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Expansão econômica do pós-Segunda Guerra Mundial

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Nos Estados Unidos e em vários outros países, o crescimento foi manifestado no desenvolvimento de subúrbios e expansão urbana.
Muitos governos ocidentais financiaram grandes projetos de infraestrutura durante este período. Aqui, o redesenvolvimento de Norrmalm e o Metro de Estocolmo,Suécia.

Aexpansão econômica do pós-Segunda Guerra Mundial, também conhecida como oboom econômico pós-guerra ouEra de Ouro do capitalismo, foi um período de prosperidade econômica em meados do século XX, que ocorreu principalmente empaíses ocidentais após o final daSegunda Guerra Mundial, em 1945, e durou até início de 1970.

Ela terminou com o colapso dosacordos de Bretton Woods em 1971, acrise do petróleo de 1973, e o “crash” da bolsa em 1973-1974, o que levou à recessão da década de 1970. Estritamente definido, o período iniciou em 1945-1952, com crescimento global durando até 1971, embora existam alguns debates sobre aextensão do período, em países diversos, alguns começando tão cedo quanto 1945, e sobrepostos à ascensão das economias asiáticas do oriente nas décadas de 80 e 90.

Durante esse tempo, houve crescimento económico elevado em todo o mundo; Europa Ocidental e países da Ásia Oriental, em particular com um crescimento anormalmente elevado e sustentado, juntamente com opleno emprego.

Ao contrário das previsões iniciais, este alto crescimento também incluiu muitos países que foram devastados pela guerra, como aGrécia (milagre econômico grego),Alemanha Ocidental (Wirtschaftswunder),França (Trente Glorieuses),Japão (milagre econômico japonês), eItália (milagre econômico italiano).

Terminologia

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Na literatura acadêmica, o período é frequentemente referido como oCrescimento econômico no pós-Segunda Guerra Mundial embora este termo possa referir-se a crescimentos muito mais curtos em mercados específicos. Ele também é conhecido como oLongo Boom, embora este termo seja genérico e possa se referir a outros períodos.A idade de ouro do capitalismo é um nome comum para este período em livros acadêmicos e populares de economia. O termo é também usado em outros contextos. Em fontes mais antigas e, ocasionalmente, nos mais contemporâneos,Idade de Ouro do capitalismo pode se referir ao período daSegunda Revolução Industrial, que durou aproximadamente de 1870 a 1914, e que também viu uma rápida expansão econômica. No entanto, um outro nome para o quarto de século após o fim da Segunda Guerra Mundial éA Era de Keynes.[1][2]

Extensão do período

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O economista político Roger Middleton afirma que os historiadores económicos em geral concordam em 1950 como a data de início desta expansão econômica,[3] enquanto Lord Skidelsky cita 1951 como a data de início mais reconhecida.[4] Tanto Skidelsky e Middleton têm reconhecido 1973 como o fim do período, embora às vezes ela é considerada terminada tão cedo quanto em 1970.

O preço do petróleo era baixo durante as décadas do pós-guerra, que terminou com acrise do petróleo de 1973.

Oboom terminou com uma série de eventos no início da década de 1970:

Enquanto este é o período global, os países experimentaram crescimentos específicos em diferentes períodos, emTaiwan, omilagre económico durou até à década de 1990, enquanto na França o período é referido comoGlorieuses Trente (30 gloriosos anos) por estender-se por período de 30 anos, de 1945 a 1975.

Clima econômico global

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Os membros daOCDE tiveram uma taxa de crescimento real do PIB em média de mais 4% ao ano na década de 1950, e muito perto de 5% ao ano na década de 1960, comparado com 3% em 1970 e 2% em 1980.[5]

Skidelsky dedica 10 páginas de seu livro 2009Keynes: The Return of the Master comparando aidade de ouro com o que ele chama de período doConsenso de Washington, com datas abrangendo os anos de 1980-2009 (1973-1980 sendo um período de transição):[4]

MetricIdade de OuroConsenso de Washington
Crescimento médio global4.8%3.2%
Inflação média global3.9%3.2%
Desemprego (EUA)4.8%6.1%
Desemprego (França)1.2%9.5%
Desemprego (Alemanha)3.1%7.5%
Desemprego (Grã-Bretanha)1.6%7.4%

Skidelsky sugere que o elevado crescimento global durante a idade de ouro foi especialmente impressionante devido que, durante esse período, o Japão foi a única grande economia asiática a ter um crescimento elevado (Taiwan e aCoreia do Sul naquele momento eram economias pequenas) — só foi mais tarde que o mundo viu o excepcional crescimento daChina. Skidelsky também relata que a desigualdade geralmente diminui durante a idade de ouro.

Globalmente, esta foi uma época de estabilidade financeira incomum, com crises muito menos frequentes e intensas do que antes ou depois.[6]

Causas

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A economia keynesiana

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Bônus de guerra dosAliados amadureceram durante esses anos, causando a transferência de dinheiro dos governos para particulares.
Adívida governamental do Reino Unido estava em um percentual recorde do PIB no fim da guerra, mas foi em grande parte reembolsada em 1975.

Oseconomistas keynesianos argumentam que oboom foi provocado pela adoção de políticas econômicas keynesianas, especialmente gastos do governo ("estímulo fiscal").[7] A jornalista Naomi Klein argumentou que o elevado crescimento apreciado pelaEuropa e América foi causado pelaspolíticas econômicas keynesianas.[7]

Este período também viu por meio de políticas governamentais,repressão financeira,[8] baixas taxas de juros nominais e baixas ou negativas taxas de juros reais (taxa nominal menor do que a inflação mais impostos), resultando respectivamente em baixos custos do serviço da dívida (baixas taxas nominais) e em liquidação da dívida existente (via inflação e tributação). Isto permitiu que países (como os EUA e Reino Unido) reduzissem o nível de endividamento, sem a necessidade de direcionar uma parcela alta de gastos do governo para o serviço da dívida.

Explicação Ortodoxa

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Economistas do livre mercado, incluindo oseconomistas neoclássicos e os daescola austríaca acreditam que oboom do pós-guerra foi em grande parte resultado de reformas de livre mercado e da desregulamentação. Em seu livroFDR vai para a guerra,[9] o historiador Burton Folsom argumenta que os planos keynesianas do pós-guerra foram frustrados pela morte súbita do Presidente Roosevelt, a inexperiência do novo presidenteHarry Truman, e o controle conservador do Congresso. O Congresso rejeitou inúmeras iniciativas keynesianas, reduziu muito o controle de preços, e bruscamente diminuiu muitos impostos. Folsom argumenta que essas políticas libertárias estimularam a economia e criaram empregos.

Política do pós-guerra

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Entre as causas pode ser mencionada a rápida normalização das relações políticas entre ex-potências do Eixo e dosAliados ocidentais. Após a guerra, as grandes potências estavam determinadas a não repetir os erros daGrande Depressão, algumas das quais foram atribuídas aos erros políticos do pós-Primeira Guerra Mundial. OPlano Marshall para a reconstrução da Europa é mais creditada para a reconciliação, embora a situação do imediato pós-guerra era mais complicada.

Cartaz de propaganda para oPlano Marshall.

Em 1948, o Plano Marshall injetou mais de US$ 12 bilhões para reconstruir e modernizar a Europa Ocidental, daComunidade Europeia do Carvão e do Aço criada em 1951 peloTratado de Paris formou-se a base do que viria a ser aUnião Europeia nos últimos anos.

Os fatores institucionais

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Economistas institucionais apontam para as instituições internacionais criadas no período pós-guerra. Estruturalmente, os Aliados vitoriosos estabeleceram osistema de Bretton Woods, e a criação de instituições internacionais destinadas a assegurar a estabilidade daeconomia mundial. Isto foi conseguido através de uma série de fatores, incluindo a promoção dolivre comércio, instituindo oPlano Marshall, e o uso daeconomia keynesiana.

Efeitos

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Ele teve muitos efeitos sociais, culturais e políticos. Movimentos e fenômenos associados a este período incluem o auge daGuerra Fria, opós-modernismo, adescolonização, um aumento acentuado no consumo, o bem-estar social, acorrida espacial, oMovimento de Países Não-Alinhados, a substituição de importações, a oposição àGuerra do Vietnã, o movimento de direitos civis, e arevolução sexual. NosEstados Unidos, aclasse média começou uma migração em massa longe dos centros das cidades para ossubúrbios.Assim, pode ser resumido como um período de estabilidade e prosperidade em que a maioria das pessoas poderia conseguir um emprego.

No Ocidente, emergiu um consenso quase total contra a ideologia forte e uma crença de que as soluções tecnocráticas e científicas poderiam ser encontradas para a maioria dos problemas da humanidade, uma visão avançada pelo presidente dos EUA,John F. Kennedy, em 1962.

Declínio

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O otimismo diminuiu no entanto na década de 1970, quando os preços elevados do petróleo (devido àcrise do petróleo de 1973) aceleraram a transição para a economiapós-industrial, e uma infinidade de problemas sociais começaram a surgir. Durante a década de 1970 também ocorreu a crise do aço; a demanda por aço caiu, e o mundo ocidental enfrentou a concorrência de novos países industrializados. Isto foi especialmente difícil para os setores de mineração e siderurgia como o norte-americanoCinturão da ferrugem ("Rust Belt" em inglês) e a região doVale do Ruhr, na Alemanha Ocidental.

Referências

  1. Meghnad Desai (2002). Verso, ed.Marx's Revenge: The Resurgence of Capitalism and the Death of Statist Socialism(Google Books). [S.l.: s.n.] p. 216.ISBN 1-85984-429-4 
  2. Terence Ball, Richard PaulBellamy (2002).Cambridge University Press, ed.The Cambridge history of twentieth-century political thought(Google Books). [S.l.: s.n.] p. 45.ISBN 1-85984-429-4 
  3. Middleton, Roger (2000).The British Economy Since 1945. [S.l.]: Palgrave Macmillan. p. 3.ISBN 0-333-68483-4 
  4. abRobert Skidelsky (2009).Keynes: The return of the Master. [S.l.]: Allen Lane. pp. 116, 126.ISBN 978-1-84614-258-1 
  5. Stephen A. Marglin, Juliet B. Schor. Google Books, ed.The Golden Age of Capitalism. [S.l.: s.n.] Consultado em 12 de março de 2009  !CS1 manut: Usa parâmetro autores (link)
  6. Wolf, Martin (2009). «3o».Fixing Global Finance. [S.l.]: Yale University Press. p. 31 
  7. abNaomi Klein (2008). «3».The Shock Doctrine. [S.l.]: Penguine. p. 55 
  8. Reinhart, Carmen M. & Sbrancia, M. Belen.«The Liquidation of Government Debt»(PDF)  !CS1 manut: Usa parâmetro autores (link)
  9. Folsom, Burton W.; Folsom, Anita (11 de outubro de 2011).FDR Goes to War: How Expanded Executive Power, Spiraling National Debt, and Restricted Civil Liberties Shaped Wartime America (em inglês). [S.l.]: Simon and Schuster 

Bibliografia

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  • Brinckmann, Hans, and Ysbrand Rogge.Showa Japan: The Post-War Golden Age and Its Troubled Legacy (2008)
  • Crafts, N. and G. Toniolo, eds.Economic Growth in Europe since 1945 (Cambridge University Press, 1996)
  • Cairncross, Frances; Cairncross, Alec (1994),The Legacy of the Golden Age: 1960s and Their Economic Consequences, Routledge 
  • Marglin, Stephen A.; Schor, Juliet B. (1992),The Golden Age of Capitalism: Reinterpreting the Postwar Experience,ISBN 978-0-19-828741-4,Oxford University Press 
  • Webber, Michael John; Rigby, David L. (1996),The golden age illusion: rethinking postwar capitalism 
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