A vencedora foiHelena Paparizou, com a canção "My Number One", em representação daGrécia, naquela que foi a primeira e, até hoje, a única vitória do país no certame europeu.[1]
ABulgária e aMoldávia estrearam-se no concurso, com aHungria a regressar após uma ausência de sete anos.[1] Inicialmente, oLíbano também iria fazer a sua estreia, com a canção "Quand tout s’enfuit", interpretada porAline Lahoud.[2] No entanto, o facto de haverem dúvidas sobre a transmissão de todo o concurso por parte da emissora pública libanesa - devido ao não-reconhecimento da existência doEstado de Israel -, fizeram com que a emissora optasse por desistir emmarço de2005.[3][4]
Participaram 39 países. 14 países acederam diretamente à final (os 4 grandes financiadores do evento:Reino Unido,França,Espanha eAlemanha e o top 10 do ano anterior). Os restantes participaram numa semifinal, constituída por 25 países, sendo apurados apenas os 10 primeiros que se juntaram aos 14 já apurados. Participaram na final 24 países. Curiosamente, os Big 4 acabaram todos no chamado "Bottom 4", ou seja, nos quatro últimos lugares da tabela.[1]
A organização da competição encontrou um grande hiato: aRevolução Laranja. Emnovembro de2004, foram realizadaseleições presidenciais na Ucrânia, após as quais o candidatoViktor Yanukovych foi declarado vencedor. A oposição liberal, liderada porViktor Yushchenko, exigiu imediatamente a anulação dos resultados e novas eleições, suspeitando de inúmeras fraudes. Kiev foi palco de manifestações incessantes até que a oposição ganhou o caso. As novas eleições confirmaram a vitória dos liberais eViktor Yushchenko tornou-se o novo presidente ucraniano. Mas durante estes episódios, a organização da competição permaneceu paralisada. O novo regime, uma vez instalado, fez tudo o que estava ao seu alcance para recuperar o tempo perdido e dar uma imagem positiva da Ucrânia na cena internacional.[9]
Por outro lado, aUnião Europeia de Radiodifusão introduziu uma nova regra relativa ao televoto, em que um número específico de votos telefónicos teria de ser registado a nível nacional para que o televoto do país em causa fosse validado. Abaixo deste limite, o televoto seria invalidado e os resultados determinados por um júri de substituição. A regra foi aplicada na semifinal para aAlbânia,Andorra eMónaco, e na final para aAndorra ,Moldávia eMónaco.[9]
Kiev é acapital e a cidade mais populosa daUcrânia. Fica no centro-norte do país, ao longo dorio Dnieper. É um importante centro industrial, científico, educacional e cultural daEuropa Oriental. É o lar de muitas indústrias dealta tecnologia, instituições deensino superior e marcos históricos. A cidade possui um extenso sistema de transporte público e infraestrutura, incluindo ometro de Kiev.
Diz-se que o nome da cidade deriva do nome de Kyi, um de seus quatro fundadores lendários. Durante sua história, Kiev, uma das cidades mais antigas do Leste Europeu, passou por vários estágios de destaque e obscuridade. A cidade provavelmente existia como um centro comercial já no século V. Um assentamentoeslavo na grande rota comercial entre aEscandinávia eConstantinopla, Kiev era um afluente doscazares,[10] até sua captura pelosvarangianos (vikings) em meados do século IX. Sob o domínio varangiano, a cidade tornou-se a capital daRússia de Kiev, o primeiro estadoeslavo oriental. Completamente destruída durante asinvasões mongóis em 1240, a cidade perdeu a maior parte de sua influência nos séculos seguintes. Era uma capital de província de importância marginal na periferia dos territórios controlados por seus poderosos vizinhos, primeiro aLituânia, depois aPolónia e finalmente aRússia.[11]
Após ocolapso da União Soviética e a independência da Ucrânia em 1991, Kiev permaneceu como capital e experimentou um fluxo constante de migrantesucranianos de outras regiões do país.[12] Durante a transformação do país em umaeconomia de mercado edemocracia eleitoral, Kiev continuou a ser a maior e mais rica cidade da Ucrânia. Sua produção industrial dependente de armamentos caiu após o colapso soviético, afetando negativamente a ciência e a tecnologia, mas novos setores da economia, como serviços e finanças, facilitaram o crescimento de salários e investimentos de Kiev, além de fornecer financiamento contínuo para o desenvolvimento de moradias e infraestrutura urbana. Kiev emergiu como a região mais pró-ocidental da Ucrânia; partidos que defendem uma integração mais estreita com aUnião Europeia dominam durante as eleições.[13]
Os quartos de hotel eram escassos porque os organizadores do concurso pediram ao governo ucraniano que bloqueasse as reservas que não controlavam através de alocações oficiais de delegações ou pacotes turísticos. Isto levou ao cancelamento das reservas de hotel de muitas pessoas.[14]
Os organizadores esperavam que, ao acolher a Eurovisão, impulsionasse a imagem da Ucrânia no estrangeiro e aumentasse o turismo, enquanto o novo governo do país esperava que também desse um impulso modesto ao objetivo a longo prazo de adquirir a adesão àUnião Europeia.
O logótipo oficial do concurso permaneceu o mesmo daedição anterior, com a bandeira do país no coração a ser alterada, inserindo-se a daUcrânia. Depois de “Under The Same Sky” de Istambul, o slogan da edição de 2005 foi “Awakening”, que simbolizava o despertar do país e da cidade prontos para se apresentarem àEuropa.
Esta foi a primeira edição a ser transmitida em formato widescreen16:9.[15]
Os anfitriões do Festival Eurovisão da Canção foram a apresentadora de televisãoMaria "Masha" Efrosinina e oDJ Pavlo "Pasha" Shylko.[1] A vencedora do ano anteriorRuslana também estava prevista apresentar, mas acabou por desistir por vários motivos, incluindo o seu fraco domínio doinglês.[16] No entanto, atuou durante a final e entrevistou os artistas na green room. Os boxeadores ucranianosVitali eWladimir Klitschko abriram o televoto, enquanto um troféu especial foi entregue ao vencedor pelopresidente da Ucrânia,Viktor Yushchenko.[9][17]
Um CD e DVD oficiais foram lançados, juntamente com distintivos em forma de coração com as bandeiras de todos os trinta e nove países participantes. AUnião Europeia de Radiodifusão também encomendou o livro "The Eurovision Song Contest – The Official History" do autor britânico/americanoJohn Kennedy O'Connor para comemorar o quinquagésimo aniversário do concurso. O livro foi apresentado na no intervalo da final entre as músicas daSérvia e Montenegro eDinamarca. O livro foi publicado eminglês,alemão,francês,holandês,sueco,dinamarquês efinlandês.[18]
Durante a semifinal, houve algumas falhas sonoras, principalmente durante a música norueguesa, logo após a introdução e também durante a música irlandesa. Estes não foram corrigidos para o lançamento do DVD.
Os cartões postais (pequenos clipes exibidos entre as canções) desta edição ilustraram acultura e a herança da Ucrânia, juntamente com um lado mais moderno e industrial do país.[1]
Países que não se conseguiram qualificar para a final
Países que já participaram no passado mas não em 2004
Participaram neste festival 39 países: 14 dos quais tinham acesso direto à final do dia21 de maio, enquanto que os restantes 24 países tiveram de participar numa semifinal que apurou 10 destes.
OLíbano manifestou o interesse em participar tendo mesmo escolhido uma canção e uma intérprete. Porém, ocorreu um problema político: O Líbano aceitara as regras da EBU mas não tencionava emitir a participação de Israel dadas as divergências políticas entre estes dois países (problema palestiniano). Uma das exigências da UER é que todos os países são obrigados a transmitir todas as canções, e assim o Líbano desistiu para não ser desqualificado.
A semifinal teve lugar no dia19 de maio de2005, às 21hCET. Votaram todos os países participantes da edição, incluindo os que não concorreram na semifinal.[1]
A final teve lugar no dia21 de maio de2005, às 21hCET. Votaram todos os países participantes da edição, incluindo os que não se qualificaram para a final.[1]