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| Frei Casimiro Zaffonato | |
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| Nome completo | Ernesto Zaffonato |
| Conhecido(a) por | Frei Casimiro Zaffonato |
| Nascimento | |
| Morte | Caxias do Sul, RS |
Frei Casimiro Zaffonato, nascidoErnesto Zaffonato (Antônio Prado,12 de agosto de1912 –Caxias do Sul,11 de junho de1988) foi umfradecapuchinho e sacerdotecatólico e educador brasileiro, reconhecido por suas contribuições para a educação e o desenvolvimento da comunidade deIpê.
Frei Casimiro ingressou na vida religiosa em 1929, realizando sua profissão religiosa no Convento Sagrado Coração de Jesus, emFlores da Cunha. Em 1937 foi ordenado presbítero porDom Frei Cândido Maria Bampi.[carece de fontes?]
Em 1964, Frei Casimiro assumiu a Paróquia de Ipê, então um distrito, substituindo o Padre Oreste Reginato. Ele exerceu seu pastoreio na localidade por 23 anos consecutivos, tornando-se uma figura central na organização social e religiosa da comunidade.[1]
Ao chegar em Ipê,Frei Casimiro reuniu-se com lideranças locais para definir a prioridade de investimento comunitário. Embora houvesse demanda por um hospital, decidiu-se, sob sua liderança e apoio de figuras comoFrei Rovílio Costa, que a prioridade seria a educação, visando cessar a necessidade de deslocamento dos jovens para o internato emAntônio Prado.[2]
Para viabilizar a obra, Casimiro reativou a "Associação Beneficente São Luís". O terreno da escola foi consolidado através da unificação de três áreas distintas: uma pertencente aosCapuchinhos, outra àMitra Diocesana e uma terceira da Prefeitura, local onde havia um antigo grupo escolar de madeira, além de um lote adquirido pelo próprio Frei.[1][2]
A construção foi marcada por intensa participação popular. Um dos episódios mais notáveis de arrecadação de fundos foi o "Leilão das Marteladas". Durante o lançamento da pedra fundamental, Casimiro mandou pintar três martelos nas cores ouro, prata e bronze. Lideranças e fazendeiros locais, como Dino Paim, a família Caon eProtásio Duarte Guazzelli, pagaram para dar marteladas simbólicas na pedra; o valor arrecadado nesta única ação foi suficiente para custear todo o alicerce do prédio. Uma cápsula do tempo com os nomes dos doadores foi enterrada no local.[2]
A obra enfrentou constante escassez financeira. Em um episódio crítico, ao ouvir no rádio durante a madrugada que uma financeira emPorto Alegre — onde havia aplicado recursos cedidos por um irmão — estava prestes a falir, o Frei viajou imediatamente à capital. Lá, pressionou os sócios até conseguir o resgate do investimento momentos antes da falência, salvando o capital destinado à construção.[carece de fontes?]
Inicialmente sem planta oficial aprovada, a escola operou com projetos desenhados a posteriori por engenheiros cedidos pela prefeitura de Vacaria. Para regularizar a situação,Casimiro buscou apoio político deProtásio Duarte Guazzelli, o então prefeito deVacaria, que cedeu a equipe técnica necessária.[3]
A estadualização e reconhecimento do "Ginásio Estadual de Vila Ipê" ocorreram após uma manobra ousada de Casimiro. Aproveitando a inauguração da ponte sobre oRio das Antas, Protásio Guazelli convenceu a comitiva do GovernadorPeracchi Barcelos a desviar a rota e visitar a obra, quebrando o protocolo de segurança. Diante da mobilização de seminaristas e estudantes organizados pelo Frei, o governador declarou a criação da escola no local.[carece de fontes?]
Além de sua atuação religiosa e educacional, Frei Casimiro desempenhou um papel relevante na emancipação política do município deIpê. Ele serviu como vice-presidente da Comissão de Emancipação formada em 1985.[4][5][3]
Frei Casimiro Zaffonato morreu aos 76 anos, em 11 de junho de 1988, noHospital Pompéia, emCaxias do Sul. Foi sepultado no Cemitério Público de Ipê, conforme seu desejo de permanecer junto à comunidade que serviu.
Em 2001, a escola que ele ajudou a fundar — e que hoje é a única a oferecer ensino médio na região — passou a se denominar Escola Estadual de Educação Básica Frei Casimiro Zaffonato, em homenagem ao seu papel como fundador e principal articulador do educandário.[1]