consultado em 2 de abril de 2010 
  2. abSamuel Willard Crompton (2005).«100 guerras que mudaram a história do mundo - Pág. 167: Guerra Franco-Prussiana (1870 - 1871)». Google Books, Ediouro Publicações. Consultado em 1 de março de 2010 
  3. abc«Guerra Franco-Prussiana». Brasil Escola. Consultado em 10 de maio de 2012 

Ligações externas

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