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Escultura

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Vénus de Milo,Louvre.

Escultura é umaarte que representa ou ilustraimagens plásticas emrelevo total ou parcial. Existem várias técnicas de trabalhar os materiais, como acinzelação, afundição, amoldagem ou a aglomeração de partículas para a criação de um objeto.

Vários materiais se prestam a esta arte, uns mais perenes como obronze ou omármore, outros mais fáceis de trabalhar, como aargila, acera ou amadeira.

Embora possam ser utilizadas para representar qualquer coisa, ou até coisa nenhuma, tradicionalmente o objetivo maior foi sempre representar ocorpo humano, ou a divindade numa forma antropomórfica. É considerada a quarta das artes clássicas.

Técnicas, formas e materiais utilizados

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Através da maior parte da história, permaneceram as obras dosartistas que utilizaram-se dos materiais mais perenes e duráveis possíveis como apedra (mármore, pedra calcária,granito) ou metais (bronze,ouro,prata). Ou que usavam técnicas para melhorar a durabilidade de certos materiais (argila,terracota) ou que empregaram os materiais de origem orgânica mais nobres possíveis (madeiras duráveis comoébano,jacarandá, materiais comomarfim ouâmbar). Mas de um modo geral, embora se possa esculpir em quase tudo que consiga manter por pelo menos algumas horas a forma idealizada (manteiga,gelo, cera,gesso,areia molhada), essas obras efêmeras não podem ser apreciadas por um público que não seja coevo.[1]

A escolha de um material normalmente implica a técnica a se utilizar.[2] Acinzelação, quando de um bloco de material se retira o que excede a figura utilizandoferramentas de corte próprias, para pedra ou madeira; a modelagem, quando se agrega material plástico até conseguir o efeito desejado, para cera ou argila; afundição, quando se vertemetal quente em um molde feito com outros materiais.

Modernamente, novas técnicas, como dobra e solda de chapas metálicas, moldagens com resinas,betão armado ouplásticos, ou mesmo a utilização daluz coerente para dar uma sensação de tridimensionalidade, tem sido tentadas e só o tempo dirá quais serão perenes.

Através do tempo, algumas formas especificas de esculturas foram mais utilizadas que outras: Obusto, espécie de retrato do poderoso da época; aestátua equestre, tipicamente mostrando um poderoso senhor em seu cavalo; Fontes de água, especialmente emRoma, para coroar seus fabulososaquedutos e onde a água corrente tinha um papel a representar;estátua, representando uma pessoa ou um deus em forma antropomórfica; Alto ouBaixo-relevo, o modo de ilustrar uma história em pedra ou metal;mobiliário, normalmente utilizado em jardins.[3]

A escultura pelo mundo

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Esfinx em tijolo policromado de Dario I o Grande, ao palácio Real de Susa (Irão)
Escriba do Louvre, pedra calcária policromada, dadinastia V, aSaqqara (Museu do Louvre)
Dama de Elche (Museu Arqueológico Nacional de Espanha)
Laocoont e os seus filhos do períodohelenístico (Pius-Clementí dosMuseus Vaticanos)

NaMesopotâmia, devido à escassez depedras, a escultura fazia-se fundamentalmente comargila; nas escavações de Ur (4000 a.C.) encontraram-se várias pequenas estátuas deste material. Ossumérios desenvolveram e difundiram a outras civilizações o uso dotijolo, no qual se esculpia um relevo e depois seesmaltava. Alguns exemplos bem representativos são os que enfeitam os palácios, bem como as superfícies sepulcrais persas do palácio dePersèpolis e oFrisdos arqueiros, uma obra em tijolo esmaltado presente no Palácio Real deSusa (404-359 a.C.). Aoantigo Egito empregaram-se materiais mais duradouros, como a pedra. Os egípcios chegaram a criar esculturas altamente aperfeiçoadas que permaneceram inalteráveis durante muitos séculos. Representavam divindades,faraós e outras personagens importantes; também faziam, todavia, pequenas peças de figuras nas quais ficavam refletidos os trabalhos domésticos. Muitas destas obras encontraram-se nas câmaras sepulcrais.

Daarte púnica e greco-púnica conservam-se muitas estátuas, em general femininas, ebustos de lamozida, juntamente com uma diversidade deamuletos demarfim e de metal descobertas nasnecròpolis de Ibiza eFormentera; calcula-se que as mais antigas são doséculo VIII  a.C., e acredita-se que foi fabricado posteriormente à dominação romana. Com respeito àescultura ibera, as obras encontradas são de pedra e bronze e provêm de três grandes áreas do sul, centro e o levante dapenínsula Ibéria: destaca o busto de pedra daDama de Elche, de inspiração grega.

A estatuária arcaica era principalmente religiosa. Os templos decoravam-se com imagens dos deuses, das suas gestes e batalhas, e as figuras eram pouco realistas. As korai oukoúroi não são retratos de pessoas concretas; aos rostos punha-se-lhes um sorriso fictício, um gesto facial conhecido no mundo da arte como «sorriso arcaico». Deste período destacam o Chefe de Dipiló, fragmento de uma estátua colossal de mármore doséculo VI  a.C., e o Chefe de Rampin (c.560 a.C.) obra posterior que apresenta um tratamento mais próximo ao naturalismo. Aescultura grega conseguiu um elevado grau de perfeição, qualidade que impulsionada pela busca de uma melhor expressão dabeleza da figura humana; chegaram a estabelecer um cânon com proporções consideradas «perfeitas». Infortunadamente, oAuriga de Delfos, o casal dosGuerreiros de Riace junto com a doDeus do nenhum Artemísion fazem parte das poucas esculturas gregas em bronze que permanecem completas. Um dos artistas mais significativos do período clássico foiPraxíteles, autor doHermes com Dionís menino. Durante o período helénico observa-se que na criação de esculturas há uma clara intenção de intensificar o movimento e acentuar as emoções, tal como se pode observar ao conjunto escultórico deLaocoont e os seus filhos.

Aescultura etrusca (século IX  a.C.-E a.C.) derivava daarte grega, ainda que também criassem obras com características próprias.[4] A estatuária vinculada aos contextos fúnebres é, pelo contrário, a produção etrusca mais abundante; o material de eleição, regra geral, era aterracota, como no célebreSarcófago dos esposos.[5] Posteriormente, aescultura romana recebeu a influência da etrusca e da grega, e os artistas romanos chegaram a fazer numerosas cópias de obras gregas. Cabe destacar as esculturas comemorativas como as daColuna de Trajà (114), onde se narram várias batalhas numa espiral contínua que ocupa toda a superfície da coluna, ou aEstátua eqüestre de Marco Aurélio. Um dos tipos de escultura que mais desenvolveram, mas, seriam osretratos, obras realistas com um marcado carácter psicológico que se criaram em todo oImpério Romano.

Índia

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Imagem deShiva, em bronze.

As primeiras esculturas naÍndia são atribuídas à civilização do vale do Indo, onde trabalhos em pedra e bronze foram descobertos, sendo uma das mais antigas esculturas do mundo. Mais tarde, com o desenvolvimento dohinduismo, dobudismo, e dojansenismo, esta região produziu alguns dos mais intricados e elaboradosbronzes. Alguns santuários, como o deEllora, apresentam grandes estátuas esculpidas diretamente na rocha. Durante oséculo II a.C. no noroeste da Índia, onde hoje é oPaquistão e oAfeganistão, as esculturas começaram a representar passagens da vida e os ensinamentos deBuda. Embora a Índia tivesse uma longa tradição de esculturas religiosas, Buda nunca tinha sido representado na forma humana antes, apenas porsímbolos. Este fato reflete já uma influência artística persa e grega na região. A Índia influenciou ainda, através do budismo, boa parte daÁsia, como as existentes na localidade deAngkor, noCamboja.

China

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Alguns dos guerreiros doExército de terracota deXian.

Artefactos chineses datam do século X a.C., mas alguns períodos selecionados tiveram destaque:Dinastia Zhou (1050-771 a.C.) produziu alguns intrincados vasos em bronze fundido;Dinastia Han (206-220 a.C.) apresentou o espectacularExército de terracota deXian, em tamanho natural, defendendo a tumba do imperador; As primeiras esculturas de influência budista aparecem no período dosTrês reinos (século III);Dinastia Wei (séculos V e VI) nos dá a escultura dosGigantes grotescos, reconhecidas por suas qualidades e elegância. O período considerado a idade de ouro da China é aDinastia Tang, com suas esculturas budistas, algumas monumentais, considerados tesouros da arte mundial.

Após este período a qualidade da escultura chinesa caiu muito. É interessante notar que a arte chinesa não temnus, como é comum na arte ocidental, à exceção de pequenas estátuas para uso dosmédicos tradicionais. Também tem poucos retratos, exceto nosmosteiros, onde eram mais comuns. E nada do que se produziu após aDinastia Ming (após o século XVII) foi reconhecido como bom pelos museus e colecionadores de arte. No século XX a influência dorealismo socialista de origemsoviética arruinou o que restava da arte chinesa. Espera-se que o ressurgimento e abertura para o mundo ocidental traga a arte chinesa ao seu lugar de mérito.[6]

Japão

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Imagem deBuda.

Os japoneses faziam muitas estátuas associadas a religião, a maioria sob patrocínio do governo. Notáveis foram as chamadas ‘’haniva’’, esculturas em argila colocadas sobre tumbas, no período ‘’Kofun’’. A imagem em madeira do século IX de ‘’Shakyamuni’’, um Buda histórico é a típica escultura da era ‘’Heian’’, com seu corpo curvado, coberto com um denso drapeado e com uma austera expressão facial. A escola Key criou um novo estilo, mais realista.

Américas

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Existem poucos exemplares de esculturas pré-colombianas no continente americano, entre elas as famosas estátuas daIlha de Páscoa, algumas esculturas, principalmente em alto-relevo, decorando edificaçõesMaia eAsteca doPeru aoMéxico e algumas peças primitivas em madeira ou argila, geralmente com significado religioso, dos povos nativos de toda América.

No restante, só se começou a produzir arte a partir do século XVI, já sob influência do Barroco, com destaque para imagens religiosas em madeira, terracota e pedra macia nos locais de influência católica. Nos países de religião protestante, por sua maior resistência ao uso religioso de imagens, foi mais tardio o aparecimento de artistas, entrando diretamente noNeoclássico por influência da cultura europeia. A partir daí, com a facilidade de transporte e comunicações, a arte nas Américas ficou muito semelhante à desenvolvida na Europa.[7]

A escultura popular em argila do Nordeste brasileiro, as obras em madeira e argila dos povos daAmazônia, figuras religiosas em todas as regiões católicas daAmérica também possuem sua relevância no contexto atual.

África

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A arte daÁfrica tem uma ênfase especial pela escultura, especialmente em ébano e outras madeiras nobres. Além das divindades antropomórficas, tem especial interesse as máscaras rituais. As esculturas mais antigas são dacultura de Noque (cerca de500 a.C.), no território onde atualmente se encontra aNigéria.

Antigo Egito

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Ver artigo principal:Escultura do Antigo Egito

A escultura noAntigo Egito visava dar uma forma física aos deuses e seus representantes na terra, osfaraós. Regras rígidas deviam ser seguidas: homens eram mais escuros que mulheres; as mãos de figuras sentadas deveriam estar nos joelhos; e cada deus tinha suas regras especificas de representação. Por esse motivo, poucas modificações ocorreram em mais de três mil anos, embora tivessem resultado em peças maravilhosas como a cabeça deNefertiti ou a máscara mortuária deTutancâmon.

Europa

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Ver artigo principal: [[:Escultura da Grécia Antiga, Escultura da Grécia arcaica, Estilo Severo, Escultura do Classicismo grego, Escultura do Helenismo, Escultura etrusca, Escultura da Roma Antiga, Escultura românica, Escultura gótica, Renascimento, Escultura barroca, Escultura do neoclassicismo]]
Uma amostra dosmármores de Elgin.

AGrécia clássica é com certeza o berço ocidental da arte de esculpir, desde seus primeiros artefatos a partir do século X a.C., em mármore ou bronze, até o apogeu da era dePéricles (século V a.C.), com as esculturas daAcrópole de Atenas. Foi também quando alguns escultores começaram a receber reconhecimento individual, comoFídias. Produziu obras ímpares, como aVitória de Samotrácia, osmármores de Elgin ou aVénus de Milo.

A partir dos gregos, os romanos, depois de um começo na tradição etrusca, abraçaram a cultura clássica e continuaram a produzir esculturas até o fim do império, numa escala monumental e numa quantidade impressionante, espalhando principalmente o trabalho em mármore por todo o império.

’’David’’ deMichelangelo.

Após o fim do império e a idade média, onde pouco se fez, tivemos algumas esculturasgóticas (séculos XII e XIII), basicamente como decoração de igrejas, como a porta da catedral deChartres, arte fúnebre com suas tumbas elaboradas e as famosasgárgulas.[8]

Tudo pareceu culminar noRenascimento, com mestres comoDonatello e seuDavi em bronze, a estátua equestre doGattamelata ou suas inúmeras esculturas em mármore, abrindo caminho para a obra maior deMichelangelo, com seu magníficoDavid em mármore, aPietá, ouMoisés. Provavelmente oDavid deFlorença seja a escultura mais famosa do mundo desde que foi revelada em 8 de setembro de 1504.[9] É um exemplo docontrapposto, estilo de posicionar figuras humanas.

QuandoBenvenuto Cellini criou um saleiro em ouro e ébano em 1540, mostrandoNetuno eAnfitrite em formas alongadas e posições desconfortáveis, transformou oNaturalismo e criou a obra maior doManeirismo que em sua forma mais exagerada virou oBarroco, que acrescenta elementos exteriores, como efeitos de iluminação.Bernini foi sem dúvida o mais importante escultor desse período, com obras comoO Êxtase de Santa Teresa.[10]

Após os excessos do Barroco, oNeoclassicismo é uma volta ao modelo helenista clássico, antes dos anos confusos doModernismo, que teve a magnífica obra em bronze do francêsAuguste Rodin e seuO Pensador, e depois enterrou a tradição clássica com oCubismo, oFuturismo, oMinimalismo, asInstalações e aPop Art.

Algumas das obras de escultura mais famosas são:

Ver também

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Referências

  1. Bruno Lucchesi, Margit Malmstrom,Modeling the figure in clay, Watson-Guptill Publications,ISBN 0823030962
  2. Corbetta, Glória,Manual do Escultor, AGE, 2000.
  3. WITTKOWER, Rudolf,Escultura, Martins Editora, 2001ISBN 8533613903, 9788533613904
  4. Honour, Hugh & Fleming, John (2005).«A world history of art».Laurence King Publishing (em inglês). Consultado em 23 de novembro de 2010  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
  5. Grummond, Nancy Thomson.For the Mother and for the Daughter: Some thoughts on dedications from Etruria and Praeneste. Col: Charis: essays in honor of Sara A. Immerwahr Volum 33 de Hesperia. [S.l.]: In Chapin, Anne Proctor (ed). p. p. 351-370  !CS1 manut: Texto extra (link)
  6. Huon Malalieu (org.)História Ilustrada das Antiguidades, Nobel,ISBN 85-213-1049-8
  7. Germain Bazin,O Aleijadinho e a escultura barroca no Brasil, Record, 1971
  8. Willianson,Paul,Escultura Gótica, 1140 - 1300 Cossac & Naif, 2002 - ISBN 85-86374-08.3
  9. Batistonni,Dúlio,Pequena História Da Arte, Papirus, pg. 70,ISBN 85-308-0027-3
  10. Haskell, Francis,Mescenas e Pintores, EDUSP, 1997, pg. 71,ISBN 85-314-0415-0
Classes


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Gêneros
Artesanato
Períodos
Locais
Outros
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Conceitos
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Ver também

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