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Étienne Gilson | |
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Nascimento | Étienne Henry Gilson 13 de junho de 1884 7.º arrondissement de Paris |
Morte | 19 de setembro de 1978 (94 anos) Auxerre |
Sepultamento | Melun North Cemetery |
Cidadania | França |
Alma mater |
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Ocupação | filósofo,historiador,político, professor,historiador da filosofia |
Distinções |
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Empregador(a) | Universidade Harvard,Collège de France,Universidade de Paris, Lycée Lalande,Universidade de Toronto,escola Prática de Altos Estudos |
Religião | Igreja Católica |
Étienne Gilson (Paris,13 de Junho de1884 —Auxerre,19 de Setembro de1978) foi um filósofo, historiador da filosofia e um dos mais destacados autores da filosofiaNeoescolástica, especialista no estudo da obra de SantoTomás de Aquino. Pesquisador de filosofia medieval, ele primeiro se especializou no pensamento de Descartes, também elaborava alguns pensamentos na linha da tradição de Santo Tomás de Aquino, no entanto, ele não se considerava um filosofoneo-escolástico ouneo-tomista. Em 1946, foi considerado um imortal daAcadémie Française. Foi nomeado para o prêmioNobel de Literatura.
Nascido emParis, em uma famíliaCatólica Romana, originalmente de Burgundy, Gilson frequentou o seminário menor emNotre-Dame-des-Champs, logo após, terminou o secundário naLycée Henri V. Durante o tempo em que serviu o exército, Gilson começou a lerDescartes, pois estudava para sua licenciatura, focando na influência do escolasticismo no pensamento cartesiano. Depois de estudou naSorborne, sob a orientação de Victor Delbos (1862-1916) eLucien Lévy-Bruhl e noCollège de France, sob a orientação de Thérèse Ravisé de Melun.
Os seus estudos sobre o pensamento medieval e em particular da obra de Tomás de Aquino são uma de melhores aproximações ao tema. Entre 1921 e 1932 ensinoufilosofia medieval naSorbonne de Paris. Pertenceu aoCollège de France e ajudou a fundar o Instituto Pontifício de Estudos Medievais de Toronto, no Canadá. Foi o líder do neotomismo católico em sua época. Foi eleito membro daAcademia Francesa em 1946.
São famosas suas conferências naUniversidade de Harvard, compiladas sob o títuloA unidade da experiência filosófica, em que defende ametafísica e define o ser humano como um animal metafísico por natureza, em oposição da tesenietzscheana defendida peloCírculo de Viena. Pensava que a história da filosofia se poderia explicar como um cúmulo de diferentes experiências filosóficas, as quais não são mais que um verdadeiro ciclo que consiste na passagem de um marcado dogmatismo a um cepticismo profundo. De São Tomás de Aquino aGuilherme de Ockham há uma experiência filosófica, do mesmo modo que a há entreDescartes e o cepticismo deDavid Hume.
Também são importantes a série de palestras inseridas nasWilliam James' Lectures por ele proferidas emToronto, Canadá. Aquelas palestras, reunidas em livro e publicadas sob o títuloBeing and some philosophers, são um tratado deFilosofia e não um mero repasso deHistória da Filosofia. A obra vai desdePlatão aSartre, analisando como em cada época a forma de filosofar o ser tem sido entendido, desde a análise da essência (essencialismo) ou a existência (existencialismo), propondo a proposta de Tomás de Aquino como a mais equilibrada e a que mais justiça faz à realidade.
Em 1913, enquanto estava empenhado em dar aulas naUniversidade de Lille, defendeu sua tese de doutorado naUniversidade de Paris sobre, “Liberdade e Teologia em Descartes”. Sua carreira foi interrompida pelaI Guerra Mundial, onde ele foi convocado para o exército como sargento. Foi capturado em 1916, durante a guerra. Passou dois anos em cativeiro, tempo que usou para descobrir novas áreas de estudo, como a língua russa eSão Boaventura. Ele foi premiado com oCroix de Guerre, por bravura em guerra.
Em 1919, tornou-se professor de história da filosofia naUniversidade de Estrasburgo De 1921 a 1932, lecionou história da Filosofia Medieval na Universidade de Paris. Como um renomado pensador internacional, Gilson foi o primeiro, seguido porJacques Maritain, a receber o título de doutor honorário em filosofia pela Pontífice Universidade do Santo Tomás de Aquino (Angelicum) em 1930. Lecionou também por três ano naUniversidade de Harvard. A convite daCongregação de São Basílio, ele se fixou no Pontífice Instituto de Estudos Medievais em Toronto, juntamente com a Faculdade de St. Michael, naUniversidade de Toronto. Foi eleito em 1946 para aAcademia Francesa.
Com a morte de sua esposa, Thérèse Ravisé, em 12 de novembro de 1949, Gilson sofreu um considerável choque emocional.
Em 1951, ele abdicou de sua cadeira paraMartial Gueroult, noCollège de France para dedicar-se completamente aoMedieval Institute, até 1968. Ele conhecia a teologiajesuíta e ocardealHenri de Lubac, o que resultou na publicação de suas correspondências. Embora Gilson fosse primariamente um historiador da filosofia, ele também foi um precursor do avivamento tomista do século XX, juntamente comJacques Maritain. Seu trabalho tem recebido grandes elogios de Richard McKeon.
Gilson esteve no Brasil em duas ocasiões. A primeira foi em meados da década de 1930, quando passou dois meses no Rio de Janeiro em uma missão diplomática pelo Ministério das Relações Exteriores da França, durante a qual proferiu palestras sobre cultura francesa, com ênfase na literatura e algumas discussões sobre filosofia medieval. A segunda visita ocorreu em São Paulo, em 1956, onde deu seis palestras sobre Tomás de Aquino. Essas palestras deram origem ao livro "A existência na filosofia de Santo Tomás", que reflete a fase madura do pensamento do autor.[1]