
Afase luteínica oufase lútea é a última fase dociclo menstrual, nos humanos e alguns animais, ou dociclo estral nos restantesmamíferosplacentários. tem início com a formação docorpo lúteo e termina com a gravidez ouluteólise, dependendo se ocorre ou não fertilização. A principalhormona associada a este estágio é aprogesterona, que aumenta substancialmente durante a fase luteínica em comparação com as restantes fases do ciclo.[1] Algumas fontes definem o fim da fase luteínica como distinção da fase isquêmica.[2]
Depois da ovulação, as hormonasfolículo-estimulante eluteinizante fazem com que os resquícios do folículo dominante se transformem nocorpo lúteo. Este corpo continua a crescer algum tempo depois da ovulação e produz quantidades abundantes de hormonas, sobretudo progesterona,[3] e, em menores quantidades,estrogénio. A progresterona desempenha um papel fundamental ao fazer com que oendométrio se torne receptivo ànidação doblastocisto e capaz de suportar os primeiros estágios dagravidez, fazendo também com que aumente atemperatura corporal basal da mulher.[4]
Vários dias após aovulação, a quantidade de estrogénio produzida pelo corpo lúteo pode dar origem a um ou dois dias de muco cervical fértil, temperaturas corporais basais mais baixas, ou ambos.[5] As hormonas produzidas pelo corpo lúteo também restringem a produção de FSH e LH de que o corpo lúteo precisa para sobreviver. Ao fim de algum tempo de níveis baixos destas hormonas, o corpo lúteo atrofia e morre.[3] A sua morte faz com que os níveis de progesterona e estrogénio caiam abruptamente, o que leva ao aumento dos níveis de FSH, que começa a recrutar folículos para dar início ao novo ciclo. As quebras contínuas nos níveis de estrogénio e progesterona fazem com que ocorra amenstruação, terminando assim a fase luteínica e marcando o início do próximo ciclo.[4]
A duração média da fase luteínica nos humanos é de catorze dias. Uma duração entre dez e dezasseis dias é considerada normal, embora fases luteínicas que ocorram em menos de doze dias fazem com que seja difícil obter uma gravidez. Embora a duração desta fase varie significativamente de mulher para mulher, em cada mulher individualmente a duração é bastante consistente de ciclo para ciclo.[6]
A perda do corpo lúteo pode ser impedida pela nidação de umembrião que, no caso dos humanos, produzgonadotrofina coriónica humana (hCG).[7] A hCG apresenta uma estrutura semelhante à LH e é capaz de conservar o corpo lúteo.[3] Uma vez que esta hormona é exclusiva do embrião, a maior parte dostestes de gravidez detectam a presença de hCG.[3] Caso ocorra a nidação, o corpo lúteo continua a produzir progesterona por mais oito a doze semanas, ao fim das quais é substituído nesta função pelaplacenta.[8]
Os defeitos na fase lútea (LPD) ocorrem quando esta fase dura menos do que o normal, ou quando os níveis de progesterona durante a fase se encontram abaixo do esperado, ou ambos. Acredita-se que estes defeitos possam interferir com a nidação dos embriões. Ométodo de amenorreia lactacional deplaneamento familiar actua fundamentalmente na prevenção da ovulação, mas é também conhecido como causa de LPD.[9]