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Frente Popular para a Libertação da Palestina

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Frente Popular para a Libertação da Palestina
الجبهة الشعبية لتحرير فلسطين
SiglaFPLP
Secretário-GeralAhmad Sa'adat(preso - 2006)[1]
FundadorGeorge Habash
Fundação1967
SedeDamasco,SíriaSíria
IdeologiaComunismo
Marxismo-leninismo
Socialismo revolucionário
Nacionalismo palestino
Secularismo
Anti-imperialismo
Antissionismo
Pan-arabismo
Nacionalismo árabe[2]
Solução do Estado único[3]
Espectro políticoExtrema-esquerda
Ala paramilitarBrigadas de Abu Ali Mustafa
PaísPalestina
Afiliação nacionalOrganização para a Libertação da Palestina
Lista da Aliança Democrática
Afiliação internacionalSeminário Comunista Internacional (extinto)
Eixo da Resistência
Conselho Legislativo0000000000000003
3 / 132
Cores
  Vermelho
  Branco
Bandeira do partido
Página oficial
pflp.ps

AFrente Popular para a Libertação da Palestina (emárabe:الجبهة الشعبية لتحرير فلسطين,translit. al-jabhah al-sha`biyyah li-tahrīr filastīn; eminglês:Popular Front for the Liberation of Palestine,PFLP) ouFPLP é uma organização política e militar palestiniana de orientaçãomarxista-leninista fundada em1967. Outrora uma importante organização, a Frente Popular para a Libertação da Palestina perdeu importância nosanos 90, tendo ressurgido durante a Segunda Intifada, iniciada em Setembro de2000. AUnião Europeia e osEstados Unidos classificam a organização deterrorista.[4]

A organização foi fundada a11 de Dezembro de1967 porGeorge Habash, um médico palestiniano de família decristãortodoxa como uma organizaçãosocialista-revolucionária fundada organização de resistência à ocupação daCisjordânia porIsrael, após aGuerra dos Seis Dias. Durante seu auge, era considerado o segundo maior movimento militante palestino.

A FPLP considera atualmente ilegais tanto o governo liderado pelaFatah naCisjordânia como o governo doHamas naFaixa de Gaza porque não se realizam eleições para aAutoridade Nacional Palestiniana desde 2006.[5] A FPLP tem geralmente adoptado uma linha dura em relação às aspirações nacionais palestinianas, opondo-se à posição mais moderada da Fatah, e também opõe-se à posição Hamas de criar umestado islâmico na Palestina, ainda que frequentemente coopere com o Hamas contra Israel.[6]

Opõe-se também à existência de Israel comoEstado judeu e defende a substituição de Israel por umestado secular palestino.[7] Promove, portanto, asolução de Estado único para oconflito israelo-palestiniano, mediante o estabelecimento de um "Estado árabe democrático naPalestina, onde os direitos culturais e religiosos das comunidades não árabes, incluindo a comunidade judia, seriam preservados."[8][9]

A FPLP tem seu próprio braço armado, conhecido como asBrigadas de Abu Ali Mustafa (emárabe:كتائب أبو علي مصطفى,translit. Katāʾib Abū ʿAlī Muṣṭafā), conhecidas até 2001 como a Brigada da Águia Vermelha, que participa da luta armada contra oEstado de Israel desde 1967.[10] A FPLP é bem conhecida por ser pioneira nosequestro armado de aeronaves no final da década de 1960 e início da década de 1970. Um dos episódios mais emblemáticos foi o sequestro do voo 139Air France, onde a FPLP levou o voo paraUganda, e subsequentemente Israel organizou uma operação de resgate complexa e bem-sucedida, conhecida como aOperação Entebbe.[11] A FPLP e a Brigada Abu Ali Mustafa recebem apoio militar e financeiro doIrã, e a organização se declara-se aliadas do Irã, daSíria e doEixo da Resistência.[12][13]

Formação e primeiras acções

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Guerrilheiros da PFLP naCisjordânia em 1969

A organização foi fundada a11 de Dezembro de1967 porGeorge Habash, um médico palestiniano de família decristãortodoxa. Em 1948, Habash, de 19 anos, um estudante de medicina, foi para sua cidade natal,Lida, durante aGuerra Árabe-Israelense de 1948, para ajudar sua família. Enquanto ele estava lá, as Forças de Defesa de Israel atacaram a cidade e, como resultado, a maior parte da população civil foi forçada a sair no que ficou conhecido como aMarcha da Morte de Lida, que levou à morte de sua irmã. Marcharam durante três dias sem comida nem água até chegarem às linhas de frente dos exércitos árabes. Habash terminou sua educação médica noLíbano, naUniversidade Americana de Beirute, graduando-se em 1951.[14]

Em 1967 Habash fundou a Frente Popular para a Libertação da Palestina como uma organização deresistência àocupação daCisjordânia porIsrael, após aGuerra dos Seis Dias. Suaideologia combinava elementosleninistas eantissionistas, considerando oestado de Israel como a presença doimperialismo doOcidente noMédio Oriente. Opunha-se igualmente àsmonarquias conservadoras árabes.[15][16]

A sua primeira acção ocorreu a22 de Julho1968, com a captura de um avião da companhia área israelitaEl Al que fazia um viagem deRoma paraTel Aviv.

No mesmo ano a organização uniu-se àOrganização para a Libertação da Palestina (OLP), principal organização do movimento nacionalista palestiniano, liderada porYasser Arafat, que na época admitia o uso da violência para alcançar objectivos políticos. A FPLP tornou-se a segunda maior facção da OLP, após aFatah de Arafat. Em1970 a organização desviou três aviões com passageiros, que levou para aJordânia, onde a OLP se encontrava instalada. Após retirarem todos os passageiros dos aviões, os membros do grupo explodiram-nos. Em resposta a este acto, o então rei,Hussein da Jordânia, ordenou a expulsão da OLP do seu país.

O acto mais mediático do grupo ocorreu no dia27 de Junho de1976, quando membros de uma dissidência do grupo - aFrente Popular para a Libertação da Palestina – Operações Externas (FPLP-OE), liderada porWadi Haddad -, juntamente com integrantes da rede alemãCélulas Revolucionárias (Revolutionäre Zellen) procederam ao desvio de um voo daAir France, que partira deTel Aviv com destino aParis e escala emAtenas, fazendo mais de cem reféns. O avião foi levado paraEntebbe,Uganda. Os sequestradores exigiam a libertação de cinquenta a três militantes detidos emIsrael e em outros quatro países. A4 de julho, umcomando doSayeret Matkal, unidade dainteligência dasForças de Segurança de Israel especializada na lutaantiterrorista, conseguiu libertar os passageiros em menos de uma hora, na chamadaOperação Entebbe. Vinte soldados de Uganda e todos os sete sequestradores foram mortos.[17]

Grupos dissidentes

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As primeiras cisões no grupo ocorreram em 1968 quando Ahmed Jibril separou-se do grupo para formar aFrente Popular para a Libertação da Palestina - Comando Geral, com base em alegações de que a FPLP estava produzindo intelectuais impotentes e não estava a fazer nenhum progresso significativo em termos de luta armada para libertar a Palestina.

Em1969 nasceria aFrente Democrática para a Libertação da Palestina, liderada porNayef Hawatmeh, de tendênciamaoista. Hawatmeh se separou da FPLP devido sua percepção que a a FPLP era muito focado em questões militares e queria fazer do FDLP uma organização mais popular e ideologicamente focada.

Declínio

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A decadência daUnião Soviética no final dadécada de 1980 teria consequências negativas para a organização, já que representou a perda de um importante apoio. Ao mesmo tempo, a ascensão doHamas faria com que o grupo perdesse adeptos e simpatizantes nos Territórios Ocupados.

Em1993, a FPLP opôs-se aosAcordos de Oslo, assinados entre a OLP e Israel, tendo boicotado as eleições para aAutoridade Nacional Palestiniana, organizadas em1996. Contudo, o grupo aceitou a formação do governo palestiniano, no qual procurou integrar-se.

Em2000Abu Ali Mustafa substituiu George Habash como líder do grupo. Mustafa seria assassinado por Israel num ataque ao seu escritório em Ramallah a27 de Agosto de 2001. Ahmed Sadat passaria a ser o novo líder, mas dado que este foi detido pela Autoridade Palestiniana, sob pressão de Israel e dos Estados Unidos por alegado envolvimento no assassinato de um ministro israelita, o grupo passaria a ser liderado por Ahmed Jibril, antigo líder da Frente Popular para a Libertação da Palestina - Comando Geral.

A Segunda Intifada

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A primeira acção cometida pelo grupo após o começo da Segunda Intifada (ou Intifada de Al-Aqsa) foi a morte de um civil israelita, Meir Lixenberg, morto enquanto viajava de carro pela Cisjordânia. Segundo a organização o acto foi realizado em retaliação pelo assassinato de Abu Ali Mustafa.

A17 de Outubro de2001, membros do grupo assassinaram a tiro o ministro do turismo de Israel,Rehavam Zeevi, num hotel deJerusalém, alegando novamente que a morte foi uma forma de retaliação pela morte de palestinianos.

A organização reivindicou também um ataque suicida numa pizzaria em Karnei Shomron a16 de Fevereiro de 2002, acto do qual resultou a morte de três civis israelitas, bem como um atentado suicida num mercado de Netanya a19 de Maio de 2002, que provocou também três mortes de civis israelitas.

Em 2006 a organização participou nas eleições legislativas palestinianas como "Lista Abu Ali Mustafa", tendo alcançado 4,2% dos votos, o que se traduziu em três lugares no Conselho Legislativo Palestiniano. A sua melhor votação foi alcançada em Belém (9,4%).

Referências

  1. Profile: Popular Front for the Liberation of PalestineBBC News, 18 November 2014
  2. Profile: Popular Front for the Liberation of PalestineBBC News, 18 November 2014
  3. «Jailed PFLP leader: Only a one-state solution is possible».Haaretz. 29 de abril de 2012. Consultado em 8 de maio de 2012 
  4. «Luta contra o terrorismo – Medidas restritivas dirigidas contra determinadas pessoas e entidades».European Commission - European Commission. Consultado em 30 de outubro de 2024 
  5. «Fatah slams Hamas' intention to reshuffle its deposed government».People's Daily Online. 26 de dezembro de 2010. Consultado em 4 de fevereiro de 2012 
  6. «PFLP: Hamas is part of the Palestinian national movement and we do not call upon them to abandon their ideology». Popular Front for the Liberation of Palestine (PFLP). 30 Dezembro 2013. Consultado em3 Janeiro 2013.Cópia arquivada em 3 Janeiro 2014 
  7. Popular Front for the Liberation of Palestine (PFLP).InfluenceWatch.
  8. The Palestinian National Movement and the Jewish Question (II) After the Nakba.Interactive Encyclopedia of the Palestine Question.
  9. Ver também "A Strategy for the Liberation of Palestine" (Amman: PFLP Information Department, 1969), p. 80:"The aim of the Palestinian liberation movement is to establish a democratic state in Palestine in which both Arabs and Jews will live as citizens with equal rights and obligations...",apud Glass, Charles.Jews Against Zion : Israeli Jewish Anti-Zionism.Journal of Palestine Studies, vol.5, nº 1, 1976.
  10. «كتائب "الشهيد أبو علي مصطفى": أمام الصهيانة خياران.. الموت أو الرحيل».Al Mayadin (em árabe). 15 de maio de 2021. Consultado em 27 de maio de 2021. Arquivado dooriginal em 20 de maio de 2021 
  11. «Popular Front for the Liberation of Palestine».BBC News. 26 de janeiro de 2008. Consultado em 4 de fevereiro de 2012 
  12. «Iran Increases Aid to PFLP Thanks to Syria Stance».Al-Monitor. 17 de setembro de 2013. Consultado em 17 de julho de 2015 
  13. Truzman, Joe (11 de novembro de 2021).«PFLP Boasts About its Ties to Iran».FDD's Long War Journal. Consultado em 13 de novembro de 2021 
  14. Kazziha, Walid,Revolutionary Transformation in the Arab World: Habash and his Comrades from Nationalism to Marxism. p. 17–18
  15. Platform of the Popular Front for the Liberation of Palestine (1969).
  16. Political Statement on the 39th Anniversary of the founding of the PFLP. 11 de dezembro de 2006.
  17. 1976: Israelis rescue Entebbe hostages

Ligações externas

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Partidos políticos da PalestinaEstado da Palestina
Conselho
Legislativo
da Palestina
Outros
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