Movatterモバイル変換


[0]ホーム

URL:


Saltar para o conteúdo
Wikipédia
Busca

Federação Europeia

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado deEstados Unidos da Europa)
União Europeia

AFederação Europeia, informalmente descrita como osEstados Unidos daEuropa refere-se à potencial unificação daEuropa como umafederação nacional e soberana deestados.

No princípio dos anos de 1920, oComintern levantou a possibilidade de apoiar a constituição de uns Estados Unidos da Europa, quando a revolução bolchevique atingisse os países capitalistas do extremo ocidental europeu.[1]

Há uma versão alternativa de unificação mediante uma confederação de estados soberanos que lhe foi dado o nome de "Europa Unida", que foi o nome proposto porValéry Giscard d'Estaing para oTratado de Roma de2004.

Origem do nome

[editar |editar código-fonte]

O termo "Estados Unidos da Europa" foi usado repetidamente porVictor Hugo, em um discurso noCongresso Internacional da Paz, realizado emParis em1849 e, em seguida, naAssembleia Nacional Francesa, em1 de março de1871.Trotsky criou o slogan "Para os Estados Soviéticos Unidos da Europa" em1923. Foi, do mesmo modo, o título de um livro de1931 do político francêsEdouard Herriot.

Interpretação da unificação europeia

[editar |editar código-fonte]

A expressão "Estados Unidos da Europa", geralmente identifica uma federação. Ela defende um sistema federal de governo semelhante ao dosEstados Unidos da América, onde o poder é transferido dos Estados-Membros para uma autoridade do governo central. Historicamente, aFrança foi o maior defensor dessa forma de governo para manter a independência da força militar e financeiro dos Estados Unidos e da extintaURSS.

O ponto de vista alternativo da unificação europeia tem sido o impulso para umaUnião Europeia como uma confederação comercial e financeira. Este tem sido apoiado peloReino Unido e pelos Estados Unidos.

Perspetivas para uma união mais próxima

[editar |editar código-fonte]

OsEstados membros da União Europeia têm muitas políticas comuns dentro daUnião Europeia (UE) e em nome da UE que às vezes são sugestivas de um único estado. Tem um executivo comum (aComissão Europeia, um únicoAlto Representante para a Política Externa e de Segurança Comum, umaPolítica de Defesa e de Segurança Comum, um tribunal supremo (Tribunal Europeu de Justiça  – , mas apenas em matéria deUnião Europeia e uma organização intergovernamental de pesquisa (o EIROforum com membros como aCERN). O euro é muitas vezes referido como a "moeda única europeia", que foi oficialmente adotada por dezanove países daZona Euro enquanto outros sete países da União Europeia vincularam as suas moedas ao euro emERM II. Além disso, vários territórios europeus fora da UE adotaram o euro extra-oficialmente, comoMontenegro,Cosovo eAndorra.

A UE, no entanto, não tem uma constituição única, um governo único, uma política externa única estabelecida por esse governo, um único sistema de tributação que contribua para um únicotesouro ou um exército único. Não existe um sistema de justiça europeu único, e muito menos um promotor europeu que possa aplicar o direito da União Europeia em tribunais de julgamento europeus, independentemente dos tribunais de cada um dos Estados membros. Não há juízes de julgamento europeus que tenham jurado lealdade à Europa por lealdade aos países de origem e não existem prisões europeias. Sem os seus próprios tribunais e prisões independentes, a capacidade da União Europeia para reduzir a corrupção nos Estados membros é severamente limitada (especialmente em contraste com ogoverno federal dos Estados Unidos).

Várias instituições pró-europeias existem mas separadas da UE. AAgência Espacial Europeia conta quase todos os países membros da UE na sua filiação, mas é independente da UE e a sua adesão inclui países que não são membros da UE, nomeadamente Suíça e Noruega. OTribunal Europeu dos Direitos do Homem (não deve ser confundido com o Tribunal de Justiça Europeu) também é independente da União. É um elemento doConselho da Europa que, como a ESA, contabiliza membros da UE e não membros em sua associação.

Atualmente, a União Europeia é uma associação livre de estados soberanos destinada a promover os seus objetivos partilhados.[carece de fontes?] Além do objetivo vago de uma "união cada vez mais próxima" na Declaração solene sobre a União Europeia, a União (ou seja, os seus governos membros) não têm nenhuma política atual para criar uma federação ou uma confederação. No entanto, no passado,Jean Monnet, uma pessoa associada à UE e a sua antecessora, aComunidade Económica Europeia fez essas propostas. Uma ampla gama de outros termos são utilizados, para descrever a possível estrutura política futura da Europa como um todo, e/ou a UE. Alguns deles, como "Europa Unida", são usados com frequência, e em contextos tão variados, mas não têm um estatuto constitucional definido. Nos Estados Unidos, o conceito entra em discussões sérias sobre se uma Europa unificada seria viável e o impacto que o aumento da unidade europeia teria sobre o poder político e económico relativo dos Estados Unidos da América. Glyn Morgan, um professor associado de estudos governamentais e sociais da Universidade de Harvard, o usa sem remorso no título de seu livro "A ideia de uma Super estrela europeia: Justificação pública da integração Europeia." Enquanto que o texto de Morgan centra-se nas implicações de segurança de uma Europa unificada, uma série de outros textos recentes focados nas implicações económicas de tal entidade. Importantes textos recentes aqui incluemT.R. Reid, Os Estados Unidos da EuropaeO sonho europeu deJeremy Rifkin. Nem a revista americanaNational Review nem a revista também americanaChronicle of Higher Education "duvida da adequação do termo nas suas revisões.[2][3]

Organizações federalistas europeias

[editar |editar código-fonte]

Várias organizações federalistas foram criadas ao longo do tempo apoiando a ideia de uma Europa federal. Estes incluem oUnião dos Federalistas Europeus,Movimento Europeu Internacional ePartido Federalista Europeu.

União dos Federalistas Europeus

[editar |editar código-fonte]

AUnião dos Federalistas Europeus (UEF) é uma organização não governamental europeia, fazendo campanha para uma Europa federal. É composto por 20 organizações constituintes e atua nos níveis europeu, nacional e local há mais de 50 anos. Um jovem ramo chamadoJovens Federalistas Europeus também existe em 30 países da Europa.

Movimento Europeu Internacional

[editar |editar código-fonte]

OMovimento Europeu Internacional é uma associação delobby que coordena os esforços das associações e dos conselhos nacionais com o objetivo de promover a integração europeia e divulgar informações sobre tal.

Partido Federalista Europeu

[editar |editar código-fonte]
Atitude para um maior desenvolvimento da UE numa federação de estados-nação
  Membros da UE com mais pessoas a favor que uma federação seja criada

OPartido Federalista Europeu é o partido político pró-europeu, pan-europeu e federalista que defende uma maior integração da UE e o estabelecimento de uma Europa federal. O objetivo é reunir todos os europeus para promover o federalismo europeu e participar em todas as eleições em toda a Europa. Tem seções nacionais em 15 países.

Oposição

[editar |editar código-fonte]

A União Europeia não inclui todas as nações da Europa e não há consenso entre os governos dos Estados membros existentes para se tornarem umaconfederação flexível. Existe também uma oposição significativa eurocéptica daintegração europeia em muitos Estados membros. Em junho de 2016, oReino Unido votou 52% contra 48% para sair da União Europeia.

Sondagens

[editar |editar código-fonte]

De acordo comEurobarómetro (2013), 69% dos cidadãos da UE são a favor deeleições directas daPresidente da Comissão Europeia; 46% apoiam a criação de um exército unido da UE.[4]

Dois terços dos inquiridos pensam que a UE (em vez de um governo nacional sozinho) deve tomar decisões sobre a política externa. Mais da metade dos entrevistados pensa que a UE também deve tomar decisões em defesa.[5]

44% dos inquiridos apoiam o desenvolvimento futuro da União Europeia como uma federação de estados-nação, 35% se opõem. Os países nórdicos foram os mais negativos de uma Europa unida neste estudo. 73% dos nórdicos se opuseram à ideia.[6] Uma grande maioria das pessoas para quem a UE evoca uma imagem positiva apoiam o desenvolvimento da UE numa federação de estados-nação (56% contra 27%).[7]

Personalidades federalistas

[editar |editar código-fonte]

Winston Churchill

[editar |editar código-fonte]

O termo "Estados Unidos da Europa" foi usado porWinston Churchill em um famoso discurso em1946 naUniversidade de Zurique. Este discurso é frequentemente associado com o início do processo que levou à formação da União Europeia. Quando Churchill fez este discurso não viu oReino Unido na Europa. Ele acreditava que o futuro britânico iria recair com os Estados Unidos, oImpério e aCommonwealth.

(…) Temos de construir uma espécie de Estados Unidos da Europa, e só dessa forma centenas de milhões de trabalhadores serão capazes de reconquistar a simples alegria e esperança que tornam a vida interessante. O processo é simples. Tudo o que você precisa é o objetivo de centenas de milhões de homens e mulheres, fazer o bem ao invés de fazer o mal e como recompensa bênçãos ao invés de maldições (…)[8]

Guy Verhofstadt

[editar |editar código-fonte]

Guy Verhofstadt, primeiro-ministrobelga, escreveu o livroVeregnide Staten van Europa (Estados Unidos da Europa) no qual afirmava, segundo os resultados de um inquérito doEurobarómetro, que os cidadãos médios europeus queriam mais Europa. O livro foi apresentado em novembro de2005, ele traz os resultados negativos doReferendo da Constituição Europeia na França e nosPaíses Baixos.

Verhofstadt acredita que poderia criar uma Europa federal dentre os países que assim o desejarem.[9] Ou seja, criar um Centro Federal que ficaria no centro da atual União Europeia. Para a criação desta união política, pode-se partir do exemplo norte-americano daConvenção da Filadélfia de1787.[9] Mas acredita-se que os Estados Unidos da Europa sejam uma cópia dos Estados Unidos da América.[9] Desta forma, defende-se que parte dos impostos recolhidos pela Europa e que sejam um exército europeu.[9]

Personalidades pelo Estado Europeu

[editar |editar código-fonte]
Busto de Victor Hugo na Assembleia nacional francesa com o excerto do seu discurso de 1849.

Victor Hugo

[editar |editar código-fonte]
(…)Virá um dia onde as balas e as bombas serão substituídas pelos votos, pelo sufrágio universal dos povos, pela venerável arbitragem de um grande Senado soberano que estará para a Europa, como o Parlamento está para a Inglaterra, como a Dieta está para a Alemanha, como a Assembleia Legislativa está para a França.

Dois anos depois, num discurso feito no parlamento francês, em 17 de Julho de 1851, quando, sob a Segunda República, presidida por Luís-Napoleão, se discutia a revisão constitucional, proclamava: Sim! Foi o povo francês que primeiro colocou num granito indestrutível e no meio do velho continente monárquico a pedra do grande edifício que um dia se há-de chamar Estados Unidos da Europa.

Num artigo, intitulado O Futuro, de 1867, vem, depois, dizer: No século XX existirá uma nação extraordinária. Esta nação será grande, o que a não impedirá de ser livre. Será ilustre, rica, pensadora, pacífica e cordial para o resto da humanidade(…) Esta nação terá Paris como capital e deixará de se chamar França para se chamar Europa. No século XX chamar-se-á Europa e, nos séculos seguintes, mais modificada ainda, chamar-se-á Humanidade.

—  Victor Hugo, 21 de agosto de 1849 no Congresso Internacional da Paz

Oswald Mosley

[editar |editar código-fonte]

Sir Oswald Ernald Mosley, um dos principais líderes fascistas da Inglaterra, amigo pessoal deAdolf Hitler, lançou logo após a Segunda Guerra Mundial a ideia de construir um Estado para a Nação Europeia. Entre 1953 e 1959, através do jornal "The European" (O Europeu), Mosley foi um dos mais fervorosos adeptos da ideia de unificação europeia. Na "Declaração Europeia", aprovada na conferência de Veneza, no dia 1 de Março de 1962, defendeu nomeadamente a constituição de um governo europeu, com uma única política externa e de defesa, uma única política económica e financeira, e de investigação científica.

Pasqual Maragall

[editar |editar código-fonte]

Também o político espanholPasqual Maragall, ex-presidente daGeneralitat de Catalunya e está agora envolvido na criação doPartido Democrático Europeu, declarou ser a favor de uma Europa politicamente unida, mas não chamada de Estados Unidos da Europa. Maragall considera a Europa uma grande pátria, dizendo:[10]

Federalismo tem sido e é desde um século atrás, a única solução para os problemas de um político na Espanha e na Europa. Agora é (…) Europa. É a nossa grande nova casa. Os italianos os viram primeiro. Tanto os políticos como os empresários (…) E nós temos que acompanhá-los. Espero que Prodi e Zapatero, não sem dificuldades, conseguirão por este caminho. (…) Devemos estar preparados para contribuir para estes processos. Pessoalmente, acompanharei, e não só, a tentativa italiana de criar o Partido Democrático Europeu (PDE) (…) Repito, agora é a Europa. Por esta razão, eu estava emRoma por seis meses, o nascimento da EDP (…)

—  Pasqual Maragall

Ver também

[editar |editar código-fonte]

Referências

  1. Norman Davies,Europe - A History, Londres, Oxford University Press, 1997, p. 12.
  2. «Carlos Ramos-Mrosovsky on United States of Europe on National Review Online». National Review. 29 de outubro de 2008. Consultado em 26 de junho de 2017 
  3. Making the Case for a United States of Europe - Research - The Chronicle of Higher Education
  4. «European Commission - PRESS RELEASES - Press release - Making the European elections more democratic and boosting participation – Ground is prepared, say two Commission reports». Europa.eu. Consultado em 24 de janeiro de 2016 
  5. «Public opinion and the EU's Common Foreign, Security and Defence Policy»(PDF). Recon Project. 2011. Consultado em 26 de junho de 2017 
  6. Standard Eurobarometer 79 Spring 2013
  7. «Standard Eurobarometer 79»(PDF). União Europeia. 2013. Consultado em 26 de junho de 2017 
  8. Winston Churchill (19 de Setembro de 1946).«Discurso de Churchill en Zurich 19 de septiembre de 1946» (em espanhol). historiasiglo20.org. Consultado em 26 de Janeiro de 2007 
  9. abcdJuan Oliver (22 de abril de 2007).««Los europeos están preparados para una unión política más profunda»» (em espanhol). La Voz de Galicia. Consultado em 26 de janeiro de 2007. Arquivado dooriginal em 11 de março de 2008 
  10. Pasqual Maragall (30 de maio de 2007).«Carta a los Amigos» (em espanhol). La Vanguardia. Consultado em 26 de janeiro de 2009. Arquivado dooriginal em 14 de fevereiro de 2008 

Ligações externas

[editar |editar código-fonte]
Outros projetosWikimedia também contêm material sobre este tema:
CommonsImagens emedia noCommons
CommonsCategoria noCommons
WikinotíciasNotícias noWikinotícias
Meta-WikiMeta-Wiki
Países
Europa
Territórios
Estados não reconhecidos
Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Federação_Europeia&oldid=68689277"
Categorias:
Categorias ocultas:

[8]ページ先頭

©2009-2025 Movatter.jp