Homero escreveu que elas faziam parte dacomitiva deAfrodite, acompanhando a deusa a todos os lugares.[2] Dotadas de beleza e virtudes, também acompanhavamHera, e eram dançarinas das festas nomonte Olimpo. Também eram identificadas com as primitivasmusas, em virtude de sua predileção pelasdançascorais e pelamúsica. Ao que parece, seu culto se iniciou naBeócia, onde eram consideradas deusas da vegetação.[1]
Íbico descreve as graças como "brilhantes".[3] Hesíodo as descreve como de "bochechas rosadas".[4]
O nome de cada uma delas varia nas diferentes lendas. Apesar das variações regionais, o trio mais frequente é:
Tália (Θαλία ou Θάλεια) - a que faz brotar flores.
Eufrosina (Εὐφροσύνη) - o sentido da alegria; esposa deHipnos.
Na Ilíada, as únicas referências as Graças acontecem: no Canto XIV[5], onde Hera oferece Pasiteia (Πασιθεα) - 'a mais moça das Graças' - ao deus Sono para fazê-lo adormecer Zeus e no Canto XVIII, ondeAglaia recebeTétis quando esta vem a casa deHefesto.[6]
Embora pouco relevantes namitologia greco-romana, a partir doRenascimento as graças se tornaram símbolo da idílica harmonia do mundo clássico. Nas primeiras representações plásticas, elas apareciam vestidas. Mais tarde, contudo, foram representadas como jovens desnudas, de mãos dadas. Esse modelo, do qual se conserva um grupo escultórico daépoca helenística, foi o que se transferiu ao Renascimento e originou quadros célebres comoA primavera, deSandro Botticelli (1445–1510), eAs três Graças, dePeter Paul Rubens (1577–1640). As graças foram muito representadas por artistas famosos depois doRenascimento, normalmente, como três jovens nuas, dançando.
As Três Graças (detalhe deA Primavera deBotticelli)