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AEscrita do Sudoeste ouSul- Ocidental, também chamadaTartessiana ouSul Lusitana, é uma dasEscritas paleohispânicas e foi usada para escrever a já extintalíngua tartessiana. Inscrições em línguas do sudoeste foram encontradas principalmente no quadrante sudoeste daPenínsula Ibérica, no sul dePortugal,Algarve e sul doAlentejo, e ainda naEspanha, no sul daEstremadura e oeste daAndaluzia.
A denominação da escrita é muito controversa. O nome mais neutro “do sudoeste”, por se referir unicamente à localização geográfica onde as inscrições foram encontradas, mas isso ainda necessita alguma maior precisão no contexto geral.Alguns pesquisadores denominam essas escrita de Tartessiana, considerando a mesma como da antigaTartesso. Outros preferem denominá-la como Sul-Lusitana, pois a maioria das inscrições foi encontrada no sul do que é hojePortugal, na antiga provínciaromana daLusitânia. Aí, fontes antigas Romanas e Gregas localizavam osCónios,Povos ibéricos pré-romanos, em lugar do que hoje se considera a zona Tartessiana (entreHuelva e o vale dorio Guadalquivir). Por outro lado, o nome Sul-Lusitana apresenta o inconveniente de relacionar essas línguas de forma errada com alíngua lusitana. Outros nomes já sugeridos foram bástulo-turdetano e doAlgarve.
Com exceção daescrita Greco-Ibérica e numa menos escala esta do sudoeste, as demaisescritas paleohispânicas compartilhavam uma tipologia própria. Funcionavam comosilabários paraconsoantes oclusivas e comoalfabetos para as demaisconsoantes evogais. Essa forma incomum de escrita era chamada de Semi-silabário. Não há um consenso acerca de como se originaram esses semi-silabários paleohispânicos. Alguns estudiosos relacionam os mesmos aoalfabeto fenício, outros veem uma possível origem noalfabeto grego. Nessa escrita do sudoeste, mesmo que a letra usada para escrever uma consoante oclusiva fosse determinada pela vogal que se segue, como num puro semi-silabário, a vogal seguinte vinha sempre escrita como num alfabeto completo. Alguns estudiosos tratam o Tartessiano como um semi-silabário redundante, outros como um alfabeto redundante.
AEscrita do sudoeste se assemelha muito à Ibérica do sudeste, se forem considerados o formato dos símbolos ou seu valor. A maior diferença é que a ibérica do sudeste não mostra redundância vocálica nos signos silábicos. Essa característica foi descoberta pelo linguistaUlrich Schmoll e permita uma classificação de uma grande parte dos signos da escrita do sudeste emvogais,consoantes símbolos silábicos. De forma diversa naEscrita Ibérica Levantina, o trabalho de decifrar a Ibérica do sudeste ainda não está concluído (2010), pois há ainda uma boa quantidade de símbolos ainda sem um consenso sobre seu real significado.
Essa escrita foi usada quase que exclusivamente em quase cem grandesEstelas de pedra, provavelmente com objetivos funerários. Em quase todas a escrita é da direita para a esquerda, mas também houve casos de escrita emBustrofédon ou mesmo emespiral. O fato de que quase todas as inscrições do sudoeste terem sido encontradas em contextosarqueológicos que não permitem uma datação muito precisa, mas ao que tudo indicam devem datar de cerca doséculo V a.C.; porém, é mais usual datá-las doséculo VII a.C. e considerar que a escrita do sudoeste é a mais antiga das paelohispânicas.
Um total de 75estela com escrita tartessiana já foram localizadas. Dessas, 16 podem ser vistas no Museu das Escritas Sudoeste[1] emAlmodôvar (Portugal), onde uma recém descoberta estela com um total de 86 caracteres (a mais longa encontrada até agora) está em exibição.[2][3][4]