Movatterモバイル変換


[0]ホーム

URL:


Saltar para o conteúdo
Wikipédia
Busca

Scandza

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado deEscandza)
Escandinávia no atlas dePtolomeu (edição de 1467). Tal como para Jordanes, a Escandinávia era uma ilha habitada por diversos povos e tribos.
Mapa de Scandza com suas diversas tribos

Scandza é uma ilha domar Báltico no norte daEuropa, pelohistoriadorgótico-bizantinoJordanes doséculo VI, na sua obraGética. Parece ser um nome arcaico usado para referir apenínsula da Escandinávia, que os antigos julgavam ser uma ilha. Jordanes descreveu a área para contextualizar a sua descrição da mitológicamigração dos godos, da Escandinávia para aEuropa continental. Seu relato mistura observações corretas com descrições fantasiosas das regiões nórdicas e de várias tribos escandinavas doséculo VI, baseadas em informações provenientes de fontes diferentes.[1][2][3]

Descrição geográfica

[editar |editar código-fonte]

Jordanes mencionou a descrição razoavelmente precisa feita pelogeógrafogregoPtolemeu da região chamada por este deEscândia (emlatim:Scandia): "uma grande ilha com a forma de uma folha dezimbro" (ou seja, comprida e não redonda), "com extremidades laterais que se projetam para fora e que se afunila no sul, numa longa extremidade".[4]

O autor também mencionou a descrição feita pelo geógraforomanoPompônio Mela de Codanônia (também chamada de Escatinávia porPlínio, o Velho), que se localizava no "golfo Codano" (provavelmenteCategate). "Esta ilha se localizava na frente doVístula, e lá existia um grande lago" (provavelmente olago Vänern) "de onde flui o rio Vago" (Ván, antigo nome dorio Gota). "Nos lados oeste e norte é cercada por um enorme oceano" (oAtlântico), "porém no leste há uma ligação terrestre" (aLapônia) "que divide o oceano, a leste, formando o mar Germânico" (oBáltico). "Existiam também diversas ilhotas" (os arquipélagossuecos efinlandeses) "pelas quais oslobos podem passar quando o mar congela. Noinverno o país não só é cruel com as pessoas, mas também com as feras selvagens. Devido ao frio extremo não existemenxames deabelhas que façammel."[5]

No norte, Jordanes mencionou a nação dosAdogit (talvez referindo-se aos habitantes deHalogalândia, naNoruega, ou às pessoas da ilha deAndøya[6]), que viviam em meio à luz do sol contínua durante o meio do verão (por quarenta dias e noites), e em escuridão perpétua durante o meio do inverno. Devido a essa alternação, eles passavam rapidamente daalegria àtristeza (a primeira descrição dadepressão sazonal escandinava). O sol ali, segundo ele, parecia passar em torno daTerra, e não nascer de baixo dela.

Habitantes

[editar |editar código-fonte]

Jordanes dá o nome de 26 tribos que vivem em Scandza, que ele chama deútero de nações, descrevendo os locais como mais altos e ferozes que osgermanos (a evidênciaarqueológica mostrou que os escandinavos da época eram realmente altos, provavelmente devido à sua dieta). A lista apresenta diversos exemplos de povos que são citados duas vezes, provavelmente devido ao acúmulo de informação obtida com diversos viajantes[7] e com escandinavos que haviam se juntado recentemente aos godos, comoRodulfo, doCondado de Bohus.[8] Os linguistas têm tentado estabelecer ligações entre os nomes destas tribos e diversos lugares na Escandinávia, embora algumas possam ser fruto de interpretações equivocadas.[1][9]

A "ilha" era habitada pelos escreréfenas (Screrefennae), identificados com oslapões,[6] que viviam comocaçadores-coletores, alimentando-se dos animais que viviam nos pântanos e de ovos de pássaros; os sueãs (suehans), identificados com ossuecos, "tinham, como osturíngios,cavalos esplêndidos" (o historiadorislandêsSnorri Sturluson menciona que noséculo VI o rei suecoAdelo tinha os melhores cavalos de seu tempo) e forneciam para omercado romano peles negras deraposa, com as quais também se vestiam, de maneira ostentosa, ainda que vivessem em condições de extrema pobreza; os teustas (theustes), associados por uns aos habitantes da região deTiúscia, naEsmolândia, e por outros a Tjuteån, naEscânia; osvalagodos, provavelmente habitantes deGotlândia[10], bérgios (que poderiam ser os habitantes deBjäre, emEscânia, ou deKolmården),Hallin (sul deHalândia) e os liócidas (Liócida; que podem ser deLuggude ou Lödde, em Escânia, porém outros já os associaram aSudermânia[11]) que viviam numa região fértil e plana, motivo pelo qual eram alvo constante dos ataques de seus vizinhos.[12]

Outras tribos eram osAhelmil, identificados com a região deHalmostádio,[12] os finaítas (finnaithae; possivelmente ligado aFinnheden, antigo nome deFinuídia), os ferves (Fervir), associados aFjäre e os gantigodos (ganthigoth), possivelmente osgetos (geati) deGotalândia Ocidental, uma nação ousada, ávida por guerrear. Jordanes também menciona os mixos (Mixi), evagretingos (Evagreotingis; também chamado evragros [fvagres] e otingos [Otingis] dependendo da interpretação), que "viviam como animais, entre as rochas" - provavelmente referindo-se aos diversoscastros da região, enquanto evagretingos poderia significar "povos dos castros ilhéus", descrição que poderia se aplicar aos habitantes do Condado de Bohus[13]). Além deles viviam osostrogodos (Gotalândia Oriental), raumaricos (Raumarici;Romerícia), os eragnarícios (Aeragnaricii) ou ragnarícios (Ragnaricii; provavelmente ligado aRanrícia, antigo nome dado a uma parte do Condado de Bohus) e os finos (segunda menção aos lapões,[14] descritos como "tranquilíssimos",mitissimi). Os vinovilodas (Vinoviloth), povo similar, possivelmente têm alguma relação com oslombardos que permaneceram na região após o deslocamento em massa do povo, que foram chamados de vinilos (vinili).[15]

Jordanes menciona pela segunda vez os suecos, desta vez como suécidos (suetidi)[14] e osdanos (dani), que eram "da mesma estirpe" e que teriam expulsado oshérulos de suas terras. Os membros destas tribos eram "os mais altos homens". Na mesma área também viviam os granos (granni;Grenlândia), augandzos (augandzi;Agder), eunixos (eunixi), teteis (taetel), rugos (rugi;Rogalândia), aroquos (arochi;Hordalândia) e rânios (ranii; possivelmente ligado aRomsdalen).[16] O rei Rodulfo era dos rânios, porém abandonou-os para juntar-se aTeodorico, o Grande doReino Ostrogótico.[17]

Referências

  1. abBurenhult 1996, p. 94.
  2. Harrison 2002, p. 25-26.
  3. Svennung 1964, p. 7-11.
  4. Jordanes, III.16.
  5. Jordanes, III.17-19.
  6. abNerman 1925, p. 36.
  7. Nerman 1925, p. 46.
  8. Ohlmarks 1994, p. 255.
  9. Areskoug 1972.
  10. Nerman 1925, p. 40.
  11. Nerman 1925, p. 38.
  12. abOhlmarks 1994, p. 10.
  13. Nerman 1925, p. 42ff.
  14. abNerman 1925, p. 44.
  15. Christie 1999.
  16. Nerman 1925, p. 45.
  17. Wolfram 2004, p. 49.

Bibliografia

[editar |editar código-fonte]
  • Areskoug, Malte (1972). «De nordiska folknamnen hos Jordanes».Fornvännen (Journal of Swedish Antiquarian Research): 1-15 
  • Burenhult, Göran (1996).Bra Böckers Encyklopedi om Människans Historia.VI. Höganäs: Bra Böcker 
  • Christie, Neil (1999).The Lombards: The Ancient Longobards. Hoboken, Nova Jérsei: Wiley-Blackwell.ISBN 0631211977 
  • Harrison, Dick (2002).Sveriges historia. Medeltiden (em sueco). Estocolmo: Liber. 384 páginas.ISBN 91-47-05115-9 
  • Jordanes.Gética 🔗 
  • Nerman, Birger (1925).Det svenska rikets uppkomst. Estocolmo: Generalstabens Litogrufiska Anstalt 
  • Ohlmarks, Å. (1994).Fornnordiskt lexikon. Estocolmo: Tidens Press 
  • Ståhl, Harry (1970).Ortnamn och ortnamnsforskning. Upsala: AWE/Gebers 
  • Svennung, J. (1964). «Jordanes' beskrivning av ön Scandia (A descrição de Jordanes da ilha Scandia)».Fornvännen (Journal of Swedish Antiquarian Research) (em sueco) 
  • Wolfram, Herwig (2004). «Origo Gentis: The Literature of Germanic Origins». In: Murdoch, Brian; Read, Malcolm Kevin.Early Germanic Literature and Culture. Woodbridge, Suffolk: Boydell & Brewer.ISBN 1-57113-199-X  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de editores (link)

Ligações externas

[editar |editar código-fonte]
Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Scandza&oldid=67416204"
Categorias:
Categorias ocultas:

[8]ページ先頭

©2009-2025 Movatter.jp