Família, como umtáxon intermediário entre ordem e género, é uma invenção relativamente nova.
O termofamília foi cunhado pelo botânico francêsPierre Magnol no seuProdromus historiae generalis plantarum, in quo familiae plantarum per tabulas disponuntur (1689) onde ele denominou de famílias (familiae) os sessenta e seis grupos de plantas que ele reconheceu em suas tabelas.[1] O conceito deste táxon a este tempo era aindain statu nascendi, e no prefácio doProdromus Magnol fala da união de suas famílias em um grandegênero, o qual tinha um significado diferente do atual. Mas o uso moderno do nível taxonômico de família foi pela primeira vez registrado nos trabalhos deErnst Haeckel, especialmente emDie systematische Phylogenie (1894), o qual é considerado seu melhor livro.[2]
Para abotânica é a categoria de maior importância. Quando está interessado em classificar um material botânico, procura-se conhecer a sua família. O nome da família é constituído pelo radical do nome do gênero de maior representatividade (em números ou popularidade) de espécies da família a que pertence, acrescido da terminação"-aceae" (em português: "-áceas").[3]
Exemplo: género representativoBrassica mais o sufixo"-aceae", logo a família seráBrassicaceae.
Algumas famílias têm a terminação consagrada pelo uso. Para cada uma, o quadro abaixo mostra a forma antiga (terminação em"-ae") e a forma de acordo com oCódigo Internacional de Nomenclatura Botânica, repare na terminação"-aceae".[3]
Na classificação científica do reinoAnimalia, a família adquire a terminação-idae (noportuguês: "-ídeos"), as subfamílias têm terminação-inae (no português: "-íneos") e as super-famílias possuem a terminação-oidea (no português: "-óideos").[4]