OGil Vicente Futebol Clube, mais conhecido comoGil Vicente, é um clubeportuguês sediado na cidade deBarcelos. É mais conhecido pela sua equipa defutebol profissional, que joga atualmente naLiga Portugal Betclic, a competição mais importante do futebol português.
Fundado a 3 de maio de 1924, no feriado municipal, é um dos clubes mais representativos da região do Minho, a par doFC Famalicão e logo a seguir aoSC Braga eVitória SC, e conta com 25 presenças no mais alto escalão do futebol português.
As alcunhas pela qual a equipa é conhecida são os "Barcelenses" e os "Galos", associado à cidade e à sua mascote, o Galo, enquanto os seus adeptos são chamados de "Gilistas". Os seus jogos de futebol em casa são realizados noEstádio Cidade de Barcelos, inaugurado em 2004, com capacidade para 12 046 lugares, tendo substituído o antigoEstádio Adelino Ribeiro Novo.
É visto como um clube com uma identidade regional forte, representando o concelho deBarcelos e sendo um orgulho local pelo seu historial no futebol português. Mesmo quando o clube passou por períodos difíceis, como o "Caso Mateus", os adeptos mantiveram o seu apoio constante, evitando problemas maiores. O clube conta com mais de 6 000sócios ativos em 2020.
O Gil Vicente FC tem um total de 5 títulos conquistados. Ganhou 2 títulos daSegunda Liga e 3 títulos da 1º Divisão da AF Braga. Em adição, foi finalista na Taça da Liga em 2011/12 e presenciou-se nas competições UEFA Conference League em 2022/23.[1]
O futebol chegou aBarcelos nas primeiras décadas do século XX através de relatos de visitantes que se deslocavam aoPorto e aLisboa.Rapidamente foi ganhando adeptos e cedo surgiram equipas formadas por jovens locais como oBarcellos Sporting Club e oUnião Foot-ball Club Barcellense.
Foi um grupo de jovens que regularmente se reunia num banco no actual Largo Doutor Martins Lima, conhecido na então vila por Largo do Teatro, por ali se encontrar oTheatro Gil Vicente, que resolveu fundar um novo clube de futebol na cidade. O nome escolhido foi o deGil Vicente Foot-ball Barcelense, pelo nome do Teatro em fronte do qual se encontravam regularmente e em homenagem aGil Vicente o grande dramaturgo e «pai do Teatro Português» que alguns historiadores apontavam ser natural da cidade banhada peloRio Cávado.
Entre as muitas dificuldades que se apresentavam ao jovem clube, como a falta de equipamentos, bolas e jogadores, juntava-se a inexistência de um recinto de jogos. Ao princípio conseguiram suprir a lacuna, treinando e disputando os seus jogos noCampo da Estação pertença do vizinhoTriunfo Sport Clube, mas a longo prazo tornou-se premente adquirir um recinto próprio, e foi assim que a 3 de Maio de 1933 o Gil Vicente inaugurou o seu primeiro recinto num jogo contra oSC Braga noCampo da Granja.
A primeira camisola do clube era vermelha, passando depois a equipar com listas verdes e brancas horizontais, só mais tarde seria adoptado o azul e o vermelho como cores do clube.
Em 16 de Setembro de 1946 um dos seus jogadores, Adelino Ribeiro Novo, faleceu em campo após um choque com um adversário. Mais tarde e como homenagem, o estádio ganhou o seu nome.
Foi também durante a década de quarenta que os Gilistas começaram a ser habitués do Campeonato Nacional da 2ª Divisão, começando a criar rivalidades com alguns dos clubes vizinhos do Distrito de Braga.
Na época de 1974/75 quando num momento de instabilidade diretiva, o Padre José Maria Furtado torna-se o dirigente dos Gilistas, exatamente num momento em que o país vivia um período de grande tensão política, a associação do clube a círculos próximos da Igreja causou alguns anticorpos no período conturbado e revolucionário, mas que rápida e serenamente foram ultrapassados.
Em 1976/77 os Gilistas foram a sensação naTaça de Portugal chegando às meias finais onde foram eliminados peloSC Braga, mas só após o jogo de desempate. Na edição seguinte o clube voltou a chegar longe, caindo nos quartos-de-final às mãos doFC Porto.
A década de 70 foi uma década de reorganização e nos anos 80 os Gilistas cimentaram a posição nos campeonatos nacionais e os dois terceiro lugar atingidos em 1987 e 1989 deixavam antever a promoção que aconteceu pela primeira vez 1989/90, numa equipa comanda porRodolfo Reis.
O ano de estreia mostrou um Gil Vicente crescido e preparado para as altas andanças, perdendo apenas comFC Porto eBenfica noAdelino Ribeiro Novo e vencido oSporting por 2x1, terminando o campeonato em 13º lugar em 20 equipas, com os mesmos pontos que o despromovidoTirsense. A segunda época trouxe um campeonato um pouco mais descansado e a primeira vitória sobre os dragões noAdelino Ribeiro Novo. Nas épocas seguintes o Gil Vicente foi segurando com maior ou menor dificuldade a manutenção, com jogadores de destaque como Tuck, Cacioli eDrulović – mais tarde vendido aoFC Porto.
Em 1994/95 surgiu a primeira vitória sobre oBenfica em casa e na segunda volta conseguiu nova vitória histórica, desta feita naLuz, para espanto do país desportivo. Uma época decepcionante em 1996/97 ditou a primeira despromoção à2ª Divisão da história do clube.
Em 1999/00, após dois anos de ausência e sobre a batuta de Álvaro Guimarães os Gilistas conseguem uma época de sonho terminando em 5º lugar, vencendo na última jornada os azuis-e-brancos (2x1) que discutiam taco a taco com os leões o título de Campeão nacional. Foi uma equipa que marcou uma era emBarcelos, com jovens comoPetit, Ricardo Nascimento e tendo em Carlitos – um filho da terra – a grande estrela.
Na primeira década do novo milénio o Gil Vicente voltou a estabilizar entre os grandes. Foram novamente sete épocas entre a elite do futebol nacional com o Gil Vicente a lutar todos os anos pela manutenção, conseguindo apenas em 2002/03 um destacado 8º lugar. Neste período destaca-se a convocatória deLuís Loureiro àSeleção Nacional, o primeiro atleta do clube a vestir a camisola das quinas. Em 30 de Maio de 2004 o Gil Vicente mudou-se para oEstádio Cidade de Barcelos, pertença da Câmara Municipal, abandonando o velhinho e muito limitadoAdelino Ribeiro Novo.
Em 2006 os Gilistas voltaram a cair de divisão, após mais um caso polémico no Futebol português, oCaso Mateus que envolveu o jogador angolano com o mesmo nome e a sua inscrição na Liga de Clubes.
Após uma longa travessia do deserto naII Liga, e comPaulo Alves à frente do leme, o Gil Vicente vence o Campeonato da II Liga, repetindo o título de 1999 e volta àI Liga, onde consegue um campeonato seguro, com um futebol atrativo, tornando-se um terror dos grandes, pois noMunicipal de Barcelos não passaram oBenfica (2x2), o campeãoFC Porto (3x1) e oSporting (2x0), que também foi vencido em Alvalade (0x1) naTaça da Liga, onde os «galos» chegariam longe, batendo oBraga nas meias finais para perder por 2x1 com oBenfica na grande final de Coimbra.
Depois de quatro anos consecutivos naPrimeira Liga, em que ficaram sempre em lugares de meio da tabela, os Gilistas voltaram a descer ao segundo escalão do futebol nacional em 2014/15, derivado do 17º lugar alcançado sob as tutelas de João de Deus e José Mota. A formação deBarcelos entrou numa fase decadente e em 2017/18 terminou em 19º naSegunda Liga, o que queria dizer que ia mesmo descer aoCampeonato de Portugal, o 3º escalão do futebol nacional, na temporada seguinte.
Após a Assembleia Geral de 8 junho de 2021, os sócios aprovaram a mudança no emblema do clube para o utilizado entre 1938 e 2005, apenas modernizando-o.[4][5]
Demarca-se o regresso do brasão da cidade de Barcelos utilizado desde a fundação, em detrimento do galo, mascote do clube.[6]
Foi inaugurado em 1933, numa partida frente aoSC Braga na qual a equipa visitante saiu vencedora, é propriedade do Gil Vicente FC e da Câmara de Barcelos. O campo foi casa do clube até 2004 (durante 71 anos), ano em que se mudou para o moderno Cidade de Barcelos.[8]
O estádio foi demolido em 2025, para dar lugar a um novo centro de saúde para a população.
Estádio Cidade de BarcelosJogo do título da 2º Liga em 2011Obras no Estádio em 2019
OEstádio Cidade de Barcelos, incluído no Complexo Desportivo Municipal deBarcelos, é a atual casa do Gil Vicente FC e foi inaugurado no dia 30 de maio de 2004 e é pertença doMunicípio de Barcelos. O evento contou com um encontro de futebol amigável entre o Gil Vicente FC e oNacional Montevideu doUruguai, no qual os gilistas foram derrotados por 1–2. O estádio possui capacidade para 12 046 espectadores, espalhados por quatro bancadas, todas cobertas.[9]
As condições oferecidas peloAdelino Ribeiro Novo eram bastante limitadas e não se coadunavam com as exigências do moderno futebol profissional, nem com as ambições do Gil Vicente ou a imagem da cidade deBarcelos. Deste modo, a autarquia local decidiu construir um novo complexo desportivo que incluía um moderno estádio de futebol. Assim, foi edificado na freguesia deVila Boa do concelho deBarcelos, a norte da cidade, oEstádio Cidade de Barcelos.[10]
O Estádio tem acategoria 3 daUEFA, o que permite a realização de jogos internacionais, incluindo os daSeleção A e ainda tem onível 1 daLiga de Clubes, significando que é dos melhores estádios com melhores condições do país.[11]
OEstádio Cidade de Barcelos tem a capacidade de 12 046 lugares sentados, distribuídos em:
Bancada Norte - 1.935
Bancada Nascente - 2.448
Bancada Sul Superior - 2.127
Bancada Sul Inferior - 1.836
Bancada Poente Superior - 1.587
Bancada Poente Inferior - 1.818
Lugares para Deficientes - 32
Camarotes Empresa - 192
Camarote VIP 1 - 12
Camarote VIP 2 - 18
Tribuna Presidencial - 41
Existem ainda 102 lugares destinados aos jornalistas e espaços específicos para transmissões televisivas.[12]
Em 2019 o estádio foi requalificado para receber aLiga NOS na época 2019–20, sofrendo obras no relvado e nos acessos ao campo de jogo. O jogo que reinaugurou oCidade de Barcelos foi a recepção do Gil Vicente FC diante doFC Porto na 1º jornada do campeonato recebendo e vencendo por 2–1 os azuis e brancos.
Inaugurada no dia 8 de Novembro de 1987, na rua Rua Dom Diogo Pinheiro, no centro da cidade deBarcelos, esta foi a durante largas décadas a primeira Sede Social do clube barcelense. A cerimónia de inauguração constituiu um ato pleno de significado para o clube. Era a tradução do simbolismo de uma vitória especial, o Gil Vicente FC tinha algo a que podia chamar seu.
Por aprovação da Assembleia Geral Extraordinária de 15 de dezembro de 2022, os sócios votaram em unanimidade da venda do imóvel da Sede Social por 600 mil euros à Câmara Municipal de Barcelos. Da mesma reunião extraordinária foi também aprovado a compra de um novo terreno por 120 mil euros para sediar a nova Sede Social do clube.[13]
Campos de Treinos do Complexo Desportivo de Barcelos
Atualmente em construção nos terrenos a norte doEstádio Cidade de Barcelos, e será pertença daCâmara Municipal de Barcelos. Serão dois campos de futebol, um com relva natural e outro com relva sintética. No campo principal ainda haverá uma bancada para cerca de 100 pessoas.[14]
Pelos acontecimentos doCaso Mateus, o clube desceu de divisão em 2005–06 e perdeu o direito de jogar a Taça de Portugal do ano a seguir
A Taça da Liga estreou em 2007–08
Até 2013–14 a Taça da Liga continha duas fases de grupos
Reintegrado na Primeira Liga devido aos acontecimentos do Caso Mateus
Legenda das cores na pirâmide do futebol português
1º nível (1ª Divisão / 1ª Liga)
2º nível (até 1989–90 como 2ª Divisão Nacional, dividido por zonas, em 1990–91 foi criada a 2ª Liga)
3º nível (até 1989–90 como 3ª Divisão Nacional, depois de 1989–90 como 2ª Divisão B/Nacional de Seniores/Campeonato de Portugal, e após 2020-21 como Liga 3)
4º nível (entre 1989–90 e 2012–13 como 3ª Divisão, entre 1947–48 e 1989–90, após 2013–14 como 1ª Divisão Distrital e depois como Campeonato de Portugal)
Em 2018-19 deu-se a criação da Equipa A de Futebol Feminino.
Na temporada de 2019-20 foi criada a segunda modalidade do clube, a equipa deeSports.
Para a época de 2022-23, o presidente Francisco Dias da Silva, anunciou a criação da equipa de formação de Sub-23 que competirá nas competições daLiga Revelação e da Taça Revelação regidas pelaFPF.[16]