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| Ferrari naJuventus | ||
| Informações pessoais | ||
|---|---|---|
| Nome completo | Giovanni Ferrari | |
| Data de nasc. | 6 de dezembro de1907 | |
| Local de nasc. | Alessandria,Itália | |
| Morto em | 2 de dezembro de1982 (74 anos) | |
| Local da morte | Milão,Itália | |
| Informações profissionais | ||
| Posição | Meia-atacante | |
| Clubes profissionais | ||
| Anos | Clubes | Jogos (golos) |
| 1923-1925 1925-26 1926-1930 1930-35 1935-40 1940-41 1941-42 | Alessandria Internapoli Alessandria Juventus Ambrosiana-Inter Bologna Juventus | 15 (1) 15 (16) 104 (64) 160 (68) 108 (24) 16 (2) 6 (1) |
| Seleção nacional | ||
| Itália | 44 (14) | |
| Times/clubes que treinou | ||
Giovanni Ferrari (Alessandria,6 de dezembro de1907 -Milão,2 de dezembro de1982) foi umfutebolista etécnico de futebolitaliano.[1] Estatisticamente, foi um vencedor incrível:[2] titular da campanha daseleção italiana campeã pela primeira vez daCopa do Mundo, naedição de 1934,[3] foi igualmente titular no bicampeonato, naedição de 1938. Apesar dos títulos seguidos, somente ele e o astroGiuseppe Meazza foram titulares nas duas campanhas. Ferrari também deteve por muito tempo um recorde de títulos nocampeonato italiano: oito,[2] marca que foi exclusivamente sua por quarenta anos.[4] Foi superado apenas porGianluigi Buffon, já no ano de 2018, mas segue entre os cinco jogadores que já venceram aSerie A por três equipes diferentes. E apenas ele,Giovanni Trapattoni eCesare Maldini representaram a Itália como jogador e como treinador naCopa do Mundo FIFA, com a diferença de que Ferrari pôde (como jogador) ser campeão.[5]
Cinco dos seus títulos naSerie A foram pelaJuventus,[2] onde é considerado um dos vinte maiores jogadores que o clube teve.[6] Pela seleção, era considerado a referência maior no meio-campo ofensivo nadécada de 1930, demonstrando um futebol técnico, eficiente e bastante competitivo,[7] Dificilmente perdeu por seu país: foram 32 vitórias e somente três derrotas.[2] como meia central de boa presença no ataque e grande executor do ofício denominadomezz'ala.[5]
Ferrari começou noAlessandria, desua homônima cidade natal, em 1923. O clube obteve dois quintos lugares seguidos nocampeonato italiano, nas temporadas 1923-24 e 1924-25.[carece de fontes?]
Na temporada 1925-26, foi repassado àInternapoli, onde teve um desempenho destacado, com mais de um gol por jogo: marcou 16 vezes em 15 partidas. O clube napolitano terminou em terceiro e Ferrari, na vice-artilharia do torneio. Devolvido ao Alessandria, manteve boa média nas temporadas seguintes, com 10 gols em 18 jogos na de 1926-27, e um quarto lugar no campeonato; 21 em 32 na de 1927-28, e um terceiro lugar; 10 em 29 na de 1928-29, e novo terceiro lugar; e 19 em 26 na de 1929-30, incluindo sobreRoma (vitória de 3-1), os três do seu time em 3-3 com oTorino (e outro em 2-2 no returno contra o mesmo clube), contra aInternazionale (então chamada Ambrosiana, que venceu por 2-1),Lazio (4-2) eMilan - que abriu o placar faltando vinte minutos para o fim, mas perdeu de virada por 2-1 com Ferrari marcando o segundo no minuto 86. O Alessandria terminou em sexto e Ferrari, em quarto na artilharia.[carece de fontes?]
Em 1930, fez sua estreia pelaseleção italiana, ainda como jogador do Alessandria. No mesmo ano, passou àJuventus.[2]

Na época, a equipe deTurim tinha apenas dois títulos nocampeonato italiano. Ainda estava abaixo dos nove doGenoa, dos sete doPro Vercelli e dos três doMilan. Da temporada 1930-31 até a de 1934-35, contudo, aJuve obteve cinco títulos seguidos na competição, então um recorde, superado somente pelo heptacampeonato do mesmo clube entre 2012 e 2018.[carece de fontes?] Ferrari esteve nestes cinco troféus,[3] sendo um dos grandes nomes do esquadrão, somando 68 gols naquele ciclo.[5]
Na primeira temporada, a de 1930-31, Ferrari, em 34 jogos, marcou 16 vezes. Dentre eles, dois em 3-0 sobre o próprio Genoa fora de casa, um em 3-2 fora de casa sobre aAmbrosiana-Inter, um em 3-3 com o Milan e um em 2-1 fora de casa sobre oNapoli. Na segunda, foram 17 gols em 33 jogos, marcando duas vezes em 5-3 no Napoli, uma em 2-0 no Milan, em 3-0 no seu antigo Alessandria, em 6-2 sobre a Ambrosiana-Inter (e outros dois em 4-2 no returno, emMilão), duas em 7-1 naRoma e um em 3-0 noclássico com oTorino.[carece de fontes?]
Na temporada 1932-33, foram onze gols em 33 jogos. Três desses gols vieram em uma só partida, contra oCasale. Ferrari marcou também em 4-1 e em 4-2 nas velhas potências Genoa e Pro Vercelli, respectivamente, além de outro em 3-0 no Alessandria. AJuve foi campeã com oito pontos de vantagem sobre o vice. na de 1933-34, Ferrari voltou a ter bons números contra o Casale (duas vezes em 6-1 e outra em 3-0 fora de casa no returno), com o rival Torino (um em 4-0), Genoa (um em 8-1), Alessandria e Roma (um gol em dois 3-1 sobre ambos), Milan (dois em 4-0) e Pro Vercelli (um em 2-0 fora de casa).[carece de fontes?]
A fase naturalmente fez com que os jogadoresbianconeri compusessem a base da seleção na ocasião daCopa do Mundo FIFA de 1934.[8] O pentacampeonato viria na temporada subsequente, a de 1934-35. Nela, Ferrari marcou sete gols em 26 jogos, incluindo o da vitória de 2-1 de virada sobre o Napoli, a oito minutos do fim; o único do 1-0 contra a Ambrosiana-Inter; três em 6-1 sobre a Lazio; e o único de 1-0 sobre aFiorentina, exatamente o gol do título, na rodada final - o clube deTurim terminou dois pontos acima da Ambrosiana, que em paralelo perdeu sua partida.[carece de fontes?]
Ferrari, todavia, deixou o clube pouco depois,[3] em meio à tragédia aérea que matou o presidente juventino Edoardo Agnelli, a qual mudou os rumos da diretoriabianconera.[5] O jogador rumou àAmbrosiana-Inter,[3] nome da Internazionale na época,[carece de fontes?] em tempos nos quais ainda não existia oDerby D'Italia, rivalidade que a seria fomentada apenas nadécada de 1960 entreInter eJuve.[9] Seu ex-clube só voltaria a ser campeã na temporada 1949-50.[carece de fontes?]
Sua contratação era um sonho da diretoria interista, que conseguia reproduzir no time deMilão a dupla que já funcionava na seleção, entre Ferrari eGiuseppe Meazza, que mantiveram o bom entrosamento no clube.[5] Após cinco anos na Juventus, Ferrari passou outros cinco anos na Inter, deixando osnerazzurri em 1940.[3] Conseguiu no time mais dois títulos italianos,[2] nas temporadas 1937-38 e 1939-40, além daCopa da Itália de 1938-39, a primeira do clube.[carece de fontes?]
Foram 8 gols em 25 partidas na temporada 1935-36, incluindo um cada sobre oTorino (3-3 fora de casa e 4-0 em Milão),Roma (5-1) eLazio (3-1), embora seu clube não tenha ido além do quarto lugar. Na de 1936-37, foram sete gols em trinta jogos, com os milaneses apenas em sétimo. Ferrari marcou sobre Torino (1-0) eNapoli (derrota de 2-1), dentre outros.[carece de fontes?]
Na temporada 1937-38, foram nove gols em trinta partidas. A Inter, enfim, foi campeã, com dois pontos de vantagem sobre a Juventus. Ferrari marcou em vitória de 2-1 noclássico com oMilan, em cada duelo contra a própria Juventus (vitória e derrota de 2-1), em 3-1 na Lazio, em 1-1 com o Torino e no 1-0 sobra a Roma, já na penúltima rodada. Nas duas temporadas seguintes, porém, Ferrari já não marcou gols, usado quinze vezes na de 1938-39 e oito na de 1939-40. A Inter ficou respectivamente em terceiro e em primeiro lugar.[carece de fontes?]
Em meados de 1940, ele foi jogar noBologna,[3] na época uma potência conhecida como "o time que faz a Terra tremer",[10] e quem se intercalava em títulos com a Inter, ganhando os outros três disputados entre 1935 e 1940. Nosfelsinei, conseguiu um novo título italiano,[3] na temporada 1940-41. Jogou 16 vezes, convertendo dois gols, precisamente nas duas primeiras rodadas, no 2-1 sobreRoma e na derrota de 3-1 para aJuventus.[carece de fontes?]
O Bologna só foi campeão uma única outra vez após aquela temporada.[carece de fontes?] O recorde de oito títulos italianos acumulados por Ferrari só seria igualado em 1984, porGiuseppe Furino,[4] e superado em 2018, porGianluigi Buffon. Já a conquista daSerie A por três clubes diferentes seria igualada porSergio Gori,Pietro Fanna,Aldo Serena eAttilio Lombardo.[5] Após o título com o Bologna, Ferrari voltou à Juventus para a última temporada da carreira de jogador, pendurando as chuteiras em 1942,[3] após seis jogos e um gol no retorno àJuve, sobre oLiguria.[carece de fontes?]
Ferrari estreou pelaItália em9 de fevereiro de1930, em vitória por 4-2 sobre aSuíça emRoma. Na época, ainda defendia oAlessandria. A segunda partida veio cerca de um ano depois, em vitória por 5-0 sobre aFrança emBolonha. Já era jogador daJuventus. Na quinta partida, marcou pela primeira vez pelaAzzurra, que na ocasião venceu por 2-0Portugal dentro dacidade do Porto.[carece de fontes?]
O pentacampeonato da Juventus entre 1931-35 fez com que naturalmente os jogadores do clube formasse a base da seleção e Ferrari esteve entre os titulares da Itália nesse período rumo àCopa do Mundo FIFA de 1934, a ser realizada no país.[8] Antes do mundial, marcou o gol italiano no empate em 1-1 com aInglaterra emRoma, em13 de maio de1933.[carece de fontes?] A importância do resultado reside no contexto da época, em que os ingleses julgavam ter por direito a melhor seleção do mundo, isolando-se de competições internacionais a ponto de recusarem o convite de disputarem o próprio mundial de 1934.[11] Ferrari abriu o placar já aos 4 minutos de jogo. O empate viria no minuto 54.[carece de fontes?]

A edição de 1934 foi a única na qual o país-sede precisou jogar as eliminatórias, as primeiras realizadas para umaCopa do Mundo FIFA. O único compromisso italiano foi uma vitória por 4-0 sobre aGrécia, já em25 de março de1934, emMilão.[12] Ferrari marcou um dos gols.[carece de fontes?] Na estreia, emMilão, aAzzurra venceu por 7-1 o terceiro colocado naCopa do Mundo FIFA de 1930, osEstados Unidos. Ferrari fez aos 18 minutos do segundo tempo quarto gol italiano, seis minutos após o adversário alterar o placar para 3-1.[13]
Ele também marcou na partida seguinte, contra aEspanha, que havia aberto o placar, aproveitando um rebote do goleiroRicardo Zamora, ainda que em lance considerado faltoso no qual o colegaAngelo Schiavio teria impedido Zamora de movimentar-se.[14] A arbitragem não anulou e o empate em 1-1 emFlorença perseverou ao fim da prorrogação, em partida que extenuou alguns jogadores. Pelo regulamento da época, as duas seleções deveriam se enfrentar novamente já no dia seguinte.[15] Ferrari foi um dos poupados, substituído pelo argentinoAttilio Demaría, mas os anfitriões venceram por 1-0.[16]
Ferrari voltou na partida contra uma sensação do torneio, oWunderteam daÁustria, cuja exibição terminou decepcionante, prejudicada pela chuva a tornar o gramado pesado emMilão. A Itália venceu novamente por 1-0, classificando-se para a decisão.[17]
Nafinal da Copa, foi de Ferrari a assistência para o primeiro gol italiano, em outro lance polêmico: aTchecoslováquia reclamou bastante de que ele teria usado o braço e não o peito para dominar a bola antes de entrega-la aRaimundo Orsi. O juiz chegou a consultar o bandeirinha, e acabou validando o lance após a confirmação do auxiliar de que a jogada fora legal.[18]
O adversário havia aberto o placar apenas cinco minutos antes, já aos 31 minutos do segundo tempo. Os italianos passaram à frente já no início da prorrogação e depois retrancaram-se com sucesso para garantir uma sofrida vitória por 2-1.[19]

Após o título, seguiu na seleção em cada ano até aCopa do Mundo seguinte, já como jogador daInternazionale (então Ambrosiana-Inter). Marcou mais cinco gols, um deles em empate em 1-1 com aAlemanha emBerlim em15 de novembro de1936.[carece de fontes?] A Itália manteve uma invencibilidade de 17 partidas, desde outubro de 1935, chegando embalada à Copa de 1938 especialmente em função de goleadas nos últimos amistosos: 6-1 naBélgica, emMilão, e 4-0 naIugoslávia, emGênova,[20] com Ferrari marcando nesta partida.[carece de fontes?]
Até o mundial, a seleção, porém reformulou-se bastante, tendo um elenco considerado ainda melhor que o de 1934,[21] rejuvenescendo um time que havia sido campeão com média de idade próxima dos 30 anos.[22] Conservou para 1938 apenas quatro campeões da edição anterior: Ferrari,Giuseppe Meazza,Eraldo Monzeglio eGuido Masetti.[carece de fontes?] Somente Meazza e Ferrari foram campeões e titulares nas duas Copas.[2] Ferrari jogou em todas as partidas, dessa vez sem marcar gols;[carece de fontes?] dessa vez, sua tarefa era a de municiar, junto de Meazza, os atacantesSilvio Piola eGino Colaussi.[7] Ferrari e Meazza agora eram colegas de Inter, o que favoreceu um maior entrosamento entre eles.[22]
Em uma dessas partidas, aAzzurra eliminou nas quartas-de-final a anfitriãFrança, vencendo por 3-1 emParis,[23] em ocasião lembrada pelos italianos vestirem-se totalmente de preto, a cor dofascismo, por conta do adversário também usar a cor azul. Fizeram também a saudação fascista antes da partida, no que foram vaiados.[24] Contra oBrasil, a Itália ganhou graças a um famoso pênalti cometido porDomingos da Guia, existindo versão de que o lance foi fruto de pontapés mútuos entre ele e Ferrari.[22] Na versão mais famosa, a falta de Domingos foi sobre Piola.[25]
Ferrari teve boas condições para marcar um gol nafinal, mas preferiu passar a bola, exatamente no que foi considerado o gol mais bonito da decisão: aos 16 minutos do jogo contra aHungria, a partida já estava empatada em 1-1. Foi quando os italianos realizaram um lance de bastante sincronia, rolando a bola dentro da área húngara sem que a defesa adversária conseguisse interceptar. Começou comGino Colaussi, pela esquerda, que passou aSilvio Piola, pelo centro. Piola tocou a Ferrari, que estava em boa posição para arrematar, com o gol à sua frente. Ele, porém, repassou a bola a Meazza, que estava pela direita. Meazza driblou um marcador e entregou para Piola, na marca do pênalti, acertar o ângulo esquerdo deAntal Szabó. O jogo terminou em 4-2,[26] A vitória foi considerada tranquila justa, com os húngaros não dando a impressão de que evitariam-na mesmo quando chegaram a diminui-la momentaneamente para 3-2.[27]
Após o bicampeonato, Ferrari jogou mais duas vezes pela Itália, a última delas em vitória por 1-0 sobre a França emNápoles, em4 de dezembro daquele mesmo ano. Ao todo, forma 44 jogos e 14 gols por seu país.[carece de fontes?]
Após treinar aAmbrosiana-Inter e clubes menores, foi designado técnico daseleção italiana no fim dadécada de 1950, após o insucesso daAzzurra em classificar-se àCopa do Mundo FIFA de 1958. Estreou ainda em 1958, em empate em 1-1 com aTchecoslováquia emGênova em13 de dezembro.[carece de fontes?] Classificou o país àCopa do Mundo FIFA de 1962, mas, ao não vislumbrar a quantidade ideal de talento entre os jogadores nativos do país, recorreu a muitas naturalizações de ítalo-estrangeiros: nas eliminatórias e/ou na convocação final, utilizou obrasileiroÂngelo Sormani,José João "Mazzola" Altafini e osargentinosOmar Sívori,Humberto Maschio (os quatro, na lista final),Antonio Angelillo eFrancisco Loiácono.[28]
A seleção terminou precocemente eliminada na primeira fase. A estreia foi marcada pela falta de determinação mútua dos jogadores italianos e daAlemanha Ocidental, que empataram em 0-0.[29] Insatisfeito, Meazza promoveu seis alterações para a partida seguinte, contra o anfitriãoChile. O jogo, porém, terminou marcado pela violência excessiva e os europeus terminaram com dois jogadores expulsos e derrotados por 2-0,[30] em tensão deflagrada por reportagens italianas antes do torneio consideradas como injuriosas pelo povo chileno.[29] O resultado eliminou a Itália já na segunda rodada, terminando inútil a vitória por 3-0 sobre aSuíça na terceira partida.[31]
Bicampeão mundial, morreu no final do ano em que a Itália finalmente conquistou o tricampeonato, quatro dias antes de seu 75o aniversário.[2]