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Extinção

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Este artigo é sobre o conceito biológico. Para o conceito astronômico, vejaExtinção (astronomia). Para o filme com Lizzy Caplan, vejaExtinction.
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Estado de conservação
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Abreviações da Lista Vermelha da IUCN (versão 3.1, 2001)

Extinção, embiologia eecologia, é o total desaparecimento de populações,espécies, subespécies ou grupos de espécies. O momento da extinção é geralmente considerado sendo amorte do último indivíduo da espécie. Em espécies comreprodução sexuada, a extinção de uma espécie é geralmente inevitável quando há apenas umindivíduo da espécie restando, ou apenas indivíduos de um mesmosexo. A extinção não é um evento incomum no tempo geológico - espécies são criadas pelaespeciação e desaparecem pela extinção.

Apesar da grande diversidade biológica que existe, estima-se que cerca de 99% das espécies existentes na Terra já se tenham tornado extintas. Um dos maiores enigmas dospaleontólogos consiste em descobrir e explicar como se processaram os eventos de extinção no passado e quais foram as suas causas.[1] As causas das extinções sempre podem ser estudadas por meio da evidênciafóssil. A partir dos fósseis, obtêm-se informações sobre organismos que viveram em tempos muito distantes dos atuais, nos levando a entender um pouco mais da diversidade da vida no passado.[2]

Evidência fóssil

Apesar de ser um fato aceito atualmente, a defesa da ocorrência de eventos de extinção durante a história da vida na Terra recebeu adesão somente após a aceitação dos estudos deGeorges Cuvier em que ele comparou espécies de grande quadrúpedes, como os elefantes viventes e o mamute.[3] Talnaturalista francês formulou as leis daanatomia comparada, possibilitando assim as reconstruções paleontológicas de organismos que somente eram encontrados na forma fóssil e sem correspondentes vivos na atualidade, ou seja, os organismos extintos.[4] A extinção é uma questão de escala geográfica. Aextinção local é a extinção de uma população em uma determinada região e não necessariamente de toda a espécie. Isso, embiogeografia, é um fator importante no delineamento da distribuição geográfica das espécies. Eventos devicariância e demudanças climáticas, por exemplo, podem levar a extinção local de populações e, assim, configurar os padrões de distribuição dasespécies.

Atualmente muitos ambientalistas e governos estão preocupados com a extinção de espécies devido à intervenção humana. As causas da extinção incluempoluição, destruição dohabitat, e introdução de novospredadores.Espécies ameaçadas são espécies que estão em perigo de extinção. As espéciesextintas na natureza são aquelas que só existem em cativeiro.

Extinção de fundo e extinção em massa

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Normalmente distinguem-se dois tipos de extinções: asextinções de fundo e asextinções em massa. A primeira é considerada um processo natural que ocorre no mundo orgânico, onde espécies que não conseguem mais se adaptar ao ambiente, desaparecem, enquanto aquelas que se adaptam ao ambiente em renovação continuam sua evolução, originando novas espécies. Já as extinções em massa são aquelas que atingem grande parte das formas viventes, provocando o desaparecimento de inúmeras espécies. São para estas últimas que os geólogos e paleontólogos buscam informações no registro fossilífero e geológico, já que foram eventos que atingiram muitas formas de vida.[1]

Quando uma espécie se extingue, libera espaço ecológico que pode ser explorado por outra espécie. A súbita extinção de um grande grupo taxonômico inteiro pode liberar um espaço maior e permite uma novairradiação adaptativa de um grupo competidor, portanto, as irradiações e as extinções são eventos que podem estar relacionados.[2]

Extinção por causas internas e externas

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Causas internas e externas podem levar a extinção de uma espécie, sendo internas parasitismo, predação e competição. São menos prováveis de ocorrer do que as causas externas, que compreendem mudanças rápidas e amplas no ambiente que impedem a migração e adaptação evolutiva, como movimentação dos continentes, rápidas mudanças nos níveis de oxigênio ou impacto com asteroides.[5]

Extinções em massa

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Há periódicasextinções em massa, onde muitas espécies desaparecem em um período geológico de tempo. Estes são tratados com mais detalhes no artigo de eventos de extinção. O mais recente evento destes, aextinção K-T no fim do períodoCretáceo, é famoso por ter eliminado osdinossauros.

São reconhecidos cinco eventos de extinção em massa no tempo geológico, aqueles ocorridos noOrdoviciano,Devoniano,Permiano,Triássico eCretáceo. As três primeiras são consideradas extinções daEra Paleozóica e as duas últimas como extinções daEra Mesozóica.[2][6]

Muitos biólogos acreditam que nós estejamos atualmente nos estágios iniciais de uma extinção em massa causada pelo homem, aextinção em massa do Holoceno. E.O. Wilson, daUniversidade de Harvard, em seuO futuro da vida,[7] estima que se continuar a atual taxa de destruição humana dabiosfera, metade de todas as espécies de seres vivos estará extinta em 100 anos. Uma das maiores provas disso é o fato de doisfungos, espécies consideradas livres da extinção, já estarem ameaçadas.

Não há dúvida de que a atividade humana tem aumentado o número de espécies extintas no mundo todo, entretanto, a extensão exata da extinçãoantrópica permanece controversa.

Veja-se tambémA sexta extinção: padrões de vida e o futuro da humanidade, de Richard Leakey.[8]

Extinções em massa são parte fundamental da hipótese doequilíbrio pontuado deStephen Jay Gould eNiles Eldredge. Veja-seMolduras de tempo: a evolução do equilíbrio pontuado.[9]

De acordo com um relatório divulgado em março de 2005 pelo secretariado daConvenção sobre Diversidade Biológica, daONU, a Terra está sofrendo a maior extinção de espécies desde ofim dos dinossauros há 65 milhões de anos. O relatório concluiu que o objetivo definido no ano de 2002 de conter o ritmo de extinção de espécies até 2010 está cada vez mais distante e aponta ainda que a perda de biodiversidade, em vez de se estabilizar, está se acelerando.

Tanto no ambiente marítimo quanto em ambientes terrestres, um número significativo de ecossistemas estão ameaçados. Entre eles, mormente osrecifes de coral e asselvas tropicais. Há uma seção especialmente dedicada aodesmatamento, que já destruiu uma média anual de 60 000 km2, o que corresponderia a duasCatalunhas, desde o ano 2000. Os ecossistemas fluviais lacustres, por sua vez, encontram-se geralmente em situação ainda mais crítica, já com cerca de 50% das espécies extintas no período 1970-2000.

"Os ecossistemas saudáveis proporcionam os bens e serviços de que os humanos necessitam para o seu bem-estar", aponta o relatório, que sintetiza em 92 páginas os dados científicos mais relevantes sobre a perda de biodiversidade.

As cinco grandes extinções

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Houve um grande evento de extinção de invertebrados marinhos noOrdoviciano, mas o registro de vertebrados para esta época é muito pobre para que se saiba se esse evento também os afetou. Cerca de 12% das famílias e 65% das espécies desapareceram.

A seguinte grande extinção, noDevoniano Superior, produziu graves efeitos nos vertebrados marinhos. Trinta e cinco famílias de peixes (76% das famílias existentes) extinguiram-se incluindo todos osostracodermes remanescentes, a maioria dos placodermes (com a completa extinção deste grupo por volta do final do Devoniano) e muitos dos peixes de nadadeiras lobadas.

Ostracodermes

A maior extinção massiva ocorreu no final doPaleozoico, com 80% a 96% das espécies sendo extintas, marcando o limite entre oPermiano e oTriássico. Embora esta extinção tenha afetado a flora e a fauna terrestres, é no ambiente marinho que se verificam as suas grandes proporções, pois muito mais de metade das formas marinhas desapareceram.

A primeira das extinções daEra Mesozoica aconteceu no final doTriássico e teve efeitos consideráveis nos vertebrados terrestres e nos invertebrados marinhos. A fauna do Triássico, que era essencialmente uma continuação do final daEra Paleozoica, foi substituída por formas que dominariam o Mesozoico, como os dinossauros; dezoito famílias de tetrápodes tornaram-se extintas nessa época. As extinções do Triássico coincidiram com a fragmentação inicial da Pangeia, embora também haja certa evidência, nessa época, de um impacto causado por um asteroide ou meteoro. Extinções menores de tetrápodes aconteceram no Triássico Inferior e no Jurássico Superior e esses dois eventos de extinção terrestre encontram paralelo no ambiente marinho.[6]

Já a extinção ocorrida no final doCretáceo é a mais conhecida e melhor documentada e foi aquela que levou à extinção a maior parte do grupo dos dinossauros. De uma maneira generalizada, pode-se afirmar que todos os grupos de animais e plantas, marinhos e terrestres, perderam espécies e gêneros. Grupos de sucesso durante o Cretáceo, como ospterossauros, os grandes répteis marinhos (mosassauros,ictiossauros eplesiossauros) e invertebrados como osamonites desapareceram completamente.[1] Aves e mamíferos sofreram extinções menores e os insetos estavam entre os poucos grupos que sobreviveram relativamente intactos ao Cretáceo. Houve também grandes extinções entre plantas e invertebrados marinhos.[6]

Vários fósseis de dinossauros

Extinção do Cretáceo e suas causas

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Determinar a causa desta extinção tem sido uma difícil tarefa para os pesquisadores, tendo sido aventadas inúmeras causas. Entre as causas terrestres sugerem-se mudanças no nível do mar, alterações climáticas e intenso vulcanismo. No entanto, não se pode ignorar que esta extinção tenha sido provocada por eventos extraterrestres, como o impacto de meteoros. Indicativos sedimentares, geoquímicos e outros sinais estratigráficos mostram a presença de um elemento químico chamadoirídio em grande quantidade nas rochas desta idade.

O irídio é uma substância presente nosmeteoros, o que leva a supor que ele possa ter sido incorporado às rochas após o choque com a Terra. Para reforçar esta hipótese, crateras foram identificadas, evidenciando um grande impacto em junho ou julho, há 65 milhões, quando diversos grupos de animais se extinguiram. Caso esta hipótese seja possível, o impacto deveria ter provocado um cataclismo ambiental em todo o mundo, expelindo enormes quantidades de rocha e poeira nos céus, provocando gigantescos tsunamis e incêndios globais. Isso teria feito com que a Terra passasse por um longo período de escuridão global, causada pela nuvem de finas partículas geradas pelo impacto.[10] Este longo período teria sido suficiente para cessar a atividade fotossintética, provocando o colapso das cadeias alimentares marinhas e terrestres. Acompanhando a escuridão, as temperaturas caíram drasticamente, sobretudo no interior dos continentes.[1]

Os cientistas têm certeza de que um grandeasteroide atingiu o planeta e provocou a morte dosrépteis gigantes, mas desconhecem sua origem exata. Em 2007, um estudo realizado com telescópios terrestres, feito pelo Instituo de Pesquisa de Southwest, noColorado, apontou como suspeito pela extinção dos dinossauros um corpo celeste do tipoBaptistina, situado no cinturão de asteroides entreMarte eJúpiter. Isso explicaria um dos fatos mais impressionantes da história da vida na Terra - a queda de um meteorito de 10 km de diâmetro na península doYucatán (sudeste doMéxico), há 65 milhões de anos.[10] No entanto, observações realizadas com instrumentos infravermelhos dasonda WISE afastaram essa possibilidade. Durante mais de um ano uma equipe daNasa estudou 120 mil asteroides, entre eles 1 056 da família Baptistina, e constatou que a quebra do asteroide cujo pedaço atingiu a Terra aconteceu há 80 milhões de anos, metade do tempo sugerido anteriormente.[11] Similarmente, a erupção doKrakatoa, em 1883, lançou na atmosfera uma quantidade de matéria estimada em 18 km³ e ela demorou 2,5 anos para depositar-se novamente. Estima-se que o asteroide que atingiu a Terra no fim do Cretáceo tinha de 12 a 15 km de diâmetro. Um tal asteroide teria produzido uma explosão cerca de mil vezes maior do que a da erupção do Krakatoa. A perda da luz solar, por si, seria suficiente para causar as extinções, mas o impacto poderia ter tido outros efeitos destrutivos, em diferentes prazos, como aquecimento global, chuva ácida, vulcanismos extremos; teriam sido determinantes para romperem a cadeia alimentar, com a morte de vegetais, animais herbívoros e, posteriormente, as formas carnívoras, sobretudo aquelas de grande tamanho. Mas nem todos se extinguiram: répteis, como crocodilos e tartarugas, e anfíbios, como sapos e salamandras, sobreviveram.

Além disso, os pequenos mamíferos e as primeiras aves puderam se irradiar, sem grandes competidores. Esse modelo proposto, sobre a colisão do asteroide na superfície terrestre e consequente extinção em massa que ocorreu na transição entre o Cretáceo e o Terciário foi considerado em detalhe porLuis Walter Alvarez e por outros autores. A extinção em massa do Cretáceo-Terciário é apenas uma das várias extinções em massa e o impacto de asteroides é só um dos vários fatores que, hipoteticamente, causam extinções em massa. Existem grandes crateras no Jurássico que não estão associadas a extinções em massa. Portanto, o impacto de asteroides não parece ser necessário ou suficiente para explicar extinções em massa.[2]

Vulcanismos e a morte dos dinossauros

Evidências de outros fatores hipoteticamente causadores de extinções em massa compreendem mudanças no nível do mar e no clima, níveis de erupções vulcânicas e mudanças nas formas dos continentes por causa dos movimentos tectônicos das placas. Vários períodos com taxas elevadas de extinção estão associados com mudanças no nível do mar. Diminuições do nível reduzem o habitat disponível para a vida marinha, levando a extinção das espécies. As mudanças no nível do mar também estarão correlacionadas com mudanças no clima. Muitos pensam que a influência combinada do clima e o nível do mar contribuiu para algumas extinções em massa. Entretanto, também ocorrem mudanças no nível do mar em épocas em que não há extinções em massa e é improvável que esse fator seja uma causa geral de todas as extinções em massa. Erupções vulcânicas em grande escala também podem causar extinções em massa. Três extinções, inclusive as duas maiores, estão associadas a grandes áreas de rochas depositadas após erupções vulcânicas.

Os vários fatores não são mutuamente exclusivos. O impacto de um grande asteroide, como descrito acima, poderia desencadear a atividade vulcânica ou uma mudança climática, que por sua vez, poderia afetar o nível do mar. O padrão da tectônica de placas também influencia o nível do mar e o clima e a atividade tectônica influencia o vulcanismo.[2][5]

Movimento tectônico das placas

Extinções do Cenozoico

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Além das cinco grandes extinções, vale mencionar as extinções daEra Cenozoica, sendo aquela que ocorreu no final doPleistoceno a mais bem conhecida.

Pleistoceno

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A extinção do Pleistoceno parece dramática porque acabou com amegafauna, com a diversidade dos grandes mamíferos (aqueles com peso corpóreo superior aos 20 quilogramas). Isso inclui diversos mamíferos muito grandes que estão completamente extintos, tais como os gliptodontes e aspreguiça-gigantes, na América do Sul e na América do Norte, osmamutes na Holártica e na África e os diprotodontídeos da Austrália. Ela também inclui muitas formas grandes e exóticas de mamíferos mais familiares, tais como ostigre dentes-de-sabre da Holártica e da África,alce irlandês, ursos da caverna erinoceronte lanudos da Eurásia e os grandescangurus eequidnas da Austrália que eram muito maiores do que as formas atuais. Grandes aves terrestres também sofreram com essas extinções, incluindo herbívoros como asmoas daNova Zelândia e oave-elefante deMadagascar, bem como carnívoros, tais como dromornitídeos australianos.

Há muito debate sobre a causa dessas extinções. As principais ocorreram no final do último período glacial, há cerca de 10 mil anos. Assim, as alterações climáticas são a explicação mais óbvia. Entretanto, muitos cientistas notaram que é somente no último período glacial, e não em qualquer um dos anteriores, que trouxe extinções de tais magnitudes. Essa observação sugere que parte, se não toda, a culpa das extinções da megafauna deve ser colocada sobre a dispersão dos humanos modernos e das técnicas modernas de caça, as quais são concomitantes ao período. Cerca de 30% dos gêneros de mamíferos foram extintos no final do Pleistoceno. Esta é, praticamente, a magnitude das outras duas grandes extinções da Era Cenozoica (no final do Eoceno e no final do Mioceno). Entretanto, as duas extinções anteriores diferem em diversas formas críticas da do Pleistoceno.[6]

Eoceno

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As extinções do final do Eoceno estavam associadas à dramática queda das temperaturas das grandeslatitudes. Florestas de grandes latitudes se tornaram florestas temperadas, com o concomitante desaparecimento dos mamíferos adaptados às florestas tropicais. Isso inclui não somente uma grande diversidade de mamíferos primitivos, mas também alguns dos tipos modernos, tais como primatas de grandes latitudes e os primeiros cavalos. A diversidade de anfíbios e de répteis do início da Era Cenozoica, em grandes latitudes, também foi muito reduzida durante o final do Eoceno.[6]

Mioceno

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As extinções do final do Mioceno estavam associadas, mais uma vez, não somente com a queda das temperaturas das grandes latitudes, mas com a seca global. As maiores extinções se deram entre os mamíferos de pastos (incluindo uma grande diversidade de cavalos), os quais sofreram com a perda dos habitats, conforme as savanas se tornaram campos e pradarias. A América do Norte foi especialmente atingida pelos eventos climáticos do final do Mioceno, devido a sua posição latitudinal relativamente alta e o fato de que os animais não podiam migrar para áreas mais tropicais na América do Sul, antes da formação do Istmo do Panamá.

Mais significativo para a hipótese da sobre-caça é o fato de que os mamíferos de todos os tamanhos corpóreos (não apenas os grandes) foram afetados tanto no Eoceno quanto no Mioceno. Já a do final do Pleistoceno afetou, principalmente, os grandes mamíferos e os pássaros, que são as espécies mais sujeitas a serem vista como presas ou competidores por caçadores humanos.[6]

O Homem e seu papel na extinção

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Ver artigo principal:Extinção em massa do Holoceno
Ver também:Extinção humana

O homem é um dos maiores agentes causadores de extinções, pela destruição dos ecossistemas naturais que abrigam muitas espécies, e uma pesquisa global de extinções revela que mais de 800 espécies se extinguiram nos últimos 500 anos, uma taxa de extinção de 1 mil a 10 mil vezes mais alta do que a existente sem a presença dos humanos. OIUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza) resumiu a melhor informação sobre o estado de conservação dos animais. Eles posicionam as espécies em categorias de risco por meio de critérios baseados no tamanho absoluto das populações selvagens e em suas modificações nos últimos 10 anos.[6][12]

Com base em dados de 2019 sobre extinções recentes de mudanças climáticas, taxas de movimento de espécies e diferentes projeções de clima futuro, um estudo de 2020 estima que uma em cada três espécies de plantas e animais poderá desaparecer nos próximos 50 anos.[13]

Logo daIUCN

Critérios de avaliação

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Extintas

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Duas categorias de espéciesextintas são definidas:Extinto: uma espécie está extinta quando não há dúvidas razoáveis de que o último indivíduo morreu. Um exemplo é o pica-pau (Campephilus principais), era a maior espécie de pica-pau, com um comprimento cabeça-mais-corpo de até 56 cm. Ele foi extinto na América do Norte na década de 1970. Outro exemplo inclui o sapo dourado (Bufo periglenes), oriundo das florestas montanhosas da Costa Rica, foi descrito inicialmente em 1967 e desapareceu em 1987. Como causas de sua extinção foram propostas as alterações climáticas e infecção por fungos.

Campephilus principais
Bufo periglenes

Extinto no Meio Natural: Uma espécie está extinta no meio natural quando se sabe que sobrevive apenas em cultivo, em cativeiro ou como uma população naturalizada a uma distância considerável de sua área natural. O cavalo de Przewalski (Equus przewalskii) é o único cavalo selvagem verdadeiro. Originalmente, esta espécie se distribuía na Mongólia, na China e no Turquestão. Restam ainda cerca de 200 cavalos, todos em zoológicos.[6] Outro exemplo de um animal extinto no meio natural é aararinha-azul, cujos últimos exemplares estão em cativeiro.[14]

Equus przewalskii

Ameaçadas

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Três categorias de espéciesameaçadas são definidas:Perigo Crítico de Extinção: Uma espécie se encontra em perigo crítico de extinção quando ela se confronta com um risco extremamente alto de extinção, no meio natural, em um futuro imediato. Ovombate (Lasiorhinus krefftii) é um marsupial que pesa cerca de 32 quilogramas e que vive em colônias, passando a maior parte do tempo sob a terra e saindo à noite para se alimentar. Ele já se distribuiu por uma grande área do leste da Austrália atéNew South Wales eQueensland. Suas populações têm sido dizimadas pela competição com coelhos, ovelhas e gados, introduzidos por europeus; e os grupos sobreviventes consistem de 65 animais, na floresta de Epping, em Queensland. O esturjão comum (Acipenser sturio) é um peixe grande e sua distribuição histórica incluía toda a zona costeira da Europa, desde o North Cape até o Báltico, o Mediterrâneo e o Mar Negro. A espécie está extinta em alguns dos rios secundários, incluindo o Elbe, o Reno e o Vistula. Populações reprodutoras estão restritas a alguns poucos rios europeus - o Gironde, na França, o Guadalquivir, na Espanha e o Baixo Danúbio. A sobre-pesca é a principal causa de seu declínio.

Acipenser sturio

Perigo de Extinção: Uma espécie está em perigo de extinção quando se confronta com um grande risco de extinção no meio natural no futuro próximo. Exemplos de espécies em perigo de extinção incluem oPanda Gigante (Ailuropoda melanoleuca), o qual se distribuía em Myanmar, ao norte do Vietnã, e em boa parte do leste e do sul da China. Pandas selvagens ocorrem atualmente apenas em populações fragmentadas nas montanhas ocidentais da China; acredita-se que a população total seja de cerca de 1 200 animais. Tanto ochimpanzé (Pan troglodytes) quanto obonobo, ou chimpanzé pigmeu (Pan paniscus) estão em perigo. Os chimpanzés ocupavam uma área ampla da África equatorial, enquanto os bonobos sempre estiveram limitados à Bacia do Zaire.

Pan paniscus

Vulneráveis: Uma espécie é vulnerável quando se confronta com um grande risco de extinção no meio natural em médio prazo. O grandetubarão branco (Carcharodon carcharias) tem uma distribuição global em águas quentes e temperadas. Como um predador de topo de cadeia, ele sempre apresentou uma baixa densidade populacional e a pesca em larga escala é considerada como uma ameaça em potencial. A destruição de habitats e a caça clandestina são grandes preocupações no caso dosorangotangos (Pongo pygmaeus), o qual costumava se distribuir em toda a Ásia tropical e subtropical; ocorrendo atualmente apenas nas ilhas deBornéu e deSumatra.[6]

Carcharodon carcharias

Baixo risco

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São reconhecidas três categoria deBaixo Risco:

  • Dependente de Conservação: Existem espécies que são sustentadas pelos contínuos programas de conservação; sem esses programas as espécies devem se qualificar para uma das categorias de ameaçadas em cinco anos;
  • Quase Ameaçadas: Essas são espécies que estão próximas do estado vulnerável para as quais nenhuma medida de conservação está sendo tomada;
  • De pouca Preocupação: São as espécies que não se qualificam na classificação como Dependente de Conservação ou Quase Ameaçadas.[6]

Deficiente de dados

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Há ainda espécies em que não se tem informações que permitam concluir sobre seu status, colocada na categoriaDeficiente de Dados:Deficiente de Dados: Uma espécie é categorizada como deficiente de dados quando as informações sobre a sua distribuição e abundância são insuficientes para estimar o seu risco de extinção. Listar uma espécie nessa categoria enfatiza a necessidade de mais informações. Apenas espécies que tenham sido avaliadas podem ser incluídas nessa categoria, e a seleção de uma espécie para ser avaliada indica que pode estar em risco; deste modo, a escolha entre Deficiente de Dados e Ameaçada é difícil.[6][12]

Portanto, deve-se saber que espécies extintas não retornam mais e compreender os mecanismos de extinção ajudam os homens a valorizarem a biodiversidade e entenderem que todas as espécies são importantes e devem ser protegidas.[1]

Referências

  1. abcde, A.W.A.; SCHWANKE, C.; CAMPOS, D. de A. O Brasil no tempo dos dinossauros. Rio de Janeiro: Museu Nacional, 1999. 60p
  2. abcde, M. Evolução. 3ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. 752p
  3. FARIA, Felipe - Geoges Cuvier e a constatação do fenômeno da extinção (2010).«Boletim de História e Filosofia da Biologia, junho de 2010, volume 4, número 2». ABFHiB. Consultado em 8 de abril de 2020 
  4. Faria, Felipe (2012).Georges Cuvier: do estudo dos fósseis à paleontologia, 2012. [S.l.]: Scientia Studia & 34.ISBN 978-85-7326-487-6 
  5. abExtinções em massa. Disponível em: <http://www2.fc.unesp.br/lapalma/bio%20aula%2009.pdf>. Acessado em 06 jun. 2012
  6. abcdefghijk, F.H.; JANIS, C.M.; HEISER, J.B. A vida dos vertebrados. 4ed. São Paulo: Atheneu Editora, 2008. 684p
  7. Wilson, Edward O. (2002).The future of life 1.ª ed. New York: Alfred A. Knopf.ISBN 0679768114.OCLC 47240796 
  8. Leakey, Richard E. (1995).The sixth extinction : patterns of life and the future of humankind. Roger Lewin 1.ª ed. New York: Doubleday.ISBN 0385468091.OCLC 32510468 
  9. Eldredge, Niles (1989).Time frames : the evolution of punctuated equilibria. Princeton, N.J.: Princeton University Press.ISBN 0691024359.OCLC 19778717 
  10. abReuters (5 de setembro de 2007).«Identificado meteoro que extinguiu os dinossauros». TERRA NETWORKS BRASIL. Consultado em 16 de dezembro de 2017 
  11. Agencia EFE (http://www.efe.com/ ) (20 de setembro de 2011).«NASA "absolve" asteroide Baptistina por extinção dos dinossauros». Revista EXAME. Consultado em 16 de dezembro de 2017 
  12. abBiodiversitas, Conservação da espécie. Disponivel em: <http://www.biodiversitas.org.br/listas-mg/criterios.asp>. Acessado em 06 jun. 2012
  13. «One-third of plant and animal species may face extinction by 2070».Tech Explorist (em inglês). 13 de fevereiro de 2020. Consultado em 14 de fevereiro de 2020 
  14. «Projeto Arara Azul» 

Ligações externas

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Evolução
Genética populacional
Desenvolvimento
detaxa
deórgãos eorganelas
deprocessos
Tempos e modos
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História
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Relacionados
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