Santo Eusébio de Roma | |
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| Apoteose de Santo Eusébio, afresco emSant'Eusebio, Roma. | |
| Confessor | |
| Nascimento | século IV |
| Morte | 357 Roma |
| Veneração por | Igreja Católica |
| Principaltemplo | Sant'Eusebio |
| Festa litúrgica | 14 de agosto |
Eusébio de Roma (m.c. 357) foi o fundador da igreja noMonte Esquilino, emRoma, que leva seu nome e está listado noMartirológio Romano como um dos santos venerados no dia 14 de agosto.
O "Martirológio de Usuardo" o define como sendo umconfessor na época doimperadorarianoConstâncio II e acrescenta que ele foi enterrado nocemitério de Calisto. Alguns martirológios posteriores afirmam que ele teria sidomártir, definindo-o como umpatrício romano e umsacerdote, principalmente nos martirológioslatinos.
A"Acta Eusebii", descoberta em 1479 por Mombritius e reproduzida por Baluze em sua"Miscellanea" (1678–1715), conta a seguinte história sobre Eusébio: quando opapa Libério recebeu permissão de Constâncio II para voltar para Roma, supostamente ao custo de suaortodoxia por aceitar a fórmula ariana proposta noConcílio de Sírmio, Eusébio, um padre e defensor ardente doCredo de Niceia, pregou publicamente contra o papa e contra o imperador, chamando-os deheréticos. Quando o partido niceno, que apoiaava oantipapa Félix, foi excluído de todas as igrejas, Eusébio continuou a rezar amissa em sua própria casa. Ele foi preso e levado perante Libério e Constâncio, mas corajosamente repreendeu Libério por abandonar a fé. Por isso, foi atirado numa masmorra com pouco mais de um metro de largura (ou foi aprisionado em sua própria casa), onde passou o tempo em oração até morrer alguns meses depois. Seu corpo foi enterrado no cemitério de Calisto e seu túmulo foi marcado com uma inscrição simples:"Eusebio homini Dei" ("Eusébio, um homem de Deus"). Este ato de gentileza foi realizado por dois padres, Gregório e Orósio, amigos de Eusébio. O primeiro foi preso no mesmo local onde ficou Eusébio e morreu ali, sendo enterrado por Orósio, que revela-se como autor dos"Acta".
Admite-se geralmente que estes "Atos" são uma faslificação no todo ou pelo menos em parte, escritos no mesmo espírito (se não pela mesma mão) que a nota sobre Libério noLiber Pontificalis. Osbolandistas eTillemont notaram algumas dificuldades históricas na narrativa, especialmente o fato de que Libério, Constâncio e Eusébio jamais estiveram em Roma ao mesmo tempo. Constâncio só visitou a cidade uma vez e permaneceu lá por cerca de um mês, numa época que Libério ainda estava exilado. Alguns, aceitando a suposta falta de Libério, superam esta dificuldade afirmando que, a pedido dele, que ressentia o zêlo de Eusébio, o poder secular interferiu e prendeu-o. Não é certo que Eusébio tenha morrido depois do retorno de Libério, durante seu exílio ou muito antes desta época.
Diz-se queSant'Eusebio, a igreja em estilobasilical no Esquilino e dedicada a Eusébio, teria sido construída sobre a sua casa. Ela foi mencionada nos atos de um concílio realizado em Roma pelopapa Símaco em 498 e foi reconstruída pelopapa Zacarias. É atualmente umaigreja titular de umcardeal-presbítero e uma igreja estacional para a sexta-feira posterior ao quarto domingo naQuaresma. Antigamente estava sob os cuidados doscelestinos (umaordem extinta) e hoje está com osjesuítas.
OCalendário Tridentino trazia umacomemoração de Eusébio, logo depois da comemoração davigília da festa daAssunção de Maria em 14 de agosto, dia no qual a liturgia principal era a da festa deSão Lourenço de Roma. A edição típica de 1920 doMissal Romano omitia esta celebração e a vigília da Assunção se tornou liturgia principal juntamente com a comemoração de Eusébio. Arevisão do calendário de 1969 removeu a comemoração de Eusébio, mas permitiu que ela continuasse a ser celebrada em sua basílica em Roma[1].