O nome "Esquilino" tem sido interpretado de diversas formas pelos estudiosos, todas plausíveis, mas nenhuma que estabeleça com certeza a origem: os próprios autoreslatinos antigos não conheciam aetimologia da palavra. Alguns afirmaram que osexquilini eram os habitantes deste subúrbio urbano distintos dosinquilini, que residiam na cidade.Aexquilae deriva daraiz deex-colere, que significa também "habitar fora" (dos muros).
Outros defendem que otopônimo provém deaesculi, um arbusto deazinheira preferido porJúpiter: na colina, em sua origem, havia um templo e um bosque sagrado dedicado aMefite eJuno Lucina, divindades que os antigos habitantes utilizavam para fumigar para longe os "miasmas" ("maus ares") da insalubre região circundante.
Uma terceira hipótese é que o termo seja derivado deexcubiae, o nome da guarda criada porRômulo para defender a cidade contra ossabinos liderados porTito Tácio.
O núcleo habitado do Esquilino tem sua origem no século VIII a.C., quando a região era uma espécie de subúrbio da cidade fundada nomonte Palatino, o que é atestado, por exemplo, por restos de umagrande necrópole com um setor, entre outros, datado entre a metade do século VIII a.C. e a metade do século VII a.C..
Os três cumes do Esquilino, o Fagutal, o Ópio e o Císpio, faziam parte doSeptimôncio, que representava a primeira fase de expansão de Roma logo após a fundação do núcleo originário, aRoma quadrada.[2]
A colina foi anexada à cidade de Roma porSérvio Túlio, o sextorei de Roma, tornando-se assim uma das quatro regiões nas quais foi dividido o território urbano da cidade.[3][4][5]
O conselheiro e patrono das artesCaio Cílnio Mecenas (70-8 a.C.) estabeleceu seusfamosos jardins, os primeiros jardins de estilohelenístico em Roma, no monte Esquilino, dos dois lados daMuralha Serviana (que já não tinha mais função defensiva nesse local) incorporando e reurbanizando parte daNecrópole do Esquilino. Ali havia terraços, bibliotecas e outros locais dedicados à cultura de Roma. No Ópio,Nero (r. 54-68) confiscou inúmeras propriedades depois dogrande incêndio de 64 para construir a sua extravaganteCasa Dourada.[6] Mais tarde,Trajano (r. 98-117) construiu asTermas de Trajano sobre ela — ali foi encontrada uma variedade de esculturas no estiloVênus, incluindo aVênus de Esquilino — e as ruínas de ambas as estruturas podem ser visitadas no local. No século III, osJardins Licinianos, um grupo de jardins (incluindo o relativamente bem preservadoninfeu antigamente identificado como sendo o hoje inexistenteTemplo de Minerva Médica), foram estabelecidos no Esquilino. Mais para o nordeste, no cume do Císpio, foi construída aBasílica de Santa Maria Maior no século IV.
↑Roth, Leland M. (1993).Understanding Architecture: Its Elements, History and Meaning (em inglês) First ed. Boulder, CO: Westview Press. 227 páginas.ISBN0-06-430158-3
Volpe, Rita (2000). «Paessaggi urbani tra Oppio e Fagutal». Roma: École française de Rome.MEFRA: Mélanges de l'École française de Rome : antiquité (em francês).2 (112)