Frederico de Gusmão Correia Arouca (em grafia antigaFrederico de Gusmão Corrêa Arouca), mais conhecido porFrederico Arouca (Lisboa,Santa Isabel, 25 de Julho de 1846 –Cascais,Alcabideche (hojeEstoril),Monte Estoril, 6 de Março de 1902), foi um políticoportuguês.
Filho deDomingos Correia Arouca e de sua mulher Maria Teresa Augusta de Sousa.[1]
Doutorou-se emDireito naFaculdade de Direito daUniversidade de Coimbra e abriu banca deAdvogado em 1870. Passando àMagistratura, foiDelegado emSintra e doProcurador Régio emLisboa, sendo, depois, Ajudante doProcurador-Geral da Coroa.[2]
Militando noPartido Regenerador, foiDeputado em 1878, peloCírculo Eleitoral doCadaval, e soube cumprir o seu mandato a ponto de se conservar sucessivamente noParlamento.[2]
Entrou noMinistério daPresidência deAntónio de Serpa Pimentel no ano de 1890, dirigindo a pasta 34.ºMinistro das Obras Públicas do42.º Governo da Monarquia Constitucional de 14 de Janeiro a 13 de Outubro de 1890. Era o ano doUltimato Britânico de 1890, e Frederico Arouca deu, então, provas de talento político que lhe valeram a elevação aPar do Reino.[2][3]
Contava 43 anos, quandoErnesto Rodolfo Hintze Ribeiro o convidou para 69.ºMinistro de Estado eMinistro dos Negócios Estrangeiros no seu Gabinete do47.º Governo da Monarquia Constitucional, e foi titular da pasta de 20 de Dezembro de 1893 a 14 de Março de 1894.[2][3]
No ano de 1896, foi nomeadoEnviado Extraordinário e Ministro Plenipotenciário aLondres, naGrã-Bretanha e Irlanda. Era a compensação do seu trabalho noMinistério dos Estrangeiros, pois substituiuLuís Augusto Pinto de Soveral, 1.°Marquês de Soveral, enquanto este ilustreDiplomata chefiava os Negócios Externos, o que durou de Janeiro de 1896 a 1897, passando, então, Frederico Arouca aJuiz Conselheiro doTribunal de Contas e, no ano de 1900, aoConselho de Estado, na vaga deixada porAugusto César Barjona de Freitas.[2]
Em sua homenagem foi dado o seu nome àRua Frederico Arouca (antiga Rua Direita), e à correspondenteTravessa Frederico Arouca, emCascais, e na Vila de Alcoentre, Concelho de Azambuja.
Casou com Adelaide Clementina Méra Daddi (Lisboa,Santa Isabel, 12 de Fevereiro de 1852/6 - Lisboa,Santos-o-Velho, 10 de Agosto de 1923), filha deJoão Guilherme Bell Daddi, de origemItaliana eBritânica, e de sua mulher Margarida Perpétua da Conceição Méra, também de origem Italiana, com geração.[3][4]